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As duas jóias - cap.37


SS: O que aconteceu?
CW: Você caiu da escada. Tropeçou no tapete que fica perto.
SS: Quantas vezes eu disse pra tirar o tapete dali, Griss? Um dia isso iria acontecer.

Grissom sorriu. Sara havia recuperado a memória!

SS: Está tudo bem, honey? Porque você está sorrindo assim?
GG: Por nada! Só quero dizer que te amo!
SS: Eu também. E onde estão as minhas meninas?
CW: Elas estão vindo.
JG: Mamãe!
MG: Ma-mã-e!

As duas correram e abraçaram a mãe.

CW: Você não se lembra de nada, Sara?
SS: Lembro do quê, Cath?
CW: Não se lembra que se chama Francicleuda Maria da Silva?
SS: Vem cá, você já bebeu quantas garrafas de cerveja por hoje? Que nome é esse? Aliás, o que é isso?
CW: Esquece, vai. Vamos lá pra fora celebrar.

E Sara voltara a ser a mesma mulher que Grissom sempre amou: teimosa, questionadora, turrona, meiga, doce, amante, amiga... perfeita! A alegria voltara à casa do casal Grissom. Meses depois, Nick e Marcela tiveram um menino lindo, Bernardo. Greg finalmente arrumara uma namorada, japonesa, Tomei Kokada. Inclusive Brass, que deu uma sorte tremenda e fisgou o coração de uma bela coroa herdeira de uma grande fortuna. Agora ele era o chefe de polícia mais bem-humorado de Las Vegas. Catherine e Warrick estavam lá tendo umas rusguinhas porque ele queria mais um filho e ela fiscalizava pra ver se ele iria furar alguma camisinha ou colocar de um jeito que pudesse romper.  E à noite, Grissom e Sara estavam namorando intimamente na cama. E, sem saber, dois menininhos estavam sendo concebidos naquele exato momento. Mas essa é uma outra história!

Fim














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As duas jóias - cap. 36


Grissom o soltou, bufando de ódio.

GG: E o que você sabe a respeito da mulher idêntica à Sara? Eu pensei que era ela!
CE: Aquela pobre coitada? Ela é irmã gêmea de Sara. Pelo que sei, ambas não se conheciam, parece que foram separadas ao nascer. Um conhecido meu disse que havia uma mulher idêntica à Sidle morando em Nova Orleans. Era uma pobre coitada. Pobre mesmo. Morava numa casa humilde, com o marido e dois filhos pequenos. Tudo o que fiz foi me aproximar dela e prometer-lhe um emprego. Ela veio pra cá e encontrou a morte.
GG: Porque você a matou, seu canalha?
CE: Pra que você pensasse que era sua Sara. Mas quanto a isso, não se preocupe. Sara está viva, só não sei onde.
GG: Você é mesmo uma escória, um verme! Como foi capaz de tirar a vida de uma mãe de família? E privou a Sara de conhecer a irmã. A prisão perpétua será pouco pra você, nem mesmo o inferno lhe será suficiente.

Ecklie ria debochadamente.

CE: Não tenho nada a perder. Você me tirou o cargo principal! É você quem deveria morrer!
GG: Não tenho medo de um covarde feito você. Quando houve aquela agressão à Sara eu já sabia que você não passava de um imbecil cruel. Agora, com o seqüestro de Sara, e o assassinato dessa pobre mulher, vejo que você é um sujeito sem alma nem coração. Que Deus tenha clemência de ti, porque a justiça dos homens não terá.

Naquele instante Brass chegou com seus homens.

JB: Justamente você, Ecklie. Quem diria! Vamos, levem-no daqui!

Depois, Brass se aproximou de Grissom e pôs a mão em seu ombro.

JB: Acho que acabou né?

Grissom olhou para o amigo e as lágrimas rolaram.

GG: Não, Brass... não sei onde minha Sara está...
JB: Entendo sua dor. Nós vamos continuar as buscas, mas você tem que descansar. Precisa fazer isso por ela. Precisa ter forças para quando a encontrarmos. Vamos.

Grissom foi para a casa, tomou um banho e dormiu por horas e horas. Ao acordar, no dia seguinte, estava mais disposto. Foi logo para o lab, atrás de qualquer informação do paradeiro de Sara.

GG: Alguma informação sobre o parareiro de Sara?
CW: Nenhuma. Mas vamos continuar as buscas, Gil, custe o que custar.

Naquele momento Brass entrou na sala de convivência. Todos olharam para ele, na expectativa de alguma notícia de Sara.

