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Um deslize inconsequente - cap. 10



RS: Não tem que se desculpar. Eu imagino o que deve ter passado, e ainda por cima perdeu seu bebê...
SS: O que mais de dói neste momento é não ter Grissom ao meu lado.
RS: Ele errou, irmã. Mas será que não seria a hora de vocês terem aquela conversa pra esclarecer tudo? Acho que não adianta vocês ficarem separados, você magoada com ele – não tiro sua razão -, mas chega uma hora que o coração fala mais alto e aí é preciso jogar o orgulho fora. Se você o ama, está sofrendo com essa separação, dê o primeiro passo e vá falar com ele.
SS: Richard, Grissom me traiu. Ele engravidou uma outra mulher, que é uma dominatrix. Ela é muito bonita.
RS: E daí? Prefiro você. Essa mulher deve ser vazia, que não tem ninguém, por isso deve ficar seduzindo os homens alheios. Mas você não. Você é linda, teimosa, cativante, esperta, inteligente... Se eu fosse enumerar todas as suas qualidades, ficaria horas falando.
SS: Não exagera.
RS: Não estou exagerando. Você é assim mesmo! E digo mais, vou com você até esse lab para que possa falar com o Grissom. Quero que vocês se entendam de uma vez por todas. Agora, se a reconciliação não for possível, paciência. Vamos?
SS: Não sei, Richard.

Enquanto isso, no lab, Grissom e Heather estavam conversando na sala dele.

GG: Acho que aqui não é o melhor lugar para nós conversarmos, Heather. Ainda mais depois de tudo.
LH: Vim apenas dizer a verdade a você.
GG: Que verdade?
LH: Bem, achei que não seria justo continuar com essa farsa. Foi por ela que quase morri, então não quero guardar esse peso na minha consciência.
GG: Diga.
LH: O filho que estou esperando não é seu.

Grissom levantou a sobrancelha, curioso e ao mesmo tempo, intrigado.

GG: Como assim não é meu, Heather?
LH: Eu já estava grávida de um mês quando a gente transou. Mas como eu queria tê-lo, inventei essa história, no entanto deu tudo errado...
GG: Mas como você faz uma coisa dessas comigo, Heather?! Eu sempre te ajudei no que fosse possível, sempre a defendi de quem tentava lhe fazer algum mal, e é assim que você me retribui? – Grissom estava transtornado.
LH: Eu sei que errei, mas me perdoe, não estava muito bem.
GG: Sua palhaçada custou o meu relacionamento com Sara!
LH: Grissom...
GG: Por favor, Heather, vá embora!
LH: Mas…
GG: Vá, Heather – ele estava irredutível.

A ruiva não teve outro remédio a não ser se retirar da sala do supervisor. Passou de cabeça baixa por Catherine, que ficou boba com a cena.

CW: Aconteceu alguma coisa?
GG: Por favor, Catherine, preciso ficar um pouco só. Não estou pra ninguém.
GG: Nem pra mim?

Grissom, que estava de costas, sentiu o coração pular ao ouvir uma certa voz rouca. Virou-se e deu de cara com Sara, com Richard a tiracolo.

GG: Sara...
SS: Olá, Gilbert. Será que podemos conversar?
GG: Ãh, claro. Quem é este rapaz.
SS: Ah, desculpe, não o apresentei. É meu irmão Richard.
GG: Seu irmão?
SS: Ele reapareceu, mas já tem tempo. Depois vocês conversam.
GG: Ok. Entre.

A sós na sala do supervisor, os dois se olhavam com olhos de amor e saudade.

SS: Está diferente, Griss. Abatido e triste.
GG: O que você queria? Sem você comigo...

Sara deu um suspiro e deixou uma lágrima correr em sua face.

GG: Senti tanta sua falta, você não sabe o quanto a saudade pode doer.
SS: Não sei o que dizer. Ainda me dói lembrar o que houve entre você e Heather.
GG: Ela me disse a verdade.
SS: Quem?
GG: Heather. O filho que ela espera não é meu. É do sujeito que a seqüestrou.
SS: Não entendo. Então ela armou um circo?
GG: Segundo ela, me desejava, e dizer que estava grávida de mim talvez pudesse me comover.
SS: Meu Deus...
GG: Me perdoe, honey... Eu amo você.
SS: Griss... – as lágrimas rolaram em maior quantidade, e Sara não pôde evitá-las.
GG: Não chore, honey... Suas lágrimas doem em mim...

