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Atração fatal - cap. 5


Catherine saiu da sala de programação e Grissom ficou só, fazendo uma busca pelo carro do criminoso. Não demorou muito e ele conseguiu localizar o carro. Nem ele acreditava que sua mulher pudesse estar num lugar tão afastado assim. Voltou para a sala de convivência, esbaforido.

GG: Catherine, avisou ao Brass?
CW: Sim, ele quer falar com você.
GG: Ótimo, vou falar com ele. E vocês, preparem-se, vamos atrás de Sara e resgatá-la.
NS: Pode deixar, Grissom. Estamos nessa.

Grissom deu as coordenadas a Brass, que logo delegou sua equipe para ir até o local onde Sara estava. E a equipe de Csi’s se preparava para ir também. Àquela altura, Sara estava acordada, meio zonza por causa da batida. E nervosa por ter levado um tapa do sujeito. Agora, sair dali era uma questão de vida ou morte. Sabia que, se não fizesse nada, sua vida poderia chegar ao fim antes mesmo do nascer do sol. Vasculhou pelos armários e eis que a sorte lhe sorrira: um taco de beisebol. Com aquilo, poderia se livrar do bandido, pelo menos a tempo de escapar dali. E não poderia falhar, iria esperar o momento certo. A chance chegou quando ele foi até o quarto levar o lanche da tarde. Sara havia escondido o taco num lugar estratégico.

AS: Você não merece, mas não vou matá-la de fome. Precisa estar forte para agüentar as conseqüências de sua audácia. Aqui está um lanche.
SS: Ãh... estou com um problema aqui.
AS: Qual é?
SS: Tem um bicho horrível no banheiro. Parece uma cobra, e eu tenho pavor desse animal. Poderia ver pra mim?
AS: Ok, mas não tente fugir – ele trancou a porta do quarto.

Assim que ele entrou no banheiro, Sara se posicionou de maneira adequada, como uma Csi sabia. Ele voltou reclamando:

AS: Ei! Não tem nada no banheiro. O que...

Antes que ele pudesse terminar de dizer a frase, Sara bateu com força na cabeça dele, fazendo com que ele desacordasse na mesma hora. Assim que ele caiu, pegou a chave do bolso dele, abriu a porta e saiu. Desceu as escadas e correu para fora da casa, para a liberdade. Livrara-se momentaneamente do bandido, mas agora outro obstáculo lhe aparecia: a tarde já estava indo embora, o sol estava quase se pondo e não tardaria a escurecer. Olhou para o chão e viu marcas de pneus vindo do lado esquerdo da casa, o que a levou a crer que vieram daquele lado. Seguiu por este caminho, pelo menos iria seguir as marcas. No caminho encontrou um pedaço de pau, pegou-o caso fosse necessário. Andou por uns dez minutos até que encontrou uma bifurcação. E como já estava um pouco escuro, não conseguia ver qual dos caminhos havia as marcas. Foi por um dos lados e seguiu em frente. Meia hora mais mais tarde, a equipe de Brass e Grissom invadiu a casa. Adam, que tinha ouvido o barulho dos carros, saiu do esconderijo e atirou. Não acertou em ninguém, e Brass acabou acertando-o no ombro. Ele caiu da escada, indo parar aos pés de Grissom. 

JB: Revistem a casa!
GG: Então foi você, seu cretino? Onde está Sara?!
AS: E-ela não está aqui!
GG: Não minta! Foi você quem a seqüestrou, nós sabemos disso!
AS: Seu idiota! Ao invés de procurá-la aqui, deveria ir até a floresta, é pra lá que ela foi com certeza – ele urrava de dor.
CW: Ele pode estar certo, Gil. E devemos ir agora, se quisermos encontrá-la rápido. Já está escuro.

Um dos policiais da equipe de Brass afirmara que Sara não estava por lá.

GG: Então ela se embrenhou no mato. Vamos pra lá.

Grissom e os outros viram pegadas no chão, que só podiam ser dela, e seguiram juntos até chegar a bifurcação.

CW: E agora? Por onde?
GG: Teremos que nos dividir. Quem encontrar Sara primeiro, dê um tiro para o alto ou ligue para o outro. Nos encontramos na entrada da bifurcação. Não podemos perder tempo.

