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Um deslize inconsequente - cap. 3



GG: Bom dia, honey!
SS: Hum... Bom dia. Que horas são?
GG: Passam das dez.
SS: Já são dez da manhã? Griss, temos que ir para o lab!
GG: Esqueceu que estamos suspensos pelo idiota do Ecklie?
SS: É mesmo.
GG: Que tal sairmos para almoçar fora?
SS: É uma idéia interessante.  Ok, senhor resolvido, vamos tomar um banho então?
GG: Hum... É uma idéia mais do que tentadora.

Os dois se banharam e seguiram para um restaurante no centro da idade. Como estava quente, ficaram perto da porta, pra sentir a brisa e aliviar o calor. Sara comia sua salada e Grissom, um belo bife com batatas fritas, a contragosto da mulher vegetariana. A conversa seguia tranqüila, até a entrada de uma pessoa no restaurante que deixou Grissom sem saber o que pensar. Justamente Heather entrara no recinto, sozinha. Sara não viu quando os olhares se cruzaram. O supervisor queria enfiar a cara debaixo da mesa, tamanho o desconcerto. Como a ruiva viu que ele estava acompanhado, não fez menção de ir falar com ele. Assim que ela se afastou, Sara olhou para o namorado, que estava visivelmente sem jeito.

SS: Aconteceu alguma coisa, Griss?
GG: Hein?
SS: Está distraído, o que foi?
GG: Não foi nada. Honey, vou chamar o garçom para pedir a conta.
SS: Ótimo! Enquanto isso, vou ao toalete.
GG: Faça isso.

Sara saiu do sanitário e foi lavar as mãos na pia. Enquanto as esfregava, uma voz não muito estranha lhe falou:

LH: Sara Sidle?

Sara olhou pelo espelho e viu Heather olhando-a. Virou-se para falar com ela.

SS: Heather?
LH: Prazer em revê-la.
SS: Sinceramente não esperava revê-la no banheiro de um restaurante.
LH: Muito menos eu. Mas a vida é assim. Vejo que está bem acompanhada pelo Grissom.
SS: Sim.
LH: Parece que ele se encontrou em você, ou estou errada?
SS: Não estou entendendo aonde você quer chegar.
LH: Nada de mais, só conjucturei.
SS: Se me der licença, Grissom está esperando por mim.
LH: Fique à vontade.

Sara saiu do banheiro, ainda surpresa com o encontro com Heather.

GG: Tudo bem?
SS: Sim.
GG: Ótimo, podemos ir.

Os dois seguiram para o carro, indo direto para a casa de Sara. Cada qual com seu pensamento, mas em ambos os casos, envolvia a ruiva. Sara nunca ficava à vontade perto de Heather, e Grissom ficava desconcertado na frente dela, embora não a amasse, porém a atração física era intensa. Três semanas mais tarde...

SS: Honey, hoje é o jantar na casa da Cath. Você irá, certo?
GG: Sim, claro. Mas vou passar em casa e de lá sigo pra casa dela. Você pode ir na minha frente.
SS: Tudo bem.

Após o turno acabar, Sara foi pra casa se arrumar para o jantar na casa de Catherine. Grissom seguiu pra casa e tomou um bom banho. Vestiu uma roupa apresentável, afinal, sua namorada estaria por lá, queria causar uma boa impressão. Penteou os cabelos, passou um perfume e foi para a sala pegar as chaves. Foi quando a campainha tocou.

GG: Heather? O que você... faz aqui? – ele ficou surpreso.
LH: Precisava falar com você.
GG: Olha, eu estou saindo nesse momento.
LH: Não vou tomar muito do seu tempo, eu garanto.
GG: Ok, entre.

Heather entrou e ficou observando a sala, repleta de fotos de Sara em todos os cantos.

GG: Sente-se.
LH: Não, obrigada, fico melhor de pé. O assunto será rápido.
GG: Então diga o que você quer.

A ruiva deu um suspiro e enfim falou:

LH: Grissom, estou esperando um filho seu.
GG: Como é?!
LH: Naquela noite, em minha casa, quando você acordou ao meu lado na casa...

Grissom apertou os olhos, com os dedos segurando-os. A bomba explodiu em sua cabeça e as conseqüências seriam desastrosas.

GG: Tem certeza do que está falando, Heather?
LH: Aqui está o exame, caso tenha dúvidas.
GG: Não sabia que você ainda estava fértil.
LH: Mas estou.

O supervisor sentou-se no sofá, completamente atordoado. O que fizera, céus? Engravidara uma mulher por quem só sentia uma atração física, nada além disso. Amor era somente por Sara. Sara... Como ela reagiria a essa bomba? Como ao menos diria a ela?

GG: Heather...
LH: Grissom, vim apenas lhe informar sobre o acontecimento. Mas não quero nada de você, sou uma mulher independente.
GG: O filho é meu, Heather. E como pai, tenho o dever de sustentá-lo. Essa criança não foi planejada, mas veio. E se veio, tenho de ser homem e garantir o futuro dela, ou dele.
LH: E quanto a Sara?
GG: O que tem?
LH: Ela é sua namorada, ou mulher, certo? Acho que ela não vai gostar de vê-lo sendo pai do filho de outra mulher.
GG: Sara é assunto meu. Heather, precisamos conversar com mais calma depois.
LH: Bem, não vou mais tomar seu tempo. Vou nessa.