Ele a abraçou e ambos sentiram o pulsar de seus corações batendo juntos. O amor estava presente, como sempre.

SS: Griss... eu... perdi nosso filho...
GG: Você estava grávida?
SS: Estava. Eu ia te contar, mas com toda essa confusão...
GG: E como foi isso, Sara?
SS: Bem... Agora já não importa.  Só sei que nosso filho não está mais dentro de mim...
GG: Não se preocupe, faremos outro assim que você se recuperar.

Sara deu uma gostosa risada, fazendo Grissom sorrir satisfeito. A paz havia retornado e tudo estava bem novamente.

CW: Obrigada por não ter dito a ele que eu causei seu aborto espontâneo. Sinto-me tão culpada!
SS: Não se sinta assim. Talvez era pra ser assim. Mas Grissom quer encomendar outro assim que eu estiver liberada...

As duas riram. Naquela noite, no apartamento, os dois saborearam as delícias do amor como se tivessem décadas longe um do outro. E não precisou várias vezes para que Sara engravidasse; logo na primeira noite de amor, Grissom foi com tudo e liberou uma imensa quantidade de esperma que daria para encher uma garrafa. Eles se amaram por toda a noite, com a janela do quarto aberta, para que a lua iluminasse o amor dos dois. Grissom e Sara, duas almas que se complementam, a prova de que o amor verdadeiro sempre vence os obstáculos. E naquela noite, naquela cama, uma nova vida estava sendo gerada, tendo as estrelas e a lua como testemunhas de que o amor ainda é a melhor coisa que há.

Fim




































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Um deslize inconsequente - cap. 9


GG: Já disse que não estou morrendo, Catherine. O importante é encontrarem Heather e Sara.
JB: Tudo bem, pessoal, vamos deixar o Grissom ir para o hospital.
Eu assumo as investigações, em breve teremos notícias para te dar, ok?

Grissom foi levado para o hospital. Após sofrer uma cirurgia, foi para o quarto, onde iria se recuperar. Sedado, só via Sara em seus pensamentos. Ela sorria feliz, linda e cheirosa. Por um instante esqueceu que ela estava sumida. E no sonho, ela lhe dizia que esperava um filho, e ele a abraçava, feliz e realizado. Tinha esse plano de ter filhos com ela, mas antes disso, a pediria em casamento. Enquanto isso, em um lugar distante...

##¹: Pronto, já tenho você, cara Heather!

Os comparsas do sujeito a jogaram em um colchão, amarrada.

LH: O que você quer de mim? – disse furiosa.
##¹: Quero que você diga a todos que esse filho que está esperando é meu!
JH: Você só pode estar brincando!
##¹: Qual é a sua, Heather? O que você realmente quer daquele tal de Grissom?
LH: Eu o amo. Coisa que nunca senti por você, seu idiota!

Ao dizer essas palavras, Heather foi esbofeteada no rosto, ficando vermelho no local.

##¹: Por sua culpa tivemos de atirar no cara. Só queríamos que você viesse naturalmente, mas como você se recusava a vir, o seqüestro foi então necessário.
##²: É, e isso pode complicar para o nosso lado. Se ele der com a língua nos dentes...
LH: Me tirem daqui, eu exijo!
##¹: Você não tem condição nenhuma de exigir qualquer coisa. Mas a sua liberdade tem um preço, logo você saberá.

Enquanto isso, Sara permanecia deitada no asfalto deserto, ansiando por qualquer ajuda. Sentia dores na barriga e temia pela vida do bebê que estava em sua barriga. O filho que fora gerado com tanto amor, num momento de sublime paixão... Não, ele não poderia morrer, não era justo! E o desejo de Sara se concretizou. Um carro, com uma família dentro, parou e prestou socorro.

##: Moça, você está bem?
SS: Por favor... Salvem meu filho... Me levem para um hospital.
##: É claro!

