GG: Já disse que não estou morrendo,
Catherine. O importante é encontrarem Heather e Sara.
JB: Tudo bem, pessoal, vamos deixar o
Grissom ir para o hospital.
Eu assumo as investigações, em breve
teremos notícias para te dar, ok?
Grissom foi levado para o hospital. Após
sofrer uma cirurgia, foi para o quarto, onde iria se recuperar. Sedado, só via
Sara em seus pensamentos. Ela sorria feliz, linda e cheirosa. Por um instante
esqueceu que ela estava sumida. E no sonho, ela lhe dizia que esperava um
filho, e ele a abraçava, feliz e realizado. Tinha esse plano de ter filhos com
ela, mas antes disso, a pediria em casamento. Enquanto isso, em um lugar distante...
##¹: Pronto, já tenho você, cara Heather!
Os comparsas do sujeito a jogaram em um
colchão, amarrada.
LH: O que você quer de mim? – disse
furiosa.
##¹: Quero que você diga a todos que esse
filho que está esperando é meu!
JH: Você só pode estar brincando!
##¹: Qual é a sua, Heather? O que você
realmente quer daquele tal de Grissom?
LH: Eu o amo. Coisa que nunca senti por
você, seu idiota!
Ao dizer essas palavras, Heather foi
esbofeteada no rosto, ficando vermelho no local.
##¹: Por sua culpa tivemos de atirar no
cara. Só queríamos que você viesse naturalmente, mas como você se recusava a
vir, o seqüestro foi então necessário.
##²: É, e isso pode complicar para o nosso
lado. Se ele der com a língua nos dentes...
LH: Me tirem daqui, eu exijo!
##¹: Você não tem condição nenhuma de
exigir qualquer coisa. Mas a sua liberdade tem um preço, logo você
saberá.
Enquanto isso, Sara permanecia deitada no
asfalto deserto, ansiando por qualquer ajuda. Sentia dores na barriga e temia
pela vida do bebê que estava em sua barriga. O filho que fora gerado com tanto
amor, num momento de sublime paixão... Não, ele não poderia morrer, não era
justo! E o desejo de Sara se concretizou. Um carro, com uma família dentro,
parou e prestou socorro.
##: Moça, você está bem?
SS: Por favor... Salvem meu filho... Me
levem para um hospital.
##: É claro!
O jovem casal levou Sara até o hospital
mais próximo, que por coincidência era para onde Grissom fora levado. A equipe
de plantão foi rápida e levou-a para a sala de emergência, e com isso,
conseguiram segurar o bebê na barriga de Sara. Em seguida, levaram-na para o
quarto, onde, sedada, sonhava com Grissom. Onde ele estaria, e com quem? Quis o
destino que os dois, sem saber um do outro, estivessem no mesmo lugar. Ambos
estavam próximos às suas janelas, e a noite estava estrelada, romântica. Com os
olhos voltados para elas, suspiraram e imaginaram onde andaria o seu amor. Na
manhã seguinte, Grissom recebeu a visita de Catherine.
CW: Bom dia, Gil! Como se sente?
GG: Ainda dolorido, mas bem. Alguma
novidade do caso?
CW: Brass está na cola de um homem que
ligou para o lab. Ele tem informações do paradeiro de Heather, e disse que quer
falar com você. Como informei que você não poderia ir ao lab por uns dias, ele
disse que tornaria a ligar.
GG: E Sara?
CW: Nada, não temos a menor noção de onde
ela possa estar. Mas não se preocupe, iremos encontrá-la.
GG: Você poderia chamar uma enfermeira pra
mim? Estou sentindo um pouco de dor, gostaria de um analgésico.
CW: Porque não aperta o botão vermelho?
GG: Eu faria isso se estivesse funcionando.
CW: Ok, então devo procurá-la. Volto já,
não saia daí.
GG: Prometo não fugir daqui, Catherine!
A loira saiu em busca da enfermeira. Andou
pelo corredor, olhando as pessoas nos quartos, até que um rosto lhe pareceu
familiar. Voltou à porta e viu que... Sim, era Sara!
CW: Sara?
CW: Ei Cath, o que você faz aqui?
CW: Gil está internado neste hospital, não
sabia?
SS: O que aconteceu, Catherine?!
CW: Ele foi baleado tentando descobrir quem
pretendia seqüestrar Lady Heather.
Sara, ao ouvir “baleado” e “Lady Heather”
ficou ansiosa e nervosa a ponto de sentir contrações. Catherine notou que a companheira de trabalho
não estava bem e tentou ajudá-la:
CW: O que está sentindo, Sara? Me diga!
SS: Uma dor estranha na barriga, como se
fosse uma cólica.
CW: Calma! Aliás, eu nem sei o que você
está fazendo aqui, pode me dizer?
SS: Os caras que me pegaram me jogaram pra
fora do carro, e estou com medo de perder o meu bebê.
CW: Bebê? Quer dizer que você e o Gil...
SS: Estou grávida, Cath! Mas o Grissom não
sabe... Ai!
CW: Calma, Sara, que eu vou chamar algum
médico!
Poucos minutos depois, um médico entrou no
quarto.
DR: O que houve?
CW: Ela está sentindo dores na barriga e
parece que está tendo sangramento.
DR: Deixe-me ver isso.
O médico apalpou a barriga de Sara, que
chorava de dor.
