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Uma história de amor - cap. 10


Pouco depois, ouviu barulhos, como se alguém estivesse derrubando coisas. Foi até o quarto e pegou a arma. Da janela do quarto, à espreita, viu um homem andando pelo seu jardim, rondando a casa. Pensando na segurança dos filhos e assustada, foi para a sala, que ficava no andar de baixo, pelo menos seus filhos e a babá ficariam mais seguros no andar de cima. Ligou para Grissom.

GG: Grissom.
SS: Honey, venha pra cá. Tem alguém rondando a casa.
GG: Como é?
SS: Eu fui até o quarto pegar minha arma e da janela vi um homem rondando a casa.
GG: Está tudo trancado?
SS: Sim, inclusive estou com a arma na minha mão. Mas fico receosa pelos meninos.
GG: Permaneça quieta onde está que já estou indo praí com Brass e os policiais!

Grissom desligou e se dirigiu ao Brass.

GG: Jim, acho que sei onde Simon Sidle está.
JB: Onde?
GG: Sara acabou de me ligar, disse que tem um homem rondando a casa. Precisamos ir pra lá.
JB: Certo!

Nick e Warrick chegaram naquele momento.

GG: Você dois periciem o local. Vou ao outro ponto com Brass.

Enquanto isso, Sara, por mais experiente que fosse, estava ficando em pânico por saber que seus filhos corriam perigo com um sujeito tentando entrar na casa. Até que ouviu barulho na maçaneta, como se alguém tentasse entrar à força. O barulho parou. A respiração da perita quase parou também. Silêncio total. Foi quando Sara se lembrou que a porta dos fundos, que dava para o jardim, possuía uma abertura na parte de baixo. Foi até a cozinha e deu de cara com seu próprio irmão, com uma faca na mão.

SS: O que você está fazendo aqui, Simon?
SS: Pensou que a boa ação da Melina ficaria por isso mesmo?
SS: O que você pretende?
SS: Acabar com a maçã podre dos Sidle...
SS: Você é a parte podre dos Sidle! E largue essa faca, meus filhos estão na casa!
SS: Pois é atrás deles que eu vou.
SS: Não vou deixá-lo fazer mal nenhum a eles.

Com o barulho das vozes, a babá acabou indo até o andar térreo ver o que estava acontecendo.

L: O que está...? Ai! – deu um grito ao ver o homem com a faca na mão.
SS: Saia daqui, Lilly! Vá para o quarto dos meninos e tranque a porta!

A babá saiu correndo da cozinha, indo para o quarto e se trancando lá, conforme a ordem da patroa. Agora era somente Sara e Simon. Os dois Sidle remanescentes cara a cara, em lados opostos: o bem x o mal.

SS: Saia da minha casa, seu cretino!
SS: Não sem matá-la. Serei o único Sidle a sobreviver!
SS: A mamãe está viva, seu idiota!
SS: Não mais. Eu a matei!

Sara ficou chocada com a revelação tão cruel de seu irmão.

SS: Só pode estar brincando!
SS: Vá até o cemitério central de São Francisco, lá você encontrará a sepultura de nossa “querida mamãe”.
SS: Maldito!

Esquecendo-se que estava com a arma na mão, portanto poderia ter atirado no irmão, Sara foi pra cima dele e os dois travaram uma luta de gigantes. A faca, em contato com o braço da perita a cortava e o sangue escorria, mas a dor maior dela era a por ver que seu único irmão era cruel e de má índole. Vasilhas caíam no chão com a luta e os meninos acabaram acordando, mas Lilly tratou de acalmá-los, permanecendo com eles no quarto. Grissom entrou em casa e ouviu os barulhos que vinham da cozinha.

GG: Largue Sara, seu cretino!
SS: Venha pegá-la, assim aproveito e mato os dois...
JB: Largue-a imediatamente. Você não tem escolha, covarde!

Brass e Grissom apontavam a arma para o irmão de Sara, que ameaçava cortar o pescoço dela com a faca.

GG: Sara, olhe pra mim!

A perita olhou para o marido e eles se comunicaram através dos olhos. Sara entendeu o recado e conseguiu abaixar a cabeça. Nisso, um tiro acertou a cabeça de Simon e ele caiu morto. Em seguida, a perita correu para os braços do amado, que a abraçou fortemente, protegendo-a. Ela estava em estado de choque e chorou muito nervosa.

GG: Acabou, honey. Acabou.
JB: Esse agora vai aprontar lá no inferno!

