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Eu não estou pronto para te perder - cap. 13


Dra: Você só me citou dois sintomas, mas não quer dizer muita coisa. No entanto, como você se encontra com esse problema nas pernas, quero avaliar seu quadro, e caso se confirme, começar a fazer o pré-natal com muito mais atenção.

Sara não disse nada, mas sentiu seu coração acelerar ao pensar na possibilidade de estar esperando um filho de Grissom.

Dra: Venha, vou deitá-la na cama para fazer uma ultrassonografia.

A médica deitou Sara com cuidado na cama e levantou a blusa fina dela. Depois, abaixou um pouco a calça social da perita e a cobriu com papel. Em seguida, passou gel na barriga ainda retinha e começou a movimentar o aparelho, fazendo movimentos aleatórios, olhando para o monitor. Depois de alguns minutos, a médica sorriu.

SS: O que foi, doutora?
Dra: Você vê essa machinha pequena aqui na tela?
SS: Onde?
Dra: Aqui (mostrou com o dedo).
SS: Sim.
Dra: É seu filho. Meus parabéns, você vai ser mamãe!

Sara olhou para a médica boquiaberta. Não conseguia absorver a idéia de que seria mãe, estando numa cadeira de rodas.

Dra: Então, não diz nada?
SS: Nem sei o que dizer...
Dra: Vamos conversar sobre sua situação.

Depois que limpou Sara e ajudou-a a se sentar na cadeira, a médica iniciou a conversa.

Dra: Senhorita Sidle, eu entendo que você está receosa com o fato de se encontrar na situação de cadeirante, embora eu tenha notícias de que você evoluiu bastante e até dá seus passos por meio de andador e muletas, certo?
SS: Sim.
Dra: Porém, isso não é motivo pra você ignorar o fato de que não deixou de ser mulher, com desejos sexuais e anseios como qualquer outra mulher. Você deve sim, buscar prazer, sozinha ou com seu parceiro, e isso inclui a engravidar também. Como anda sua vida sexual depois da última consulta?
SS: Melhorou bastante. Eu estava com certos medos bobos, mas Grissom me fez ver que as coisas não são tão ruins assim. Então a gente conseguiu acertar nossa sintonia de várias formas.
Dra: Você consegue sentir a penetração?
SS (vermelha): Bem, no início eu não conseguia sentir, tampouco mexer as pernas, mas agora consigo chegar ao orgasmo nas penetrações. Antes, era com outras formas de fazer amor.
Dra: Entendo. O que eu quero dizer é que sua gravidez em nada vai te afetar. Você poderá gerar essa criança normalmente, fazendo os exames adequadamente, mantendo uma alimentação equilibrada e fazendo repouso. No entanto, como você está um pouco inativa com as pernas, vou receitar remédios para evitar o surgimento de alguns problemas que podem acarretar as cadeirantes, como trombose, infecção urinária e escaras, que são feridas na pele causadas pela pressão do corpo imóvel. Reitero saber que sua situação é temporária, mas de qualquer forma, enquanto você estiver assim, vou aumentar os cuidados. Também vou recomendar remédios para evitar os enjôos que poderão te afetar, e você mesma disse que tem se sentido mal. Mas não se preocupe, você terá uma gravidez tranqüila, e seu bebê nascerá saudável, ok? Portanto, curta bastante sua barriga que logo irá começar a crescer.

Sara foi pra casa mais animada. Não disse nada sobre a gravidez à enfermeira, iria dar a notícia à Grissom assim que ele chegasse. Ele chegou pouco depois, e ela estava deitada, descansando, estava um pouco enjoada.

GG: Honey?
SS: Ei, finalmente!
GG: Demorei tanto assim?
SS: Pensei que não nos veríamos mais hoje! Estava quase dormindo.
GG: Como você está? Claire me disse que você estava um pouco enjoada. Não estou entendendo isso, querida.

Sara ajeitou os travesseiros e sentou-se na cama, com auxílio de Grissom.

GG: Quer me contar alguma coisa?
SS: Sim. Estou esperando um bebê.
GG: Sara... – ele arregalou os olhos azuis.
SS: Não gostou da notícia? – franziu um pouco a testa.
GG: Não é isso, eu... só estou surpreso... e muito feliz! Honey!

