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Inesperado reencontro - cap. 16



JC: Você é mesmo pontual, hein?
GG: Como pode ver, tenho palavra. Agora quero a sua.
JC: Ok. O que quer de mim?
GG: A verdade. Foi você quem sabotou o carrossel.
JC: Ah, aquilo. Sim, fui eu. Mas a mando de outra pessoa.
GG: E quem seria?
JC: Essa pessoa já está morta, de que adianta?
GG: Tudo é relevante num caso. Qual o nome do mandante?
JC: Ryan Sidle.
GG: Sidle? Algum parente de Sara?
JC: Irmão dela.
GG: Sara nunca comentou a respeito.
JC: Eles seguiram rumos diferentes após a morte do pai. E agora, depois de tantos anos, se reencontraram.
GG: Você parece saber muito da vida dela, não?
JC: Parece que você não está se lembrando de mim. Meu nome é James Crouch, estudava com Sara em Harvard.
GG: O idiota que tentava seduzi-la?
JC: Não sou idiota e nem tentei seduzi-la! Ela é minha. Ontem eu a tive em meus braços.

Grissom parecia que iria explodir, de tão vermelho que ficou. O ódio estava em seus olhos.

JC: E quer saber? Foi muito bom!
GG: Você está blefando!
JC: Blefando, eu? Não, meu caro. Foi ótimo tirar a calcinha de Sara e entrar gostoso dentro dela.

Grissom ia dizer algo, mas um grito abafado foi ouvido. Era Catherine que se assustara ao ouvir aquilo. Rapidamente levou as mãos à boca, mas James ouvira.

JC: Você trouxe alguém, eu ouvi!
GG: Impressão sua.
JC: Não minta! – e sacou a arma para Grissom.
Brass pôs os homens em posição de ataque e os csi’s se preparavam para entrar em cena também. Todos estavam apreensivos com o resultado daquilo.

JC: Tire sua arma do bolso, senhor gostosão! Agora!

Devagar, Grissom retirou a arma e a pôs no chão. Depois, ainda bem devagar, levantou as mãos, em sinal de paz.

JC: Acho que vou matar você. Assim, me dará prazer ver seu sangue escorrer pelo chão.
JB: Largue a arma, rapaz – Brass apontava a arma para James.
JC: Quem é o vovô aí?
GG: Mais respeito com o Brass, ele é chefe da polícia de Las Vegas.
JC: Há há há, conta outra! E ele pode ser Barack Obama que não vai me impedir de te matar.
SS: Grissom! Cuidado!

O grito que Sara deu desviou a atenção para ela. No instante em que ela gritou, com a cabeça pra fora do carro, James se virou para ela. Brass então jogou uma arma para Grissom. Naquele momento, todos estavam na cena.

JC: Eu vou te matar, desgraçada!
GG: Ah, não vai não.

James virou-se para Grissom, que atirou contra seu peito. O homem deu um grito e caiu no chão. Em seguida, os policiais foram até ele, socorrê-lo. Grissom correu até o carro e encontrou Sara completamente descabelada, com as roupas rasgadas e cheirando não muito bem. Abriu a porta e a abraçou, tentando segurar as lágrimas de saudade. Sara não resistiu e caiu no choro, principalmente por que não esquecia a cena do estupro. Os outros csi’s e Brass se aproximaram.

CW: Como está, Sara?
GG: Catherine, não acho que seja uma boa hora para falar com ela. Preciso levá-la ao hospital. Você dirige?
CW: Claro. Vamos então.
JB: Sara, quando você estiver em condições, será chamada pra depor, ok?

Aos poucos, todos foram saindo do lugar. Catherine assumiu a direção e foi dirigindo até Vegas. Grissom acolhia Sara em seus braços no banco de trás da suv. Assim que chegaram à cidade, Grissom foi direto para o hospital com Sara. Assim que ela foi levada pelas enfermeiras, sentou-se no sofá, na sala de espera, e desabou. Estava exausto e visivelmente chateado por ver a amada naquela situação. Catherine sentou-se ao lado dele.

CW: Porque você não vai descansar? Está exausto, é evidente!
GG: Não, Catherine. Agora que Sara está aqui, não sairei do lado dela. Mas se você quiser ir pra casa, fique à vontade.

