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As duas jóias - cap. 26


A médica deu mais algumas explicações sobre os bebês e depois Grissom e Sara foram embora. Sara chorava compulsivamente, parecia que havia caído em um abismo fundo e sem fim. Mas o amor de Grissom por ela a faria mais forte, e pronta para encarar todas as dificuldades que estavam por vir. Naquela noite, convidaram Catherine e Warrick para jantarem com eles. Às 7 da noite, os dois já estavam lá.

CW: Fiquei muito feliz com o convite, assim poderemos falar sobre os nossos bebês - Catherine estava muito animada, mas ainda não sabia sobre os bebês.
SS: Você está linda, Cath!
GG: A gravidez está te fazendo muito bem!
CW: Estou muito feliz mesmo.
SS: Acho que tem dedo do Warrick nessa.
CW: Sempre!

Ela olhou para Warrick, que lhe sorriu.

CW: Mas estou vendo que você não parece lá muito bem. Algum problema?

Catherine, como sempre, parecia adivinhar as coisas. Mas o olhar triste de Sara era indisfarçável. E assim, caiu no choro.

CW: Ei, o que foi? Eu disse algo errado? - Catherine abraçou a amiga.

Grissom olhava aquela cena sério. Sua tristeza estava mais escondida, por isso ele sabia como se manter firme apesar da tempestade que estava em seu coração.

SS: Desculpe. Estou tão triste!
CW: O que houve, Sara? Me conte, talvez eu possa te ajudar!
SS: Grissom e eu teremos duas meninas!
CW: Jura? Que bom, amiga, fico feliz por vocês! - Cath abraçou Sara - Mas é esse o problema? Vocês não queriam meninas?
SS: De forma alguma, nós amamos nossas meninas. O problema é apenas uma nascerá normal, por assim dizer.
CW: Como?! O que você quer dizer com isso?
GG: Uma das nossas filhas é portadora da Síndrome de Down, Cath.

Catherine arregalou os enormes olhos azuis, espantada. Warrick também ficou surpreso.

WB: Vocês estão falando sério?
GG: É verdade.
CW: Mas como isso é possível, Gil? Nem você nem Sara têm parentes com essa síndrome!
SS: A doutora explicou que não é preciso haver familiares com a mesma síndrome para que haja filhos assim. É coisa genética, não necessariamente hereditária.
CW: E como vai ser? Quer dizer, como vocês vão tratar dessa outra filha?
GG: Vai ser da mesma forma que trataremos uma. Não pode nem deve haver diferenças entre elas, as duas são irmãs. O que acontece é que uma terá o desenvolvimento e aprendizado mais lento do que a outra, mas também será uma criança que irá se divertir, brincar e aprender.
SS: A sociedade por si só já é bastante preconceituosa. Como nós, que somos os pais, poderíamos discriminar nossa própria filha? Grissom e eu a fizemos com tanto amor...

Naquele momento Sara sorriu. Catherine aproveitou a deixa:

CW: Diria que foi com fogo em excesso! Olha o resultado: gêmeas!
GG: Cath!
CW: Mas é verdade, Gil! Não precisa me olhar assim não, tá?

Depois do jantar, Sara e Grissom mostraram o quartinho das meninas aos amigos. Como ainda não sabiam o sexo dos bebês, somente que seriam gêmeos, estava tudo de branco, uma cor neutra que agradou aos dois. Mas depois do ultrassom, passaram em algumas lojas e compraram artigos de menina, como bonecas, roupinhas próprias de meninas, detalhes para o quarto cor de rosa, enfim, enfeites para as princesinhas que estavam pra chegar.

CW: Ai que lindo! Vocês estão de parabéns! Olha, amor, que fofura os enfeites! - Catherine mostrou a Warrick uma bonequinha de porcelana que estava na cômoda.

Depois, virou-se para Sara e Grissom.


CW: E já escolheram os nomes das meninas?
GG: Sim, mas é segredo! Só depois que elas nascerem a gente vai divulgar.
CW: Quanto segredo!
SS: Diria que é uma surpresa. Vocês vão saber logo logo. E vocês já sabem o sexo do seu bebê?
CW: Vou fazer ultrassom amanhã. Já sabe, Gil, amanhã não vou ao lab.

Grissom bufou.

GG: Ok. Mas não pense que vou liberar o Warrick não, ele tem trabalho a fazer no lab. E com sua ausência, vai ter que trabalhar em dobro!
WB: Tá de sacanagem comigo, Grissom? É o ultrassom da Cath, eu quero estar perto dela quando a médica falar o sexo.
SS: Você está sendo injusto, Griss. Eles merecem esse momento a dois.
GG: Ok. Mas Warrick, depois do ultrassom, direto para o lab, ok?
WB: Beleza.

Na manhã seguinte, Catherine foi à clínica com Warrick.

DR: Senhorita Willows, queira entrar.

Ela e Warrick estavam ansiosos. Ele mais ainda, por ser o primeiro filho. E se dependesse de Catherine, seria o único.

DR: Deite-se na cama e levante sua blusa até a altura dos seios. Agora abaixe a calça um pouco, por favor.

A médica fez os procedimentos e começou a observar o bebê no monitor. Warrick segurava as mãos de Catherine, suando frio.

WB: Está tudo bem com o bebê, doutora?
DR: Sim, seu bebê está perfeitamente saudável. Ah, olhe aqui, ele está de perninhas abertas. Estou vendo o sexo. Querem saber?
CW: Por favor, doutora.
DR: Parabéns, papais, seu bebê é um meninão! Veja o saquinho dele aqui ó - a médica apontou na tela.

Warrick começou a chorar, emocionado.

CW: Ei, está tudo bem.
DR: É o primeiro filho de vocês?
CW: É o meu segundo, mas é o primeiro dele.
DR: Vamos, senhor Brown, seu filho está muito saudável. Sem anomalias nem quaisquer outros problemas.

Depois do exame, na rua, Warrick abraçou Catherine e a beijou.

WB: Obrigado por me dar esse filho. Eu te amo!

Catherine sorriu, também estava emocionada.

VW: Também te agradeço por esse menino lindo que está vindo. Vamos ser muito felizes juntos.
WB: Eu já sou muito feliz, desde que te conheci. 

 
Warrick envolveu Cath em seus braços e a beijou na rua mesmo, diante de quem passava e via a cena. Ele não se importava nem um pouco com isso, só se importava com a mulher de sua vida e o filho que ela gerava na barriga. Mesmo triste pelo problema com uma das fillhas, Grissom fez uma reunião com os amigos em seu aniversário, um almoço no quintal, com direito à piscina e basquete na quadra que instalou. Conforme os exames iam mostrando, as meninas de Grissom e Sara estavam se desenvolvendo e crescendo. A barriga de Sara estava enorme, e em novembro, saiu de licença-maternidade, mas Grissom ligava pra ela do lab sempre que podia, pra saber como estava. Catherine também estava linda com sua barriga de seis meses, e Warrick estava um chato de tão babão pelo bebê e pela beleza de Cath com a barriga. No dia 2 de dezembro, Sara estava em casa sozinha, Grissom havia ido cedo para o lab. Sentada no sofá, assistindo a um filme, começou a sentir dores na barriga. A princípio, era uma dorzinha chata, mas logo Sara se apercebeu do que estava acontecendo e tratou de ficar calma. No entanto, a dor foi aumentando, até que Sara notou que havia sangue em seu short. Pegou o telefone e tentou falar com o celular de Grissom, mas estava desligado. "Só pode estar em campo", pensou. A solução foi ligar para Catherine, que estaria no lab com certeza.

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