Com a morte de Simon, Sara passou a ser a última dos Sidle com vida. E ele não mentira quando disse que matara a mãe dos dois. Sara foi a São Francisco com Grissom e os meninos e quis verificar se era verdade sobre a morte da mãe. Encontrou a sepultura e pela primeira vez desde a morte de seu pai, sentiu como se uma parte de si tivesse ido embora. Mas Grissom a confortou e disse que os dois estariam juntos para sempre. Felizmente Sara tinha formado uma família bonita e forte, na qual o amor era a base sólida, e por isso ela nunca mais iria se sentir tão só. Por que o Amor preenche todos os vazios. O amor venceu a dor, a morte, e depois de uma forte tempestade, o arco-íris surgiu lindo e cheio de esplendor no horizonte.

Fim




       

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Uma história de amor - cap. 9


MS: Fiquei extremamente revoltada quando ele me disse sobre o que estava acontecendo com você e se negou a ajudá-la. Fui ao hospital e fiz os testes, e felizmente deu compatibilidade. Fico muito feliz em vê-la sã e salva, bem de saúde novamente.
GG: Agradecemos seu ato tão heróico.
MS: Eu que agradeço por ajudar a salvar uma vida.
SS: Posso lhe dar um abraço?
MS: Claro!

As duas, doadora e receptora, abraçaram-se emocionadas. Até que Simon Sidle chegou, estacionando o carro na calçada. Ao ver a irmã perto de sua mulher, ficou furioso:

SS: O que você faz aqui, Sara?
SS: Vim agradecer ao gesto caridoso que sua esposa teve.
Se dependesse de você, eu poderia ter morrido.
SS: Bá, e por que não morreu?
GG: Como é?! Repete, seu canalha!

Grissom ia partindo pra cima do sujeito, mas Sara o segurou.

SS: Não suje suas mãos com quem não merece.
MS: Eu fiz e não me arrependo, Simon! Fiz o que você, como irmão, jamais pensaria em fazer em sua vida.
SS: Cale a boca, maldita!
SS: Cale a boca você, imprestável! Vamos embora, Griss. E Melina, muito obrigada pela boa ação. O que precisar de mim e de Grissom, conte com a gente, ok?
MS: Claro! Sucesso em sua vida.

O casal foi embora. Dentro do carro, Sara não conseguia acreditar que sua doadora tão caridosa fosse esposa do traste de seu irmão.

GG: Ainda sem acreditar que Melina seja esposa de Simon?
SS: É...
GG: Fiquei surpreso também. Desculpe dizer isso, mas ele não parece ser uma boa pessoa.
SS: Ele não tem caráter nenhum! Não quero falar dele, quero é ver nossos filhos.
GG: Vamos buscá-los na casa de Catherine.
SS: Será que eles vão me achar muito feia com esta peruca preta com franja?
GG: Que nada, vão achá-la linda do mesmo jeito, que é como você é, querida.
SS: Você diz isso por que me ama, não vale!
GG: É a verdade.

Os dois chegaram até a casa de Catherine. A mãe dela veio recepcioná-los.

LF (Lily Flynn): Olá! Não sabia que você tinha saído do hospital, Sara. Como está?
SS: Estou bem. E meus filhos, como estão?
LF: Veja com seus próprios olhos. Sean e Kevin, olha quem está aqui!

Os meninos viram a mãe de longe e correram até ela.

SG: Mamãe!
KG: Mamãe!

Os três se abraçaram emocionados. Grissom se juntou ao trio e os envolveu com seus braços. A família estava reunida novamente.

SS: Como vocês estão? Obedeceram à mãe da tia Cath?
SG: Sim, mamãe.
KG: Mamãe, seu cabelo cresceu? Tá bonito!

Sara riu.

SS: Ah, é meu novo corte de cabelo. Ficou moderno?
SG e KG: Sim!
GG: Anda, peguem suas coisas, estamos indo para casa.
SG: Podemos tomar um sorvete antes, papai?
GG: Não sei se é uma boa idéia...
SS: Vamos, honey, eu também quero um sorvetinho...
GG: Ok, vocês venceram.
SG e KG: Eeeeeee!

Os meninos correram para buscar as mochilas.

SS: Desculpe qualquer incômodo, Lily.
LF: Foi um prazer cuidar dos seus meninos.

Quando eles foram embora, os meninos estavam felizes da vida por estar com a mãe novamente. Depois de uma tarde de sorvete e risos, eles tiveram a certeza de que a felicidade estava de volta. Os dias se passaram e tudo estava bem. Sara estava mais forte, os cabelos cresciam rapidamente e Grissom era um pai cada vez mais presente na vida dos filhos. A vida sexual voltara com intensidade. Certa noite chuvosa, os meninos já dormiam e o casal namorava no quarto. Foi quando o telefone tocou.