Assim que Catherine saiu, Grissom encostou a cabeça no encosto do sofá e fechou os olhos. Tudo o que ele queria era estar com Sara em casa, cuidando e brincando com o filho que devia estar sentindo muito a falta da mãe. Quando teve permissão pra ver a amada, respirou fundo e entrou no quarto. Machucada e exausta, Sara dormia. A enfermeira explicou o quadro clínico dela.

##: A paciente estava desidratada e fraca, devia estar há horas sem comer. No entanto, o que mais chama a atenção e preocupa é o lado psicológico. Ela está nervosa e chora à toa. E ainda por cima, houve violência sexual.
GG: Como é?
##: Verificamos o órgão genital dela, como de praxe, até para poder limpá-la, e vimos sangramento e um corte. Não podia ser menstruação por causa do ferimento. E também porque ela chorava toda vez que se tocava ali.

Grissom estava pasmo. Não sabia se abraçava Sara profundamente a ponto de nunca mais soltá-la, para protegê-la, ou se ia ao hospital onde o cretino estava internado, antes de ir para a cadeia, e o matava. Assim que ficou sozinho com Sara e ela acordou, sorriu como da primeira vez. Mesmo fraca, Sara pronunciou algumas palavras, sentindo-se culpada por tudo.

SS: Griss, me perdoe. Foi culpa minha. Ele me usou, me violentou. Eu...

Grissom tocou os lábios da amada, não deixando-a terminar de falar.

GG: Vai ficar tudo bem. Eu amo você, Sara, e nada vai mudar meu amor por você. Nada que me confessar me fará te amar menos. Por que meu amor por você é tão grande que é o sangue que faz meu coração bombardear todos os dias. E quando sair daqui, vamos fazer uma viagem para que você espaireça a cabeça e se divirta um pouco.

Sara sorriu, feliz por saber ser tão amada por seu homem. Depois que ela teve alta e foi para casa, Grissom pediu licença de quinze dias do lab e viajou com Sara e Billy paraa Europa. Foram a Amsterdam, Roma, Hamburgo e, é claro, não poderiam deixar de ir a Paris. Aquela cidade era mágica. Foi lá que geraram o maior tesouro de suas vidas: o pequeno Billy. E quem sabe outros acontecimentos inesquecíveis não viriam?

Fim


















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Inesperado reencontro - cap. 15



JC: Ei, calma, minha flor. Ficar nervosa não vai adiantar! Não, eu não entrei no seu quarto, mas havia uma fresta que dava pra ver tudo. Vi como ele te penetrava, como você abria as pernas pra ele, como as colocava nas costas dele...

Sara não sabia onde enfiar a cara de tanta vergonha e ódio daquele sujeito. Onde já se viu espionar seu momento íntimo com o homem de sua vida? E que ele havia guardado isso por tantos anos pra falar que viu tudo! E James continuou:

JC: Ah, mas eu ficava excitado com os seus orgasmos... Era cada um mais intenso que o outro que me deixava doido... Confesso que passei esses anos todos sonhando com você, que estava dando umas dentro de ti, gozando, te tocando...

Sara sentia tanto horror com aquele papo que tinha vontade de vomitar.

JC: Mas sabe, nunca perdi a esperança de te reencontrar, de poder te conquistar.
SS: Esqueça! Eu nunca vou ser sua! Deveria saber que sou casada.
JC: Sim, eu sei. Com o nerd que te comia na faculdade.
SS: Oras, seu...

Sara tentava se livrar das cordas pra dar uns bons tabefes no sujeito, mas como fora muito bem amarrada, livrar-se delas seria praticamente impossível. No entanto, James era tão mal-caráter que amarrou um lenço na boca de Sara e foi pra cima dela. Por mais que tentasse chutar, fazer o diabo pra que ele não se aproximasse, James arrancou a calça e a calcinha da perita, consumando o estupro. E a violentou sexualmente com tanta força que houve sangramento. Sara só sabia chorar descontroladamente. Depois do ato, James se vestiu ajeitou as roupas em Sara e saiu do quarto onde ela estava, deixando-a numa enorme crise nervosa, traumatizada pelo que acabara de lhe acontecer. No parque, Nick e Warrick analisavam o carro de Sara, buscando alguma evidência. Grissom e Brass especulavam sobre o caso.