WB: Alguma notícia?
JB: Encontraram Sara.

Todos se agitaram.

GG: Ei pessoal, calma aí! Onde ela está, Brass?
JB: Bem, uma pessoa ligou lá para a delegacia dizendo que viu uma mulher na descrição de Sara andando pelas ruas. Ela se encontra numa cidade próxima ao deserto.
GG: Então é pra lá que iremos!
CW: Vou com você! Vocês dois fiquem aqui, caso apareça outros casos - Catherine apontou para Nick e Warrick.

Os três pegaram os carros e seguiram em direção à cidade. Era um lugar afastado, com poucas casas e estabelecimentos comerciais. E também era pequena, o que facilitaria. A cada rua percorrida Grissom sentia seu coração querer sair do peito. Sentia que o reencontro com sua amada estava próximo. Grissom andava devagar quando Catherine deu um grito.

CW: Pare o carro, Gil! Olhe lá a Sara!

Grissom freou o carro bruscamente. Olhou para o outro lado da rua e viu uma mulher andando calmamente, com umas roupas largas. Sim, era ela! Parou o carro e correu até ela.

GG: Sara! Sara!

Ela continuou a andar, mas Grissom e Catherine a abordaram.

GG: Meu amor!

Grissom a abraçou apertado, morto de saudades de sua amada. Catherine também a abraçou, saudosa da amiga. Logo em seguida chegou Brass. Mas eles logo perceberam que havia algo de diferente com Sara. Ela não reconheceu ninguém, nem mesmo Grissom.

GG: Tem certeza de que não se lembra de mim? Sou eu, honey, Grissom, seu marido, pai de suas filhas. Temos duas, veja - Grissom abriu a carteira e mostrou foto das duas - a de cabelos castanhos é a Jorja, e a loirinha é a Marg.

Sara olhava para elas indiferente. Não lhes eram familiar aquelas meninas.

SS: Sinto muito, senhor, eu não as conheço. O senhor deve estar me confundindo com outra pessoa. Eu me chamo Francicleuda Maria da Silva.
CW: Como?! - Catherine ficou espantada com o nome - Ãh, me diga uma coisa... de onde você é?
SS: Nasci no Brasil, no Ceará. Por isso eu tenho esse nome, minha mãe era de lá.

Grissom não conseguia acreditar no que estava vendo. Sua amada com algum tipo de amnésia, só podia. Seria impossível crer que Sara estivesse ficando maluca, pinel da cabeça. Catherine e Brass se seguraram para não dar aquela risada. Que raio de nome era aquele? Teria Sara sido abduzida?

SS: Ai!
GG: O que foi?
SS: Minha cabeça dói...
GG: Deixe-me ver...

Grissom observou cada parte do rosto de Sara até que encontrou ferimentos na parte superior da cabeça.

GG: Você se machucou?
SS: Achou que caí... dói à beça!

Provavelmente ela teria sofrido alguma pancada na cabeça, mas Grissom preferia nem pensar nessa hipótese; só de imaginar, suas entranhas reviravam.

GG: Venha, vou levá-la ao médico.
SS: Meu marido vai brigar comigo...
GG: Tenho certeza de que seu marido vai entender.

Grissom a pôs no carro e todos seguiram para o hospital. Lá, o médico pôde confirmar: Sara estava com amnésia.

GG: Como isso é possível, doutor?
DR: Bem, levando-se em conta que ela possui um ferimento na cabeça, possivelmente um trauma sofrido decorrente de uma pancada, essa é a hipótese mais provável.
GG: Ela não se recorda de quem sou, de quem ela é. Disse um nome o qual possuir totalmente fora do contexto do país onde vivemos.
DR: Veja bem, existem vários tipos de amnésia. O caso da senhorita Sara parece ser o de amnésia psicogênica. O que seria isso? Esse tipo de amnésia é de origem psicológica, e pode prejudicar tanto a memória remota quanto a recente, sendo quase sempre temporária. Este tipo de perda de memória tende a ser máxima para crises emocionais e, algumas vezes, inclui mesmo uma perda confessa do auto-reconhecimento, podendo ser desencadeada por um acontecimento traumático com o qual a mente não pode lidar. Nesse caso, quase sempre a memória volta, de modo vagaroso ou repentinamente, alguns dias depois, embora a totalidade do trauma não possa ser recordada. Raramente, a pessoa perde a memória total de partes da sua vida.
GG: Mas acho que ela perdeu. Não se recorda de nada.
DR: Não se preocupe. As lembranças retornarão, ainda que lentamente. Seja paciente e ajude-a a recordar-se do passado.

