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Inesperado reencontro - cap. 1


Era noite em Las Vegas, e o frio do inverno americano estava um pouco mais intenso do que o de costume, fazendo com que as pessoas ficassem mais recolhidas em suas casas. Na casa da perita Sara Sidle, o amor rolava solto. Ela e Gil Grissom estavam juntos há algum tempo, e somente a equipe sabia dos dois. Mas ele deixara bem claro que nunca teria tratamento especial com Sara em qualquer coisa, pois tudo o que ele menos queria na vida era ser pressionado; detestava pressões. Catherine e Warrick estavam juntos, e, como o casal geek, somente a equipe sabia disso; eles mantinham a máxima discrição dentro do lab para evitar comentários a respeito. Naquela noite, após vários momentos de amor intenso, o casal adormeceu. No dia seguinte, se trataram bem, mas ali era uma relação de chefe e subordinada. E como havia trabalho a ser feito!

GG: Bom dia a todos. Hoje temos bastante trabalho a fazer. Nick, idosa espancada até a morte na casa de repouso; Warrick, adolescente esfaqueado no colégio; Sara, prostituta estrangulada na casa de shows; Greg, homem baleado no carro; Catherine, casal assassinado nas redondezas e eu vou até o deserto, corpo encontrado por lá.

Os Csi’s iam se retirando um a um da sala. Sara também ia saindo quando Catherine a segurou pelo braço.

CW: Preciso falar com você, Sara.
SS: Agora?
CW: É, preciso falar com alguém, quero que seja com você.
SS: Ok.

Assim que os outros saíram, Catherine sentou-se no sofá e desabou, chorou muito.

SS: Ei, o que houve? Porque está chorando, Cath?

Catherine encarou Sara com seus olhos azuis banhados de lágrimas e tristeza.

CW: Lindsay está grávida.
SS: Como? – Sara se espantou.
CW: É isso mesmo o que você ouviu. Eu vou ser avó.
SS: Santo Deus, Catherine! Como isso aconteceu?
CW: Dois irresponsáveis, Sara! Como isso acontece com quem se previne?

Sara ficou meio sem graça. Como iria dizer à Catherine que ela e Grissom também não curtiam muito o uso da camisinha? No mínimo seriam chamados de dois adolescentes.

CW: Você e o Grissom usam camisinha?
SS: Como?! – Sara engasgou-se ao dar uma bebericada no café.
CW: É, eu quero saber se quando vocês transam vocês se previnem.
SS: Cath, isso é algo muito pessoal. Acho que vou ficar te devendo a resposta.
CW: Ok então – Catherine olhou para Sara não muito satisfeita com a resposta; com isso, imaginava que os dois não pudessem usar, mas isso era algo que não lhe dizia respeito.

SS: Como vai ser agora, Cath?
CW: Não faço a mínima idéia. Sinto-me perdida, sem rumo. Não tenho mais o que dizer à Lindsay, tudo o que eu tinha a dizer já disse.
SS: E aí, como foi?
CW: Ela foi morar na casa do irresponsável. Dois inconseqüentes juntos, já viu o que vai dar né?
SS: Pobre bebê...
CW: Nem me diga... Bem, precisamos ir, temos muito trabalho pela frente.
SS: Ok.

As semanas se passaram um pouco tumultuadas pelo alto número de crimes cometidos na cidade. Grissom estava estressado com a quantidade de assassinatos, sangue, mas sabia que nos braços de Sara encontraria toda a paz, todo o descanso necessários à sua alma. Com ela, era tudo perfeito. Nela encontrava carinho, afeto, prazer, paixão... Sara era a mulher para toda a vida, isso não tinha dúvidas. E ele era o homem da vida dela, tinha certeza. Catherine continuava com um humor nada bom por causa de Lindsay, mas o amor de Warrick a deixava mais calma. No entanto, o relacionamento de Sara e Grissom passava por uma turbulência. Os dois andavam discutindo bastante, e, com isso, o humor de Grissom, que já não andava lá muito bom, tornou-se quase insuportável. A equipe estava sofrendo nas mãos do supervisor. Catherine, no entanto, era a única a se pronunciar a respeito e se arriscar a falar com ele. Na manhã seguinte, a equipe, com exceção de Sara, que ainda não havia chegado, e Grissom, que se encontrava em sua sala, estava na sala de convivência discutindo a respeito do comportamento atual do chefe.