Com exceção de dois policiais que ficaram no carro com Adam, todos se mobilizaram para buscar Sara. Brass, Warrick, Greg e os policiais que restaram foram para um lado, Grissom, Catherine e Nick por outro, justamente no que ela havia entrado. Com armas e lanternas, as duas equipes olhavam cada canto, ao deixando passar nenhum detalhe. Enquanto isso, Sara ia caminhando devagar, quase parando, atenta aos barulhos. Sua sorte era que a mata não era tão fechada, então a luz da lua iluminava o caminho. Andou mais um pouco e encontrou uma clareira. Estava exausta e temia pelo bebê em sua barriga. A fome e a sede eram grandes, sabia que precisava encontrar comida e água. Perto da clareira havia uma pequena cabana. Sara bateu palmas, a fim de que alguém a escutasse. Nada. A porta estava entreaberta, então entrou. Havia alguns móveis de madeira, e uma cama. Exausta, acabou caindo nela e apagou. O que ela não esperava é que o dono apareceu de repente, e a encontrou deitada em sua cama.

##: O que você está fazendo aqui?!

Com o grito, Sara despertou, assustada.

SS: Quem é você?
##: Eu é que te pergunto: o que faz na minha cabana?
SS: Me desculpe, eu não saia que alguém morava aqui. Estava fugindo de um bandido, entrei na floresta e esta cabana foi minha salvação, estou com fome e sede.
##: Intrusa! Vou ensiná-la a não invadir a minha cabana!
SS: Calma, senhor!

O homem foi pra cima de Sara com muita raiva. Segurou o pescoço dela com as duas mãos, e bem forte. Ela estava sufocando, não conseguia respirar.

GG: Largue a moça. Agora!

O homem virou-se e deu de cara com Grissom apontando a arma para ele.

##: Ei, calma, eu não ia matá-la.
GG: Não é o que eu vi! Solte-a, já!

O homem soltou Sara, que caiu ao chão. Imediatamente Grissom a socorreu, e os policiais prenderam o cara.

GG: Sara? Fale comigo, honey.

Ela estava fraca, faminta e sedenta, mas teve forças para abrir os olhos e ver os olhos azuis de seu homem.

SS: Griss... – disse, com voz fraca.
GG: Não fala nada, honey – ele tocou os lábios dela com cuidado.
CW: Acho que já podemos ir embora, Gil.
GG: Vamos sim. Está escuro e Sara está fraca, precisa se alimentar. Avise Brass e os outros.

Grissom segurou Sara nos braços e então seguiram rumo aos carros. Ele foi junto dela na suv, no banco de trás. Abraçou-a e protegeu o corpo dela o tempo todo. Fazia carícias no cabelo dela, demonstrando o quanto a amava.  Levada ao hospital, Sara ficou de observação. Na sala de espera, Grissom desabafou com Catherine:

GG: Estou exausto.
CW: Não é pra menos, você andou à beça procurando Sara. É justo querer ir pra casa e descansar. Aliás, porque não faz isso?
GG: Quero vê-la antes de ir pra casa. Sara estava tão fraca que pensei que... que fosse morrer... – ele tapou a boca com um das mãos.
CW: Ei! Que isso?! Sara se salvou, ela foi corajosa, deu uma pancada na cabeça daquele traste e ainda se embrenhou numa floresta pra escapar dele. E ainda por cima grávida. Quer coragem maior do que essa?
GG: Pensei tanto em nosso filho... Se algo acontecesse com os dois, não sei o que seria de mim.
CW: Mas não aconteceu. Seu filho também foi muito valente, e deu forças à mãe dele para que ela pudesse sobreviver. Minha admiração por Sara só aumentou. E acredito que seu amor por ela também.
GG: Sara é minha força, é meu motivo pra lutar todos os dias. Sabe, Catherine, antes de encontrá-la, eu era meio que um irresponsável. Não no lado profissional, mas no lado pessoal. Costumava dormir com mulheres só pelo prazer de “esvaziar o saco”, como se diz. Não me agarrava a nada nem a ninguém. Cheguei a pensar que seria assim para sempre, até que Sara apareceu e virou minha vida, deixou tudo ao avesso. Me mudou pra melhor. Ela não sabe disso, não sabe muito desse meu passado deplorável. Só sei que, depois que a conheci em São Francisco, tudo mudou, ela deu sentido à minha vida. Eu comecei a ver beleza em qualquer coisa, e logo eu, que sempre fui cético com tudo. E seu eu não tivesse perdido tanto tempo tentando negar meus sentimentos por Sara, quando ela veio pra Vegas, nós já seríamos felizes há muito mais tempo.
CW: Gil, o importante é que vocês se acertaram, agora é ser feliz. E agora que vocês terão esse filho que os unirão por toda a vida. Assim é o amor.

