SS: Tudo bem, Cath. Vou aguardá-lo aqui.
Sara desligou o telefone e foi dormir,
cansada de esperar por alguém que, tinha certeza, não viria mais. Na casa de
Heather, Grissom continuava sentindo tonturas.
LH: Deite-se, você está exausto.
A ruiva tocou os ombros do supervisor com
as mãos suaves que tinha. Ele deu uma olhada no robe preto de seda que ela
vestia, mostrando um decote com os seios firmes dela. Heather percebeu e
começou o jogo.
LH: Lembra-se deles?
GG: Do que você está falando?
LH:
Sei que você olhou para meus seios.
GG: Passei os olhos, é diferente.
Num ato ousado, Heather retirou o robe e
deixou sua lingerie preta à mostra, fazendo com que Grissom tivesse uma ereção
involuntária com a cena.
GG: O que você pretende, Heather? Preciso
descansar.
LH: Tem certeza de que é o que quer neste
momento? – ela sussurrou ao pé do ouvido dele, causando-lhe um arrepio pelo
corpo.
Sentindo-se intimado a entrar no jogo,
Grissom segurou a cintura da ruiva, levantou-se e a jogou na cama, para em
seguida começar a tirar peças de roupa que vestia. Completamente nu, retirou a
parte de baixo da lingerie e encostou seu membro ereto na entrada da vagina
dela, roçando e ameaçando entrar. Heather, com as pernas abertas, começou a
gemer, completamente excitada. Grissom a beijou com vontade e em seguida a penetrou profundamente. O sexo rolou como nos velhos tempos, quando
ele não estava com Sara... Quando ainda não tinha ao seu lado uma mulher que o
amava e que, àquela hora, dormia sentindo a antiga solidão respirar ao seu lado
na cama. Em outra cama, Grissom fazia sexo com outra mulher, e naquele momento,
pôs dentro dessa mulher o que era para ser em Sara. Após o orgasmo, os dois
relaxaram. Heather estava realizada. Desejava Grissom, e estar nos braços dele
era sentir-se no céu. Não o amava, mas o sexo com ele era sempre prazeroso. Cansado, Grissom adormeceu, vindo a acordar
na manhã seguinte. Abriu os olhos e viu a claridade do sol que
entrava no quarto.
GG: Sara? Você está aí?
LH: Sara?!
O supervisor levou um enorme susto ao dar de
cara com Heather. Olhou ao redor e percebeu que não estava na casa de Sara.
GG: O que estou fazendo aqui, Heather?
LH: Você dormiu aqui, não se lembra?
GG: Eu devia estar com Sara, na casa dela.
Como vim parar aqui?
LH: Você bebeu, Grissom? Ontem você veio
aqui, e como estava chovendo, ficou esperando.
GG: Nós... transamos?
LH: Parece-lhe óbvio?
GG: Céus!
LH: O que foi?
GG: Como o que foi? Sara! Ela está me
esperando. Acho que agora, não está mais. Não apareci em sua casa.
Grissom vestiu-se rapidamente e saiu do
quarto. Heather o seguiu.
LH: Vai embora?
GG: O que você acha, Heather?
LH: Depois de passar a noite comigo, vai me
deixar falando sozinha?! – ela aumentou o tom da voz.
GG: Escute aqui! O que aconteceu foi um
erro, minha vinda aqui já foi um desastre, e eu não sei como vou ficar depois
de hoje!
Não complique as coisas, Heather!
LH: Está doido pra ir vê-la, não é?
GG: Porque a objeção? Sara é minha noiva,
eu a amo, sabe disso.
LH: Não pretende voltar, Grissom?
GG: Heather, eu nem sei como fui parar na
sua cama. Mas sei que tenho alguém esperando por mim. O que tivemos no passado
pertence ao passado. Siga seu caminho e, por favor, me deixa seguir o meu com
Sara.
Grissom saiu da casa de Heather, deixando-a
arrasada com o fora. No caminho pra casa, o supervisor não
conseguia tirar Sara da cabeça. Imaginava o quão magoada ela deveria estar, e
qual seria a reação dela ao se verem no lab. Em casa, tomou um banho gelado pra
esfriar um pouco a cabeça e se lembrar como
foi parar na cama de Heather. Enquanto se ensaboava, a imagem de Sara apareceu. Automaticamente as mãos desceram para o
órgão sexual, e começou uma masturbação incontrolável, para ver se tirava todo
o estresse passado. A voz rouca da perita estava permanente em sua mente, como
uma tatuagem na pele. Depois que se vestiu, seguiu para o lab. Não comera nada,
nem tinha fome.
CW: Nossa, pensei que não vinha mais!
GG: Porque? Estava me esperando?
CW: Ué, não deveríamos? Gil, aconteceu
alguma coisa? Está tão sério!
GG: Não houve nada, Catherine. Onde estão
todos?
CW: Como sempre, na sala de convivência.
Menos Sara.
GG: Sara não veio ao lab?
CW: Veio, mas não está lá.
GG: Onde ela está então?
CW: Acho que no lock. Mas...
Grissom nem esperou Catherine terminar e
foi diretamente ao lock. Sara estava por lá, arrumando suas coisas no armário.
GG: Sara.
A perita olhou para o supervisor com o
olhar bem frio. Vê-lo era algo que não desejava fazer tão cedo, estava magoada,
ferida, sentindo-se deixada para trás. Voltou-se para o armário.
GG: Preciso falar com você.
SS: Tem certeza disso, Grissom?
