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Eu não estou pronto para te perder - cap. 7


SS: Por favor, retire-se da minha casa!
##: Não, eu não vou sair...
SS: Kendra, chame o Brass!

A enfermeira, que estava perto, aproximou-se de Sara e sussurrou ao pé do ouvido dela:

KM: Acho que você é quem vai precisar de ajuda...

Nisso, ela pegou o pequeno punhal que estava escondido no bolso da blusa e o enfiou no peito de Sara, no lado direito. A perita gemeu de dor e olhou para a enfermeira, que sorria maldosamente.

SS: Por...que... porque... você fez... isso?

O sangue começou a escorrer da boca de Sara, e o sujeito a empurrou da cadeira, fazendo-a cair no chão.

##: Vamos sair daqui. Ela não vai sobreviver, vamos deixá-la agonizando!
KM: Certo! Espero que não nos peguem, não vou para a cadeia por sua causa! 

Os dois saíram depressa, deixando Sara a um passo da morte, agonizando e sangrando no chão. A equipe continuava no lab, analisando as evidências encontradas na casa de Carl Bruce.

CW: Nenhuma digital na foto de Sara?
GS: Não, mas encontrei epitélios na folha com o endereço.
WB: É claro, a pessoa pôs a mão...

Grissom analisava tudo em silêncio, quando Brass entrou na sala esbaforido:

NS: Ei Brass, o que foi?
JB: Trago notícias nada boas. Um vizinho de Sara viu quando duas pessoas saíram da casa dela, e ao ver o que havia acontecido, encontraram-na caída no chão com uma espécie de facada no peito.
CW: Oh meu Deus! – Catherine pôs a mão na boca.
GG: Como ela está, Brass? – Grissom alterou a voz.
JB: Meus homens já foram para a casa dela e a ambulância também já foi chamada. Ela ainda está viva, mas seu estado é grave.
NS: O que estamos esperando pra ir, gente?
GG: Vamos imediatamente.
CW: Não acho uma boa você ir. Você tem envolvimento emocional com a vítima, pode atrapalhar.
GG: Catherine, eu ainda sou o supervisor. E eu vou, nem que seja a última coisa que eu faça nessa vida!
WB: Então vamos agora, antes que seja tarde demais.

A equipe chegou rapidamente à casa de Sara, que não se encontrava mais porque havia sido levada às pressas para o hospital. Mas um policial que presenciou a agonia da perita relatou o que vira.

GG: Como você encontrou Sara?
##: Ela estava caída nesse canto, sangrando e com aceleração cardíaca. Liguei imediatamente para a emergência, senti que ela poderia morrer se não fizesse nada.

Nick, que pincelava a maçaneta pra verificar presença de digitais, deu um sorriso:

NS: Opa! Encontrei algo aqui!
CW: O que, Nick?
NS: Parece que um dos criminosos deixou sua marca, vou recolher a digital e assim poderemos seguir o rastro dele.

Grissom estranhou o sumiço da enfermeira que tomava conta de Sara. Olhou para os lados tentando visualizar algo.

CW: Encontrou algo?
GG: Não, mas reparei que a enfermeira de Sara não se encontra por aqui.
CW: Acha que ela é uma suspeita?
GG: A não ser que ela tenha sido levada pelo criminoso, as evidências apontam para uma cumplicidade no crime.
WB: Como assim?

Grissom observou a marca do salto de Kendra indo em direção à porta.

GG: Ela provavelmente estava nessa direção, do corredor. Alguém deve ter tocado a campainha e ela veio atender.
JB: E segundo a testemunha, saíram da casa um homem e uma mulher, o que significa que a tal enfermeira devia estar esperando o tal sujeito.
GG: Nick e Warrick, vão até o hospital onde Sara foi atendida, quero que consigam a ficha dessa mulher. Se ela tem um cúmplice, não passa de uma criminosa, e quero saber como foi que ela conseguiu se passar por enfermeira sem levantar suspeitas.
NS: Pode deixar com a gente!
GG: Aproveite e veja com Sara está.

Nick e Warrick seguiram para o hospital. Estavam claramente chateados com o ocorrido à companheira de trabalho.

