CW: E então, como foi?
GG: Como foi o que?
CW: Oras, na casa de Sara...
GG: Deixe de ser curiosa, Catherine. Fui
levar algumas coisas pra ela. Você deveria ir visitá-la.
CW: Vou assim que puder.
Naquele momento Nick apareceu.
NS: Encontramos o cara que baleou Sara.
GG: Conseguiram identificar os epitélios?
NS: Sim. Encontramos a digital dele em
nosso sistema, o nome dele é Carl Bruce, e mora no leste de Vegas.foi preso por
tráfico de drogas, mas conseguiu escapar.
JB; Acho que dessa vez ele não escapou,
Nick – Brass chegou naquele momento.
GG: Alguma novidade no caso, Brass?
JB: Homem encontrado morto próximo à Strip,
chamado Carl Bruce. Branco, cabeça raspada, tatuagem no braço, piercing na
orelha direita.
NS: É o mesmo que atirou em Sara?
JB: A menos que existam dois Carl Bruce por
aí...
GG: Catherine e eu vamos até a cena do
crime. Nick, fique aqui com Greg no DNA.
Os três saíram rumo ao local do crime. Ao
chegar, depararam-se com o corpo estirado, com dois tiros no peito.
CW: Foi tiro à queima-roupa. Veja vestígios
de pólvora na camisa.
GG: Ele conhecia o assassino.
CW: Acha mesmo?
GG: A expressão dele é de medo. Ele temia
alguma coisa ou a alguém... Alguém que está por trás de tudo isso.
JB: Seria mais uma queima de arquivo então?
CW: Então a pessoa que ele matou na casa
onde Sara foi baleada...
GG: Isso é algo que vamos descobrir, se há
ligação entre essas mortes. E creio que o tiro em Sara não foi proposital.
CW: Em que está pensando?
GG: Por enquanto não posso dizer. Vamos
continuar com nosso trabalho.
Enquanto isso, Sara tentava sair da cama.
Como era noite e já era tarde, Kendra dormia no quarto ao lado.
SS: Quanta dificuldade!
A perita virou-se de lado, na tentativa de
rolar até o chão. Acabou conseguindo, o que lhe causou uma
pequena dor, em razão da queda. Arrastando-se com muita dificuldade e com um
humor nada bom, conseguiu chegar ao banheiro. Tentou tirar a calcinha, mas suas
pernas não respondiam aos seus comandos. Tentou subir no sanitário, mas
escorregou e caiu no chão. Deu um grito de raiva, fazendo com que a enfermeira
acordasse e fosse acudi-la.
KM: Senhorita Sidle, o que está fazendo?
SS: Quero ter o direito de me sentar no
vaso, não quero ficar usando essa droga de fralda! Virei uma anciã doente pra
usar fralda geriátrica, é?!
KM: É claro que não! Mas você precisa
entender que está por um tempo na cadeira de rodas, então precisa se adequar. O
mundo não vai mudar só por que você ficou assim, você é quem precisa se
readaptar a ele.
SS: Droga! Droga! Droga! – Sara esmurrava o
chão.
KM: Venha, eu te ajudo!
Kendra levantou Sara e a levou com certa
dificuldade de volta à cama. Depois de ser limpa mais uma vez e sentir seu
orgulho de ser independente ir pro ralo, Sara pediu a Kendra para ficar
sozinha. Ela voltou para o quarto ao lado e ambas
adormeceram. Na manhã seguinte, a enfermeira foi acordar a perita, que dormia
profundamente.
SS: O que foi? Ãh, já amanheceu? – ela
espremia os olhos.
KM: Sim. Hoje precisamos ir ao hospital, o
médico quer avaliá-la para dar início à fisioterapia.
SS: Tão cedo, bolas?
KM: Quanto mais cedo, melhor.
Cerca de uma hora e meia depois, Sara
estava pronta.
SS: Você dirige, Kendra?
KM: Sim.
SS: Então dirija até o hospital.
No hospital, Kendra foi com Sara até o
médico. Na sala dele...
DR: Então, senhorita Sidle, pedi para que
voltasse ao hospital para fazermos uma avaliação do seu estado. Como sabe, você
sofreu uma lesão na coluna vertebral, mais especificamente na região torácica. Com o tiro, houve uma fratura no qual resultou em
um pequeno deslocamento do tecido nervoso. E com isso, acarretou a paralisia. No entanto, como pude observar
nos exames de raio-x, as lesões se mostraram finitas, ou seja, essa
instabilidade poderá ser reversível. Mas temos de ver como sua coluna reagirá
no tratamento fisioterápico, que deverá ser iniciado imediatamente. Vou indicar
uma fisioterapeuta muito competente, a Dra. Jennifer Borner, que irá até sua
casa fazer os exercícios. Algum problema para você?