JB: Você consegue imaginar o que aconteceu com Sara, Grissom?
GG: Não, Brass, e se eu tentar pensar nisso, vou ficar doido. Não saber o que se passa com ela é angustiante.
JB: Vamos trazê-la de volta, de onde ela estiver – Brass deu um tapinha amigável no ombro do supervisor.

Enquanto isso, no lugar distante...

JC: Sara, querida, tem alguém querendo falar com você.

Sara, àquela altura, sem nenhuma força, estava desamarrada das cordas, deitada no colchão. Um dos capangas lhe trouxera comida e água, mas, fraca como estava, ainda não havia tocado em nada.

JC: Sara! Ei! Abra os olhos, tem alguém aqui.
##: Deixe-me a sós com ela, James.
JC: Sim senhor.
##: Então você é Sara Sidle, uma investigadora.

Sara abriu os olhos, tentando enxergar o dono da voz que não lhe era estranho. Ao abri-los por inteiro, viu um homem alto, de cabelos castanhos muito bem penteados, vestindo um elegante terno Armani à sua frente. Analisava-o na tentativa de reconhecer a figura daquele homem.

##: Então, ainda não conseguiu se lembrar de mim? Já faz tanto tempo, né, então é normal que você não me reconheça.
SS: Ryan?! – ela se assustou.
RS: Ah, finalmente! Pensei que não se lembrasse nem do meu nome. Ryan Sidle à sua disposição.
SS: Por onde você andou todos esses anos? Nunca me procurou, e o que faz aqui nesse lugar horrível?
RS: Vejo que tem muitas perguntas. Mas também tenho a lhe fazer. Como, por exemplo, por que você deixou mamãe ser presa e não ficou ao lado dela?!

Sara se assustou com a agressividade dele e aquele assunto tão doloroso de seu passado ser trazido à tona.

SS: Por que quer saber isso? O passado ficou pra trás, não quero me lembrar disso!
RS: E eu, Sara?! Pensa que eu me esqueci disso? Não, cara irmã, não me esqueci. Você sim, se esquece das coisas muito fácil. Mas eu não! – ele apertou o queixo da irmã com força – Você não sabe a vida que tive pra chegar até aqui! Mas quando descobri que você havia se dado bem na vida, a gana de te destruir veio com toda a força. Vou acabar com sua vida, cara irmã! E é agora!
JC: Não vai não!
RS: Como?!

Ryan olhou para trás e viu James apontando uma arma para ele.

RS: O que está fazendo, seu idiota?
JC: Você não vai fazer nada com Sara. Ela é minha!
RS: Deixa de ser ridículo! Ela ama é o tal de Grissom, jamais vai querer você!

Sara, que já estava extremamente nervosa com as ameaças do irmão, ficou ainda mais quando viu James atirar nele, um tiro certeiro e fatal, que atingiu em cheio o coração. Ryan caiu morto ao seu lado e o desespero dobrou.

JC: Fique calma, Sarinha, tudo vai ficar bem... – ele acariciava a perita que, apavorada com ele, não conseguia dizer uma palavra e tremia de medo – Vou te deixar ir embora. O plano era do Ryan, ele queria te matar, mas isso eu não permitiria.
SS: E o que você quer de mim?
JC: Sabe que é você quem eu quero.

Sara resmungou e virou-se de lado, procurando evitar qualquer contato físico com James. Foi quando ele pegou o celular dela.

SS: O que você está fazendo?
JC: Um minuto.

Ele ligou para o celular de Grissom. O supervisor já havia retornado ao lab, e tentava encaixar as peças do desaparecimento de Sara, e ver se conseguia alguma conexão com o crime do parque. Quando o telefone tocou, olhou para o identificador e viu que o número era de Sara. Nick e Warrick estavam por perto.

GG: Grissom.
JC: Então é mesmo o nerd de anos atrás...
GG: Quem fala?
JC: Não se lembra de mim, professorzinho?