Ele a abraçou firme, querendo sentir as batidas do coração da mulher amada. Um enorme sorriso apareceu no rosto do supervisor. Sara esperava uma filho seu! A mulher que amou a vida toda, até mesmo antes de encontrá-la. O que mais poderia desejar? Apenas que Sara voltasse a andar normalmente. Olhando nos olhos da amada, Grissom não resistiu e abriu seu coração apaixonado:

GG: Sara Sidle... Quer se casar comigo?

Ela olhou surpresa para seu homem, cúmplice, amante e namorado. Estava enganada ou Gilbert Grissom falara em casamento? Bom, surda não era, então ele havia mesmo proposto matrimônio.

SS: Eu... eu não sei o que dizer.
GG: Você tem duas opções: sim ou sim. Qual você escolhe?

Os dois riram com a gracinha de Grissom. Em seguida, ele sentou-se ao lado de Sara na cama e pôs a mão na barriga dela, acariciando o filho que estava crescendo dentro dela. O fruto de várias noites de paixão intensa, de beijos molhados, de carícias em cada parte dos corpos... de orgasmos que somente os dois eram capazes de alcançar. De um amor que somente os dois sabiam existir. Sara viu sua barriguinha crescer no mesmo tempo que voltava a flexibilidade nas pernas, resultado de muita fisioterapia, disciplina e determinação. E no dia de sua união com Grissom, aos cinco meses de gestação, ela não poderia estar mais feliz. Os dois se casaram em um jardim, na parte da manhã. Ele estava no altar, ansioso por ver a amada vestida de noiva e barrigudinha. Qual foi a surpresa de todos ao ver Sara belíssima em um vestido longo, simples, mas de seda, realçando a barriguinha pontuda e mostrando as curvas de seu corpo lindo. Para completar, um arranjo discreto na cabeça, e salto baixo. A perita entrou de braços dados com Brass, andando devagar, em sua capacidade no momento. Os amigos estavam felizes e radiantes com o matrimônio do casal, e ver a amiga andando novamente era uma felicidade a mais. Depois da troca das alianças e do beijo de amor de Sara e Grissom, Catherine pegou um papel e leu o conteúdo perante aos noivos e aos convidados.

CW: Bem, para encerrar essa cerimônia linda, gostaria de ler um poema que sei que foi deito para meus amigos Grissom e Sara, que hoje estão se unindo no matrimônio, e em alguns meses receberão a graça de serem pais, e eu tenho certeza de que será um lindo bebezinho.

“A arte do matrimônio
É preciso descobrir entre ambos
Que ali existe o amor,
Pois a convivência a dois exige
Paciência, renúncia, compreensão
E cada um deve buscar a sua fórmula...
A arte do matrimônio é reinventada todos os dias
No aperto de mão, na palavra de carinho,
No respeito mútuo...
É preciso ter capacidade de perdoar para esquecer
A vivência cotidiana...
Tem que buscar sabedoria para
Ultrapassar obstáculos, desentendimentos,
Conhecer virtudes e defeitos
E cultivar o desejo constante de superação
A arte do matrimônio é ter afinidade,
Conhecer-se na profundidade da relação
Sentir falta até quando está perto
É serem alma gêmea, ter cumplicidade
É ter no outro a sua metade,
Beijar com a alma
É viver como um amor proibido,
Mas livre de preconceitos
E se amar de todos os jeitos     
A cada dia    
Para sempre...”
 
Enquanto os dois eram aplaudidos por todos, alguém observava à distância toda aquela felicidade. Hank ficara sabendo que Sara iria se casar com Grissom e foi conferir. E pôde ver como estava linda a mulher a qual usara como estepe. Sentiu uma ponta de arrependimento, ainda mais vendo que ela estava firme, de pé, e ainda por cima grávida. Agora era muito tarde para arrependimentos. Sara e Grissom se uniram diante o altar, perante o amor de Deus, como duas almas que sempre estiveram à procura uma da outra. Agora, nada nem ninguém os separaria. E a criança que estava no ventre de Sara viera para selar de vez um amor que estivera longe um do outro por alguns anos, mas estariam um dentro do outro por toda a vida.

Fim 

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Eu não estou pronto para te perder - cap. 12


SS: Imagine...
GG: Não seja irônica, querida. Ou pensa que saí dormindo com todas as mulheres que conheci?
SS: Todas, eu não sei. Mas Heather, sei que sim.
GG: Não vamos trazer outras pessoas para a nossa cama.
SS: Nem penso em fazer isso! Só quero que você me cubra de beijos...
GG: É pra já, amor...