Grissom conseguiu convencê-la a ir pra casa. A princípio, Sara relutou, mas depois aceitou e até gostou. Ele preparou a cama para que ela dormisse bem, tendo assim total liberdade para que suas lembranças voltassem. Ele dormiria bem no sofá. Por Sara, dormiria até na casinha do cachorro. Com os criminosos presos, as meninas puderam voltar para casa, e Marcela estava radiante em ter a patroa em casa novamente, ainda que desmemoriada. Todos os amigos faziam coisas para alegrá-la, e Sara, aos poucos, ia se enturmando com os "novos velhos amigos". Certo dia, Grissom resolvera fazer um almoço para reunir os amigos em casa, celebrando a volta da amada ao lar. Todos estavam bem animados, comendo e bebendo a valer. Sara estava no quarto, arrumando-se para descer até o quintal. Ao chegar até a escada, Catherine gritou seu nome. Com o susto, Sara tropeçou e rolou as escadas. Cath só teve tempo de gritar. Sara chegou ao chão desacordada. Logo Grissom veio, estabanado, e os outros.  A apreensão era geral para saber se ela ira recuperar a memória. Levou uns 10 minutos até que Sara recobrou os sentidos. Abriu os olhos lentamente e sorriu ao ver os olhos azuis de Grissom. Depois, levantou-se e perguntou:

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As duas jóias - cap. 35


PG: Grissom?
GG: O que você faz aqui, Peter? Estão todos à sua procura. Sua esposa foi assassinada e todos acham que foi você!
PG: É por isso que estou aqui. Não tenho nada com a morte dela, fiquei sabendo quando estava na casa de um primo meu, minha filha está lá. Sinceramente, não sei por que fizeram isso com Alice - o homem estava emocionado.

Naquele momento Nick apareceu com o resultado das digitais.

NS: O resultado está aqui, Grissom. Realmente ele está falando a verdade. Na casa entrou uma outra pessoa e cometeu o crime.
PG: Desgraçado!
GG: Você tem alguma suspeita?
PG: Nenhuma, Alice e eu sempre vivemos em harmonia. Não entendo quem fez isso e porque.
GG: Vou te chamar para prestar depoimento caso necessário. Não saia da cidade, ok?
PG: Tudo bem.

Cerca de cinco minutos depois, Grissom e os outros ouviram barulho de tiros. Foram até o lado de fora e viram o corpo de um homem estirado no chão. Ao se aproximar, Grissom percebeu que era Peter Greenshaw, com quem falara há poucos instantes. Catherine, ao ver quem era, deu um grito de susto.

CW: Como é possível? Esse cara esteve aqui agora há pouco e de repente está morto!
GG: Alguém está impedindo que descubramos a verdade, Cath. Peter era mais uma testemunha que tínhamos em mãos, ele iria colaborar, mas, assim como a esposa dele, foi executado.
NS: Queima de arquivo?
GG: É possível. Com mais essa baixa, sinto que estamos ficando cada vez mais longe de saber onde Sara está. Recolham as evidências. Vou analisar o corpo.

Periciando o local, encontraram alguns vestígios. Marcas de pneus, cápsulas de balas. Mexendo nos bolsos do defunto, Catherine encontrou o celular.

CW: Seria possível encontrarmos alguma pista?
GG: Muito bem, Cath, mande para o Archie analisar. Tenho uma esperança de que encontremos alguma coisa nele.

Dentro do lab...

CW: Gil, o dia está amanhecendo... porque não vai pra casa e descansa um pouco?
GG: Preciso encontrar Sara.
CW: Se continuar assim, pode ter um colapso nervoso e ficar doente.

Nick entrou na sala naquele momento.

NS: O resultado das digitais estão aqui. Um homem, de nome Howard Mayors. Aqui está o endereço - ele passou um papel para Grissom.
CW: Será que ele nos levará até Sara?
GG: Qualquer pista é uma esperança. Avisarei ao Brass.

Em pouco tempo, várias viaturas estavam no local. Brass e seus homens invadiram e, por sorte, conseguiram encontrar o cara.

JB: Polícia! Não se mova, rapaz!

O rapaz ficou imóvel.