Grissom percebeu que se tratava de um bandido e fez um sinal para os rapazes para que fossem com ele para a sala de áudio, onde Archie ficava. Iriam gravar a conversa.

GG: Não me recordo de sua voz.
JC: Pois devia, não sou alguém tão esquecível assim. E a partir de hoje, ficarei pra sempre na sua lembrança.

Àquela altura, já estavam na sala, e a conversa estava sendo monitorada. James não sabia disso.

GG: Você está com Sara?
JC: Sara é minha, sempre foi! Você é um intruso! Apareceu e a levou de mim. Mas agora estamos juntos novamente, e ninguém irá nos separar.
GG: Desgraçado! O que você quer? Por que ligou?

James ria do outro lado da linha.

JC: Realmente, você não é uma pessoa muito calma. Mas, tudo bem.
GG: Você teve algo a ver com a queda do carrossel?
JC: Só falo pessoalmente. Quer mesmo saber porque eu fiz aquilo tudo?
GG: Agora faço uma idéia, mas quero ouvir de você. Onde podemos nos encontrar?
JC: No Grand Canyon, pode ser?
GG: Porque lá?
JC: Tenho uma irresistível atração pelo perigo...
GG: E Sara estará com você?
JC: Hum, depende...
GG: Como ela está, seu canalha?

James riu novamente.

JC: Você nervoso é uma piada.
GG: Você ainda não me viu realmente nervoso, idiota! Como Sara está?
JC: Muito patética. A Sara que eu conheci era mais segura de si. Essa só chora e chama por você. Que mau gosto, credo!
GG (segurando para não chamá-lo de tudo quanto é nome): A que horas então?
JC: Amanhã, no fim da tarde, ao pôr-do-sol. E nada de vir acompanhado, ok? O assunto é somente entre você e eu.
GG: Não se preocupe, irei só.

Depois que desligou o telefone, Grissom arquitetou um plano com Nick e Warrick. No dia seguinte, no lab, a equipe se preparava para agir.

CW: Será que vai dar certo, Gil?
GG: Tem que dar.
NS: Precisamos pensar nos imprevistos.
GG: Não vamos falhar. Vocês estarão a postos no lugar certo.
GS: Isso está me lembrando aqueles duelos ao sol no velho oeste.
NS: Só você mesmo, cara! – Nick riu.
GS: Imagine o Grissom sacando a arma...

A equipe caiu na risada, menos Grissom, que olhou seriamente para o rapaz. Imediatamente todos seguraram o riso. Ao horário combinado, Grissom estava no local marcado. Brass, seus comandados e os outros csi’s estavam escondidos em locais estratégicos. James não fazia idéia do que o esperava. Alguns minutos depois, ele chegou, conduzindo seu carro. Viera de um caminho onde não se via os outros escondidos. Sara estava amarrada no banco de trás.


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Inesperado reencontro - cap. 14


Estabanado que era, Grissom arrancou as roupas, rasgando um pedaço da camisa. A calça e a cueca ficaram por conta de Sara, que ainda fez um carinho nele, fazendo com que Grissom gemesse antes do êxtase. Com fome de amor, ele retirou as peças de roupa dela e acariciou cada parte do corpo dela com prazer e loucura. Grissom, desesperado para possuir Sara, imediatamente a penetrou, em movimentos rápidos e gemidos enlouquecidos; o prazer e o amor incendiavam a cama naquele quarto. O amor por Sara era tanto que Grissom gozou uma barbaridade; o suficiente para abastecer o banco de esperma de Las Vegas. A cama tornou-se uma lagoa de sêmen. E assim, no meio daquela poça, os dois adormeceram, sem forças até pra dizer boa-noite. E aquela noite foi muito importante para o casal. Muito importante por que coisas aconteceriam logo em seguida.No lab, a equipe se desdobrava para juntar as peças das evidências da sabotagem. E o crime foi comprovado após a notícia de que uma criança que caíra do carrossel, junto com outras, incluindo William Grissom, morrera no hospital.

