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Um deslize inconsequente - cap. 9


GG: Já disse que não estou morrendo, Catherine. O importante é encontrarem Heather e Sara.
JB: Tudo bem, pessoal, vamos deixar o Grissom ir para o hospital.
Eu assumo as investigações, em breve teremos notícias para te dar, ok?

Grissom foi levado para o hospital. Após sofrer uma cirurgia, foi para o quarto, onde iria se recuperar. Sedado, só via Sara em seus pensamentos. Ela sorria feliz, linda e cheirosa. Por um instante esqueceu que ela estava sumida. E no sonho, ela lhe dizia que esperava um filho, e ele a abraçava, feliz e realizado. Tinha esse plano de ter filhos com ela, mas antes disso, a pediria em casamento. Enquanto isso, em um lugar distante...

##¹: Pronto, já tenho você, cara Heather!

Os comparsas do sujeito a jogaram em um colchão, amarrada.

LH: O que você quer de mim? – disse furiosa.
##¹: Quero que você diga a todos que esse filho que está esperando é meu!
JH: Você só pode estar brincando!
##¹: Qual é a sua, Heather? O que você realmente quer daquele tal de Grissom?
LH: Eu o amo. Coisa que nunca senti por você, seu idiota!

Ao dizer essas palavras, Heather foi esbofeteada no rosto, ficando vermelho no local.

##¹: Por sua culpa tivemos de atirar no cara. Só queríamos que você viesse naturalmente, mas como você se recusava a vir, o seqüestro foi então necessário.
##²: É, e isso pode complicar para o nosso lado. Se ele der com a língua nos dentes...
LH: Me tirem daqui, eu exijo!
##¹: Você não tem condição nenhuma de exigir qualquer coisa. Mas a sua liberdade tem um preço, logo você saberá.

Enquanto isso, Sara permanecia deitada no asfalto deserto, ansiando por qualquer ajuda. Sentia dores na barriga e temia pela vida do bebê que estava em sua barriga. O filho que fora gerado com tanto amor, num momento de sublime paixão... Não, ele não poderia morrer, não era justo! E o desejo de Sara se concretizou. Um carro, com uma família dentro, parou e prestou socorro.

##: Moça, você está bem?
SS: Por favor... Salvem meu filho... Me levem para um hospital.
##: É claro!

O jovem casal levou Sara até o hospital mais próximo, que por coincidência era para onde Grissom fora levado. A equipe de plantão foi rápida e levou-a para a sala de emergência, e com isso, conseguiram segurar o bebê na barriga de Sara. Em seguida, levaram-na para o quarto, onde, sedada, sonhava com Grissom. Onde ele estaria, e com quem? Quis o destino que os dois, sem saber um do outro, estivessem no mesmo lugar. Ambos estavam próximos às suas janelas, e a noite estava estrelada, romântica. Com os olhos voltados para elas, suspiraram e imaginaram onde andaria o seu amor. Na manhã seguinte, Grissom recebeu a visita de Catherine.

CW: Bom dia, Gil! Como se sente?
GG: Ainda dolorido, mas bem. Alguma novidade do caso?
CW: Brass está na cola de um homem que ligou para o lab. Ele tem informações do paradeiro de Heather, e disse que quer falar com você. Como informei que você não poderia ir ao lab por uns dias, ele disse que tornaria a ligar.
GG: E Sara?
CW: Nada, não temos a menor noção de onde ela possa estar. Mas não se preocupe, iremos encontrá-la.
GG: Você poderia chamar uma enfermeira pra mim? Estou sentindo um pouco de dor, gostaria de um analgésico.
CW: Porque não aperta o botão vermelho?
GG: Eu faria isso se estivesse funcionando.
CW: Ok, então devo procurá-la. Volto já, não saia daí.
GG: Prometo não fugir daqui, Catherine!

A loira saiu em busca da enfermeira. Andou pelo corredor, olhando as pessoas nos quartos, até que um rosto lhe pareceu familiar. Voltou à porta e viu que... Sim, era Sara!

CW: Sara?
CW: Ei Cath, o que você faz aqui?
CW: Gil está internado neste hospital, não sabia?
SS: O que aconteceu, Catherine?!
CW: Ele foi baleado tentando descobrir quem pretendia seqüestrar Lady Heather.

Sara, ao ouvir “baleado” e “Lady Heather” ficou ansiosa e nervosa a ponto de sentir contrações.  Catherine notou que a companheira de trabalho não estava bem e tentou ajudá-la:

CW: O que está sentindo, Sara? Me diga!
SS: Uma dor estranha na barriga, como se fosse uma cólica.
CW: Calma! Aliás, eu nem sei o que você está fazendo aqui, pode me dizer?
SS: Os caras que me pegaram me jogaram pra fora do carro, e estou com medo de perder o meu bebê.
CW: Bebê? Quer dizer que você e o Gil...
SS: Estou grávida, Cath! Mas o Grissom não sabe... Ai!
CW: Calma, Sara, que eu vou chamar algum médico!

Poucos minutos depois, um médico entrou no quarto.

DR: O que houve?
CW: Ela está sentindo dores na barriga e parece que está tendo sangramento.
DR: Deixe-me ver isso.

O médico apalpou a barriga de Sara, que chorava de dor.