Sara teve alta no dia seguinte. Estava tudo bem com ela e o bebê. Sua volta ao lab foi muito festejada, todos a receberam de braços abertos. Meses depois, Sara deu à luz um belo menino. Grissom, com ela no quarto, algum tempo depois, era a felicidade em pessoa:

GG: Sara, obrigado por me fazer tão feliz. Se sou esse homem que você admira, ama e respeita, devo justamente a você, que me mostrou que amar é uma dádiva maravilhosa e que não podemos deixá-lo passar. Obrigado. Agora sei que não vou ter vivido em vão. Sei que, quando eu partir, e espero que leve muuuito tempo pra isso acontecer, vou deixar minha continuidade, vou saber que um pedaço de mim irá fazer deste mundo um lugar melhor, pelo menos irá contribuir para isso. E saber que eu tenho o amor de uma grande mulher, que é você, é a melhor coisa que há.
SS: Griss... – Sara sentiu as lágrimas escorrerem.

Ele a beijou e os dois ficaram observando, em silêncio, os movimentos dos minúsculos dedos do filho que conceberam juntos, em um momento de puro amor. Um amor que nascera em um olhar e se eternizara quando os dois tornaram-se um só.


Fim

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Atração fatal - cap. 4


JW: Ãh, eu estava fotografando uns animais no parque para um trabalho da escola, aí ele se aproximou de mim. Disse que se interessava por máquinas fotográficas, e depois me propôs o negócio.
JB: E porque aceitou? Poderia ter recusado.
JW: Ele só queria entregar umas cartas, acho que não há mal nenhum nisso.
GG: Não teria se a intenção real não fosse de cometer um crime...
JW(chorando): Por favor, moço, eu não matei ninguém!
JB: Não estamos dizendo isso. Por favor, não saia da cidade.
Vamos chamá-lo pra esclarecimentos na delegacia, ok?
JW: Tudo bem.

A corrida em busca de Sara começara. Àquela altura, ela já era dada como desaparecida, e provavelmente estaria nas mãos do psicopata. Grissom já não escondia seu nervosismo e ansiedade. Ainda mais quando Brass ligou dizendo que o carro de Sara havia sido encontrado.

CW: Nervoso assim você acabará tendo uma úlcera gástrica!
GG: Catherine, Sara foi pega pelo psicopata, você não vê? Porque ela deixaria o carro estacionado numa lanchonete e iria embora de táxi, a pé?
CW: Entendo que, obviamente, isso no aconteceu. Algo de grave aconteceu sim, mas temos de ser racionais.
GG: Não é apenas Sara que está em perigo. Meu filho também. E vou atrás esse criminoso nem que seja no fim do mundo.

Enquanto isso, em algum lugar nas montanhas, Sara despertava. Abriu os olhos devagar e viu que estava em um lugar diferente. As paredes eram feitas de madeira. E sua casa não era assim, portanto, não estava em casa. Olhou ao redor e reparou que estava em um quarto. Ainda sentia tonturas, mas não sabia porque. Foi quando ouviu o barulho da porta sendo aberta. Alguém estava entrando.

SS: Adam? Onde eu estou, nós estamos?
AS: Em nossa casa, querida?
SS: Como assim em nossa casa? E que história é essa de querida?
AS: Oras, você é minha querida!
SS: Quer dizer que então foi você quem enviava as cartas pra mim?
AS: Gostou? Eu iria te mandar chocolate, jóias, mas não deu tempo. Pelo visto já descobriram meu plano e o que fiz.
SS: Foi você quem matou aquela jovem, não foi? E depois foi a pessoa com quem troquei tiros...
AS: Muito esperta você.
SS: Mas a pessoa tem olhos verdes, e você, azuis.
AS: Tem certeza? – ele começou a tirar as lentes, deixando os olhos verdes novamente.

Sara engoliu seco. Estava assustada, mas procurou não demonstrar qualquer medo. Precisava sair dali com vida, para voltar aos braços de seu grande amor.

AS: Bem, vou deixá-la a sós. Vou fazer um lanche bem gostoso, se quiser tomar banho, tem roupas limpas no guarda-roupa, e o banheiro fica atrás desta porta.

Adam saiu do quarto, trancando a porta. Sara foi até a janela, na esperança de encontrar qualquer saída. Inútil. Havia grades e o quarto ficava no segundo andar. Outra coisa que contava contra é que a casa ficava no meio do nada. Ou melhor, do mato! Por onde se olhasse, só se via árvores altas e mato. Se tentasse escapulir, ficaria perdida no meio da floresta. Resignada, sentou-se na cama e pensou em seu homem. Grissom... Será que ele dera sua falta? Será que pensava nela naquele momento?  Sua única fonte de forças no momento era o bebê que trazia dentro de si. Sim, um bebê! Ele bem que descobrira, era um homem observador e coerente, sabia que faziam sexo sem camisinha sempre, e que uma gravidez era só uma questão de tempo. E ali estava o resultado de uma das milhares de tardes, noites e manhãs de amor. Enquanto isso, em Vegas, Grissom e cia. seguiam todas as pistas que levassem ao paradeiro de Sara. Foram à lanchonete onde o carro de Sara estava estacionado.