GG: Entendo que você esteja chateada
comigo, mas preciso falar com você. É importante.
SS: Se quisesse realmente falar comigo,
teria ido à minha casa ontem.
GG: Não deu, Sara; estou sendo honesto.
SS: E por que não ligou? Fiquei te
esperando um tempão!
GG: Eu apaguei, Sara. Literalmente!
SS: Sei...
Ele se aproximou dela e a tocou com
carinho. Estava, de fato, arrependido por ter ido à casa de Heather. Só que
ainda não sabia como contar a ela da visita até lá. Mas Sara estava arredia,
fria, com mágoa no olhar e no coração; uma desculpa ou um perdão vindos da
parte dela à essa altura seria quase impossível.
GG: Honey... Eu te amo! Quero sentar e
conversar com você, explicar as coisas...
SS: Me larga, Grissom! Não me toque, por
favor!
GG: Sara!
Ela saiu do lock quase em prantos. Grissom
foi atrás, e a discussão continuou pelo corredor do lab, fazendo com que as
pessoas, mesmo sem querer, ouvissem toda a briga entre os dois amantes.
GG: Quer me escutar um minuto?!
SS: Não temos nada pra conversar, Grissom!
Não mais! Você me deixou falando sozinha, plantada, te esperando!
GG: Por favor, vamos conversar na minha
sala, as pessoas estão nos ouvindo discutir.
SS: Quero que todos se danem!
Catherine e os outros foram ver que
discussão era aquela que estava acontecendo no corredor.
CW: Ei, mas que escândalo é essa no
corredor? Sara, porque esse tom de voz?
SS: Não se meta, Cath!
CW: Me meto sim! Todo mundo está vendo o
escândalo que vocês estão fazendo!
GG: Warrick, leve Catherine daqui.
CW: Não precisa, Warrick, eu saio por mim
mesma!
Catherine se afastou, com uma expressão
nada boa.
GG: Vocês também, podem ir trabalhar!
Antes que as pessoas começassem a se
dispersar, Sara olhou para Grissom e depois saiu. Estava envergonhada pelo
papelão que ambos causaram por conta de uma discussão de amantes. Ligou o carro
e seguiu para casa, precisava esfriar a cabeça. Enquanto dirigia, algumas
lágrimas teimosas insistiam em querer rolar em sua face, mas como uma mulher
forte que era (pelo menos aparentemente), engoliu firme a vontade de chorar e
sentir carência. Enquanto isso, no lab, Grissom estava recluso em sua sala, não
queria sentir olhares alheios pra cima de sua pessoa. Minutos mais tarde, Catherine
bateu na porta.
GG: Entre.
CW: Gil, o Ecklie mandou te dizer uma
coisa.
GG (suspirando): O que ele quer?
CW: Pediu pra dizer que você e Sara estão
suspensos.
GG: Como?!
CW: É isso aí. Ele não gostou de saber que
você e ela andaram discutindo aos berros pelo corredor. Disse que isso estraga
a imagem do lab.
GG: Oras, nem ele e nem ninguém sabe o que
realmente aconteceu pra ficar especulando!
Vou falar com ele sobre a suspensão. Como o lab vai ficar?
CW: Me colocou em seu lugar enquanto
estiver suspenso.
GG: Bastante conveniente.
CW: Como?
GG: Catherine, sei melhor do que qualquer
um que você tem o sonho de chegar a supervisora. Que momento seria mais
propício do que esse?
CW: O que você está querendo dizer com
isso, Gil? Acha que eu fiz fofoca de vocês ao Ecklie pra que fossem suspensos?
GG: Sei que não faria isso. Bem, estou
indo. Você vai pra casa?
CW: Sim, preciso ficar com a Lindsay, ela
está meio febril.
GG: Melhoras a ela.
CW: Obrigada. Vai pra casa?
GG: Só há um lugar no mundo onde quero e
preciso estar agora!
CW: Hum?
Sara saiu do banho e foi até o quarto.
Vestiu uma camiseta, uma calcinha de renda preta e um shortinho curto, mas
largo, que a deixava sensual sem ser vulgar. Ia saindo para a sala quando a
campainha tocou. Olhou no olho mágico, não viu ninguém, a não ser um matagal
verde. Curiosa, abriu a porta. Viu um enorme buquê de flores à sua frente, e um
Grissom com expressão de menino que pede colo.
GG: É sábio dos sábios dar uma segunda
chance a alguém. Ainda mais sendo a quem se ama...
Sara o olhou incrédula. Depois de toda a
discussão que tiveram, ele ainda teve a coragem da dar as caras?
GG: Sara...
SS: Grissom, acho melhor não...
GG: Não me ama mais, honey?
SS: Ãh, eu...
GG: Ok, estou indo.
Ele virou-se e ia se aproximando da
calçada, quando Sara correu até ele e o beijou intensamente.
GG: Sara... Tem certeza de que...
SS: Shii!! – ela passou o dedo nos lábios
de Grissom – Não diga nada, venha comigo.
Sorridente, ele aceitou ser levado pelas
mãos de Sara, que o guiou até o quarto, onde fizeram as pazes da maneira mais
gostosa que o amor poderia proporcionar: na cama! Os dois se amaram como nunca,
em clima de total paixão, esquecendo-se que tiveram uma briga séria. Após gozar
deliciosamente em Sara, Grissom encostou a cabeça no peito dela e adormeceu,
sentindo o coração bater no mesmo compasso que o da amada. Na manhã seguinte,
os dois acordaram bem dispostos.
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