GG:
Não estava sentindo os sintomas?
SS:
Não. Quer dizer... bem, alguma coisa sim, mas nem tudo significa gravidez.
GG:
É claro. Quando você sair daqui, conversaremos sobre isso. Sabe, aconteceu uma
coisa bonita enquanto estava na sala de espera.
SS:
Conseguiu pregar os olhos em um sofá de hospital? – Sara sorriu molecamente.
GG:
Dormi feito pedra.
SS:
Então me conte o que lhe aconteceu...
GG:
Sonhei que estávamos em um salão de festa. Você parecia uma rainha, linda, com
um vestido esvoaçante...
SS:
Nossa!
GG:
Então você me estendia suas mãos e nós dois dançávamos em plena luz do luar,
com o céu estrelado.
SS:
Que romântico, Griss! Não sabia que tinha esses sonhos bonitos.
GG:
Quando você me perguntou desde quando eu me interessava por beleza, e eu
respondi “desde que te conheci”, eu já tinha esses sonhos com você.
SS:
Ah, mas nem pra me falar nada né?
GG:
Sou um homem reservado. Tenho meus segredos, os quais só compartilho com alguém
especial, em um momento especial.
SS:
Quarto de hospital não é um lugar especial...
GG:
Mas quis contar para te animar.
SS:
Me animou. E Sofia, onde ela está?
GG:
Não sabemos, parece que ela sumiu.
SS:
Não vi nada.
GG:
De qualquer forma, você precisará dar seu depoimento ao Brass, sabe disso.
SS:
Sim, conheço os procedimentos. Quando saio daqui?
GG:
Segundo o médico, hoje mesmo você terá alta.
SS:
Ai que bom, não vejo a hora! Sinto-me muito bem, apenas trago esses arranhões
nos braços.
GG:
E o nosso filho?
SS:
Está bem protegido aqui dentro de mim.
O
médico entrou no quarto e conversou com o casal. Sara teve alta e Grissom a
levou para casa.
GG:
Como se sente estando em casa?
SS:
Muito bem. Ter você aqui comigo me faz sentir melhor.
GG:
Não sei o que seria de mim se não a encontrasse com vida...
SS:
Eu sobrevivi por que estava protegida pelo seu amor.
GG:
Honey, preciso ir ao banheiro. Me espere sentadinha aqui no sofá, ok?
SS:
Ok, meu querido. Vou permanecer imóvel aqui!
Grissom
sorriu e foi até o banheiro, que ficava perto do quarto. Foi
quando a campainha tocou. Sem querer esperar por Grissom, Sara foi atender a
porta. Foi surpreendida com uma arma apontada para sua cabeça.
##:
Surpresa em me ver, Sara?
SS:
Sofia? – a perita olhou espantada.
SC:
Pensou que eu havia morrido?
SS:
Não, eu...
GG:
Sofia? – Grissom chegou na sala naquele momento.
SC:
Então os pombinhos estão juntos, hein?
GG:
Você não havia desaparecido?
SC:
Hahaha! Acreditou mesmo nessa história?
GG:
Eu fui até o local, encontrei apenas Sara, você não se encontrava por lá.
SC:
Foi tudo planejado; a queda de Sara, meu “sumiço”... e minha visita aqui.
GG:
O que você pretende?
SC:
Destruir vocês dois.
SS:
Porque isso, Sofia? O que fizemos para você nutrir este ódio?
A
loira deixou uma lágrima escorrer nos olhos azuis repletos de raiva, mas a
expressão continuava séria.
SC:
Parem com isso!
Grissom
percebeu que ela ia atirar em Sara e empurrou a amada para o lado, sendo
atingido no ombro. A loira ficou perplexa, não era ele quem ela queria atingir.
Enquanto o supervisor gemia de dor, com o sangue, Sofia aproveitou para fugir.
Mas Sara foi atrás dela.
SS:
Volte aqui, não vou deixá-la fugir!
GG:
Não faça isso, Sara! Você está grávida.
A
perita correu atrás da loira e conseguiu agarrá-la pelo braço. Só
que ambas estavam no corredor que dava acesso às escadas, e as duas rolaram até
o primeiro andar. Caíram desacordadas. Mesmo
ferido, Grissom conseguiu ligar para Brass, que chegou em pouco tempo com seus
homens. Chegou a tempo de prender Sofia, que havia quebrado o braço na queda.
JB:
Quer dizer que seu seqüestro foi uma farsa? Acho que terá muito o que explicar
na delegacia. Vamos, podem levá-la.
Grissom
acudia Sara, que sangrava, indicando que algo estava errado com o bebê.
GG:
Honey! Está tudo bem?
SS:
Está doendo, Griss...
Grissom
olhou para as pernas da amada, que sangrava.
GG:
Chamem uma ambulância rápido!
Ele
segurava a mão dela tão forte que sentia a pulsação do coração dela.
GG:
Vai ficar tudo bem, você vai ver.
SS:
Estou perdendo o nosso filho, Griss...
GG:
Não diga isso.
Carinhosamente
Grissom ajeitava os cabeços molhados de suor de Sara. A ambulância veio e a levou
para o hospital. Lá, depois de ser medicado e fazer curativo para retirar a
bala, o supervisor teve uma péssima notícia: a perita havia perdido o bebê com
a queda na escada. Ele chorou antes de entrar no quarto e dar a notícia a Sara.
Estava amando a idéia de se tornar pai, saber que havia uma vida crescendo
dentro da mulher que amava era ver que a vida seguia seu curso, que havia uma
continuidade em sua existência. E agora, sem esse fruto, como seria dali em
diante? Mas para seu espanto, Sara reagiu muito bem à notícia.
GG:
Não está chateada por ter perdido o bebê?
SS:
É claro que estou. Mas penso que me escabelar não vai ajudar em nada. Nós
teremos uma outra oportunidade, se assim você quiser.
GG:
É claro que eu quero ter um filho com você, honey. Tenho certeza de que a vida
nos dará uma nova chance. Ela nos deu uma segunda chance quando você veio para
Vegas, e nos dará outra chance de sermos uma família. Porque já somos um só...
Sara
sorriu olhando no azul profundo dos olhos do homem amado. Ele seria para sempre
dela, disso nunca mais poderia duvidar.
Fim
1 comentários:
Ohhhhh Muito boa! <3 <3
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