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Inesperado reencontro - cap. 9


Alguns dias mais tarde... Fazia um calor infernal em Las Vegas, e com isso o ânimo das pessoas estava alterado, especialmente dos Csi’s.

GS: Queria saber quem foi o gênio que disse que calor é bom. Pelo amor de Deus, eu não consigo raciocinar com um sol de rachar na minha cabeça!
NS: Olha cara – Nick começou a rir – com ou sem calor, você não raciocina muito.

Ele e Warrick caíram na gargalhada.

WB: Mas, falando sério, cadê o Grissom?
CW: Como sempre, ele está na sala dele, mexendo nos papéis e revisando relatórios.
GS: E na companhia dos bichos dele.
NS: Exato – Nick sorriu.
CW: Nick você viu...

Catherine parou de falar quando viu alguém parado na porta da sala de convivência. Era Sara. Os queixos foram ao chão. Ela estava linda, com os cabelos presos, uma blusa suave, mas um pouco justa, que realçava a barriga pontudinha de cinco meses, e uma calça larguinha.

SS: Então? Ninguém diz nada?

A equipe toda foi até ela e a abraçou calorosamente.

CW: Você veio e nem me avisou! – Catherine tinha lágrimas escorrendo no rosto.
SS: Vim...
NS: E veio pra ficar?
SS: Não, Nick, tenho coisas a fazer em São Francisco.
WB: Grissom sabe da criança?
SS: Ele não me deixou contar por telefone.
GS: Está de quanto tempo, Sarinha?
SS: Cinco meses.
CW: E já sabe o que é o bebê?
SS: Um menino.
NS: Puxa que maravilha, Sara!
GS: Poderemos levar o moleque pra passear!
GG: Catherine, quero que você...

Grissom interrompeu o que estava falando ao ver Sara na sala de convivência. Todos se calaram ao presenciar o reencontro dos dois. Como estava linda a mulher que ele amava loucamente! Grissom tentava dizer alguma coisa, mas a voz embargou. Catherine fez um sinal para que todos saíssem da sala, deixando-os a sós. Quando ficaram a sós, o silêncio pairava no ar, fazendo com que o som da respiração se transpusesse entre eles. Sara desfez o gelo, afinal de contas, ele não era um estranho. Era o homem que amava e com quem dividiu sua cama muitas e muitas vezes. E com quem fizera um filho em um momento de repleto amor.

SS: Olá Griss.
GG: Sara... Como está?
SS: Bem, e você?
GG: Estou bem. O que faz aqui?
SS: Estou de visita em Vegas. Vim resolver alguns assuntos e resolvi passar aqui e rever os amigos.
GG: Apenas os amigos? – Grissom perguntou, esperançoso.
SS: Porque a pergunta?
GG: Por nada...

Grissom não pôde evitar olhar a barriga de Sara.

GG: Por que não me disse antes?
SS: O quê?
GG: Que está esperando um filho meu.
SS: Eu ia te dizer no dia em que te liguei. Mas você não me deixou continuar a conversa, simplesmente desligou o telefone.
GG: O que você queria, Sara? Eu estava magoado, ressentido! Você foi embora assim, sem mais nem menos, levando meu filho na sua barriga, pondo fim no que um dia chamamos de amor, e quer saber por que agi daquela forma...
SS: Você quer iniciar uma discussão, Grissom?
GG: Não, eu só queria dizer que você bonita.

Sara olhou nos azuis daqueles olhos e percebeu uma tristeza muito grande por parte dele. Queria muito abraçá-lo, mas alguma coisa dentro de si a impedia de se aproximar. Mas seu coração acelerou ao ver que Grissom se aproximava.

GG: Você sabe que eu te amo, Sara. E não tê-la ao meu lado me machuca. E sei que você também sofre. Ou estou mentindo?

Sara fez que não com a cabeça, com o típico sorriso com os lábios meio tortos. Foi a deixa para que Grissom a beijasse intensamente, da forma como só ele fazia. Sem tentar lutar, Sara o envolveu com as mãos e, no encontro das línguas, o amor vencera a distância e o orgulho.
Grissom tocou com suavidade a barriga redondinha e firme de Sara, que juntou sua mão a dele e sorriu ao sorriso satisfeito do homem amado.
Os dois ainda se beijavam amorosamente quando Catherine entrou na sala.

