GG: E o
caso de vocês? – falou para Nick e Sara.
NS: A
moça estava muito machucada. Foi estuprada e agredida fisicamente.
SS: Fora
as conseqüências psicológicas.
GG: Você
se deixou envolver de novo, Sara?
SS: O
que acha, Griss? Sabe que esse tipo de caso mexe comigo!
Não sou
indiferente à dor das mulheres que sofrem abusos e são até mortas por esses
covardes monstruosos!
GG: Ei,
calma honey!
Grissom
se aproximou de Sara e, sem se importar com as pessoas presentes na sala, vendo
a cena, acariciou o rosto dela e a acalmou:
GG: Vai
ficar tudo bem.
Brass
entrou na sala de reuniões naquele instante:
JB:
Temos um suspeito pra ser interrogado? Alguém se habilita?
GG: De
qual caso, Brass?
JB:
Parece que é o homem que violentou a jovem do caso de Sara e Nick.
Sara
sentiu seu sangue ferver e saiu soltando fumaça pelas ventas, indo para a sala
onde se encontrava o suspeito.
SS:
Então você é o cretino que violentou uma pobre mulher indefesa?
##: Ei,
quem é essa vagabunda?
SS: Vagabunda
não! Vagabunda não!
Sara
avançou pra cima do rapaz e começou a socá-lo no peito, sendo segura por
Grissom, que chegara na hora. Um policial presente segurou o rapaz.
##:
Tirem essa louca daqui!
SS: Seu
cretino! Como você pode fazer mal a uma mulher e não sentir nada?!
GG:
Sara! Acalme-se!
##: Sua
vadia!
GG:
Tirem esse sujeito daqui antes que eu mesmo o quebre!
Grissom
saiu da sala de interrogatório com Sara e parou com ela no corredor.
GG: Ei!
O que deu em você, honey? O que te deu pra ir pra cima daquele cara?
SS:
Perdi a cabeça. Ele me provocou com aquela cara de debochado que tem. Não devia
ter reagido, mas meu sangue ferveu.
GG: Você
precisa se conter, Sara. Se o sujeito decide processá-la por agressão, como é
que fica?
SS: Isso
não vai se repetir.
Sara fez
uma cara de quem estava se sentindo mal.
GG: O
que foi?
SS:
Fiquei enjoada de repente...
Grissom
levantou a sobrancelha.
GG: Nós
já vimos esse filme antes?
SS:
Como?
GG:
Venha comigo, estão nos olhando.
Grissom
levou Sara até o locker, e os dois se sentaram no banco que ficava entra os
armários.
GG: Diga
pra mim. Aconteceu de novo?
SS: O
que aconteceu de novo?
O
supervisor sorriu e passou a mão com carinho na barriga da perita, que levantou
a sobrancelha.
GG: Será
que aqui dentro tem a nossa menina?
SS: Ai,
Griss, não sei! Sei lá se estou grávida!
Grissom
abraçou Sara e, com os olhos fechados, disse, com certeza:
GG: Está
sim, querida, sei que está. Quando nos amamos na cama, desejei que meus
soldadinhos fossem de encontro ao seu óvulo.
Sara
sorriu espremendo os lábios, como sempre fazia e abraçou seu homem com vontade.
Grissom, além de pai, marido e amante, estava se mostrando um grande homem, que
conhecia o corpo de sua mulher.
CE: Mas
que cena comovente!
Os dois
olharam para a porta: era Ecklie, com um sorrisinho muito falso no rosto.
SS: Só
me faltava essa...
CE:
Pensa que o laboratório de criminalística é motel, Gil?
GG: Não
estávamos tendo relações aqui dentro, Ecklie. Se é que me entende...
CE: Sabe
da conduta que um csi deve ter e vocês dois estavam quase partindo para o sexo!
SS:
Então um abraço pra você é sexo? Ora, se é o que você pensa, precisa ler mais...
CE:
Sidle, quero você na minha sala agora!
SS: O
que foi dessa vez, Ecklie?!
CE: Eu
disse agora!
GG: Pode
falar aqui mesmo, Ecklie. O que quer com Sara?
CE: Pois
bem, que seja aqui mesmo. Sidle, você está suspensa por duas semanas sem
vencimentos.
SS: Como
é?!
GG: Que
história é essa, Ecklie?
CE: Sua
conduta aqui no lab está incompatível com o que uma csi deve ter. Partiu pra
cima de um sujeito que era apenas suspeito de um crime, não réu confesso. E se
ele resolve processar todo o laboratório por agressão?
SS: Ei,
calma aí! Eu não matei ninguém! E aquele imbecil é o responsável pelo estado da
pobre moça que está no hospital.
CE: Não
interessa o que ele fez, você não poderia ter tomado as dores da vítima. Duas
semanas em casa fará você repensar suas atitudes.
Ecklie
saiu e Sara ficou furiosa.
SS: Quem
esse idiota pensa que é para tratar os outros assim?
GG:
Calma, querida, vai ficar tudo bem...
SS: É
claro, já estou suspensa...
GG: Quer
que eu a leve para casa?
SS: Não,
vou dirigindo eu mesma. Assim consigo relaxar um pouco. Quero ficar com os
meninos.
GG: Dê
um grande beijo neles por mim.
SS: Pode
deixar.
Sara
pegou a bolsa e seguiu para casa. Ao chegar, Sean e Kevin estavam correndo pela
casa, deixando Lilly enlouquecida.
SS: Ei
meus amores, vocês querem derrubar a casa?!
SG: Mãe!
KG:
Mamãe!
Os
meninos correram até a mãe e a abraçaram forte. Sempre quando isso acontecia,
Sara se sentia mais fortalecida e mais disposta para enfrentar qualquer
desafio. O amor de seus meninos era fundamental para que levasse toda e
qualquer tristeza embora. Desde que eles nasceram, sua vida e a de Grissom
ficou mais iluminada. Nem ela nem o supervisor conseguiam se imaginar sem
eles.
SS: Pelo
visto, eles deram muito trabalho, não é Lilly?
LW
(Lilly Watson): Nem tanto, senhorita Sidle – riu – Os meninos são muito
bonzinhos, até me ajudaram a guardar as coisas.
SS: Eles
já comeram?
LW:
Estou preparando um lanche para eles irem dormir.
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