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Inesperado reencontro - cap. 11


Porém, o celular dele estava desligado, o que a deixou ainda mais desesperada. Mas naquele momento, um taxista passava pelo local e a ajudou a chegar até o hospital. Sara sentia muitas dores, e perdia sangue.

DR: Vou levá-la para a sala de emergência para realizar os procedimentos. Primeiramente vou tirar sua pressão e fazer um ultrassom para verificar a posição do bebê e se haverá a necessidade de uma intervenção cirúrgica em seguida.
SS: Doutor, sinto muita dor e estou vendo meu sangue sair. Acho que a bolsa estourou.
DR: É, provavelmente seu bebê irá nascer, mas preciso verificar primeiro, antes de tomar qualquer atitude.

Na sala de emergência, a enfermeira tirou a pressão de Sara, que estava alta. Depois, foi feito um ultrassom, onde pôde-se ver que o bebê já estava baixo, e a bolsa realmente havia estourado.

DR: Sua bolsa realmente estourou. Como sua pressão está alta, a cesárea será realizada agora. Seu filho não pode esperar, senão entrará em sofrimento intra-uterino. Enfermeiras, levem a paciente para a sala cirúrgica imediatamente.
SS: Não posso avisar o pai do bebê sobre o ocorrido?
DR: Agora, somente após a cirurgia. Não há mais tempo.
SS: OK.

A cirurgia durou cerca de 50 minutos, e logo o pequeno Grissom veio ao mundo. Sara não cabia de si de emoção ao ver seu filhinho em seu peito, todo de sangue. Mas era a coisa mais linda do mundo. E as lágrimas escorreram por não ter tido Grissom ao seu lado naquele momento tão importante. No lab, o supervisor estava inquieto, preocupado com Sara.

JB: Gil?
GG: Ah, olá, Brass.
JB: Que cara é essa, amigo?
GG: Estou preocupado com Sara. Até agora não chegou ao lab.
JB: Já ligou pro celular dela?
GG: Celular, casa, ninguém atende.

O homem estava tão tenso que começou a suar frio. Passou a mão na testa pra retirar os excessos que haviam.

JB: Calma, Grissom, assim você vai ter um troço!
GG: Me lembro de quando ela desapareceu pelas mãos da Natalie. Fico aflito só de imaginar aquilo tudo acontecendo de novo.
JB: Você a ama muito, não é?
GG: Sara é a parte que faltava em mim, é o que me faz completo. Sem ela, sinto que não sou nada, um homem vazio de vida e objetivos. Ela é minha bússola, minha direção, meu amor.
JB: Não pensei que o veria tão romântico assim algum dia.
GG: Eu também não, amigo. Mas quando senti meu coração bater mais forte por ela e nos envolvemos, aí não tive dúvidas de que era a mulher que eu queria ter pra mim pelo resto da vida. Sara é única e especial, não tenha dúvidas.
JB: Não duvido, e fico muito feliz pelo casal. Afinal, vocês combinam um bocado, foram feitos um para o outro. Ah, antes que me esqueça, isto é para seu filho.

Brass entregou a Grissom uma pequena caixa decorada com temas infantis.

GG: Obrigado, amigo.

Grissom tentou conter a emoção quando abriu a caixinha: era uma caixinha de música, que tocava “nana nenê”. Naquele momento, seu coração de futuro pai apertou e uma lágrima escorreu. Brass ficou observando como o amigo estava mudado, e como a paternidade estava lhe fazendo bem. Para não interromper aquele momento bonito, retirou-se da sala sem se despedir. Grissom continuou a manusear a caixinha até que o telefone tocou. Era do hospital.

O médico avisou sobre o nascimento de seu filho e do estado de saúde de Sara. Sem perder tempo, Grissom partiu imediatamente para o hospital.

CW: Ei, onde você vai com toda essa pressa?
GG: Meu filho nasceu, Catherine! O hospital acabou de me ligar. Estou indo pra lá agora.
CW: Ok, então dê notícias, certo?
GG: Assim que puder.

Grissom correu com o carro até o hospital. Estava ansioso pra ver Sara e seu filho. Ao entrar no quarto, encontrou Sara dormindo suavemente, com uma expressão leve na face. Parecia um anjo adormecido. Para não despertá-la, sentou-se em silêncio e assim ficou, admirando sua amada, até a hora em que ela acordou.