Assim que Heather saiu, Grissom deu um longo suspiro. Cometera um impensável e terrível deslize, que poria seu relacionamento com Sara em perigo. Como a encararia dali pra frente? Pensando nisso, acabou adormecendo, esquecendo que havia pessoas lhe esperando na casa de Catherine. Especialmente Sara. E ela estava sentindo a demora de Grissom.

CW: Será que Gil não vem?
SS: Ele disse que ia só se arrumar e que logo estaria aqui. Vou ligar de novo pra ver o que está acontecendo.

O celular tocou, despertando-o do sono.

GG: Grissom.
SS: Você não vem, honey?
GG: O que? Como?
SS: Estou te esperando na casa da Cath. É o jantar dela, esqueceu?
GG: Ah sim, já vou praí. Não demoro.

Grissom desligou o celular e pegou as chaves. Nem queria ir a esse jantar, pois não saberia como encarar Sara depois do que ouvira de Heather, mas também sabia que não poderia fugir para sempre. Cerca de vinte minutos depois, ele chegou à casa de Catherine.

CW: Ei! Pensávamos que não vinha mais. Ia desistir do jantar, é?
GG: Estou aqui, Catherine.

Sara veio até Grissom, enquanto Catherine fazia as honras da casa.

SS: Estava quase indo embora, juro!
GG: Estou aqui, honey. Não precisa se preocupar.

Sara não quis falar, mas era evidente que Grissom estava diferente. Tenso, calado. Definitivamente, ele escondia algo. Não quis insistir para não estragar a noite. Mas iria ter uma conversa com ele tão logo tivesse uma oportunidade. O casal se despediu de todos, assim que terminou o jantar, e seguiu, para a casa de Sara. Ela estava cheia de desejos e paixão, queria fazer amor com Grissom, que ainda se encontrava tenso. Sara beijava o pescoço dele, a nuca, enquanto suas mãos iam tirando a camisa dele. Mas Grissom não podia deixar de se entregar às delícias da paixão por Sara, pois ela era a sua mulher, a quem amava, apesar das besteiras que andava cometendo. Não resistiu e foi para o quarto com ela, onde se amaram por toda a noite. Na manhã seguinte, Sara acordou disposta e feliz, pois sempre que adormecia nos braços do homem que amava seu coração ficava em paz e mais apaixonado. Virou-se para Grissom e o encontrou acordado.

SS: Já acordado?
GG: Na verdade, nem dormi direito.
SS: Porque?
GG: Problemas a resolver, Sara.
SS: Está acontecendo alguma coisa que eu não estou sabendo?
GG: Não, porque?
SS: Você está estranho por demais. Sei lá, distante, tenso, calado... Pensa que não percebi ontem, na casa da Cath?
GG: Vou tomar um banho, Sara. Vamos acabar chegando atrasados ao lab.
SS: Ok.

Enquanto Grissom seguiu para o banheiro, sério, Sara ficou sentada na cama, nua, atordoada com o comportamento esquisito do namorado. Não era possível ele estar agindo daquela forma depois de uma noite de amor intensa, com beijos molhados e orgasmos múltiplos. Alguma coisa ele estava escondendo, agora não era mais suspeita, e sim uma certeza. Mas não iria lhe perguntar nada, iria fazer sua própria investigação. O que quer que descobrisse, saberia ser forte e suportar. Será? Assim que saiu do banho, Grissom encontrou Sara ainda nua, sentada na cama.

GG: Vai se atrasar desse jeito, Sara.
SS: Não se preocupe, sou rápida, não demoro no banho.
GG: Bem, então já vou. Te encontro no lab.
SS: Ok.

Grissom despediu-se de Sara com um selinho e saiu. A perita sentiu seu coração doer, pela forma fria como estava sendo tratada. Como chorar não lhe trazia o pão de cada dia, enxugou com os dedos uma gota travessa que lutou e conseguiu escorrer em sua face. Depois, seguiu para o banheiro, onde tomou um banho gelado. Vestiu-se, penteou os cabelos dos quais tinha orgulho, pegou as chaves e saiu. Antes de ir para o lab, parou numa padaria e comprou donuts e capuccino. Ia abrindo a porta do carro quando escutou alguém chamar seu nome.

##: Sara Sidle?

Sara virou-se e deu de cara com um homem bonito e elegante em seu terno cinza. Apesar de não o conhecer, a fisionomia dele não lhe era estranha.

SS: Sou eu. Você me conhece?
RS: Sim, claro. Já ouvi falar de você várias vezes, então decidi vir à Vegas para conferir.
SS: Quem é você?
RS: Não está me reconhecendo, não é mesmo?
SS: Sinceramente, não.
RS: Você conhece estas pessoas aqui?

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