SS: Não, de jeito nenhum. E fico
aliviada que poderei voltar a andar.
DR: É uma previsão bastante
otimista. E vai depender de você também.
Sara saiu do hospital com um
astral mais elevado.
KM: A senhorita está diferente.
SS: Como assim, Kendra?
KM: Mais leve, vejo seu
semblante de alívio.
SS: É, estou mais aliviada
mesmo. Tudo o que eu mais quero é poder voltar a andar. Antes de ir pra casa,
gostaria que me levasse ao lab. Quero ver meus amigos.
KM: Tem certeza disso?
SS: Qual o problema?
KM: Sei lá, se você pode ficar
com vergonha que a vejam assim.
SS: Claro que não! Vamos, por
favor.
KM: Como quiser.
Ao chegar no lab, Sara foi
recebida com muito carinho pelos amigos da equipe.
GS: Sara! Que saudade, garota!
Está fazendo falta aqui, sabia?
SS: Como vai, Greg?
GS: Indo, muito trabalho, pouco
salário...
Sara deu uma risadinha.
GS: Ahá, conseguiu dar uma
risada, hein? Significa que eu continuo engraçado.
SS: Significa que você continua
o mesmo bobo de sempre, Greg!
Nick, que estava perto, deu uma
gargalhada.
NS: Você não toma jeito, não é
Greg?!
GS: Oras...
NS: Como vai, Sarinha?
SS: Bem, vocês se esqueceram de
mim... Não foram me visitar...
GS: A coisa tá pegando fogo por
aqui, Sarinha.
SS: Como assim?
NS: Sabe o sujeito que atirou
em você? Você se lembra do rosto dele?
SS: Sim, estou em cadeira de
rodas, mas não perdi a memória.
O que tem ele?
NS: Foi assassinado.
SS: Como?!
KM: Com licença, onde fica o
banheiro aqui?
GS: Siga em frente, vire à
esquerda.
Depois que Kendra sumiu da vista...
GS: Sua enfermeira?
SS: É, ela é uma boa pessoa.
Cuida bem de mim, apesar de saber que eu detesto tudo isso.
NS: Sujeitinha mais
esquisita...
SS: Por que diz isso, Nick?
NS: Não, por nada... Bem, eu
preciso terminar de ver umas análises. Você vai ficar bem, Sara?
SS: Sim, vou procurar Cath e
Grissom.
GS: Vou nessa também. Eu
apareço na sua casa.
SS: Valeu!
Sara comandou as rodas da
cadeira e as rodou até chegar à sala de convivência. Encontrou Catherine, que
bebia um chá.
SS: Olá!
CW: Ei! Você por aqui, Sara?
SS: Bom, como ninguém ia me
ver, resolvi fazer uma visita.
CW: É claro que eu ia te ver,
mas estava atolada com o caso. Ficou sabendo sobre o sujeito?
SS: É, os rapazes me contaram.
E agora, como fica?
CW: Ainda não sabemos. Mas
Grissom disse ter um palpite das coisas... Como sempre!
SS: Falando nele, onde está o
Griss?
CW: Está na sala dele. Você
quer vê-lo?
SS: Vou lá.
CW: Quer que eu empurre pra você
a cadeira?
SS: Não se preocupe, eu ainda
tenho as mãos que funcionam, Cath.
A loira ficou sem graça e
seguiu em frente. Na saída da sala de convivência, Kendra se juntou às duas.
CW: Ei Judh, você viu o
Grissom?
J: Sim, ele acabou de ir para o
estacionamento.
CW: Obrigada. Vamos, ainda
podemos alcançá-lo!
SS: Calma, Cath, tenho rodas,
mas não sou nenhum Schumacher!
Catherine e Kendra sorriram,
achando engraçado o comentário dela. Elas entraram no elevador e chegaram ao
andar do estacionamento. Sara sentia seu coração pular de ansiedade, queria ver
o homem que amava, mas sua situação atual não lhe permitia demonstrar qualquer
sintoma de amor. Lá estava ele, parado, encostado no carro. Estava elegante, com as pernas
juntas, um pé na frente do outro.
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