##: Mas por que vocês estão aqui? Eu fiz alguma coisa?
JB: Suas digitais foram encontradas na casa da família Greenshaw. A senhorita Alice foi assassinada.
##: Peraí, eu não matei essa mulher por querer!
JB: Ah não? Então foi acidente? - Brass sorriu sarcasticamente - levem-no daqui, ele tem muitas explicações a dar na delegacia.

Brass avisou Grissom, que foi direto para lá.

JB: Grissom, este é o rapaz. Pode interrogá-lo.

Grissom olhou sério para o rapaz. Sua vontade era de estrangulá-lo, mas se o fizesse sabia que não chegaria até Sara. Sentou-se na frente do rapaz.

GG: Você já viu esta mulher em algum lugar? - Grissom mostrou uma fotografia de Sara.
##: Sim.

O coração de Grissom sobressaltou.

GG: Sabe onde ela está?
##: Olha, se eu disser, eu morro.
GG: Você está seguro aqui, ninguém vai lhe fazer nada. Mas sua informação é de suma importância. Sara é minha subordinada e a vida dela corre perigo.
##: E como!
GG: Do que você está falando? Diga alguma coisa, pelo amor de Deus!
##: Ela está numa casa abandonada, perto do deserto, com um sujeito forte e violento. Eu estava lá com ele, trabalhava pra ele.
GG: Foi você quem seqüestrou Sara?
##: Eu e mais uma pessoa.

Grissom sentiu seu sangue ferver mas permaneceu calmo, a fim de obter do sujeito uma informação precisa que levasse até sua amada.

GG: E onde está essa pessoa?
##: Isso eu não sei.
JB: Quer que eu te obrigue a dizer?
GG: Não, Brass, está tudo bem.
##: Estou dizendo a verdade. Eu não quero ser o próximo a morrer. Digo isso porque sei que as pessoas que podem ter ligação com o desaparecimento dessa tal de Sara estão sendo executadas.
GG: E eu já lhe disse que você está seguro aqui.

Apesar de receoso, o rapaz informou o local onde Sara se encontrava. Imediatamente Brass partiu pra lá com seus homens. Grissom fora também. Com a invasão, o cativeiro fora descoberto, e o bandido preso.

GG: Onde está Sara? Em que quarto? - Grissom gritava, segurava o homem pela camisa.
##: Ela não está aqui, seu idiota!

Grissom deu um forte soco no cara.

GG: Cadê Sara, seu imbecil?!
##: Você é surdo ou o quê? Eu já disse que ela não está aqui!
JB: Revistem o local - ordenou Brass aos seus homens.

Eles olharam cada canto e não encontraram nada.

GG: Onde ela pode estar? - Grissom passou a mão na testa suada.

Ele virou-se para o homem e disse, sério:

GG: Quem planejou tudo isto?
##: Não sou obrigado a contar.
JB: Ah, é sim! - Brass apontou o revólver para o cara.
##: Ok, eu digo o nome.

Assim que o cara disse o nome, Grissom empalideceu, e Brass ficou chocado com a revelação. Imediatamente Grissom pegou a SUV, indo em direção ao local indicado pelo bandido, seguido por policiais. Enquanto isso, Brass o levou preso para a delegacia.

GG: Desgraçado, o que você fez com a Sara? - Grissom já entrou empurrando e socando a pessoa.
##: Pensou que a minha demissão ficaria por isso mesmo, Grissom?
GG: Eu esperava que você fizesse algo contra mim, diretamente, não me atingindo usando pra isso a vida da mulher que eu amo, Ecklie! Isso só prova o quando você é um ser desprezível, canalha, de baixo nível e um criminoso!

Ecklie ria.

CE: De quê adianta você me dizer estas coisas agora? Cadê a sua amada?
GG: Eu vim saber isso de você. Onde está Sara, Ecklie?
CE: Sinceramente não sei. Isso deve ter sido coisa do Jeff.
GG: Você está mentindo, desgraçado! - Grissom partiu pra cima de Ecklie, socando-o com força - Cadê Sara?!
CE: Já disse que não sei!

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As duas jóias - cap. 34


CW: Qualquer ajuda nessa hora é importante, War. O importante é que a gente chegue em quem fez isso o mais rápido possível. A morte de Sara não pode ser em vão.
NS: De jeito nenhum! E abro mão das minhas noites de sono pra encontrar esse desgraçado!
GS: Eu também!
CW: Mas convenhamos que estamos todos um bagaço. Se não descansarmos um pouco, não teremos forças para ajudar o Gil. Ele precisa de todo apoio possível.