GG: Grissom.
JB: Sou eu, Brass.
GG: Aconteceu alguma coisa, Jim?
JB: Sim. Houve um assassinato e gostaria que você ou Sara, ou os dois viessem na West.
GG: Quem é a vítima?
JB: O nome dela é Melina Sidle.
GG: Melina Sidle?! – Grissom arregalou os olhos e Sara ficou espantada.
JB: É. Fiquei surpreso com o sobrenome. É parente da Sara?
GG: É cunhada. Onde está o marido dela?
JB: Não foi encontrado, e tudo leva a crer que foi ele o autor.
Venha assim que puder. Sei que você está aposentado, mas esse crime diz respeito à sua mulher.
GG: Me aguarde aí.

Depois que Grissom desligou...

SS: O que aconteceu, Griss?
GG: A mulher que lhe doou a medula foi assassinada.
SS: Eu ouvi a conversa, mas...  como isso foi acontecer? Como Simon pôde ser tão calhorda? – Sara estava quase chorando.
GG: Jim quer que eu vá até lá.
SS: Vou ficar com as crianças.

Grissom levantou-se e começou a se vestir.

GG: Qualquer coisa me ligue. Mantenha a casa trancada, não sabemos onde esse bandido está.
SS: Não se preocupe, sei me defender. Minha arma está aqui no criado-mudo.

Os dois se despediram e Grissom foi se encontrar com Brass.

GG: O que temos aqui, Jim?
JB: Ela foi encontrada pela vizinha que sempre lhe trazia tortas.
GG: Facadas profundas na jugular e no peito. O assassino queria de fato matar a vítima. E se foi Simon Sidle que fez isso, não me surpreenderia.
JB: Se foi ele, porque ele mataria a esposa dele?
GG: Ele ficou furioso quando Melina disse que doou a medula para Sara.    
Parece que ele nutre algum tipo de ódio pela irmã, porque ela se deu melhor na vida.
JB: Acha possível que ele vá atrás dela?
GG: Não quero pensar nisso. No momento sei que ele não sabe onde moramos. É um alívio.

Sara bebia um chá na cozinha – os meninos dormiam em seus quartos com a babá. Estava um silêncio sepulcral na casa, só se ouvia o barulho da chuva caindo do lado de fora. Em seguida, a perita seguiu para a sala. A cortina era clara, e dava para perceber sombras do lado de fora. Sara notou que alguém passara pela janela e ficou sobressaltada.

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Uma história de amor - cap. 8


Dra: Correu tudo bem, senhor Grissom.
GG: Como Sara reagiu à cirurgia?
Dra: Ela foi ótima! Agora é só aguardar para ver como o organismo vai reagir. Mas creio que enfim sua esposa foi curada.
GG: Graças a Deus! – suspirou aliviado.

Quando a perita foi para o quarto, devidamente protegida com uma máscara anti-infecção, Grissom foi vê-la. Apesar da magreza, ela parecia melhor.

SS: Ei, você está aqui!
GG: Acho que eu iria embora e deixá-la à própria sorte? De jeito nenhum!
SS: E a pessoa que me doou a medula? Está bem?
GG: Depois vou perguntar à médica. Não se preocupe, querida.
SS: Sinto-me muito grata a essa pessoa. E queria ver nossos meninos.
GG: Você irá vê-los o mais breve possível, amor.
SS: O que disseram a eles?
GG: Que você faria alguns exames e que iria passar uns dias no hospital por conta disso. Não poderia falar que você estava doente, Kevin já anda choroso e não quero causar um aguaceiro nas crianças.
SS: Fez bem.

A médica entrou no quarto naquele momento.

Dra: Isso é bom, ver o casal se amando. Dá forças para a paciente se recuperar mais rapidamente... Como se sente, Sara?
SS: Muito bem.
Dra: Isso é ótimo. Amanhã faremos novos exames para verificar a compatibilidade de medulas e se não houve rejeição. Sendo tudo positivo, você poderá ter alta em dois dias.
SS: Nem acredito!
GG: Estarei aqui com você, querida. Mas preciso ir em casa descansar um pouco e tomar um banho. Voltarei assim que puder.
SS: Claro!
Dra: Não se preocupe, sua esposa estará bem.

Grissom foi para casa, tomou um banho e dormiu. Dormiu profundamente, estava exausto e sentia falta da mulher em casa. Sentia falta da vida em família. Decidiu, ao acordar na manhã seguinte, que iria se aposentar para se dedicar exclusivamente à família. Foi ao lab falar com Ecklie. O fato de os dois não se bicarem era um incentivo a mais em sua decisão.

