SS:
Certo! Dê-lhes de comer então. Vou tomar um banho e já apareço para dar-lhes
boa noite. E vocês, comam tudo, viu?
SG: Não
vai brincar com a gente não, mamãe?
SS:
Sean, o papai daqui a pouco vai estar em casa. Mamãe trabalhou muito, mas
amanhã vou levar vocês ao parquinho, estou de folga.
SG e KG:
Eeeeeh!
Sara foi
para o banheiro, e antes de tomar seu banho, fez o teste de gravidez que
comprara na farmácia antes de chegar em casa. Positivo! “Céus!
Mais um filho! Onde eu estava com a cabeça? Aliás, onde Grissom e eu estávamos
com a cabeça?”, pensou, enquanto tirava as roupas. Enquanto isso, Lilly, depois
de fazer os meninos escovarem os dentes e fazer xixi, levou-os para o quarto e
os colocou em suas camas.
KG: A
mamãe já vem?
LW: Sim.
Ela está se trocando e já vem dar um beijo em vocês. Mas precisam fechar os
olhos, amanhã vocês têm escola, ok?
SG: Boa
noite, tia Lilly.
LW: Boa
noite, Sean.
KG:
Tchau, tia Lilly.
LW:
Durma bem, anjinho.
Os
meninos viraram para o canto e logo adormeceram. Lilly foi até o quarto ver
porque Sara estava tão quieta. Encontrou-a deitada na cama, como se estivesse
se sentindo mal.
LW: Tudo
bem com a senhorita?
SS: Sim,
estou apenas um pouco enjoada, mas vai passar. E os meninos?
LW:
Perguntaram por você. Eu disse que você ia dar um beijo neles depois.
SS: Eu
vou sim. E você pode ir dormir, se quiser.
LW: Boa
noite então.
SS: Boa
noite.
Sara
virou-se de lado. Estava se sentindo meio estranha. Mas a gravidez nunca lhe
deixara tão pra baixo como agora. Sentia que algo estava errado em seu
organismo. Falaria disso assim que Grissom chegasse do lab. O que não demorou a
acontecer Ele chegou e a casa estava mergulhada em no silêncio. Chegou na porta
do quarto de seus meninos e os viu dormindo feito dois anjinhos. Deu um sorriso
e seguiu para o quarto, onde seu amor deveria estar lhe esperando. Imediatamente
viu Sara deitada na cama, de olhos fechados, feito um anjo adormecido, linda na
camisola longa de seda, na cor azul royal. Sentou-se na beirada da cama e
acariciou os cabelos dela, sabendo que ela abriria os olhos ao sentir as mãos
no corpo. Só que Sara não teve nenhuma reação. Nem aos
toques, nem ao beijo... E estava gelada. E não parecia estar dormindo
normalmente, mas... definitivamente.
GG:
Sara! Sara! Fala comigo, querida, fala...
Ele pôs
a cabeça da perita em seu colo e acariciou os cabelos dela. Sara
abriu os olhos lentamente e deu o velho sorriso de lado que era tipicamente
seu. Grissom sorriu de volta, aliviado.
SS:
Aconteceu alguma coisa, honey?
GG:
Fiquei preocupado com você. Não acordava e estava gelada...
SS: Me
senti um pouco mal e resolvi cochilar um pouco. Mas
agora estou bem.
GG: Tem
certeza?
SS:
Ahãm. Preciso te contar uma coisa.
GG: Não
quer me contar nos meus braços não?
SS: Como
assim? – sorriu maliciosamente.
GG:
Ainda preciso te mostrar o caminho do tesouro?
Grissom
levantou a sobrancelha e fez um biquinho insinuante.
SS: Se
você insiste...
Grissom
ajeitou-se na cama com os travesseiros nas costas. Sara
encostou seu corpo no dele e deitou a cabeça no peito do homem que amava.
GG:
Então, o que você tem a me dizer?
SS: Você
estava certo.
GG:
Sobre o que?
SS: Sua
intuição dos seus soldadinhos...
GG: Quer
dizer que...
SS:
Vamos ter outro filho, Griss!
GG:
Honey!
SS: Mais
um filho e eu tenho certeza de que vou enlouquecer!
GG: Não
diga isso, Sara! Nós o fizemos juntos, e se aconteceu, foi porque nenhum de nós
se preveniu. Acho que nossa menina está chegando...
SS:
Espero que seja apenas um desta vez...
Os dois
se amaram intensamente naquela noite, dando as boas-vindas ao novo membro da
família. Falaria com os meninos assim que fizessem os exames e constatassem
estar tudo ok com a mãe e o bebê. A semana
foi carregada para a equipe de csi’s. Estavam todos trabalhando num caso
complicado e de opinião pública. O prefeito de Vegas estava de olho na equipe e
o xerife, na cola. O FBI estava ameaçando entrar no caso também. O estresse era
evidente no lab, até mesmo Ecklie estava se empenhando nas investigações.
CE:
Alguma novidade no caso?
GG: Não,
mas quando houver, o informaremos.
CE:
Deixa de ser irônico, Gil! Sabe que estamos todos nesse barco! O
prefeito está atento e o xerife, de olho no menor deslize. Inclusive ele quer o
FBI no caso.
GG: Mas
esse não é um caso federal, não é da alçada do FBI.
CE: Não
quando envolve o filho de um importante político de Vegas!
GG:
Escute aqui! Não vou aceitar interferências suas no andamento dos casos da
minha equipe! Somos nós que vamos a campo, que enfrentamos toda a burocracia e
você só fica na sua sala!
CE:
Grissom...
GG:
Faça-me o favor, Ecklie!
Enquanto
Grissom e Ecklie tinham uma discussão daquelas (mais uma na convivência deles),
a equipe estava separada, cada dupla cuidando de alguma parte específica do
caso. Sara ficara com Nick na análise das substâncias.
NS:
Conseguiu descobrir se a substância era mesmo anabolizante?
SS: Sim,
o rapaz era viciado em remédios para aumentar a massa corporal. Na substância
encontrada havia propionato de testosterona, cuja ação é imediata, mas de curto
período; havia um vidro contendo fenilpropionato e o isocaproato. Eles têm um
inicio de ação mais lento, porém de maior duração.
NS: Sei.
Ela mostra excelentes resultados em aumento de força e ganho de peso e não
promove retenção hídrica como a maioria dos esteróides altamente androgênicos.
Tô sabendo o que essa rapaziada anda tomando...
SS:
Nick, segura as pontas por aí, vou até a sala de convivência.
NS: Está
se sentindo mal?
SS: Dor
de cabeça.
NS: Ok.
Sara
estava se sentindo mal. Além da dor de cabeça, estava sentindo um fogo no
corpo. Provavelmente febre. Ao chegar à sala vazia, não resistiu e deitou-se no
sofá. Ecklie, que passava pelo corredor, a viu deitada e resolveu tirar
satisfações:
CE:
Sidle!
SS: O
que foi, Ecklie?
CE: Como
o que foi?! Você deitada no sofá em pleno horário de trabalho.
SS: Não
estou me sentindo bem, dá pra respeitar meu momento?
CE: Devo
falar sobre isso ao Gil e acrescentar isso em sua ficha?
SS: Faça
o que quiser, Ecklie. Mas me deixe descansar aqui.
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