O jovem casal levou Sara até o hospital mais próximo, que por coincidência era para onde Grissom fora levado. A equipe de plantão foi rápida e levou-a para a sala de emergência, e com isso, conseguiram segurar o bebê na barriga de Sara. Em seguida, levaram-na para o quarto, onde, sedada, sonhava com Grissom. Onde ele estaria, e com quem? Quis o destino que os dois, sem saber um do outro, estivessem no mesmo lugar. Ambos estavam próximos às suas janelas, e a noite estava estrelada, romântica. Com os olhos voltados para elas, suspiraram e imaginaram onde andaria o seu amor. Na manhã seguinte, Grissom recebeu a visita de Catherine.

CW: Bom dia, Gil! Como se sente?
GG: Ainda dolorido, mas bem. Alguma novidade do caso?
CW: Brass está na cola de um homem que ligou para o lab. Ele tem informações do paradeiro de Heather, e disse que quer falar com você. Como informei que você não poderia ir ao lab por uns dias, ele disse que tornaria a ligar.
GG: E Sara?
CW: Nada, não temos a menor noção de onde ela possa estar. Mas não se preocupe, iremos encontrá-la.
GG: Você poderia chamar uma enfermeira pra mim? Estou sentindo um pouco de dor, gostaria de um analgésico.
CW: Porque não aperta o botão vermelho?
GG: Eu faria isso se estivesse funcionando.
CW: Ok, então devo procurá-la. Volto já, não saia daí.
GG: Prometo não fugir daqui, Catherine!

A loira saiu em busca da enfermeira. Andou pelo corredor, olhando as pessoas nos quartos, até que um rosto lhe pareceu familiar. Voltou à porta e viu que... Sim, era Sara!

CW: Sara?
CW: Ei Cath, o que você faz aqui?
CW: Gil está internado neste hospital, não sabia?
SS: O que aconteceu, Catherine?!
CW: Ele foi baleado tentando descobrir quem pretendia seqüestrar Lady Heather.

Sara, ao ouvir “baleado” e “Lady Heather” ficou ansiosa e nervosa a ponto de sentir contrações.  Catherine notou que a companheira de trabalho não estava bem e tentou ajudá-la:

CW: O que está sentindo, Sara? Me diga!
SS: Uma dor estranha na barriga, como se fosse uma cólica.
CW: Calma! Aliás, eu nem sei o que você está fazendo aqui, pode me dizer?
SS: Os caras que me pegaram me jogaram pra fora do carro, e estou com medo de perder o meu bebê.
CW: Bebê? Quer dizer que você e o Gil...
SS: Estou grávida, Cath! Mas o Grissom não sabe... Ai!
CW: Calma, Sara, que eu vou chamar algum médico!

Poucos minutos depois, um médico entrou no quarto.

DR: O que houve?
CW: Ela está sentindo dores na barriga e parece que está tendo sangramento.
DR: Deixe-me ver isso.

O médico apalpou a barriga de Sara, que chorava de dor.

DR: Parece que está havendo um aborto espontâneo. Vou levá-la urgente para a sala de cirurgia pra ver se dá tempo de salvar o bebê.

Catherine olhou para Sara com pena e arrependimento por ter falado demais.  A perita foi levada rapidamente para a sala de cirurgia, mas infelizmente não houve tempo de salvar o bebê, porque o sangramento era forte demais. Sedada, Sara voltou para o quarto, onde adormeceu sem imaginar o que havia acontecido. Na sala de espera, Catherine chorava, depois de saber que o bebê havia morrido. De repente lembrou-se que Grissom havia pedido que fosse buscar uma enfermeira e voltou ao quarto dele. Antes, enxugou bem as lágrimas, para que ele não notasse, pelo menos não de cara.

CW: Oi.
GG: Catherine, onde você se meteu? Pensei que não voltasse mais!
CW: Desculpe, fui procurar a enfermeira, mas a Lindsay me ligou e acabei demorando mais do que devia ao telefone. Apareceu alguma enfermeira?
GG: Sim, estou melhor. Você teve alguma notícia de Sara?

