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Inimigas íntimas - cap. 6


GG: Não estava sentindo os sintomas?
SS: Não. Quer dizer... bem, alguma coisa sim, mas nem tudo significa gravidez.
GG: É claro. Quando você sair daqui, conversaremos sobre isso. Sabe, aconteceu uma coisa bonita enquanto estava na sala de espera.
SS: Conseguiu pregar os olhos em um sofá de hospital? – Sara sorriu molecamente.
GG: Dormi feito pedra.
SS: Então me conte o que lhe aconteceu...
GG: Sonhei que estávamos em um salão de festa. Você parecia uma rainha, linda, com um vestido esvoaçante...
SS: Nossa!
GG: Então você me estendia suas mãos e nós dois dançávamos em plena luz do luar, com o céu estrelado.
SS: Que romântico, Griss! Não sabia que tinha esses sonhos bonitos.
GG: Quando você me perguntou desde quando eu me interessava por beleza, e eu respondi “desde que te conheci”, eu já tinha esses sonhos com você.
SS: Ah, mas nem pra me falar nada né?
GG: Sou um homem reservado. Tenho meus segredos, os quais só compartilho com alguém especial, em um momento especial.
SS: Quarto de hospital não é um lugar especial...
GG: Mas quis contar para te animar.
SS: Me animou. E Sofia, onde ela está?
GG: Não sabemos, parece que ela sumiu.
SS: Não vi nada.
GG: De qualquer forma, você precisará dar seu depoimento ao Brass, sabe disso.
SS: Sim, conheço os procedimentos. Quando saio daqui?
GG: Segundo o médico, hoje mesmo você terá alta.
SS: Ai que bom, não vejo a hora! Sinto-me muito bem, apenas trago esses arranhões nos braços.
GG: E o nosso filho?
SS: Está bem protegido aqui dentro de mim.

O médico entrou no quarto e conversou com o casal. Sara teve alta e Grissom a levou para casa.

GG: Como se sente estando em casa?
SS: Muito bem. Ter você aqui comigo me faz sentir melhor.
GG: Não sei o que seria de mim se não a encontrasse com vida...
SS: Eu sobrevivi por que estava protegida pelo seu amor.
GG: Honey, preciso ir ao banheiro. Me espere sentadinha aqui no sofá, ok?
SS: Ok, meu querido. Vou permanecer imóvel aqui!

Grissom sorriu e foi até o banheiro, que ficava perto do quarto. Foi quando a campainha tocou. Sem querer esperar por Grissom, Sara foi atender a porta. Foi surpreendida com uma arma apontada para sua cabeça.

##: Surpresa em me ver, Sara?

SS: Sofia? – a perita olhou espantada.
SC: Pensou que eu havia morrido?
SS: Não, eu...
GG: Sofia? – Grissom chegou na sala naquele momento.
SC: Então os pombinhos estão juntos, hein?
GG: Você não havia desaparecido?
SC: Hahaha! Acreditou mesmo nessa história?
GG: Eu fui até o local, encontrei apenas Sara, você não se encontrava por lá.
SC: Foi tudo planejado; a queda de Sara, meu “sumiço”... e minha visita aqui.
GG: O que você pretende?
SC: Destruir vocês dois.
SS: Porque isso, Sofia? O que fizemos para você nutrir este ódio?

A loira deixou uma lágrima escorrer nos olhos azuis repletos de raiva, mas a expressão continuava séria.

SC: Parem com isso!

Grissom percebeu que ela ia atirar em Sara e empurrou a amada para o lado, sendo atingido no ombro. A loira ficou perplexa, não era ele quem ela queria atingir. Enquanto o supervisor gemia de dor, com o sangue, Sofia aproveitou para fugir. Mas Sara foi atrás dela.

SS: Volte aqui, não vou deixá-la fugir!
GG: Não faça isso, Sara! Você está grávida.

A perita correu atrás da loira e conseguiu agarrá-la pelo braço. Só que ambas estavam no corredor que dava acesso às escadas, e as duas rolaram até o primeiro andar. Caíram desacordadas. Mesmo ferido, Grissom conseguiu ligar para Brass, que chegou em pouco tempo com seus homens. Chegou a tempo de prender Sofia, que havia quebrado o braço na queda.

JB: Quer dizer que seu seqüestro foi uma farsa? Acho que terá muito o que explicar na delegacia. Vamos, podem levá-la.