CW: Lamentável a morte dessa criança. Isso só me faz pensar que a sabotagem foi arquitetada.
NS: Mas quem seria tão monstro para fazer uma maldade dessas com uma criança?
SS: Nick, esse mundo está repleto de pessoas más. Eu já não duvido de nada!
WB: Deve haver alguma ligação nesse crime com algum fato.
GS: Como assim, Warrick?
WB: Eu penso que houve uma motivação pra esse crime acontecer. Alguém que queria se vingar, matar ou apenas dar um susto em alguém.
SS: A questão é: quem?
CW: Precisamos descobrir logo. O tempo está passando, e, com a morte dessa criança, todo o cuidado é pouco.

Sara logo pensou em seu filho. Em seguida, todos foram para a sala de convivência, onde Grissom se encontrava, pegando café da chaleira.

CW: Bebendo café a essa hora, Gil?
GG: Pra me manter acordado. Sinto que o trabalho hoje será longo, provavelmente atravessando a noite.
CW: Nem me fale, há dias que não vejo Lindsay direito. Se continuar assim, só vou encontrá-la casada!
GG: Não exagera, Catherine.

Sara permanecia calada, enquanto a equipe discutia assuntos. De repente, o celular dela tocou, fazendo com que seus pensamentos se voltassem para a realidade. Olhou o número no identificador de chamadas, mas não reconheceu. Porém, atendeu assim mesmo, poderia ser algo importante. Levantou-se e saiu da sala para atender, fazendo com que todos ali ficassem intrigados. No corredor, longe da sala, atendeu à chamada: 

SS: Sidle.
JC: Sara? Sara Sidle?
SS: Ela mesma. Quem fala.
JC: Aqui é James Crouch. A gente se esbarrou na farmácia, lembra?
SS: Sim, eu me lembro, só não sei como você conseguiu meu número.
JC: Ah, me desculpe. É que conheci a babá do seu filho. Ela se chama Tina Brown, não?
SS: Sim.
JC: E é casada com um dos csi’s daí, não é mesmo?
SS: Exatamente. Como você a conheceu?
JC: Bem, foi algo muito engraçado, gostaria de te contar pessoalmente. Será que poderíamos nos encontrar?
SS: Estou em horário de trabalho. Mas o que você tem de importante pra me dizer?
JC: Sinto muito, Sara, mas só pessoalmente.
SS: Ok. Onde nos encontramos, e quando?
JC: Pode ser hoje à noite?
SS: Tudo bem. Onde?

James informou o local do encontro e Sara desligou o celular. Voltou à sala de convivência e todos ficaram esperando que ela dissesse alguma coisa, o que não aconteceu. Grissom ficou intrigado. Quem teria ligado para Sara, e o que queria com ela?

CW: Aconteceu alguma coisa?
SS: Não, acho que não, porque?
CW: Sua expressão está meio... estranha.
SS: Bobagem sua, Catherine. Griss, – ela virou-se para o supervisor, que mexia em uns papéis na mesa – vou precisar sair agora.
GG: E porque, posso saber? Temos muito a fazer por aqui.
SS: Surgiu um imprevisto de última hora, e urgente. Mas logo estarei de volta – e saiu da sala.

Todos ficaram curiosos e ao mesmo tempo apreensivos. Que Sara estava um tanto quanto misteriosa, disso eles não tinham dúvidas. E o que ela escondia?
Sara estacionou o carro no parque municipal. Pelo horário, estava deserto. Antes de sair do carro, tirou a arma do porta-luvas e a escondeu no bolso. Andou uns poucos metros e encontrou James.

JC: Você é mesmo pontual, desde a época da faculdade. Acho que você não deve ter mudado muita coisa.
SS: Bem, James, estou aqui, o que você tinha a me dizer?
JC: Bem, eu... Ei, aquele ali não é a sua babá?
SS: Onde? – Sara virou-se para ver.

Foi quando James deu uma gravata em Sara e tapou o nariz dela com pano embebido de clorofórmio, fazendo com que ela perdesse os sentidos. Outros dois homens apareceram e a seguraram, levando-a para dentro de uma van preta. No lab, Grissom estava inquieto. Parecia ter um pressentimento. Não conseguia se concentrar em nada, e vira-e-mexe olhava para a foto da amada que ficava num porta-retrato em sua sala. Catherine entrou na sala e o encontrou visivelmente inquieto.