CW: Oh, me desculpem! Não sabia que ainda estavam por aqui...

Grissom olhou para ela como se dissesse “maldita hora pra entrar na sala”. A loira ficou sem-graça por ter interrompido um momento romântico e pediu desculpas.

SS: Tudo bem, Cath. Já estava de saída.
GG: Você vai embora?
SS: Vou, Griss. Tenho coisas a fazer.
GG: Está em algum hotel?
SS: Sim.
GG: Não gaste dinheiro à toa. Fique em minha casa.

Naquele momento, Ecklie entrou na sala de convivência.

CE: Mas o que é isto? Uma reunião amorosa?
GG: Não começa, Ecklie.
CE: O que faz aqui, Sidle? arrependeu-se de ter saído do lab?
SS: O que faço aqui não te diz respeito.
CW: Olha como fala comigo, Sidle!
GG: Ecklie, quer parar? Sara veio nos visitar.
CE: Sabe muito bem que aqui não é lugar pra ficar de agarramento.
SS: Aff!

Grissom olhou sério para o chefe.

GG: Depois a gente conversa.

Naquela noite, no apartamento de Grissom, o amor rolou solto. Sara estava um pouco receosa em fazer amor com ele, por causa da barriguinha, mas Grissom tratou de acalmá-la.

GG: Deixe comigo, honey, vou tratá-la com muito amor. Não vou machucá-la, prometo.

Sara sorriu e o puxou pra ela. Aquela fora uma noite muito especial. Os dois se amaram tendo a lua como testemunha e o filho entre eles. Depois de se amarem, Grissom se aninhou nos braços de Sara; precisava daquele apoio, da força daquela mulher a quem entregara seu coração em definitivo.

SS: Acabei nem te contando...
GG: Sobre...
SS: O sexo do bebê.
GG: Você já sabe? – Grissom arregalou os lindos olhos azuis.
SS: Sim, Griss – Sara sorria.

GG: Então não me deixe curioso, fale, honey!
SS: É um menino.
GG: Um menino? – Grissom sorriu – A continuidade dos Grissom está garantida.
SS: Convencido...

Se de um lado os dois estavam felizes, em outro canto da cidade Catherine sofria os diabos. Sua filha Lindsay, aos sete meses de gestação, estava sofrendo diversos problemas. O maior deles ocorreu dias mais tarde, quando foram ao médico obstetra.

DR: Lindsay Willows, detectamos um problema com o seu bebê.
LW: Como doutor? – a garota ficou assustada.

Catherine segurava a mão da filha, procurando passar força.

DR: E – continuando – devido a esse problema, teremos que submetê-la a uma cesárea de emergência.
CW: Pode nos dizer que problema é esse?
DR: Bem, seu bebê possui anencefalia, ou seja, ausência de córtex e tronco cerebrais. Em outras palavras, seu bebê não possui cérebro, que é a máquina que comanda o corpo.

Catherine não conseguia acreditar no que ouvia. A filha chorava desesperada.

CW: E não há chance de sobreviver?
DR: Cerca de 50% dos bebês anencéfalos morrem na barriga da mãe. Os outros 50% são dos que nascem e vivem apenas poucas horas após o nascimento. Para a ciência, bebês assim são considerados nati-mortos, sem esperança de vida. A menos que ocorra um milagre. No caso de sua filha, está dentro do esperado. O bebê, com anencefalia, não esperou o nascimento, ele veio a óbito ainda na barriga dela.

Lindsay, ao ouvir aquilo, desmaiou nos braços de Catherine, que não conseguiu ser forte e desabou a chorar. A jovem foi levada para a sala de cirurgia, onde em pouco tempo lhe retiraram a criança morta, que era uma menina. Catherine, da sala de espera, ligou para Deus e o mundo, e em pouco tempo, Warrick estava lá.

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