Em sua sala, Grissom olhava algumas fotos dele com Sara; fotos de momentos marcantes, como quando foram à praia em San Diego: Sara estava num biquíni vermelho irresistível, e ele de bermudão florido, uma figura. Uma foto de quando ela estava grávida de alguns meses, num vestido rosa-bebê suave, como uma princesa. Em todas as fotos que passava, lá estava o sorriso marcante de Sara. Como ela estava feliz ao lado dele! As lágrimas chegavam a doer quando rolavam, tamanha era sua dor. Sem explicação. Perdido em seus pensamentos, Grissom foi desperto pelo toque de seu celular. Completamente sem ânimo, resolveu atender o chamado.

GG: Grissom.
##: É o senhor Grissom?
GG: Sim.
##: Senhor Grissom, eu tenho que ser rápida, mas preciso lhe avisar. O senhor deu uma olhada direito no corpo que está no necrotério?
GG: Que corpo?
##: O da senhorita Sara. O senhor olhou direito?

Grissom ficou interessado no que a pessoa dizia do outro lado da linha e ajeitou-se na cadeira.

GG: Do que você está falando?
##: Não posso falar muita coisa, mas olhe novamente para o corpo e o senhor vai descobrir uma pista para este caso. Eu volto a entrar em contato.

Grissom ia falar algo, mas a interlocutora desligou. Ansioso, saiu da sala e foi até a sala onde Archie estava.

GG: Archie, tem como você rastrear esse número que aparece no meu visor?
A: Sim, claro. Dê-me o aparelho.
GG: Eu volto em instantes.

Em passos apertados, foi até o necrotério. Al examinava um outro corpo.

GG: Cadê o corpo, Al?
AR: Do que você está falando, Grissom?
GG: Por favor, Al, preciso ver o corpo novamente!
AR: Tem certeza de que quer fazer isso, amigo?
GG: Sim.

Al puxou a gaveta onde estava o corpo de Sara. "Olhe bem para o corpo", a voz da interlocutora estava em sua cabeça. Grissom analisou cada detalhe até que...

GG: É isso! Descobri o xis da questão!
AR: Do que você está falando, Grissom?
GG: Veja você, Al! Sara, quando teve as meninas, fez cesária. Sei disso porque estava lá com ela durante o parto. Veja, no corpo não há sinal nenhum de cirurgia onde se tiram os bebês. Esta não é Sara, Al!
AR: Como diabos isso é possível? Esta é Sara!
GG: Al, ela não tem a cicatriz da cirurgia, e esta cicatriz fica visível por muitos e muitos anos. Você como médico deveria saber disso. Esta não é Sara. Provavelmente uma irmã gêmea dela.
AR: Céus! Coitada dessa moça. Que morte triste!
GG: Sim, e com isso há uma chance de minha Sara estar viva.
AR: E quem foi que lhe avisou pra olhar o corpo novamente?
GG: Eu recebi uma ligação no meu celular agora há pouco. Uma mulher não identificada me informou. Como ela sabe disso, eu preciso verificar.
AR: Que Deus lhe ouça.

Grissom voltou à sala de Archie.

GG: Identificou o local?
A: Sim, parece que a ligação veio da sua rua, Grissom.
GG: Minha rua?
A: Provavelmente uma vizinha sua que viu ou deva estar sabendo do que realmente aconteceu.
GG: Obrigado, Archie.

Feito um furacão, Grissom chegou à sala de convivência.

GG: Tenho novidades do caso. Há uma chance de Sara estar viva!

Todos olharam espantados para Grissom.

WB: Tá de brincadeira, Grissom? A Sara morreu, você precisa entender isso!
CW: Deixe o Gil continuar, War!
GG: Recebi um telefonema há pouco de uma mulher, dizendo para eu olhar direito o corpo. Quando eu fui ver o corpo com o Al, assim que chegamos, eu esqueci de um detalhe que passou despercebido por mim, por causa da emoção. Esse telefonema abriu os meus olhos. Sara tem na barriga uma cicatriz por causa da cesárea, e o corpo não tem.
GS: Mas como é possível? Todos nós vimos que é a Sara.
GG: Esta não é a Sara, Greg. Pode ser sua irmã gêmea, mas como Sara nunca mencionou possuir uma, acredito que nem ela saiba.
NS: E se estiver viva nem chegará a conhecer a irmã, certo?
GG: Infelizmente.
NS: E como foi então que essa mulher apareceu por aqui? Quem a contratou ou a trouxe pra cá?
GG: É mais uma peça de um quebra-cabeças que vou ter que encontrar. Tá muito complicado.
WB: Você já sabe de onde partiu o telefonema?
GG: Sim. Veio da minha rua.
CW: Da sua rua? Então é alguma vizinha!
GG: Estou indo pra lá agora.
CW: Vamos com você.