CW: Ei, o que há? Está inquieto porque, Gil?
GG: Sara ainda não voltou. Estou preocupado pela hora, Billy precisa dela em casa.
CW: Já experimentou ligar pra sua casa ou para o celular dela?
GG: Em casa a Tina disse que está tudo bem, mas que Sara não está lá. E o celular, chama, mas ninguém atende. Estou tenso com tudo isso.
CW: Relaxa, ela há de aparecer. Vou tentar falar com ela. Dê-me o celular.

Catherine ligou e o celular chamava, mas ninguém atendia. Tentou mais duas vezes até desistir. 

CW: Estranho, Sara costuma atender rápido o telefone. Bem, pode ser que esteja impossibilitada de atender.
GG: Como impossibilitada, Catherine?! – Grissom aumentou o tom de voz.
CW: Já pensou que ela pode estar dirigindo?
GG: Bem...

Três horas depois...

GG: Aconteceu alguma coisa, Catherine! Três horas se passaram e ela simplesmente não pode estar no trânsito porque ela conhece bem a cidade! E Sara não é de ficar sem dar notícias quando demora... Onde ela está?! 

Grissom dava voltas pela sala. O coração batia desesperadamente descompassado, chamando pela amada. Onde poderia estar sua mulher? 

CW: Gil, eu compreendo que a situação não é das melhores, Sara sumiu mesmo, mas calma! Fiar nervoso não a trará aqui agora, e só lhe fará mal.
GG: Como você quer que eu fique calmo, Catherine?!!! – Grissom explodiu num berro que todo o corredor pôde ouvir – É minha mulher, a mãe de meu filho que está em perigo, e você me vem com filosofias?! Ponha-se no meu lugar, oras!

Naquele momento, Nick entrou na sala.

CW: Alguma notícia de Sara, Nick?
NS: Não sei bem ao certo, mas encontraram o carro dela abandonado no parque que fica perto do Southern Nevada, no bairro Strip.
CW: O que Sara estaria fazendo lá?
GG: É o que precisamos descobrir, Catherine. Avisou ao Brass, Nick?
NS: Sim, ele já está lá, fazendo os procedimentos necessários.
GG: Ótimo, eu irei também. Quanto a vocês, virão comigo ou vão pra casa?
NS: Não tenho ninguém me esperando em casa, Grissom. E Sara é minha amiga. É o mínimo que posso fazer por ela. Vou com você.
CW: Olha Gil, eu estou absolutamente exausta. Se eu não cair numa cama agora, não consigo vir trabalhar amanhã.
GG: Sem problemas, Catherine. Vá pra casa e amanhã a gente se fala.

Enquanto isso, num lugar bem longe de Vegas... Sara se encontrava deitada num colchão, amarrada e sentindo tonturas por causa do clorofórmio. 

SS: Onde estou?
JC: Muito longe de tudo, minha querida...
SS: James? Porque você fez isso comigo? O que eu te fiz?
JC: Ah, querida Sara, você nem se deu conta do estrago que fez na minha vida ao me dar todos aqueles foras na faculdade... E como destroçou o meu coração ao se amarrar naquele professorzinho de meia tigela... Que mal gosto, Sarinha...
SS: Nunca soube de interesse seu por mim.
JC: Te dei tantas pistas e dicas, mas você, com aquele nerd na cabeça, é claro que não iria perceber, não é mesmo?
SS: Foi pra isso que me seqüestrou? Pra chantagear o Griss?
JC: Não. Logo você irá saber o motivo maior de tudo. Mas sabe, minha querida, tem uma coisa que nunca, nesses anos todos, consegui esquecer.
SS: O que?
JC: De quando vi você transando com aquele seu professor no seu quarto...
SS: Como você diz uma coisa dessas? Você entrou no meu quarto e ficou me espionando? – Sara, nervosa, tentava se livrar das cordas que envolviam todo o seu corpo.

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Inesperado reencontro - cap. 13



Os dois se beijaram e Grissom saiu. Ao entrar no carro, recebeu uma ligação de Brass dizendo que o suspeito estava na delegacia. Foi direto pra lá. 