Grissom começou a beijar a amada com paixão, ainda estimulando o órgão genital dela. Em seguida, tirou a camiseta e retirou a calcinha de Sara, que estava até os joelhos. Depois, tirou a própria cueca, e a perita viu como Grissom ficava excitado: “Que volume enorme”, pensou.

SS: Você quer me amar, Griss?
GG: Acho que não vou conseguir me segurar, Sara...
SS: Então não se segure...

Grissom, como um bom menino obediente, ele voltou beijar Sara e a penetrou, começando com os movimentos rápidos e intensos. Ela não sentia as enfiadas fortes dele, mas sentia o calor dos beijos e das carícias. Necessitado de possuir Sara, Grissom gozou uma barbaridade, imaginando que, estando com as pernas inertes, ela não conseguiria ovular, portanto, não poderia ficar grávida. Ainda gemendo de prazer, ele permaneceu por cima da amada, sentindo o coração dela bater rápido.

SS: Te amo, Griss...
GG: Sara, como eu te amo... 

E assim, com muitos beijos e abraços, os dois se amaram mais vezes até adormecer com a bênção da lua. Pela manhã, Sara ainda dormia, nua, com as mãos na barriga. Grissom acordara mais cedo para preparar o café da manhã e separar as roupas. Em seguida, foi até a amada, despertá-la.

GG: Honey... Acorde, querida.
SS: Hum...O que foi?
GG: Precisamos sair. Vamos à ginecologista.
SS: Hoje?
GG: Marquei uma consulta ainda ontem. A médica está nos esperando.
SS: Ok...

Grissom segurou Sara, que dava seus passinhos feito um bebê aprendendo a andar, e assim chegaram ao banheiro. Lá, ele a sentou na cadeira especial e ajudou-a na tarefa de se lavar, embora Sara tivesse as duas mãos hábeis para fazer esse papel. Tudo pronto, ambos limpos e vestidos, os dois seguiram para o consultório ginecológico.

Dra: Então, senhorita Sidle, você me procurou por que? Está tendo algum problema de ordem ginecológica?
SS: Bem doutora, como você pode ver, tive um acidente que me deixou temporariamente nesta cadeira. Mas com os exercícios que faço e minha disciplina, estou tendo algum progresso significativo. Já se passaram mais de seis meses e tenho sentido muito desejo.
Dra: Sexual, não é?
SS: É.
Dra: Você pode me dizer se está menstruando normalmente?
SS: Depois do acidente, fiquei uns dois ou três meses sem menstruar, o que não entendo, mas gostaria de saber se vou poder ter uma vida sexual normal mesmo tendo pouco movimento nas pernas.
Dra: Vou te explicar o que acontece. A vida sexual da mulher paraplégica, seja ela temporária ou definitiva, também é possível, desde que se tome alguns cuidados após a fase chamada de choque medular, isto é, entre os dois, três primeiros meses após a lesão. Nesta fase a mulher pára de menstruar por causa da perda de controle neuro-modular que, em vias gerais, age como uma desconexão entre o cérebro e o corpo porque o nervo está paralisado. Saída dessa fase ela volta a menstruar e ovular, podendo engravidar. Portanto, o casal tem de avaliar essa possibilidade antes de começar a se relacionar sexualmente.
GG: Sara pode engravidar?
Dra: Se ela voltou a menstruar, é muito provável. Veja bem, se o casal pretende ter relação e não quiser que a mulher engravide, tem que usar preservativo ou fazer cirurgia, pois não se sabe se ela poderá usar anticoncepcional. A mulher lesionada pode gerir uma criança da mesma forma que uma mulher sem a deficiência e dar à luz sem grandes problemas. No entanto, os médicos pedem que seja realizado um pré-natal mais cuidadoso, pois os riscos de pressão alta e problemas vasculares aumentam. Passado estes pormenores, a relação com uma mulher lesionada pode ser prazerosa se o parceiro não-lesionado for curioso o bastante para achar outros pontos que não os genitais, estes cuja sensibilidade foi perdida. Se ela for paraplégica, o parceiro pode estimular as mamas, o pescoço, o abdome e até realizar a penetração. Para isso, vale usar lubrificante. Mas assim como mulheres não-lesionadas, a cadeirante precisa de orientação médica, ou seja, consultar-se com um ginecologista regularmente para prevenir-se contra doenças sexualmente transmissíveis e câncer de mama ou do colo do útero. Se há dúvidas sobre como se comportar sexualmente com um lesionado, os médicos orientam a consulta com um fisiatra.
SS: Estou mais aliviada. Então posso ter uma vida sexual normal?
Dra: Sem dúvidas! E tomando os mesmos cuidados que teria se não estivesse assim. Isso, claro, se vocês não desejarem um bebê agora. Do contrário, tudo certo!