Grissom foi com Cath na SUV e Warrick, Nick e Greg em outro carro. Ao chegar no endereço, em frente à casa de Grissom, já havia policiais e Brass se encontrava por lá.

GG: O que houve?
JB: Adivinha: mais um crime.
CW: Como?
JB: Uma mulher foi assassinada há pouco mais de 20 minutos. Alguém ouviu os tiros e chamou para a polícia.
GG: Não é possível!
JB: Como?

Grissom entrou apressado na casa, que estava com as luzes acesas por causa da noite. Logo na sala encontrou o corpo da mulher, e logo o reconheceu.

GG: É Alice Greenshaw, minha vizinha. Ela costumava sair com Sara e as meninas. Por que fizeram isso?
CW: Possível ligação com o sumiço de Sara?
GG: Ela me ligou há poucas hora no lab. Me deu uma pista muito importante. O corpo que encontramos não era de Sara, Brass.
JB: Como não? Eu estou velho mas ainda não estou cego, Grissom!
GG: A história é complexa. E agora, com o assassinato de uma importante testemunha, as coisas ficarão piores. Alguma notícia do marido e da filha?
JB: Nada. Parece que viajaram.
GG: Então Peter Greenshaw se torna nosso principal suspeito. Se chegarmos a ele poderemos chegar até Sara. Por isso temos que correr contra o tempo.

Catherine observava o local quando encontrou algo.

CW: Ei! Acho que encontrei alguma coisa aqui - ela segurou um papel com a luva de látex.
GG: O que é isso?
CW: Parece um bilhete.

No bilhete dizia: "Isto é o que acontece com quem fala o que não devia".

CW: Queima de arquivo?
NS: Cúmplice?
GG: Ou talvez alguém que descobriu e tentou ajudar.
CW: Espero que tenha sido essa opção. Sendo assim, já temos um suspeito.
GG: Brass, avise às viaturas para ficarem em alerta. Precisamos encontrar o Peter. Só ele pode nos levar até Sara.
GS: Isso se for ele.
CW: Como?
GS: Tudo é possível. De repente não é ele, pode haver outra ou outras pessoas envolvidas. Acho que a gente não pode se precipitar.
WB: Greg, a vida da Sara tá em jogo, a gente não pode perder tempo.
GS: É claro, mas também precisamos ir na pessoa certa.
GG: Ok vocês dois.
NS: Encontrei digitais aqui na mesinha, Grissom.
GG: Ótimo, Nick, isso nos facilita a vida.

Naquela madrugada, todos estavam no lab. Para esquecer o sono, bebiam litros de café. Grissom, nem se quisesse, não tinha a menor vontade de dormir. Concentrava-se de corpo e alma nas investigações, na busca por qualquer pista que levasse ao paradeiro de Sara. Falando em Sara... que saudade da amada... que vontade ele tinha de abraçá-la, de beijá-la, de tocar seus cabelos, de fazer amor a noite toda, de dizer o quanto precisava dela... Com ela sabe-se lá onde, a necessidade de Grissom em estar com ela era maior que tudo, até mesmo de trabalhar. E suas meninas sentiam a falta da mãe; Marcela, que estava com elas e era um anjo para as meninas, lhe passava essas informações. Marg era sempre tranqüila, mais calminha, no seu mundinho próprio; Jorja já era mais manhosinha, e adorava ficar perto da mãe.  A saudade que tinha da mãe lhe estava prejudicando; a menina estava tendo febre emocional e chorava muito, chamando "mamãe" pelos cantos. Por mais que Marcela fosse uma excelente babá, Sara era imprescindível na vida das meninas, evidentemente. A saúde emocional de suas filhas era mais um problema para Grissom resolver; não bastasse não saber o paradeiro de sua mulher amada e todo o tormento vivido. Um homem apareceu no lab procurando por Grissom.

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As duas jóias - cap. 33


Grissom passou a mão pela testa, que suava frio.

JB: Pelo visto teremos de esperar o contato do seqüestrador, ou dos seqüestradores, pelo que Marcela contou. Ela teve sorte, porque poderia ter sido levada também.
GG: Foi por isso que ela disse ter ficado em silêncio, para que eles ignorassem a presença de mais alguém na casa. Porque levaram Sara? Porque?