Grissom acudia Sara, que sangrava, indicando que algo estava errado com o bebê.

GG: Honey! Está tudo bem?
SS: Está doendo, Griss...

Grissom olhou para as pernas da amada, que sangrava.

GG: Chamem uma ambulância rápido!

Ele segurava a mão dela tão forte que sentia a pulsação do coração dela.

GG: Vai ficar tudo bem, você vai ver.
SS: Estou perdendo o nosso filho, Griss...
GG: Não diga isso.

Carinhosamente Grissom ajeitava os cabeços molhados de suor de Sara. A ambulância veio e a levou para o hospital. Lá, depois de ser medicado e fazer curativo para retirar a bala, o supervisor teve uma péssima notícia: a perita havia perdido o bebê com a queda na escada. Ele chorou antes de entrar no quarto e dar a notícia a Sara. Estava amando a idéia de se tornar pai, saber que havia uma vida crescendo dentro da mulher que amava era ver que a vida seguia seu curso, que havia uma continuidade em sua existência. E agora, sem esse fruto, como seria dali em diante? Mas para seu espanto, Sara reagiu muito bem à notícia.

GG: Não está chateada por ter perdido o bebê?
SS: É claro que estou. Mas penso que me escabelar não vai ajudar em nada. Nós teremos uma outra oportunidade, se assim você quiser.
GG: É claro que eu quero ter um filho com você, honey. Tenho certeza de que a vida nos dará uma nova chance. Ela nos deu uma segunda chance quando você veio para Vegas, e nos dará outra chance de sermos uma família. Porque já somos um só...

Sara sorriu olhando no azul profundo dos olhos do homem amado. Ele seria para sempre dela, disso nunca mais poderia duvidar.

Fim

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Inimigas íntimas - cap. 5


CW: Acha que pode ter acontecido alguma coisa?
GG: Não sei.
NS: Vou pedir para o Archie localizar a suv.

Depois que Nick saiu, Catherine percebeu a tensão no rosto do amigo.

CW: Calma, não aconteceu nada de ruim com Sara. Vamos encontrá-la, você vai ver.
GG: Tem alguma coisa que não está batendo. Não sei o que é, mas estou ficando tenso.
CW: Elas vão aparecer, Gil.

Minutos depois, Nick apareceu na sala:

NS: Gente, o Archie rastreou a suv e o localizou.
GG: Onde está?
NS: O carro está parado em um ponto do deserto. Aqui ó – mostrou o csi na tela do computador, em um mapa.
GG: Vou ligar para o Brass e seguir pra lá.

A equipe seguiu para o local onde estava a suv. Encontraram o carro, mas não viram Sara nem Sofia.

GG: Onde elas podem estar?
JB: Poderiam ter sido interceptadas?

Nick, que analisava o asfalto, comentou:

NS: Não, Brass. Não há sinal algum de freios, nenhum vidro estilhaçado, nenhuma digital.
CW: Que esquisito... Então como explica o motor da suv ter morrido?
GG: Como explica as duas terem sumido como mágica? Preciso encontrar alguma evidência.
NS: O que é mais estranho é que as bolsas das duas estão no carro e nada foi levado – disse Nick, mexendo nas bolsas com luvas de látex.

Grissom chegou até a beirada da estrada, de onde se via a imensidão do deserto, e ficou olhando o horizonte. Chegou a olhar para baixo, inclusive onde a perita havia parado após ser jogada, mas não viu nada. Sara já não estava mais ali. Desolado, voltou para a suv na qual viera. A equipe acreditava que as duas mulheres do lab foram seqüestradas, mas nem poderiam imaginar que Sofia iniciara todo esse tormento, sendo castigada no fim. E agora Sara se encontrava sabe-se lá onde, machucada, cansada... e grávida. Mas, por uma intuição, talvez estivesse escutando o coração de Sara chamando por ele, Grissom tomou uma decisão:

GG: Vou descer e procurar por ali – apontou para frente.
CW: Está escuro, Griss!
GG: A luz do poste ilumina alguns metros, mas sinto que Sara está aqui. Dê-me uma lanterna.
WB: Acho melhor alguém ir com você, Grissom.
NS: E alguém precisa ficar aqui com a suv.
JB: Vou com Gil.
CW: Eu também. Vocês fiquem aqui, rapazes, pro caso de Sara aparecer.

