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As duas jóias - cap. 1


Las Vegas, 9:00 AM.

GG: Sara, quero que você faça os relatórios dos casos dessa semana - disse Grissom, sério.
SS: Mas eu não tinha que ir com o Warrick até a loja de armas para verificar o modelo da arma que foi usada no crime daquela rua no domingo? - respondeu Sara, um pouco contrariada.
GG: É, mas eu mudei de idéia.
SS: Você deveria avisar às pessoas antes de ficar mudando de idéia, isso é péssimo!
GG: Sara!
SS: Eu vou, tudo bem, mas e o caso?
GG: O que tem?
SS: Quem irá com o Warrick?
GG: Ora, ele é grandinho, pode ir sozinho.

Sara bufou.

SS: Ok - e saiu da sala de convivência.

Grissom continuou por lá até que Catherine apareceu.

CW: E aí, tudo bem?
GG: Tudo.
CW: Tive a impressão de ver você e Sara discutindo.
GG: Não estávamos discutindo, ela é que é teimosa, gosta de questionar minhas ordens.
CW: Confessa... Você até que gosta disso, certo?
GG: Como? - e abaixou os óculos até o meio do nariz.
CW: Gosta de ser questionado, de argumentar até dizer chega.
GG: Não estou entendendo onde você está querendo chegar.
CW: Ai ai... esquece, Gil.
GG: E como ficou o interrogatório daquele rapaz?
CW: O Josh? Ah, ele é um péssimo mentiroso! Tentou nos enganar dizendo que não tinha nada com a garota, que nem havia encostado nela. Mas havia digitais por toda a parte. E o sêmen encontrado na cama dela era dele. Ele não pôde continuar negando.
GG: Até porque...
GG e CW: As evidências não negam! - disseram os dois ao mesmo tempo.

E riram. Warrick e Nick chegaram naquele momento.

NS: Bom dia, chefe!
WB: Bom dia, pessoal!
GG: Bom dia a todos. Warrick, quero que você vá até a loja de armas verificar se eles têm do modelo da arma que foi encontrada na cena do crime.
WB: Tá, mas pra quê?
GG: Como pra quê?
CW: Possivelmente o assassino comprou a arma nessa loja, Warrick.
WB: Ok.
GG: E Nick, e a fibra encontrada?
NS: Possivelmente de um casaco, só que revirei a casa toda e não o encontrei. Simplesmente sumiu!
GG: Provavelmente do criminoso. E os sapatos?
NS: Ah sim, batem com as pegadas encontradas.
GG: Certo, então chamaremos o senhor Walter para depor. Ao que tudo indica, este vizinho tinha algum interesse na vítima. Nick, consiga um mandado de busca e apreensão na casa de Walter Kerrisson. Vá até lá com Warrick.
NS: Ok.
CW: Ah, eu vou rever o caso da garotinha Emilly, ok?
GG: Ok.

Assim que Catherine saiu, Grissom não resistiu e foi até o escritório onde Sara estava escrevendo os relatórios.

GG: Sara? - disse olhando da porta, sem entrar.
SS: Grissom? O que quer?
GG: Ainda zangada?
SS: Já estou acostumada, nem ligo mais.
GG: Mas eu não briguei com você. Apenas ordenei um serviço a ser feito.
SS: É o que estou fazendo nesse momento.
GG: Quer conversar em casa?

Sara sorriu, do jeito que só ela sabia fazer. Era algo que encantava mais e mais Grissom, o homem antes tão fechado, agora experimentava ser um menino ao lado daquela mulher que tanto amava e que tanto lhe fazia bem. Descobriu que ser amado fazia muito bem à alma, ao corpo e ao coração. Já nem tinha mais as enxaquecas nem noites solitárias.
Agora possuía alguém a lhe esperar em casa e um "cobertor de orelha" em sua cama. Grissom, observando sua amada dedicando-se ao trabalho e sorrindo daquela forma, agradecia aos céus por tê-la em sua vida. Embora tenha demorado quase uma eternidade (pelos cálculos de Sara foi quase isso) para ter coragem e se entregar a ela, valeu a pena a demora. Não pelo tempo que poderia ter estado com ela e não esteve, mas pela intensidade com que sua vida estava sendo conduzida ao estar com ela.

SS: Hei! Vai ficar aí parado? Não tem serviço não, senhor Grissom?

Grissom sorriu.

GG: Adoro quando você me questiona. Me arria as defesas... - e riu.

Sara sorriu. Grissom a deixou continuar trabalhando. Enquanto isso, Warrick estava na loja de armas.

WB: Warrick Brown, criminalística. Poderia me responder algumas perguntas?
DS: Claro - disse o dono da loja.
WB: Seu nome, por favor.
DS: David Sherman.
WB: Senhor Sherman, encontramos esta nota fiscal numa casa onde ocorreu um crime. Supostamente, e eu tenho quase certeza, esta arma (Warrick mostrou a arma e a nota) foi comprada aqui. Reconhece a nota?
DS: Deixe-me ver. Hum... Sim, data de seis dias atrás. Eu não estava no dia, meu filho é quem estava trabalhando aqui.
WB: E ele se encontra agora?
DS: Ah sim, ele está nos fundos, no almoxarifado. Quer falar com ele?
WB: Sim.
DS: Só um minuto, por favor.
WB: Ok.

Um minuto depois...

- Pois não, gostaria de falar comigo?
WB: Sim. Sou Warrick Brown, da criminalística. Esta arma foi comprada aqui. A nota é desta loja. Você poderia me dizer quem a comprou?

O rapaz olhou a nota e disse:

- Bem, eu me lembro de um homem ter vindo procurando uma semi-automática. Lembro que sugeri esta, uma Glock 18, que é leve e de alta precisão.
WB: E vocês vendem armas a qualquer um? Poderiam muito bem estar municiando bandidos!
DS: De forma alguma. Para comprar arma, pelo menos na minha loja, é necessário possuir alvará de porte legal de arma, além de teste balístico.
WB: E vocês possuem o endereço de seus clientes?
DS: Não, não exigimos isso no ato da compra.
WB: Poderia me descrever o sujeito que comprou esta arma?

O filho do dono da loja o fez, e a descrição batia exatamente com a característica do criminoso que estavam procurando. Cerca de 5 minutos depois, Warrick, satisfeito, saiu da loja. Foi quando o telefone tocou.

WB: Brown.
NS: Sou eu, Nick.
WB: Fala, cara.
NS: Consegui um mandado de busca e apreensão para irmos à casa de Walter Kerrisson.
WB: Hum, o cara da arma.
NS: Exato.
WB: Ok, eu te encontro lá.

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