GG: Nick, você, Greg e Warrick verifiquem o carro, recolham qualquer evidência. Catherine, venha comigo à lanchonete.

Os dois entraram no estabelecimento.

GG: Boa tarde, sou Gil Grissom, esta é Catherine Willows, da criminalística. Posso lhe fazer algumas perguntas?
##: Fique à vontade, senhor. Mas, aconteceu alguma coisa?
CW: Você sabe se esta mulher esteve por aqui? – Catherine mostrou uma foto de Sara ao dono da lanchonete.
##: Ah, ela esteve aqui sim, jamais me esqueceria do rosto dela.
Estava acompanhada.
GG: Acompanhada? Por quem?
##: Por quem não saberia te dizer, mas era um homem alto, cabelos castanhos. Ela parecia muito incomodada com a conversa.
CW: Como ela se comportava?
##: Na maioria das vezes ficava só olhando, escutando o que ele dizia. Mas teve uma hora que ela parecia que ia desmaiar.
GG: Aconteceu algo?
##: Eu percebi que ela começou a sentir tonturas, até que ele a levou para um carro que acho que é o dele.
CW: Poderia nos descrever este carro?
##: Preto, com os vidros bem escuros também. 

Enquanto Catherine perguntava coisas ao homem, Grissom, olhando para a lata de lixo, viu um pequeno vidro que parecia ser um frasco de remédio. Com a mão coberta pela luva, retirou o vidrinho e o colocou no saquinho plástico. Logo depois, os dois saíram e encontraram Nick e Warrick na calçada.

GG: Alguma evidência no carro?
NS: Nenhuma, tudo limpo.
GG: Vamos para o lab.

Na suv...

CW: Gil, eu vi que você retirou alguma coisa da lixeira. Alguma evidência escondida?
GG: Não quero estar enganado nas minhas idéias, Catherine, mas ao que me parece, Sara pode ter sido dopada.
NS e WB: Dopada?!
GG: Sim. Encontrei um vidro na lixeira. É Midazolam, um sedativo anti-psicótico, que é um tranqüilizante forte. Seus efeitos são rápidos, sendo os mais visíveis a sonolência, cansaço, tonturas, entre outros.
CW: Tá explicado agora porque Sara ficou tonta e saiu carregada de lá.

No lab, Grissom levou o frasco para a análise e logo teve a confirmação: era mesmo um sedativo. Na sala de convivência, o supervisor estava tenso. Sentado com os cotovelos nas pernas, Grissom pensava em Sara. Onde ela estaria, como estaria? E saber que ela trazia um filho seu na barriga o afligia ainda mais, por saber que ambos corriam perigo. Precisava trazê-la de volta, para o lab, para seus braços. Não suportaria a idéia de ficar sem Sara, sem o amor dela, sem o corpo sensual dela, no qual esquecia de tudo, de todos os problemas, do mundo, quando o amava. Ah, como ele amava estar dentro dela! Sara era tão gostosa, tão quente, e na cama era um fogo ardente que o consumia e o fazia quer sempre mais. Enquanto isso, Adam tratava Sara muito bem. Tentava uma aproximação, mas via que ela era muito arredia. Deixou um lanche bem gostoso pra ela. Ela nem sentia tanta fome assim, queria mesmo era arrumar um jeito de escapar dali. Mais tarde, ele foi com mais gana pra cima dela.

AS: Quero você, minha princesa! Não estou agüentando ficar sem você!
SS: Não chegue perto, por favor!
AS: Quero possuí-la... agora!
SS: Me larga!

Sara soltou-se de Adam e caiu no chão. Pôs a mão na barriga, preocupada com o bebê.

AS: Machucou, querida? Por que está com a mão na barriga?
SS: Por que estou grávida, seu idiota!

O sujeito ficou uma fera deu um forte tapa em Sara, que caiu, batendo a cabeça e desacordando. Adam então a carregou até o quarto, e a deitou na cama. Ela ficou desacordada por cerca de uma hora. Enquanto isso, no lab, Grissom verificava cenas que a câmera de vídeo instalada no poste próximo à lanchonete gravou. Pôde ver nitidamente Sara sendo conduzida pelo sujeito até o carro dele. Fez um zoom e, com a aproximação, descobriu que o criminoso era mesmo o sujeito que havia abordado Sara na casa do crime dias atrás.

CW: Conseguiu identificar o sujeito?
GG: É o cara que estava perto de Sara no dia em que voltamos à cena do crime.
CW: Fez visualização da placa do carro?
GG: Só um instante.

Grissom fez outro zoom e aproximou-se da placa, descobrindo.

GG: Aqui está.
CW: Agora temos o que trabalhar. Podemos localizar o carro rapidamente.
GG: Passe as informações ao Brass, vou utilizar o programa de computação para localizar o carro.

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