O trio desceu o morro de areia do deserto em busca de alguma pista de Sara. Não tardou para que Grissom visse pegadas, apesar de estar um pouco escuro. Ele apontou com a lanterna para o chão.

GG: Pegadas. Alguém passou por aqui.
CW: Mas muita gente deve passar por aqui, Gil.
GG: Observe a consistência das pegadas, parecem muito recentes. Sinto que são de Sara. Vamos, precisamos encontrá-la logo, está escuro.

Eles andaram mais um pouco e viram alguém caído no chão perto de um arbusto.

GG: Sara? Sara!

O supervisor correu, sendo seguido por Catherine e Brass. Agachou-se e segurou a amada em seus braços. Ela estava apenas com algumas escoriações e parecia dormindo.

CW: Como ela está?
GG: Está com pulsação, mas está fria.
CW: Está frio, Gil.
JB: Melhor a levarmos agora.

Grissom segurou Sara nos braços e a equipe voltou para a suv. O carro no qual ela e Sofia vieram seria rebocado em breve. No hospital, os médicos imediatamente levaram a perita para a emergência. Grissom, na sala de espera, contou com o apoio dos amigos.

CW: Vai ficar tudo bem. Se conseguimos encontrá-la, o resto não importa.
GG: Sofia sumiu, Catherine. Isso é um outro problema.
JB: Não se preocupe que logo a encontraremos também.
GG: Alguma coisa não está me cheirando bem nessa história toda.
CW: Suspeita de alguma coisa?
GG: Como as duas foram parar na área do deserto, e àquela hora? E como Sara foi parar em um arbusto a alguns metros de distância da suv e Sofia desapareceu?
JB: Alguém poderia tê-las seguido?
CW: Quando Sara despertar, nós descobriremos. Ela é a chave do mistério.
GG: Vocês podem ir. Ficarei com ela aqui.
CW: Olha, vou nessa mesmo, estou hiper-cansada. Daqui a pouco, Lindsay nem se lembrará mais do meu rosto!

Os dois saíram e Grissom permaneceu sentado, aguardando notícias. Um dos médicos que atendeu Sara veio falar com ele.

DR: Senhor...?
GG: Grissom. Como Sara está, doutor?
DR: Muito bem, tanto por fora quanto por dentro. Apenas algumas escoriações nos braços, mas provavelmente por que ela tenha ralado em algum terreno arenoso e com pedras. Mas ela e o bebê estão bem.
GG: Bebê? – Grissom ficou espantado, com o susto da notícia.
DR: Não sabia que ela está esperando um bebê?
GG: Não... sinceramente não sabia.
DR: Não só está grávida como está muito bem. Se tudo ocorrer bem, amanhã mesmo ela terá alta.
GG: Posso vê-la agora?
DR: Ela está dormindo. Mas pela manhã você poderá sim.
GG: Tudo bem.

O médico pediu licença e se retirou. O supervisor, muito cansado, sentou-se no sofá macio e acabou pegando no sono. Imediatamente a bela e doce imagem de Sara, a mulher amada, veio na mente. E ela estava tão linda, com um vestido solto, estendendo-lha as mãos em plena noite de luar. Os dois estavam em um salão de festas. Só os dois, mais ninguém. Um homem e uma mulher, no êxtase do amor pleno. Duas almas enamoradas que se encontraram e se uniram. Grissom e Sara. Amor e felicidade. Lua e flor. E assim, beijando-se com os olhos, desejando-se com os lábios e amando-se com o coração, os dois dançaram uma linda canção de amor com a lua e as estrelas como testemunhas. O supervisor foi acordado pelo médico plantonista, pela manhã.

GG: Ãh, o que foi?
DR: Senhor Grissom, a paciente está acordada. Gostaria de vê-la?
GG: Claro.
DR: Venha por aqui.

O médico conduziu Grissom até o quarto onde Sara se encontrava. A sós, o casal se beijou com os olhos. O supervisor foi até a amada e segurou as mãos dela.

GG: Fiquei tão preocupado! Como você está?
SS: Estou bem. O que aconteceu?
GG: Eu é que te pergunto: o que aconteceu que eu a encontrei perto de um arbusto no deserto?
SS: Eu não sei como fui parar lá. Me lembro de ter acordado no chão e percebi que estava no deserto. Ainda me levantei e caminhei alguns metros, mas fiquei zonza e desmaiei.
GG: Você estava em uma cena de crime com Sofia, mas Brass disse que vocês não apareceram. Onde foram parar?
SS: Ãh... ela me levou a uma casa que era escura e ficava afastada de tudo. Era um lugar meio assustador. A única coisa que me lembro é de uma pancada na cabeça. O resto não sei dizer.