Grissom e Sara sorriram, olhando um para o outro. Sinal de que naquela noite, a coisa ia esquentar... Conforme as semanas foram passando, Sara ia recuperando o bom humor, e as coisas pareciam mais leves do que antes. A vida sexual estava uma maravilha, graças ao apoio e amor que recebia de Grissom. Ela voltara para o lab, ficando, evidentemente, na parte de análise de evidências, não indo a campo. De qualquer forma, sentia-se útil e a cabeça ia refrescando.

NS: Estou muito feliz que você esteja de volta ao lab, Sara.
SS: É, ainda que não seja da forma que eu gostaria, mas é melhor do que ficar em casa sem fazer nada.
GS: Como é ficar o tempo todo sentada nessa cadeira?
SS: Legal não é, já que sempre fui muito ativa. Mas quero lhes mostrar algo.
NS: Não faça nenhuma loucura, Sara!
SS: Deixa comigo. Me dê suas mãos, Nick.

Sara, num esforço grande, conseguiu, segurando nas mãos do amigo, ficar de pé. Os joelhos não estavam totalmente dobrados, o que significava que ela estava com força nas pernas.

GS: Uau! Isso é realmente incrível, Sara!
NS: Está progredindo bastante. Parabéns!

Naquele momento, Grissom e Catherine entraram na sala.

CW: Ei, mas que coisa boa, Sara! Então você está quase andando de novo...

Grissom sorriu de satisfação para a amada, feliz vendo como ela estava melhorando, progredindo. De repente, ainda segurando nos braços de Nick, Sara sentiu-se tonta e desabou, não dando tempo para que ninguém a segurasse.

GG: Sara!

Grissom correu até a amada, agachando-se e segurando-a em seu braços.

GG: Fala comigo, honey... Ei... Não faz isso comigo...

Enquanto tentava despertar Sara, Grissom ia acariciando o rosto dela, com tapinhas bem leves. Catherine, Greg e Nick ficaram observando tudo assustados. A perita despertou pouco depois, para alívio de todos.

SS: O que foi?
GG: Honey...

Grissom beijou a testa da amada, sentindo o coração acelerar.

CW: Você desmaiou, Sara.
GG: Aconteceu alguma coisa, amor?
SS: Fiquei um pouco tonta, e como não comi muito esta manhã, fiquei fraca. Mas já me sinto melhor.
GG: Me ajude aqui, Nick.
NS: É pra já!

Grissom e Nick levantaram Sara e a sentaram na cadeira. Em seguida, o supervisor pegou biscoitos e um suco de pêssego para a mulher, que comeu satisfeita.

GS: Nossa, que fome!
GG: Vocês não têm trabalho a fazer não? Podem ir!

Depois que a equipe saiu da sala...

GG: Então, como está se sentindo, querida?
SS: Acho que melhor. Este biscoitinho está uma delícia!

O dia passou e Sara estava melhor, mais disposta. Seu faro para analisar evidências não havia se dissipado. Ela continuava a mesma mulher inteligente de sempre. Ficou auxiliando os colegas nas análises, mas mantendo-se longe dos produtos químicos. Porém, pela manhã, as coisas não foram nada boas para Sara. Ela acordou vomitando muito, estava enjoada. O chão do quarto ficou completamente sujo.

Grissom havia ido trabalhar, mas a enfermeira estava, auxiliando a perita em qualquer coisa que precisasse.

CR: Senhorita Sidle, você está passando mal?
SS: Vomitei, mas agora me sinto melhor, obrigada. Será que você poderia limpar isso pra mim?
CR: É claro.
SS: Vou ao banheiro.

Sara esticou o braço esquerdo e puxou o andador para si. Depois, segurou uma perna e a pôs para fora da cama, fazendo o mesmo com a outra perna. Segurando firme no andador, levantou-se da cama e começou a caminhar, ainda que em passos lentos. Mas era uma vitória conquistada, sua autonomia para pelo menos chegar até o banheiro e fazer as necessidades sem precisar de alguém para limpá-la. Depois de voltar para o quarto, marcou uma consulta com a médica e em seguida ligou para Grissom. Mas o celular dele estava desligado.