GG: Onde ele está, Brass?
JB: Na sala de interrogatório. Vamos.

Grissom entrou na sala e se deparou com um homem magro, caucasiano, de roupas simplórias e aparência descuidada.

GG: Seu nome, por favor.
##: David Mirror.
GG: Pode nos dizer o que o senhor fazia no parque na noite anterior?
DM: Eu não fiz nada de errado, senhor! Sou gari, e diariamente limpo as sujeiras deixadas pelas pessoas assim que o parque fecha. Não teria porque fazer uma sabotagem pra machucar crianças, tenho filhos e não gostaria de vê-los machucados.
JB: Bem, mas um homem afirma ter visto uma sombra de homem ontem à noite. E parece que as características se encaixam nas suas.
DM: Por favor, senhor, eu não fiz nada! – o homem começara a chorar.
JB: Ei, isto não é uma acusação formal. Ainda não o acusamos de nada. Se você é inocente, então não tem porque ficar tão nervoso assim!
DM: Desculpem – ele secou as lágrimas com as mãos.

Grissom arqueou a sobrancelha. Antes de ser liberado, Grissom avisou:

GG: Não saia da cidade, pode ser que precisamos chamá-lo pra depor, ok?
DM: Sim senhor – e saiu.
JB: O que acha?
GG: Diria que o caso é maior do que pensávamos. Mais gente pode estar envolvida nessa.
JB: Ah, disso não tenho dúvidas.

Grissom ligou para Sara, para saber do filho. Ela disse que o menino havia acordado e chamava por ele. Então decidiu ir até lá.

CW: Nossa, mas você agora mora no hospital, é?
GG: Vou ignorar esse seu comentário, Catherine. Não volto ao lab hoje.
CW: Está certo, não está mais aqui quem falou...

Como não era tarde ainda, Grissom passou numa loja de brinquedos e comprou um cachorrinho de pelúcia pra Billy, pois ele adorava este tipo de animal, e mais pra frente o entomologista compraria um de verdade pro filho. Ao entrar no quarto, Grissom pôde contemplar o sorriso do pequeno Billy, que comia biscoitos e bebia um delicioso suco de morango. Quando entregou o bichinho ao menino, ficou muito contente ao ver o sorriso e a alegria estampados no rosto dele. Sara percebeu que Grissom tinha uma expressão tensa por debaixo do sorriso para o filho.

SS: Aconteceu alguma coisa? – ela levantou a sobrancelha.
GG: Em casa conversaremos. Quero curtir este momento de ver nosso filho tão contente com seu cãozinho de pelúcia.

Na manhã seguinte, Billy teve alta. Grissom foi buscá-los e os levou pra casa. Enquanto o menino brincava em seu quarto, Grissom e Sara conversavam na sala.

SS: Então, o que foi que aconteceu? Tem a ver com a queda do carrossel.
GG: Sim. Honey, não foi um acidente despropositado.
SS: Como?!
GG: As evidências encontradas me mostraram que houve sabotagem. Alguém tinha interesse em que aquele carrossel caísse, ferindo ou até mesmo matando.
SS: Céus! Isso pode ficar mais perigoso ainda...
GG: Nick ouviu de um homem que disse ter visto alguém durante a noite no parque. Ele ouviu barulho de ferro, aço, algo parecido, provavelmente na hora em que o criminoso estava manuseando o ferro de sustentação.
SS: Mas quem teria interesse nisso? O que ganharia?
GG: Estamos investigando, Sara.

Sara se encolheu no peito de Grissom.

SS: Estou assustada, Griss. Fico com medo de que seja alguém querendo retaliação, alguém que você deve ter ajudado a prender, e queira se vingar em nós.
GG: Calma, Sara. Eu não permitirei que nada aconteça a você e ao Billy. Sua arma está no mesmo lugar?
SS: Sim.
GG: Ótimo.

Naquele momento o celular de Grissom tocou. Cerca de dois minutos depois, ele desligou.