Grissom estava com uma forte desconfiança em mente, mas preferiu não dizer nada por enquanto. Preferiu falar do bebê:

GG: O médico me disse que você está grávida. Estou muito feliz!
SS: Eu não sabia de nada.

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Inimigas íntimas - cap. 4


CW: Que se dane a festa, é seu aniversário! O aniversariante tem todos os direitos hoje, então vá antes que seja tarde!
GG: Obrigado!

Grissom saiu às pressas, deixando Sofia com cara de tacho. Ela sabia que ele iria para onde estava seu coração. Sara havia acabado de chegar em casa, tendo retirado apenas o salto agulha e soltado os cabelos, deixando-os livres e rebeldes. Foi quando a campainha tocou.

SS: Quem pode ser a essa hora?

Ao abrir a porta, a perita levou um susto: era Grissom, que a olhava com ternura.

SS: Griss? Não devia estar na sua festa?
GG: Não estava contente lá. Depois que a vi, percebi que não poderia ficar em um lugar sem você.
SS: Entre. Não estou entendendo. Sua namorada não estava lá?
GG: Não tenho nada com Sofia. Já expliquei a ela que jamais poderemos ter alguma coisa.
SS: Você é um homem livre, independente. Pode se envolver com quem quiser. Eu não tenho mais escolhas.
GG: Sei que você tem saído com Hank Peddigrew.
SS: Apenas para preencher um pouco a minha vida solitária.

Grissom se aproximou de Sara e, tocando nos braços finos dela, após olhá-la de cima a baixo, contemplando a beleza do vestido azul, disse:

GG: Você tem a mim. Sei que me quer, assim como eu te quero. Aliás, nunca deixei de te querer, mas tive tantos medos de me entregar a esse amor que acabei sufocando meus sentimentos. Mas agora quero vivê-lo intensamente, cada minuto ao seu lado. Fica comigo, Sara!

Ela não precisou dizer nada, os olhos denunciaram o grande amor que sentia por ele. Beijo. Um beijo suave, calmo, molhado. Do jeito que deve ser. Do jeito que os grandes amantes sabem fazer. Toques. Entrega. Sedução. Amor. De maneira lenta, o supervisor foi retirando o vestido que deixava Sara ainda mais linda e sensual. A mulher que fora feita pra ele e durante todos esses anos ele a deixara livre e solta para ser cortejada por qualquer outro homem. Agora isso teria fim, ele se entregaria a esse amor e não mais a deixaria ir-se. Enquanto ele retirava as peças de roupa, Sara ficou tímida:

GG: O que foi? Você já me viu nu antes...
SS: Mas tem tantos anos isso... fico tímida... afinal, mudamos tanto, não?
GG: Fisicamente sim, afinal os anos passam. Mas no interior continuamos os mesmos. Não tenha medo, não vou machucá-la.
SS: Não estou com medo, apenas ansiosa – sorriu.
GG: Vou te ajudar a se soltar...

Sara viu que Grissom estava excitado e sorriu. Ele aproximou-se novamente, segurou-a pela cintura e a beijou. Suavemente o supervisor deitou a amada na cama e, abrindo com carinho as pernas longilíneas dela, a penetrou como se fosse a primeira vez que a estivesse amando na cama. Em meio a beijos, gemidos e sussurros, os dois curtiram as delícias do sexo feito com amor. Enquanto isso, Catherine, depois de terminar com a festa, conversava com os rapazes, enquanto recolhiam as coisas.

NS: Onde será que foi o Grissom, hein?
CW: Ainda tem dúvida? Atrás de Sara, que era a coisa mais decente a se fazer.
WB: Legal, mas e a Sofia?
CW: O que tem?
WB: Vocês viram tanto quanto eu o beijo que ela deu nele...
GS: Vai ver ela acha que é namorada dele...
CW: Não, o Gil não está com ela.
NS: Acham que ela pode fazer alguma coisa?
CW: Com os dois? Só se for muito maluca! Mas falando sério, se ele foi atrás de Sara, acho que agora os dois enfim se acertam. O que é ótimo!
NS: Concordo.
GS: Então, vamos torcer...