SS: Griss? Você aqui? Como chegou?
GG: O médico me ligou. Me explicou tudo, como você não podia me avisar. Queria ter estado ao seu lado, honey...
SS: Eu sei, eu também queria, senti sua falta. Mas não pude. Sinto muito!
GG: Ei, já passou – ele tocou os lábios da amada com carinho – O importante é que estamos juntos aqui neste momento inesquecível para nós.
SS: Ele é lindo, Griss!

Grissom sorriu tentando sufocar as lágrimas que queriam rolar.

SS: Não segure a emoção, não faz bem.
GG: Não quero chorar aqui, Sara.
SS: Você já fez isso tantas vezes que teve um estresse emocional. Valeu a pena?
GG: Sara...
SS: Obrigada por este momento.
GG: Este?
SS: De me realizar como mulher: agora sou mãe.

Grissom sorriu e, de pé, a cariciou os cabelos da mulher amada. Depois, deu um carinhoso beijo na testa dela. Era o momento de realização do casal, a consumação do ato de amor que resultou em um filho.

SS: Sabe onde nosso filho foi concebido?
GG: Tenho uma ligeira impressão, mas não é bem uma certeza.
SS: Em Paris.
GG: Como sabe?
SS: Quando fizemos amor, eu sabia que ali você tinha me engravidado. Senti você dentro de mim, honey.
GG: E foi bom me sentir?
SS: Foi maravilhoso... – Sara espremeu os lábios como só ela fazia.
GG: E quando será que vão trazer nosso bebê? Estou ansioso para conhecê-lo!
SS: Calma, Gil! Eles precisam limpá-lo, vesti-lo e fazê-lo descansar antes de nos trazê-lo. Mas como ele nasceu prematuro, acho que não poderão retirá-lo da incubadora tão cedo. Quem sabe não nos deixem ir vê-la no berçário?
GG: Espero que sim, quero ver nosso filho. Minha ansiedade é grande.
SS: Relaxe!

Naquele momento, o médico entrou no quarto, seguido de uma enfermeira.

DR: Boa tarde! Como se sente, senhorita Sidle?
SS: Estou bem.
DR: Bom, vim dizer que seu filho passa bem, apesar do parto prematuro. Está na incubadora recebendo oxigênio necessário, por isso não será possível trazê-lo até vocês.
GG: Doutor, será que poderemos então ir até ele para conhecermos?
DR: Bem, a senhorita Sidle não tem condições de andar, mas a cama é removível, possui rodas; neste caso, tudo bem. Gostaria de ir até o berçário?
SS: Claro!
DR: Ok então. Enfermeira, ajude a locomover a cama para a senhorita Sidle.

Grissom fez questão de empurrar a cama de Sara até o berçário. Lá, puderam ver o fruto do amor dos dois dormindo tranquilamente na caminha, todo vestido de azul e um tubo pelo nariz. O casal não escondia o sorriso de alegria dos lábios. O menino era lindo!

SS: Você tinha razão, Griss.
GG: Em quê?
SS: As evidências nunca mentem. Veja nosso filho, é a sua cara!
GG: Agora, mais do que nunca. É o bebê mais lindo do mundo, e meu amor por vocês só cresce. Estou realizado, não preciso de mais nada da vida.
SS: Não vai querer tentar uma menina daqui a alguns anos? – Sara sorriu amorosamente.
GG: Honey – Grissom arqueou a sobrancelha – Nem tivemos o nosso filho direito e você já quer aumentar a família?
SS: E porque não, senhor Grissom? Gostaria de ter pelo menos dois filhos, filho único é um problema, dizem que é muito mimado.
GG: Isso vai dos pais. Se cultivarmos bem sua personalidade, então será uma criança capaz e mais independente. Não é questão de ter um ou dois filhos, e sim de como irá se criar a criança.
SS: Ele não é lindo? Acho que se parece com você...
GG: Espero que herde sua beleza e sua determinação. De mim, quero que tenha a perseverança, a coragem e a liderança.
SS: Gostaria que tivesse os seus olhos, que me encantam.
GG: Contanto que não venha a precisar de óculos...
SS: Seria no mínimo hilário.

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