NS: Alguém devia falar com o Grissom. Ele anda com um humor insuportável, é patada de cima em baixo.
GS: Será que ele e Sara tiveram alguma briga? Podem perceber que ela também anda com um humor nada agradável, e os dois têm discutido muito por aqui. Já presenciei coisas do tipo.
CW: Mas isso é um problema deles, não Greg?
GS: Eu sei, Cath, mas se o humor dele continuar assim, pode começar a afetar a todos aqui, afinal, ele é o chefe. Alguém aqui se habilita a falar com Grissom?
WB: Você quer se arriscar a levar outra patada, indo falar com ele?
GS: Eu?!
NS: Eu pensei que você pudesse ir.
WB: Tô fora, não quero começar meu dia ouvindo palavras desagradáveis...
CW: Podem deixar, eu falo com ele. Alguém precisa mesmo fazer com que o Grissom melhore esse humor.

Catherine caminhou até a sala de Grissom, que permanecia em sua sala, fazendo uma anotações a respeito de umas espécies novas de besouros.

CW: Posso entrar? – Cath apareceu na porta com um sorriso nos lábios.

Grissom a olhou por cima dos óculos e respondeu, seco:

GG: Você já está aqui dentro, Catherine, se não percebeu ainda.
CW: Cruzes, que humor! Se continuar assim, ninguém vai agüentar trabalhar com você. Dê um jeito nessa cara rápido!
GG: Eu só tenho essa. E se você se deu o trabalho de vir até a minha sala pra me dizer que ando mal-humorado, perdeu o seu tempo!

Catherine saiu da sala e deixou um Grissom pensativo. Abriu a gaveta de sua mesa e pegou um porta-retratos no qual havia uma foto dele com Sara. E lá estava o sorriso que o conquistara. Poucos minutos depois, foi para a sala de convivência, onde os outros estavam. Menos Sara. Grissom percebeu e comentou:

GG: Ué, Sara ainda não chegou?
CW: Como pode ver, ainda não, Gil.
SS: Estou aqui – Sara entrara na sala naquele momento.
GG: Está atrasada, Sara.
SS: Mas estou aqui, não Griss?

Todos perceberam a tensão entre os dois, mas não se atreveram a dizer nada.

GG: Vocês têm trabalho a fazer. Podem sair. Você não, Sara.

A equipe olhou para ela e depois se retirou da sala, deixando os dois a sós. No corredor, Catherine não agüentou e comentou:

CW: Daria tudo para ser uma mosquinha neste momento. Acho que eles vão ter um DR na sala.
GS: DR?
CW: Discutir a relação, Greg.
GS: Ah ta...
NS: Você não acha que está sendo muito curiosa, Cath? – Nick riu.
CW: Engraçadinho você, não?
WB: Chega de fofocas e vamos ao trabalho.
GS: Tá parecendo o Grissom, Warrick!

Nick e Cath riram e seguiram para o estacionamento. Enquanto isso, na sala de convivência...

SS: Griss, nós temos coisas a fazer, se ainda não percebeu.
GG: Eu sei... mas é que eu não queria esperar até chegarmos em casa para te mostrar isso – Grissom mostrou à Sara um envelope comprido.
SS: O que é isso? – Sara levantou a sombrancelha desconfiada.
GG: Apenas abra.

Cuidadosamente, ela abriu o envelope. Logo a desconfiança deu lugar a um largo sorriso.

SS: Duas passagens aéreas?
GG: Sim. Este é meu presente pelo nosso aniversário de namoro. Ou você pensa que eu me esqueci que amanhã completamos mais um ano juntos?

Sara ria enquanto as lágrimas brotavam nos olhos.

SS: E posso saber para onde é a viagem?

Grissom fez um biquinho.

GG: Qual era mesmo o lugar que você queria conhecer? Se eu não me engano, uma cidade com uma certa Torre Eiffel...
SS: Paris! Não acredito, Griss!

Sara correu até Grissom e o abraçou apertado. Depois, um logo beijo apaixonado.

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1 comentários:

Luciana Dias disse...

Começando a ler "Inesperado Reencontro" e já estou gostando. kkk

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