Grissom sentou-se no sofá, extremamente angustiado. Minutos depois, Catherine e Greg chegaram.

 CW: Gil!

Grissom apenas olhou. Estava demasiado fraco emocionalmente para esboçar qualquer reação.

CW: Alguma notícia, Brass?
JB: Vamos ter que esperar contato dos bandidos. Não temos a menos pista.
CW: Aff! - e sentou-se no sofá.

Enquanto isso, num determinado lugar...

##: Como você se sente?
SS: Ai... minha cabeça dói, está rodando...
##: Evidente, você levou uma pancada na cabeça. Escuta, acho bom que você se comporte, senão sua morte será antecipada.
SS: Mas eu... não entendo porque pegaram a mim... O que eu fiz pra ser tirada da minha casa em plena madrugada?
##: Alguém vai pagar por certas coisas que aconteceram. Como não conseguimos pegar o Grissom, a esposinha frágil foi a isca perfeita. Você poderá nos levar até ele ou nos trazê-lo. Tudo é uma questão de circunstância e sorte. Você não sabe com quem está lidando, senhorita Sidle...
SS: Você pretende entrar em contato com o Grissom?
##: Vamos torturá-lo um pouco. É divertido. Nós temos conhecimento de que estão todos desesperados com seu desaparecimento. Isso nos dará tempo para agir.

O homem saiu do quarto e Sara começou a chorar, chegando a soluçar. Estava com medo, era certo. Embora sua profissão tenha lhe ensinado a ser forte em diversas situações, ver-se em uma situação de extremo risco, onde não tinha a menor certeza se sairia viva, lhe deixava com muito medo. E o pior era que as ameaças de morte eram constante. Fora seqüestrada sem saber porque. Pensando nas filhas e no amor que tinha por Grissom, acabou adormecendo. Alguns dias se passaram e a equipe estava aflita com a falta de qualquer pista que pudesse levar à Sara. Marcela fora levada com as crianças para a casa de Catherine; lá pelo menos teria mais gente na casa e estariam mais seguras. Todos abriram mão de suas folgas para auxiliar Grissom a encontrar Sara. E precisavam acelerar as buscas, pois a cada dia que passava, ela corria mais riscos de vida. Até que...  Brass entrou esbaforido no lab. A equipe estava reunida na sala de convivência, revendo cada evidência coletada, planejando estratégias.

JB: Vim o mais rápido que pude. Precisava falar com você.
GG: O que foi, Brass? Alguma notícia?

Brass passou a mão na testa. Suava frio.

NS: Fala, homem! Está deixando todo mundo nervoso!
JB: Parece que encontraram Sara.
GG: Como?!
CW: Onde, Brass?
NS: Como ela está?
WB: Gente, deixem o homem falar! Olha o estado dele!
GG: Prossiga, Brass.
JB: Não sei se ouvi mal, mas parece que encontraram um corpo e pediram que você fosse reconhecer.

Ao ouvir aquelas palavras, Grissom sentiu seu corpo amolecer. Ia caindo, mas foi amparado por Catherine e Nick. Àquela altura, todos já estavam aos prantos, até mesmo Brass, que gostava muito de Sara. Grissom saiu da sala de convivência e trancou-se em sua sala, ficando incomunicável por algum tempo. O lab inteiro já estava sabendo do fato e todos estavam chocados. Grissom saiu de sua sala, com o rosto vermelho de tanto chorar, mas decidido a ir reconhecer o corpo de sua amada, para dar a ela um enterro digno. Na SUV, durante o percurso, Grissom dirigia em silêncio, sem nem mesmo olhar para os lados. Catherine, solidária em sua dor, nem se atrevia a dizer um a. Todos os integrantes da equipe seguiram cabisbaixos para o local. Era uma casa abandonada, toda revirada, com móveis espelhados para todos os cantos. Provavelmente era usada para o consumo de drogas. Na ala, uma cena que aterrorizou a todos: uma mulher de bruços, toda ensangüentada, inerte sob o tapete creme. A blusa rasgada, repleta de marcas de facadas nas costas magras. Grissom se aproximou e deu um grito. Ajoelhou-se e virou o corpo de Sara. O semblante dela parecia de quem havia sofrido muito antes do fim, era uma expressão séria, embora estivesse com os olhos fechados; os lábios finos feridos e no canto da boca uma marca roxa, provavelmente de soco. Como um homem apaixonado que era, Grissom abraçou o corpo e ficou assim por um bom tempo. Toda a equipe chorava em silêncio.
Ao chegar no lab, todos abaixaram a cabeça em sinal de respeito à colega de trabalho. Grissom ia na frente, segurando um dos lados do carrinho onde trazia o corpo, junto com os homens do corpo de bombeiros, que o levaram até o necrotério. Al estava na porta quando Grissom chegou.

