RSS

As duas jóias - cap. 34


CW: Qualquer ajuda nessa hora é importante, War. O importante é que a gente chegue em quem fez isso o mais rápido possível. A morte de Sara não pode ser em vão.
NS: De jeito nenhum! E abro mão das minhas noites de sono pra encontrar esse desgraçado!
GS: Eu também!
CW: Mas convenhamos que estamos todos um bagaço. Se não descansarmos um pouco, não teremos forças para ajudar o Gil. Ele precisa de todo apoio possível.

Em sua sala, Grissom olhava algumas fotos dele com Sara; fotos de momentos marcantes, como quando foram à praia em San Diego: Sara estava num biquíni vermelho irresistível, e ele de bermudão florido, uma figura. Uma foto de quando ela estava grávida de alguns meses, num vestido rosa-bebê suave, como uma princesa. Em todas as fotos que passava, lá estava o sorriso marcante de Sara. Como ela estava feliz ao lado dele! As lágrimas chegavam a doer quando rolavam, tamanha era sua dor. Sem explicação. Perdido em seus pensamentos, Grissom foi desperto pelo toque de seu celular. Completamente sem ânimo, resolveu atender o chamado.

GG: Grissom.
##: É o senhor Grissom?
GG: Sim.
##: Senhor Grissom, eu tenho que ser rápida, mas preciso lhe avisar. O senhor deu uma olhada direito no corpo que está no necrotério?
GG: Que corpo?
##: O da senhorita Sara. O senhor olhou direito?

Grissom ficou interessado no que a pessoa dizia do outro lado da linha e ajeitou-se na cadeira.

GG: Do que você está falando?
##: Não posso falar muita coisa, mas olhe novamente para o corpo e o senhor vai descobrir uma pista para este caso. Eu volto a entrar em contato.

Grissom ia falar algo, mas a interlocutora desligou. Ansioso, saiu da sala e foi até a sala onde Archie estava.

GG: Archie, tem como você rastrear esse número que aparece no meu visor?
A: Sim, claro. Dê-me o aparelho.
GG: Eu volto em instantes.

Em passos apertados, foi até o necrotério. Al examinava um outro corpo.

GG: Cadê o corpo, Al?
AR: Do que você está falando, Grissom?
GG: Por favor, Al, preciso ver o corpo novamente!
AR: Tem certeza de que quer fazer isso, amigo?
GG: Sim.

Al puxou a gaveta onde estava o corpo de Sara. "Olhe bem para o corpo", a voz da interlocutora estava em sua cabeça. Grissom analisou cada detalhe até que...

GG: É isso! Descobri o xis da questão!
AR: Do que você está falando, Grissom?
GG: Veja você, Al! Sara, quando teve as meninas, fez cesária. Sei disso porque estava lá com ela durante o parto. Veja, no corpo não há sinal nenhum de cirurgia onde se tiram os bebês. Esta não é Sara, Al!
AR: Como diabos isso é possível? Esta é Sara!
GG: Al, ela não tem a cicatriz da cirurgia, e esta cicatriz fica visível por muitos e muitos anos. Você como médico deveria saber disso. Esta não é Sara. Provavelmente uma irmã gêmea dela.
AR: Céus! Coitada dessa moça. Que morte triste!
GG: Sim, e com isso há uma chance de minha Sara estar viva.
AR: E quem foi que lhe avisou pra olhar o corpo novamente?
GG: Eu recebi uma ligação no meu celular agora há pouco. Uma mulher não identificada me informou. Como ela sabe disso, eu preciso verificar.
AR: Que Deus lhe ouça.

Grissom voltou à sala de Archie.

GG: Identificou o local?
A: Sim, parece que a ligação veio da sua rua, Grissom.
GG: Minha rua?
A: Provavelmente uma vizinha sua que viu ou deva estar sabendo do que realmente aconteceu.
GG: Obrigado, Archie.

Feito um furacão, Grissom chegou à sala de convivência.

GG: Tenho novidades do caso. Há uma chance de Sara estar viva!

Todos olharam espantados para Grissom.