SS: “Droga, Griss, onde você está?!”, pensou.
CR: Algum problema, senhorita Sidle?
SS: Não. Escute, Claire, quero que você me acompanhe até minha médica, pode ser?
CR: Claro!
SS: Vou tomar meu banho e em seguida nós sairemos, ok?
CR: Ok.

Sara Sidle era mesmo uma mulher de fibra, determinação e com uma força interior muito grande. Com o andador, conseguia se movimentar mais do que antes, e bem melhor. Conseguiu tomar seu banho sozinha, só precisando de alguma ajuda da enfermeira para se vestir. Mas como Claire não sabia dirigir e Grissom provavelmente estava em campo, as duas foram de táxi ao consultório médico. A enfermeira ficou na sala de espera.

Dra: Olá, senhorita Sidle, é muito bom revê-la!
SS: Igualmente, doutora.
Dra: Então, você disse por telefone que passou mal esta manhã.
SS: Sim, eu vomitei bastante.
Dra: Comeu alguma coisa que não caiu bem?
SS: Não, ontem eu senti uma tontura e acabei desmaiando.
Dra: Hum... Entendo. Sua menstruação tem vindo normalmente, quer dizer, desceu este mês?
SS: Pra falar a verdade, está atrasada há duas semanas.
Dra: Vou fazer um check up pra confirmar sua gravidez.
SS: Gravidez?

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Eu não estou pronto para te perder - cap. 11


GG: Agora está tudo bem. Vou ajudar Sara com a fisioterapia e mandei reformar a casa dela, adaptando os cômodos e instalando aparelhos específicos à nova condição dela.
SS: Que espero que acabe logo.
CW: Vai sim, você vai ver.

Os amigos se divertiram, e o mais importante, viram que a companheira de trabalho estava irradiando beleza e suavidade, fora a força que Sara demonstrava ter. Ela era mais forte do que qualquer um jamais havia sabido. Naquela noite, ela sentiu muito a falta dos movimentos das pernas quando viu Grissom só de cueca, arrumando-se para dormir. Ele fez questão que ela dormisse ao lado dele na cama, mesmo que nada acontecesse – segundo Grissom, Sara ainda não poderia fazer sexo, deveria esperar até que os movimentos retornassem. Mas ele percebeu esse desejo nos olhares gulosos dela para si e fez questão de mostrar todo o seu amor a ela.

GG: Eu sei o que você está sentindo, querida.
SS: Sabe como?!
GG: Vejo em seus olhos que você me quer nessa cama. Eu também te quero e muito, mas ainda não sei se você pode fazer amor.
SS: As pernas inválidas...
GG: Não diga isso.
SS: Ah Griss... Se soubesse como estou por dentro... – Sara fez um biquinho, como se fosse chorar, e ia mesmo, já que os olhos marejaram.
GG: Eu te amo, querida... Você é minha, e eu vou amá-la para sempre.
SS: Me ame, Griss...

Grissom a olhou com olhos de homem apaixonado, aproximou-se de Sara e começou a beijar o pescoço dela. Felizmente, ela não havia perdido a sensibilidade, então Grissom percebeu que Sara ficara excitada com aquilo. Beijando os lábios dela, ele abriu os botões da blusinha fina dela e acariciou os seios, apertando os bicos com suavidade. Em seguida, deitou a mulher amada em sua cama macia, cobrindo-a de beijos molhados, e assim ficaram por muito tempo. Grissom soube dar prazer à mulher amada que estava impossibilitada momentaneamente de abrir as pernas para ele, mas os beijos que ele ofereceu a ela valeriam pelos momentos em que ela ficaria aguardando a hora de poder se entregar de corpo e alma ao homem de sua vida. Na manhã seguinte, Sara acordara feliz.

GG: Você está com um sorriso lindo nos lábios. Será que eu tive algo a ver com isso?
SS: Obrigada por ter me deixado tão feliz ontem à noite.
GG: Foi amor, Sara... Já que você não podia usar as pernas, quis que você sentisse prazer de outra forma.
SS: Será que algum dia vou poder te dar mais do que beijos?
GG: Tenho certeza absoluta! Vamos fazer amor da maneira tradicional e também iremos experimentar outras posições...
SS: Pára, Griss... Estou ficando vermelha!