DR: Parece que está havendo um aborto espontâneo. Vou levá-la urgente para a sala de cirurgia pra ver se dá tempo de salvar o bebê.

Catherine olhou para Sara com pena e arrependimento por ter falado demais.  A perita foi levada rapidamente para a sala de cirurgia, mas infelizmente não houve tempo de salvar o bebê, porque o sangramento era forte demais. Sedada, Sara voltou para o quarto, onde adormeceu sem imaginar o que havia acontecido. Na sala de espera, Catherine chorava, depois de saber que o bebê havia morrido. De repente lembrou-se que Grissom havia pedido que fosse buscar uma enfermeira e voltou ao quarto dele. Antes, enxugou bem as lágrimas, para que ele não notasse, pelo menos não de cara.

CW: Oi.
GG: Catherine, onde você se meteu? Pensei que não voltasse mais!
CW: Desculpe, fui procurar a enfermeira, mas a Lindsay me ligou e acabei demorando mais do que devia ao telefone. Apareceu alguma enfermeira?
GG: Sim, estou melhor. Você teve alguma notícia de Sara?

Catherine ficou sem saber o que dizer. Como explicar que ela estava justamente no mesmo hospital que ele? E o pior, que por culpa sua, perdera o bebê que nem mesmo Grissom, o pai, sabia.

CW: Ãh, ela está bem. Encontraram-na e a levaram para casa.
GG: Gostaria de vê-la. Sinto muita falta dela...
CW: Logo isso será possível.

O celular de Catherine tocou. Era Brass.

CW: Com licença, Gil, vou atender lá fora.

No corredor...

CW: Willows.
JB: Catherine, precisamos de você aqui. Houve uma ligação para o lab, informando de um seqüestro de Lady Heather.
CW: Sério?
JB: Encontramos o carro do qual ele se referiu. A intenção é invadir o lugar para resgatá-la.
CW: Certo, estou indo praí.
JB: Dê lembranças ao Gil.

Catherine voltou ao quarto e contou ao supervisor o que acontecera.

GG: Então vocês precisam agir rápido, não podem deixar Heather nas mãos de criminosos.
CW: Em momento algum pensei em não resgatá-la.
GG: Sei que você não vai muito com a cara dela, Catherine.
CW: Esqueça isso, Gil, o momento não é pra isso. Vou nessa!
GG: Mantenha-me informado.
CW: Ok.

Catherine reuniu-se a Brass juntamente com Warrick, Nick e Greg e os demais policiais. Conforme a descrição feita pelo anônimo, o carro preto era de grande porte.

JB: Preparem-se para invadir. Todos a postos – disse Brass por walk-talk. Agora!

Os policiais invadiram a casa, havendo uma grande troca de tiros entre eles e os bandidos. Foi quando o chefe dos bandidos apareceu na porta de um dos quartos segurando Heather, com um dos braços envolta do pescoço dela.

##: Saiam daqui senão ela morre!
JB: Você está blefando, meu caro!  
##: Experimente tenta fazer algo! Quer pagar pra ver?
JB: Solte a moça e nada vai lhe acontecer.
CW: Largue-a ou nós atiramos em você! – Catherine apontava a arma para o sujeito.
## (rindo): Tá de sacanagem comigo, né loirinha?!
CW: Não estou brincando.

Heather, num ímpeto e desespero de tentar se soltar, deu uma mordida no sujeito, que acabou por soltá-la, sendo baleado em seguida por Brass e Catherine. Enquanto os policiais o seguravam, Catherine levou Heather para fora da casa.

CW: Está tudo bem?
LH: Sim, estou. Obrigada por me salvarem. Como está Grissom?
CW: Está se recuperando no hospital.
LH: Preciso contar a verdade a ele.
CW: Que verdade?
LH: Desculpe, mas é pessoal.
CW: Entendo. Mas de qualquer forma, você terá de esperar que ele saia do hospital, um estresse poderia piorar o quadro dele.
LH: Eu compreendo.

Os dias se passaram e Grissom teve alta do hospital. Em seguida, a contragosto dos amigos, que achavam que ele deveria ficar mais em casa, voltou a trabalhar. Sara já estava em casa, recuperando-se da perda do bebê. Estava abatida, mas sabia que precisava seguir em frente. Não culpou Catherine por tê-la feito sentir as contrações que a fizeram perder o filho. Não haviam culpados, só um vazio no coração e na alma. A campainha tocou. Sara, que estava deitada em sua cama, foi, com algum esforço atender a porta.

SS: Richard?
RS: Ô minha linda, como você está? Telefonei pra você mas nunca obtinha resposta. Então eu liguei para o lab, onde me disseram que você esteve no hospital e... perdeu seu bebê.
SS: Vamos conversar, entre.

Richard entrou e estendeu os braços para abraçar a irmã. Naquele momento, tudo o que Sara estava precisando de fato era de um abraço sincero e carinhoso. Estava desempregada, sem o homem que amava, sem o filho que esperava e sentindo-se muito triste. Os dois ficaram abraçados por alguns minutos. Richard chorou discretamente e pôde ouvir os soluços quase silenciosos da irmã. Mas ele queria mostrar a ela que não mais estaria só, que agora ela fazia parte de uma família, e que seria a dela também.

SS: Desculpe chorar, mas estou me sentindo muito triste.

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