Aquele seria um aniversário para Grissom nunca esquecer. Depois de uma festa-surpresa, estar nos braços da mulher que amava era o melhor de todos os brindes. Tim Tim para o amor! Depois do orgasmo, abraçados e entrelaçados, os dois pombinhos mal conseguiam dizer alguma coisa; a felicidade era imensurável.

GG: É um dia inesquecível, sem sombra de dúvidas.
SS: Claro, é seu aniversário.
GG: Não me refiro à festa. Falo de nós dois.
SS: Você acha que não vai parar por aqui?
GG: Porque você pensa assim? Não quer ficar comigo?
SS: Claro... é que... bem, aconteceu tudo tão rápido, do beijo para a cama... eu não sei se você pretende levar adiante o que me disse.
GG: Honey! – pela primeira vez ele a chamava tão carinhosamente, e virou-se para Sara na cama – Agora que tomei uma atitude, talvez a maior da minha vida, não quero perder isso. Não quero perder esse amor que a vida me trouxe. Não quero perder você.

Sara sorriu, e com o dedo chamou Grissom para si. Os dois se amaram a noite inteira, fechando, com chave de ouro, o meio século de vida do homem que amava. A segunda metade seria melhor do que os cinqüenta anteriores.

O dia chegou trazendo chuva e frio. Sara, que acordara primeiro, fez cara feia ao ver como estava o tempo lá fora. Grissom abriu os olhos e viu a amada de robe olhando a janela.

GG: Não sabia que gostava de apreciar a rua!
SS: Já viu o tempo? Está horrível!
GG: Temos que trabalhar do mesmo jeito. A recompensa estará quando chegarmos em casa.

Os dias foram passando e os dois estavam cada vez mais próximos, a contragosto de Sofia, que pretendia dar em cima do supervisor. Mas os amigos da equipe estavam satisfeitos. Cerca de três semanas mais tarde, Sara e Sofia estavam no mesmo caso. A loira não havia engolido a história de Grissom largar a festa de aniversário para ir atrás da perita e estava com aquilo atravessado. A oportunidade de tirá-la de seu caminho estava chegando.

SS: Está escuro aqui, Sofia. Tem certeza de que é esta a casa?
SC: Absoluta, querida - sorriu com falsidade Afinal, o Grissom não nos mandou pra cá?

A loira tinha um plano em mente e iria executá-lo naquela noite chuvosa. Enquanto Sara procurava por algum corpo na casa escura, segurando sua lanterna, Sofia ia atrás, arquitetando tudo. Enquanto vasculhavam a casa, a loira quebrou o gelo, tentando descobrir algo a mais:

SC: Você e Grissom estão juntos?
SS: Porque quer saber disso?
SC: Ouvi comentários no lab. Apenas curiosidade.
SS: Concentre-se nas buscas, Sofia. Minha vida particular não vem ao caso!

Sofia ficou engasgada com a resposta atravessada da perita e sentiu o sangue ferver. O momento chegou quando Sara agachou-se para verificar uma pista. Com fúria total, a loira desferiu uma coronhada na cabeça da perita, que caiu desacordada. Com Sara desmaiada, Sofia aproveitou e esbofeteou a rival até passar o estresse. Em seguida, arrastou-a até seu carro e seguiu com a perita até a área do deserto, jogando a rival no morro de areia do deserto. Sorriu satisfeita ao ver Sara rolando areia abaixo, parando perto de um arbusto. Voltou para o carro, mas uma surpresa: ele não pegava.

SC: Droga! Justo agora? Como vou sair daqui?

Um carro que vinha pela estrada parou e Sofia decidiu pedir ajuda.

##: Algum problema, moça?
SC: Meu carro não quer pegar. Tem como me dar uma carona até a cidade?
##: Deixe-me ver o carro.

O sujeito deu uma olhada no carro e em seguida, para espanto de Sofia, ele a esbofeteou. A loira ainda tentou lutar, mas do carro saiu outro homem, que passou clorofórmio em seu nariz, fazendo-a desmaiar. Colocaram a investigadora no carro e saíram dali, deixando a suv no acostamento e, sem saber, outra pessoa jogada no deserto. O plano de Sofia acabou não dando tão certo quanto ela pensava. No lab, Grissom dava falta de Sara e Sofia.

GG: Sabem se as duas retornaram do caso?
CW: Não, não as vi ainda. Aconteceu alguma coisa?
GG: Já deveriam ter voltado.
NS: Já ligou pro celular delas?
GG: Nenhum atende.

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