WB: Tá de brincadeira, Grissom? A Sara morreu, você precisa entender isso!
CW: Deixe o Gil continuar, War!
GG: Recebi um telefonema há pouco de uma mulher, dizendo para eu olhar direito o corpo. Quando eu fui ver o corpo com o Al, assim que chegamos, eu esqueci de um detalhe que passou despercebido por mim, por causa da emoção. Esse telefonema abriu os meus olhos. Sara tem na barriga uma cicatriz por causa da cesárea, e o corpo não tem.
GS: Mas como é possível? Todos nós vimos que é a Sara.
GG: Esta não é a Sara, Greg. Pode ser sua irmã gêmea, mas como Sara nunca mencionou possuir uma, acredito que nem ela saiba.
NS: E se estiver viva nem chegará a conhecer a irmã, certo?
GG: Infelizmente.
NS: E como foi então que essa mulher apareceu por aqui? Quem a contratou ou a trouxe pra cá?
GG: É mais uma peça de um quebra-cabeças que vou ter que encontrar. Tá muito complicado.
WB: Você já sabe de onde partiu o telefonema?
GG: Sim. Veio da minha rua.
CW: Da sua rua? Então é alguma vizinha!
GG: Estou indo pra lá agora.
CW: Vamos com você.

Grissom foi com Cath na SUV e Warrick, Nick e Greg em outro carro. Ao chegar no endereço, em frente à casa de Grissom, já havia policiais e Brass se encontrava por lá.

GG: O que houve?
JB: Adivinha: mais um crime.
CW: Como?
JB: Uma mulher foi assassinada há pouco mais de 20 minutos. Alguém ouviu os tiros e chamou para a polícia.
GG: Não é possível!
JB: Como?

Grissom entrou apressado na casa, que estava com as luzes acesas por causa da noite. Logo na sala encontrou o corpo da mulher, e logo o reconheceu.

GG: É Alice Greenshaw, minha vizinha. Ela costumava sair com Sara e as meninas. Por que fizeram isso?
CW: Possível ligação com o sumiço de Sara?
GG: Ela me ligou há poucas hora no lab. Me deu uma pista muito importante. O corpo que encontramos não era de Sara, Brass.
JB: Como não? Eu estou velho mas ainda não estou cego, Grissom!
GG: A história é complexa. E agora, com o assassinato de uma importante testemunha, as coisas ficarão piores. Alguma notícia do marido e da filha?
JB: Nada. Parece que viajaram.
GG: Então Peter Greenshaw se torna nosso principal suspeito. Se chegarmos a ele poderemos chegar até Sara. Por isso temos que correr contra o tempo.

Catherine observava o local quando encontrou algo.

CW: Ei! Acho que encontrei alguma coisa aqui - ela segurou um papel com a luva de látex.
GG: O que é isso?
CW: Parece um bilhete.

No bilhete dizia: "Isto é o que acontece com quem fala o que não devia".

CW: Queima de arquivo?
NS: Cúmplice?
GG: Ou talvez alguém que descobriu e tentou ajudar.
CW: Espero que tenha sido essa opção. Sendo assim, já temos um suspeito.
GG: Brass, avise às viaturas para ficarem em alerta. Precisamos encontrar o Peter. Só ele pode nos levar até Sara.
GS: Isso se for ele.
CW: Como?
GS: Tudo é possível. De repente não é ele, pode haver outra ou outras pessoas envolvidas. Acho que a gente não pode se precipitar.
WB: Greg, a vida da Sara tá em jogo, a gente não pode perder tempo.
GS: É claro, mas também precisamos ir na pessoa certa.
GG: Ok vocês dois.
NS: Encontrei digitais aqui na mesinha, Grissom.
GG: Ótimo, Nick, isso nos facilita a vida.

Naquela madrugada, todos estavam no lab. Para esquecer o sono, bebiam litros de café. Grissom, nem se quisesse, não tinha a menor vontade de dormir. Concentrava-se de corpo e alma nas investigações, na busca por qualquer pista que levasse ao paradeiro de Sara. Falando em Sara... que saudade da amada... que vontade ele tinha de abraçá-la, de beijá-la, de tocar seus cabelos, de fazer amor a noite toda, de dizer o quanto precisava dela... Com ela sabe-se lá onde, a necessidade de Grissom em estar com ela era maior que tudo, até mesmo de trabalhar. E suas meninas sentiam a falta da mãe; Marcela, que estava com elas e era um anjo para as meninas, lhe passava essas informações. Marg era sempre tranqüila, mais calminha, no seu mundinho próprio; Jorja já era mais manhosinha, e adorava ficar perto da mãe.  A saudade que tinha da mãe lhe estava prejudicando; a menina estava tendo febre emocional e chorava muito, chamando "mamãe" pelos cantos. Por mais que Marcela fosse uma excelente babá, Sara era imprescindível na vida das meninas, evidentemente. A saúde emocional de suas filhas era mais um problema para Grissom resolver; não bastasse não saber o paradeiro de sua mulher amada e todo o tormento vivido. Um homem apareceu no lab procurando por Grissom.

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

0 comentários:

Postar um comentário