CE: Como é? Você resolveu se aposentar?
GG: Qual o espanto? Sabia que isso iria acontecer cedo ou tarde.
CE: Sei, mas...
GG: Sara está se recuperando de uma leucemia e as crianças precisam de mim. Passo tanto tempo nesse laboratório que mal vejo meus filhos.
CE: Ok, você é quem sabe. Mas quem vai ficar em seu lugar?
GG: Ora Ecklie, não seja tão tolo assim! Sabe que minha substituta natural é a Catherine, ela ficará como supervisora. Quero aproveitar o resto de minha vida ao lado de minha família. Já dei muito de mim a este laboratório, agora preciso me doar aos que me amam.
CE: Não vou impedi-lo.
GG: Sei que não. Minha saída será uma coisa ótima para você. Afinal, não é segredo para ninguém que não nos bicamos. Onde eu assino?
CE: Aqui.

Grissom assinou com satisfação e olhou para o rival com ar vitorioso.

GG: Adeus, Ecklie – e saiu da sala.

Foi até a sala de convivência dar a notícia aos csi’s.

CW: Oi. Pensamos que não vinha mais!
GG: A partir de hoje não virei mais ao lab.
NS: Como assim, Grissom?
GG: Acabei de assinar minha aposentadoria. Agora serei do lar.

Apesar de todos terem ficado espantados, deram os cumprimentos ao supervisor que agora seria um homem “livre”.

CW: Foi por Sara que você tomou essa decisão?
GG: Por ela, meus filhos e nossa família. Preciso deles como eles precisam de mim, agora mais do que nunca.
NS: Irá ver Sara agora?
GG: Sim. Se tudo der certo, em dois dias ela terá alta.
CW: Isso é maravilhoso! Nos dê notícias.
GG: Darei sim.
GS: E não se esqueça da gente, venha nos visitar de vez em quando.
GG: Não se preocupe com isso, Greg. Eu e minha família viremos. Agora preciso ir. Catherine, agora é com você. Tem minha confiança e faça jus dela.
CW: Eu prometo que farei o melhor.

Grissom abraçou cada um da equipe, incluindo Robbins e saiu em seguida. Foi para o hospital, onde recebeu a excelente notícia de que Sara estava curada. O casal se abraçou, em meio a lágrimas de emoção.

GG: Verdade isso, honey?
SS: A médica disse que já poderei ir para casa.
GG: E eu tenho uma boa notícia a lhe dar.
SS: Sim?
GG: Assinei minha aposentadoria. Sou um homem livre agora, amor.
SS: Sério, Griss?
GG: Sim. Agora estarei muito mais presente para você e os meninos. E irei realizar todos os seus sonhos. Pode fazer a lista.

Sara sorriu fazendo biquinho e tocou o rosto do marido.

SS: Não quero nada de mais. Apenas ser feliz com você, Sean e Kevin.
GG: Não pretende mais ter a menina?
SS: Ela veio num momento em que eu a queria, mas não me foi permitido. Agora não me será possível engravidar, seria arriscado demais. Além do quê, temos os meninos, acho que está de bom tamanho, não acha?
GG: Seja feita a sua vontade.

Os dois se beijaram. No dia seguinte, enfim, Sara teve alta. Antes de ir embora, quis conhecer a pessoa que lhe doou a medula.

Dra: Olha, ela não se encontra mais no hospital, já teve alta. Mas se quiser, posso lhe passar o endereço da pessoa. É uma mulher jovem e bem saudável.
SS: Obrigada.

Os dois foram saindo e Grissom perguntou, curioso:

GG: Quer mesmo conhecer a doadora?
SS: Preciso agradecê-la. É o mínimo que posso fazer, entende?
GG: Como quiser, querida. Eu a amo ainda mais por ter esse coração tão generoso e incondicional. Você é uma mulher incrível!

Sara apenas sorriu e os dois seguiram até a casa da doadora. Uma jovem mulher, tendo não mais do que 33 anos, atendeu a porta:

##: Pois não?
SS: Você é Melina?
MS: Sim, Melina Sidle.
SS: Como é?! – Sara levou um susto e Grissom levantou a sobrancelha, espantado.
MS: Meu nome é Melina Sidle. E você deve ser Sara Sidle.
SS: Sim, mas como...?
MS: Deixe-me explicar. Eu sei quem você é. Sou mulher do seu irmão Simon.

Agora tudo fazia sentido para perita.

SS: Mas por que justo você...?

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