Os dois riram e se beijaram. Eles passaram o dia passeando pelo parque, Grissom ia empurrando a cadeira para Sara. Ele comprou pipoca para a amada e um delicioso refresco. Mesmo que por dentro sentisse pena de ver Sara naquele estado, o supervisor fazia questão de mostrar a ela que a amava mesmo ela estando numa cadeira de rodas. Assim, a perita se sentiria menos triste, menos “inválida”. À noite, ele a banhou e vestiu uma camisola de seda que Sara gostava.

SS: Não sabia que você tinha boas mãos para cuidar de uma paciente...
GG: Tenho muitos dons, minha querida...

Ela sorriu e em seguida adormeceu. No dia seguinte, Grissom - que tirara alguns dias de licença para cuidar de Sara e encontrar uma boa enfermeira para cuidar dela – estava com a amada no consultório de fisioterapia. O lugar era repleto de equipamentos de última geração, e também colchonetes, bola, entre outros objetos que estimulariam a coordenação motora e a recuperação dos pacientes. A doutora Jennifer Borner era uma boa pessoa, e bem paciente. Sara sentiu segurança nela.

JB: Bem, senhorita Sidle, fiquei sabendo do seu caso e fiquei muito interessada. Não deve ser nada fácil levar um tiro que afetou uma parte dos nervos da coluna e ainda levar uma punhalada que quase a matou. Mas creio que não haverá mais nenhum empecilho à sua recuperação. Conforme o doutor deve ter lhe falado, a bala atingiu o nervo espinhal lombossacral, que faz os ligamentos na região lombar. Sem esses ligamentos, ao paciente perde a mobilidade, ou seja, perde a capacidade de se movimentar dos quadris para baixo. No entanto, os exames de raio-x mostraram que a região nervosa não fora totalmente destruída, ou seja, o processo de reabilitação é reversível, você voltará a andar, mas precisará fazer os exercícios rigorosamente, ok?
SS: Sim.
JB: No nosso tratamento, não vamos apenas cuidar de reabilitar as pernas, há muita coisa em jogo. Vamos fazer o tratamento respiratório, exercícios respiratórios profundos, respiração glossofaríngea, manobra de transferência de ar, exercícios de fortalecimento, tosse assistida, alongamento, amplitude de movimento e posicionamento, fortalecimento seletivo.
SS: Uau! Quanta coisa!
JB: Mas é tudo necessário à sua recuperação. São tipos de exercícios que farão sua coluna ganhar força para que seus movimentos volte. Vamos começar?

Grissom e a fisioterapeuta ajudaram Sara a sair da cadeira e a colocaram no colchonete. Depois de fazer uma avaliação na coluna e nas pernas de Sara, a doutora Jennifer começou a fazer alguns exercícios nas pernas da perita. Esticava, depois encolhia, massageava, contorcia, enfim. Grissom observava tudo quieto e contente que Sara era uma paciente dedicada e muito determinada. No final do primeiro dia de exercícios...

JB: Muito bem, senhorita Sidle! Você é uma paciente muito determinada e forte! Tenho certeza de que, se continuar assim, sua recuperação se dará mais cedo do que você pensa.
SS: É uma boa notícia, doutora!

No trajeto para casa, Grissom parecia orgulhoso da força que Sara estava tendo para superar mais um obstáculo. Ela só provava o quão especial era, e que era digna de todo o amor que ele pudesse dar. Internamente, ele começava a fazer planos para os dois, comprar uma casa grande, casar e quem sabe, até ter filhos. Sara estava muito empenhada em se recuperar. Nos seis meses que se seguiram, ela conseguiu obter um progresso muito grande, já conseguindo mexer um pouco as pernas. Mas uma coisa ainda permanecia em sua cabeça, a qual não esquecera em momento algum, apenas não mais se manifestara a respeito: o desejo de fazer amor com Grissom, mesmo sem estar completamente recuperada.

GG: Honey, você não esqueceu esse assunto? Nós havíamos conversado a respeito disso, eu gostaria de esperar sua recuperação.
SS: Mas e o que eu gostaria, Griss, não importa?
GG: Sim, mas...
SS: Eu quero fazer amor com você. Não importa que eu não sinta a penetração, que eu não consiga movimentar minhas nádegas. Eu quero estar na cama com você, é o que eu mais desejo!
GG: Você já está na mesma cama que eu...
SS: Você me entendeu perfeitamente.
GG: Ok, vou levá-la a uma ginecologista.
SS: Não faça isso sentindo-se obrigado.
GG: Farei por amor a você, querida. Eu também quero fazer amor com você, e muito. Não sabe como anseio por esse momento...