SS: Quem era?
GG: O Brass. Parece que nossa testemunha já era.
SS: Como assim?
GG: O homem que viu o criminoso no parque à noite foi assassinado.
SS: Como assim, Griss? Mas então...
GG: Quer dizer que alguém o silenciou. Alguém que sabia ter sido visto e voltou pra terminar o serviço.
SS: Mas por que alguém sabotaria um parque, onde fica sempre cheio de crianças?
GG: Não faço a menor idéia. Mas as investigações continuarão. Você vai ao lab mais tarde?
SS: Sim. A Tina vai estar aqui daqui a pouco, vou passar umas instruções a ela e vou pra lá.

Cerca de duas horas e meia depois que Grissom saiu, Sara deu instruções à Tina, deu um beijo no filho e foi para o parque, reunir-se aos outros csi’s. Já era fim da tarde, mas o sol ainda se fazia presente.

SS: E aí, alguma nova pista?
CW: Bem, encontramos cápsulas de uma semi-automática, havia sangue perto, o que significa que a vítima foi morta a queima-roupa.
SS: Queima de arquivo, então.
CW: Muito provavelmente.

Sara observava o local. Não queria perder nenhum detalhe. Até que algo lhe chamou a atenção. Naquele instante, Grissom se aproximou.

GG: Catherine, ajude o Nick a recolher impressões digitais. Sara, encontrou algo?
SS: Alguém já reparou naquelas pegadas ali?

Os dois se aproximaram.

GG: Não seria de alguém que esteja aqui?
SS: Veja, Griss, são passos apertados, como se a pessoa estivesse com muita raiva. Como ontem à noite choveu um pouc, o barro conservou as pegadas. Vou recolher as impressões e mandar para a análise.
GG: O que nos leva a crer... – Grissom fez biquinho.
SS: Acho melhor aguardarmos os resultados, Griss.

A equipe ainda permaneceu mais um pouco no local e depois voltou ao lab.

SS: Griss, vou pra casa mais cedo.
GG: Porque, aconteceu algo?
SS: Tina me ligou dizendo que Billy está um pouco febril. Vou passar em uma farmácia e comprar um remédio.
GG: Eu te ligo antes de sair do lab, ok?
SS: Tá bom.

Sara pegou o carro e, após andar um bom tempo, parou numa farmácia. A noite chegava e as luzes da cidade já eram vistas. Ao sair da farmácia, Sara trombou em alguém, fazendo com que a caixa do remédio caísse no chão.

SS: Oh, me desculpe, eu não vi...
##: Não foi nada... Eu estou sonhando ou é você mesma?
SS: Como?! – Sara arqueou a sobrancelha.
##: Não se lembra de mim? De Harvard!
SS: James Crouch?!
JC: Isso mesmo!
SS: Nossa, quanto tempo! Você sumiu do mapa!
JC: É, eu rodei o mundo. Negócios, sabe?
SS: Virou empresário?
JC: Sim, trabalho no ramo naval, vendo navios para o governo.
SS: Quem diria que aquele nerd da faculdade acabasse virando um poderoso empresário...
JC: A vida dá muitas voltas. Mas, e você, Sara, onde foi se meter?
SS: Sou perita criminal. Trabalho no departamento de polícia de Las Vegas. Sou uma CSI.
JC: Muito interessante... Quer dizer que você prende bandidos?
SS: Me saio bem. Bom, eu preciso ir. Meu filho está com febre e tenho de levar o remédio pra ele.
JC: A gente se esbarra por aí então.
SS: Ok.

Assim que chegou em casa, Sara dispensou Tina e ficou com o filho. Quando Grissom chegou, pouco tempo depois, o menino dormia tranqüilo, com a febre cedida. Sara o esperava na cama. Estava atrevidamente linda de camiseta branca e calcinha da mesma cor. Vendo aquela cena tão provocante, o supervisor não pôde controlar seu instinto de macho e foi pra cima da mulher. Segurando os pulsos dela, olhou nos olhos e disse:

GG: Por que você me provoca assim, Sara?
SS: Eu? De forma alguma, honey, apenas me vesti assim.
GG: Sabe que me excito facilmente, e essas suas calcinhas de renda pequenas que mostram as suas formas me faz endurecer na velocidade de um raio. Quero você, Sara.
SS: Só se for agora...

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