AL: Meu Deus! É.... Sara?

Grissom chorava, mas teve forças para dizer:

GG: Por favor, Al, cuide bem dela.

Sem saber o que dizer, e com a emoção travando a garganta, Al levou o carrinho com o corpo para a sala. Grissom o acompanhou e pediu para os outros voltarem à sala de convivência. Al descobriu o corpo com todo o cuidado, e não pôde evitar as lágrimas ao ver que era a colega com quem trabalhara por tantos anos. E o choque foi maior ao ver tantos ferimentos, facadas de cortes profundos, fazendo com que ela morresse rapidamente pela intensidade dos ferimentos. Silenciosamente, iniciou o seu trabalho. Do lado de fora do necrotério, todos se lamentavam.

CW: Como isso foi acontecer? Quem teria sido tão cruel com a Sara? - Catherine chorava desolada.
GS: Eu vou atrás de quem fez isso nem que seja no inferno! - Greg chorava com ódio nos olhos.
NS: Eu também quero fazer justiça! Sara era uma excelente amiga, grande profissional... quem poderia querer fazer mal a ela?
WB: Eu fico pensando nas filhas dela, são pequenas e vão sentir a falta da mãe. E como o Grissom vai lidar com isso?
CW: O Gil precisa da gente agora mais do que nunca, Warrick. Coitado do meu amigo... - Catherine abaixou a cabeça e chorou copiosamente.
NS: Agora estou me lembrando.. Cath, aquela explosão na sua casa, eu encontrei dois bilhetes amarrados em pedras. Um deles foi escrito pelo namorado da Lindsay, mas o outro dizia um coisas que não batia com o que o rapaz escreveu no outro.
CW: Você acha que pode haver mais gente nisso? Quer dizer, a explosão na minha casa foi um aviso?
NS: Tudo é possível. É que na hora da comoção a gente não ocnsegue raciocinar direito. Mas tenho a impressão de que existe gente grande por trás dessa.
WB: Ok. Mas porque iriam fazer algo tão terrível como o que fizeram com a Sara?
NS: Não sei te explicar no momento, cara, mas algo me diz que essa históra ainda está longe de ser desvendada, ou pelo menos, longe de chegar ao principal.
CW: Nós somos Csi's, esqueceu? E somos da equipe de Gil Grissom, sempre solucionamos os casos, por mais complexos que eles sejam.
GS: E devemos lutar, agora mais intensamente, por justiça e pela memória de nossa querida Sara - Greg falava com a voz embargada pelo choro.
WB: É isso aí, vamos pegar quem fez essa crueldade com Sara.
NS: Custe o que custar.

A noite chegara mas ninguém havia percebido. Estavam tão desnorteados com a tragédia envolvendo a Sara que nem se deram conta. Grissom estava recolhido em sua sala, trancado, sem querer falar com ninguém. Não tinha a menor condição de abrir a boca, estava completamente destruído, ferido, sentindo-se vazio pela trágica perda da única mulher que amou na vida. Na sala de convivência...

GS: Ah, quer saber? Vou ligar a televisão pra distrair a minha cabeça. Senão eu enlouqueço pensando em como vou matar o desgraçado que matou minha amiga!

Greg ligou a tv e naquele momento o noticiário dava a notícia da morte da Sara.

## E a polícia encontrou pela manhã o corpo da Csi desaparecida Sara Sidle, esposa do chefe da perícia criminal de Las Vegas, Gilbert Grissom. Informações dão conta de que ela foi seqüestrada por vingança, onde Gil Grissom teria mandado para a prisão algum familiar do bandido. Embora o médico legista, Albert Robbins, ainda não tenha se pronunciado a respeito da autópsia feita no corpo, a comoção pela morte da perita chegou a outros Estados, onde ela era conhecida, assim como todos os peritos de Las Vegas. Investigadores e peritos estão se oferecendo para auxiliar nas investigações. Novas informações a qualquer momento.

Greg desligou a tv após ver o plantão informativo e sentou-se no sofá cabisbaixo.

WB: Eu entendi direito? Estão querendo nos auxiliar nas investigações? Será que estão achando que somos incompetentes?

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