NS: Boa tarde, somos Nick Stokes e Warrick Brown da criminalística. Gostaríamos de obter uma informação sobre uma enfermeira, que ao que parece foi admitida recentemente pelo hospital.
##: Qual o nome dela?
WB: Acho que Kendra Martin.
##: Só um instante. Hum... Sinto muito, não consta nenhuma Kendra Martin no sistema.
NS: Como não?! Ela foi indicada pelo hospital pelo médico para cuidar de uma amiga nossa.
##: Mas com certeza não foi nesse hospital. A enfermeira que foi contratada recentemente se chama Melanie Wickinson. Veja os dados dela na tela.

A recepcionista abriu o arquivo e a foto na tela era a de Kendra, mas com outra identidade.

WB: Peraí, essa é a Kendra!
NS: Garota, essa aí é a enfermeira da qual te falei! Como é possível que esteja com outro nome se ela se apresentou como Kendra Martin?!
##: Ela mostrou os documentos e as referências quando veio pedir emprego.
WB: E vocês checaram pra ver se era isso mesmo?
##: Não teria porque duvidar. Além do quê, ela tem um amigo que trabalha aqui como médico ortopedista e a indicou. 
NS: Só pode ser brincadeira! – Nick deu um sorriso irônico – Escuta, quero o endereço da moça, deve ter aí no sistema.
##: São informações confidenciais, senhor.
WB: Escuta, estamos investigando um crime e essa mulher pode estar envolvida. Se não colaborar, você poderá responder por obstrução à justiça.
##: Tu-tudo bem, não precisa ficar nervoso...
NS: Imagina se ficasse...
##: Aqui está.
WB: Muito bem.
NS: Cadê a administração do hospital?
##: Um momento, preciso anunciar vocês.

A recepcionista ligou para a administração, que autorizou a entrada dos dois peritos.

AC: Albert Carter, o que desejam?
NS: Nick Stokes e Warrick Brown, da criminalística. Senhor Carter, precisamos saber se você faz os contratos de funcionários daqui do hospital.
AC: Sim, sou eu quem autoriza a contratação de funcionários. Mas não estou entendendo, aconteceu alguma coisa?
NS: Uma mulher atuou como enfermeira com outra identidade e achamos que ela pode estar envolvida em um atentado contra uma das nossas peritas.
AC: Mas isso não é possível!
WB: É possível sim, tanto que descobrimos que a enfermeira que se chamava Kendra Martin na verdade se chama Melanie Wickinson.
NS: E foi indicada por um “amigo” que trabalha como médico, na área de ortopedia. Gostaríamos de falar com o especialista de plantão.
AC: Fiquem à vontade, a parte de ortopedia fica no segundo andar à direita.

Os dois foram até o local indicado pelo diretor do hospital. Conseguiram falar com o médico que atendeu Sara quando esta foi baleada.

WB: Mas como você indica uma mulher que diz um nome quando na verdade tem outro nome?
DR: Ela me mostrou os documentos e referências e aí...
NS: Não teria porque duvidar. Já ouvimos esse papo antes e não cola. Você será chamado para depor, não saia da cidade.

Depois que saíram dali...

WB: Vamos ver como Sara está?
NS: É uma boa.

Os dois encontraram um médico que explicou onde ela se encontrava.
  
WB: Então, como ela está, doutor?
DR: A paciente Sara Sidle deu entrada em estado muito grave, com o corpo frio e parada respiratória. Perdeu muito sangue, e com o trauma provocado pela perfuração, surgiu o pneumotórax traumático. Ele surge espontaneamente ou provocado, no caso dela, de forma traumática. Como a paciente estava em situação de extrema emergência, não tivemos outra coisa a fazer senão a cirurgia para consertar o dano causado pela perfuração de arma branca. Durante a cirurgia, fizemos a drenagem para retirar o ar da caixa torácica, e conseguimos reverter o processo, não há mais ar no tórax dela.
NS: E como ela se encontra neste momento?
DR: Permanece em estado grave devido à parada respiratória.
WB: Ela está temporariamente sem os movimentos das pernas.
Isso pode contribuir para o agravamento do quadro?
DR: Não, uma coisa não está relacionada com a outra. As 72 horas seguintes serão fundamentais para  a recuperação dela, que ainda corre risco de morte.

Nick e Warrick voltaram ao lab e contaram o que descobriram a Grissom.

GG: Bom, pelo menos temos um endereço.  Warrick, vá com o Brass até lá.
WB: Ok – e se retirou da sala.

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