RSS

Inesperado reencontro - cap. 8


SS: Como?!
GG: Sara, não se dê o trabalho de me ligar pra saber isso. Admito que sua partida me estremeceu, mas, se foi você quem quis partir, devo retomar a minha vida e esquecer tudo o que aconteceu.
SS: Porque está agindo assim, Grissom? Eu tive meus motivos pra ir embora, e tenho outras para estar ligando pra você agora.
GG: Sejam quais forem estes motivos, guarde-os para você. Não me interessa em nada, a partir do momento em que você resolveu sair da minha vida sem me dizer o porquê. Por favor, não me ligue mais – e desligou o telefone.

Do outro lado da linha, Sara estava estática. Pensava em sentir Grissom triste, mas não magoado e rancoroso a ponto de querer esquecê-la tão facilmente. Deitou-se na cama e acariciou a pequena barriga que gerava o fruto das noites de amor entre ela e Grissom. Agora seriam apenas os dois, pensou. Se ele não quis deixá-la contar quando a alegria pela notícia explodia em seu peito, perdera a chance. Esta criança seria seu grande segredo. Depois do telefonema, Grissom ficou um tempo na sala, pensativo, olhando para uma foto de Sara que estava em um porta-retratos, guardado na gaveta.

CW: Gil? – Catherine bateu na porta – Está tudo bem?

Grissom levantou-se e foi abrir a porta.

GG: O que foi, Catherine?
CW: Vim saber se está tudo bem com você.
GG: Sim. Quer entrar?
CW: Claro.

Na sala...

CW: Olha, sei que você talvez não queira tocar neste assunto, mas é visível seu sofrimento. Desde que Sara foi embora não tem sido o mesmo, está cada dia mais fechado e triste. Sabe que pode contar com todos nós, não é?
GG: Obrigado, Catherine. Não é que eu não queira falar disso, mas não gosto de envolver as pessoas nos meus problemas. Cada um já tem seus próprios problemas, não preciso acarretá-las com os meus.
CW: Foi Sara quem ligou pra você agora, não?
GG: Foi. Mas já está tudo esclarecido. Agora, me responda uma coisa. Que briga foi essa entre você e Heather? Quando me contaram, quase não acreditei, nem mesmo quando ela me ligou.
CW: Ah, então ela te ligou? Pelo visto, ela não perde tempo...
GG: Catherine...
CW: Gil, está bem claro na minha cabeça que ela veio atrás de você com outras intenções. E, se você realmente ama Sara, deveria respeitar a ausência dela. Foi o que eu disse a ela, que você é comprometido com Sara e que nem pensasse em chegar perto de você.
GG: Sou bem grandinho, sei cuidar de mim.
CW: Tem certeza? Olha o seu estado! Olheiras, cansaço, tristeza... Está um completo desleixado.
GG: O que importa isso? Sou um homem que só está um pouco chateado.
CW: Porque quer! Cadê o Gil forte e determinado que eu conheço? Que enfrentou o mundo por suas convicções e teve peito de assumir Sara para todos nós?
GG: Ah Cath... se soubesse como me sinto neste momento... Sara ligou, queria saber como eu estava, parece que iria me dizer algo, mas não quis saber e desliguei o telefone na cara dela.
CW: Bem, agora você não poderá se espantar se ela não quiser mais te ver, certo? Fez tudo errado, Gil!

Grissom sofria com a ausência de Sara, mas aos poucos, ia retomando sua vida. Enquanto isso, em São Francisco, Sara ia muito bem no departamento de polícia. Seu trabalho eram só elogios por parte de todos, era uma excelente profissional. De volta à cidade onde nasceu, as lembranças de seu passado sombrio eram constantes. Freqüentemente Sara tinha pesadelos com relação à família, a morte do pai, a internação da mãe, a completa falta de notícias do irmão... Alguns meses se passaram e Sara estava com uma linda barriguinha de cinco meses. Como era magra, suas curvas realçavam a barriga, que era pontudinha. E estava trabalhando em ritmo menor, por causa dos desconfortos típicos da gravidez. Ficava mais em casa, saindo às vezes para comprar coisas para o enxoval e reviver lugares marcantes em sua vida. Saudosa dos amigos, Sara ligou para Cath em um determinado dia.

CW: Willows.
SS: Como vai, Cath?
CW: Sara?

Todos que estavam na sala de convivência espicharam os olhos ao ouvir o nome da amiga. Grissom não se encontrava por lá. Catherine resolveu ir até o lock para conversar a sós coma amiga.

CW: Quanto tempo, Sara! Desde que saiu de Vegas, não deu mais notícias. Qual é, não significamos mais nada pra você, é?
SS: Tanto significa que estou ligando. Sinto saudade de vocês, Cath.
CW: Nós também, Sara. Por que não volta?
SS: Acho melhor não, Cath. Pelo menos não agora. Tenho muitas coisas a fazer por aqui. E trabalho bastante.
CW: Ele não anda nada bem.
SS: Quem?
CW: Quem mais poderia ser? Grissom, claro!
SS: E por que me diz isso?
CW: Ele sofre bastante com a sua ausência. E nós sofremos com isso. Ele tem sido muito duro com todos nós. Em aspecto nenhum se parece com o Gil Grissom que conhecemos. Acho que ele está numa depressão profunda, só quer saber da companhia dos insetos dele.
SS: Bem, então ele não está sozinho. Sabe que os melhores amigos deles são aqueles insetos dele.
CW: Não seja tão fria, Sara. Acredito que você também esteja sofrendo com tudo isso. Na verdade, até agora não entendi sua partida. Existe alguma razão maior nisso tudo?

Sara deu um longo suspiro. Tinha vontade de abrir o jogo com Cath. Mas, naquele momento, não desejou mais nada, a não ser desligar o telefone e ir dormir. Ao voltar à sala de convivência, Catherine se deparou com olhos curiosos para cima dela.

CW: Ei! Ninguém aqui trabalha mais não, é?
GS: Vai nos contar o que Sara queria?
CW: Nada de mais, Greg. Mandou um beijo a todos vocês.
NS: E como ela está?
CW: Aparentemente bem. Disse que está trabalhando muito, por isso não tem tempo pra nada.
GS: Nem mesmo pra ligar pra gente?
WB: Ei cara, ela não acabou de fazer isso?
GS: Mas depois de quanto tempo?
CW: Olha, Greg, se ela não o fez antes, é porque teve seus motivos. E não podemos julgá-la por nada.
NS: Pretende contar ao Grissom sobre o telefonema dela?
CW: Não sei. Pode ser que ele fique mais triste do que já está, realmente não sei. A reação dele é imprevisível. Por enquanto prefiro que fique entre nós, ok?
WB: Se é assim... conte com a gente.

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

0 comentários:

Postar um comentário