DR: Parece que está havendo um aborto
espontâneo. Vou levá-la urgente para a sala de cirurgia pra ver se dá tempo de
salvar o bebê.
Catherine olhou para Sara com pena e
arrependimento por ter falado demais. A
perita foi levada rapidamente para a sala de cirurgia, mas infelizmente não
houve tempo de salvar o bebê, porque o sangramento era forte demais. Sedada, Sara
voltou para o quarto, onde adormeceu sem imaginar o que havia acontecido. Na
sala de espera, Catherine chorava, depois de saber que o bebê havia morrido. De
repente lembrou-se que Grissom havia pedido que fosse buscar uma enfermeira e
voltou ao quarto dele. Antes, enxugou bem as lágrimas, para que ele não
notasse, pelo menos não de cara.
CW: Oi.
GG: Catherine, onde você se meteu? Pensei
que não voltasse mais!
CW: Desculpe, fui procurar a enfermeira,
mas a Lindsay me ligou e acabei demorando mais do que devia ao telefone.
Apareceu alguma enfermeira?
GG: Sim, estou melhor. Você teve alguma
notícia de Sara?
Catherine ficou sem saber o que dizer. Como
explicar que ela estava justamente no mesmo hospital que ele? E o pior, que por
culpa sua, perdera o bebê que nem mesmo Grissom, o pai, sabia.
CW: Ãh, ela está bem. Encontraram-na e a
levaram para casa.
GG: Gostaria de vê-la. Sinto muita falta
dela...
CW: Logo isso será possível.
O celular de Catherine tocou. Era Brass.
CW: Com licença, Gil, vou atender lá fora.
No corredor...
CW: Willows.
JB: Catherine, precisamos de você aqui.
Houve uma ligação para o lab, informando de um seqüestro de Lady Heather.
CW: Sério?
JB: Encontramos o carro do qual ele se
referiu. A intenção é invadir o lugar para resgatá-la.
CW: Certo, estou indo praí.
JB: Dê lembranças ao Gil.
Catherine voltou ao quarto e contou ao
supervisor o que acontecera.
GG: Então vocês precisam agir rápido, não
podem deixar Heather nas mãos de criminosos.
CW: Em momento algum pensei em não
resgatá-la.
GG: Sei que você não vai muito com a cara
dela, Catherine.
CW: Esqueça isso, Gil, o momento não é pra
isso. Vou nessa!
GG: Mantenha-me informado.
CW: Ok.
Catherine reuniu-se a Brass juntamente com
Warrick, Nick e Greg e os demais policiais. Conforme a descrição feita pelo
anônimo, o carro preto era de grande porte.
JB: Preparem-se para invadir. Todos a
postos – disse Brass por walk-talk. Agora!
Os policiais invadiram a casa, havendo uma
grande troca de tiros entre eles e os bandidos. Foi quando o chefe dos bandidos
apareceu na porta de um dos quartos segurando Heather, com um dos braços
envolta do pescoço dela.
##: Saiam daqui senão ela morre!
JB: Você está blefando, meu caro!
##: Experimente tenta fazer algo! Quer
pagar pra ver?
JB: Solte a moça e nada vai lhe acontecer.
CW: Largue-a ou nós atiramos em você! –
Catherine apontava a arma para o sujeito.
## (rindo): Tá de sacanagem comigo, né
loirinha?!
CW: Não estou brincando.
Heather, num ímpeto e desespero de tentar
se soltar, deu uma mordida no sujeito, que acabou por soltá-la, sendo baleado
em seguida por Brass e Catherine. Enquanto os policiais o seguravam, Catherine
levou Heather para fora da casa.
CW: Está tudo bem?
LH: Sim, estou. Obrigada por me salvarem.
Como está Grissom?
CW: Está se recuperando no hospital.
LH: Preciso contar a verdade a ele.
CW: Que verdade?
LH: Desculpe, mas é pessoal.
CW: Entendo. Mas de qualquer forma, você
terá de esperar que ele saia do hospital, um estresse poderia piorar o quadro
dele.
LH: Eu compreendo.
Os dias se passaram e Grissom teve alta do
hospital. Em seguida, a contragosto dos amigos, que achavam que ele deveria
ficar mais em casa, voltou a trabalhar. Sara já estava em casa, recuperando-se
da perda do bebê. Estava abatida, mas sabia que precisava seguir em frente. Não
culpou Catherine por tê-la feito sentir as contrações que a fizeram perder o
filho. Não haviam culpados, só um vazio no coração e na alma. A campainha
tocou. Sara, que estava deitada em sua cama, foi, com algum esforço atender a
porta.
SS: Richard?
RS: Ô minha linda, como você está?
Telefonei pra você mas nunca obtinha resposta. Então eu liguei para o lab, onde
me disseram que você esteve no hospital e... perdeu seu bebê.
SS: Vamos conversar, entre.
Richard entrou e estendeu os braços para
abraçar a irmã. Naquele momento, tudo o que Sara estava precisando de fato era
de um abraço sincero e carinhoso. Estava desempregada, sem o homem que amava,
sem o filho que esperava e sentindo-se muito triste. Os dois ficaram abraçados
por alguns minutos. Richard chorou discretamente e pôde ouvir os soluços quase
silenciosos da irmã. Mas ele queria mostrar a ela que não mais estaria só, que
agora ela fazia parte de uma família, e que seria a dela também.
SS: Desculpe chorar, mas estou me sentindo
muito triste.
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