Catherine ficou sem saber o que dizer. Como explicar que ela estava justamente no mesmo hospital que ele? E o pior, que por culpa sua, perdera o bebê que nem mesmo Grissom, o pai, sabia.

CW: Ãh, ela está bem. Encontraram-na e a levaram para casa.
GG: Gostaria de vê-la. Sinto muita falta dela...
CW: Logo isso será possível.

O celular de Catherine tocou. Era Brass.

CW: Com licença, Gil, vou atender lá fora.

No corredor...

CW: Willows.
JB: Catherine, precisamos de você aqui. Houve uma ligação para o lab, informando de um seqüestro de Lady Heather.
CW: Sério?
JB: Encontramos o carro do qual ele se referiu. A intenção é invadir o lugar para resgatá-la.
CW: Certo, estou indo praí.
JB: Dê lembranças ao Gil.

Catherine voltou ao quarto e contou ao supervisor o que acontecera.

GG: Então vocês precisam agir rápido, não podem deixar Heather nas mãos de criminosos.
CW: Em momento algum pensei em não resgatá-la.
GG: Sei que você não vai muito com a cara dela, Catherine.
CW: Esqueça isso, Gil, o momento não é pra isso. Vou nessa!
GG: Mantenha-me informado.
CW: Ok.

Catherine reuniu-se a Brass juntamente com Warrick, Nick e Greg e os demais policiais. Conforme a descrição feita pelo anônimo, o carro preto era de grande porte.

JB: Preparem-se para invadir. Todos a postos – disse Brass por walk-talk. Agora!

Os policiais invadiram a casa, havendo uma grande troca de tiros entre eles e os bandidos. Foi quando o chefe dos bandidos apareceu na porta de um dos quartos segurando Heather, com um dos braços envolta do pescoço dela.

##: Saiam daqui senão ela morre!
JB: Você está blefando, meu caro!  
##: Experimente tenta fazer algo! Quer pagar pra ver?
JB: Solte a moça e nada vai lhe acontecer.
CW: Largue-a ou nós atiramos em você! – Catherine apontava a arma para o sujeito.
## (rindo): Tá de sacanagem comigo, né loirinha?!
CW: Não estou brincando.

Heather, num ímpeto e desespero de tentar se soltar, deu uma mordida no sujeito, que acabou por soltá-la, sendo baleado em seguida por Brass e Catherine. Enquanto os policiais o seguravam, Catherine levou Heather para fora da casa.

CW: Está tudo bem?
LH: Sim, estou. Obrigada por me salvarem. Como está Grissom?
CW: Está se recuperando no hospital.
LH: Preciso contar a verdade a ele.
CW: Que verdade?
LH: Desculpe, mas é pessoal.
CW: Entendo. Mas de qualquer forma, você terá de esperar que ele saia do hospital, um estresse poderia piorar o quadro dele.
LH: Eu compreendo.

Os dias se passaram e Grissom teve alta do hospital. Em seguida, a contragosto dos amigos, que achavam que ele deveria ficar mais em casa, voltou a trabalhar. Sara já estava em casa, recuperando-se da perda do bebê. Estava abatida, mas sabia que precisava seguir em frente. Não culpou Catherine por tê-la feito sentir as contrações que a fizeram perder o filho. Não haviam culpados, só um vazio no coração e na alma. A campainha tocou. Sara, que estava deitada em sua cama, foi, com algum esforço atender a porta.

SS: Richard?
RS: Ô minha linda, como você está? Telefonei pra você mas nunca obtinha resposta. Então eu liguei para o lab, onde me disseram que você esteve no hospital e... perdeu seu bebê.
SS: Vamos conversar, entre.

Richard entrou e estendeu os braços para abraçar a irmã. Naquele momento, tudo o que Sara estava precisando de fato era de um abraço sincero e carinhoso. Estava desempregada, sem o homem que amava, sem o filho que esperava e sentindo-se muito triste. Os dois ficaram abraçados por alguns minutos. Richard chorou discretamente e pôde ouvir os soluços quase silenciosos da irmã. Mas ele queria mostrar a ela que não mais estaria só, que agora ela fazia parte de uma família, e que seria a dela também.

SS: Desculpe chorar, mas estou me sentindo muito triste.

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