Grissom encontrara uma boa enfermeira para cuidar de sua amada enquanto estivesse no trabalho, afinal, o trabalho não poderia parar e ele ainda não se aposentaria. Claire era uma profissional experiente e muito prestativa, e cuidava de Sara com muito carinho. E a doutora Jennifer Borner ia três vezes por semana à casa do casal fazer exercícios com ela. Assim, a perita foi tendo um progresso muito bom em poucas semanas. Catherine apareceu na casa, agora do casal, no domingo, dia de folga coletiva para a equipe do entomologista.

CW: Mas isso é incrível, Gil! Olha só o progresso de Sara!
SS: Estou tentando, Catherine.
GG: Sara está fazendo fisioterapia regularmente, três vezes por semana, e se aplica bastante. É uma mulher muito disciplinada.
CW: E com isso os resultados estão aparecendo mais rápido. Você está se saindo muito bem, Sara! Daqui a pouco estará andando e fazendo as coisas que gosta novamente.
SS: Assim espero. Mal vejo a hora de poder andar e dirigir novamente.
CW: Torço para que você fique boa logo, querida!

Depois que Catherine foi embora, Grissom e Sara fizeram um pouco mais de exercícios. Ele, pacientemente, ia esticando, encolhendo, dobrando, massageando as pernas e pés da namorada. 

GG: Está sentindo alguma dor? Se estiver, me diga que eu paro ou diminuo o ritmo.
SS: Hum... Está bem gostoso... Você tem mãos tão macias... Continue, por favor.
GG: Ok, honey – ele sorriu satisfeito.

Depois dos exercícios, Grissom carregou Sara nos braços e a levou para o quarto. Fazendo joguinhos sexuais para deixá-la feliz e para que ficassem excitados, o supervisor tirou a calcinha de renda da amada, abriu as pernas de Sara e ficou dando beijos na vagina raspada dela, e introduzindo o dedo, afim de que ela tivesse alguma resposta ao estímulo. Deitada na cama, ela confessou:

SS: Estou excitada, Griss...
GG: Pensei que você não conseguisse lubrificar sua vagina. Mas posso sentir aqui, com meu dedo molhado e quente.

Sara sorriu com uma certa malícia no olhar.

SS: Está sentindo minha excitação?
GG: E muito bem... Honey, sabe como é constituída a excitação feminina?
SS: Me diga.
GG: O aparelho genital feminino propriamente dito é constituído por órgãos externos e internos, sendo eles o clitóris, os grandes e pequenos lábios, a vagina e o útero. Todos esses órgãos vão sofrer as mesmas alterações fisiológicas de vasocongestão e miotonia. Tanto o clitóris, quanto os pequenos e grandes lábios aumentam de tamanho, ficando edemaciados e avermelhados – como estou vendo nesse momento.

Sara ficou vermelha. Como Grissom, um homem tão reservado e dedicado completamente ao trabalho, conhecesse tão bem a excitação feminina?

GG: Os grandes lábios se retraem deixando a entrada da vagina livre. O clitóris fica protegido sob um prepúcio, que é a pele, e a vagina passa a produzir uma secreção parecida com a saliva por um fenômeno semelhante à transudação, ou seja, uma espécie de suor da parede vaginal. Há quem diga que seja a tal da “ejaculação feminina”, mas eu não acredito nisso. Há sensação de contração muscular irregular desses órgãos internos, e você está fazendo isso nesse momento.
SS: Fazendo o que?
GG: Contraindo os músculos da sua vagina. Isso não acontece quando ela recebe o pênis, mas se não está com o órgão masculino introduzido e a mulher está muito excitada, a vagina se lubrifica e começa a ter espasmos e contrações musculares.

Sara olhava para Grissom boquiaberta.

GG: O que foi?
SS: Definitivamente, você me surpreende a cada minuto.
GG: Sara, minha querida, eu sou biólogo, esqueceu?
SS: Pensei que soubesse disso tudo por experiência própria...
GG: Não tive tantas mulheres na cama como você deve estar pensando, Sara.

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