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As duas jóias - cap. 29


Nick não disse nada, mas o sorriso dele o entregou. Catherine, muito sábia, previu confusão à vista. Não tinha muita certeza, mas seu sexto sentido lhe dizia. Ao chegar ne recepção, Grissom levou um susto com a visão: um par de pernas longas cruzadas no sofá pareciam lhe hipnotizar. A dona das pernas, uma ruiva de cabelos longos, lançava um olhar 43 em sua direção. Era ela, Lady Heather. Mas o que ela fazia no lab àquela hora da noite? Enquanto isso, em casa, Sara se desesperava com o choro de Jorja e Marg, que resolveram ter cólicas ao mesmo tempo. E uma gritava mais alto que a outra.

SS: Paciência, Sara Sidle, isso vai passar. É só uma fase, você vai ver! - ela dizia consigo mesma pra ver se ficava mais calma.

Enquanto tinha Jorja nos braços, empurrava o carrinho com o pé pra ver se acalmava Marg, depois invertia. Depois de longos minutos, as meninas adormeceram e Sara viu-se completamente exausta. Assim que as colocou nos berços, foi tomar um demorado banho pra ver se esfriava um pouco a cabeça. Pela hora, Grissom já devia estar saindo do lab. De fato, Grissom estava saindo do lab naquele exato minuto. Mas não só. Sara, depois do banho, foi à cozinha comer algo, em seguida, foi à sala assistir algum programa na tv enquanto esperava Grissom. Cerca de 20 minutos depois, como ele não chegava, Sara, já irritada, desligou a tv, foi ao banheiro escovar os dentes e foi para a cama. Logo adormeceu. Pela manhã, Sara acordou e esticou o braço para ver se Grissom estava na cama. Levou um susto ao ver que ele não estava ali. Olhou e, irritadíssima, xingou Grissom de vários nomes feios. Onde ele passara a noite? Por que fizera isso, sabendo que tinha duas filhas pequenas e uma esposa em casa? Antes que pudesse pegar o telefone pra ligar, ouviu o barulho da porta da sala abrindo-se. Era Grissom chegando. Resolveu esperá-lo no quarto.

GG: Bom dia, honey!
SS: Só se for pra você!
GG: Como?!

Sara não conseguiu segurar a raiva e explodiu:

SS: Onde foi que você passou a noite?! Não sabia que tinha que vir pra casa me ajudar, que estou sem babá pra me ajudar com as meninas?! Dormiu na casa de alguma dominatrix prostituta, foi?!
GG: Antes de mais nada, controle-se! As meninas estão dormindo e você pode acordá-las! - Grissom segurou os pulsos da mulher.
SS: Você é um idiota se acha que pode me enganar! Eu sei que você estava com a Heather!
GG: Como?! - Grissom levantou a sombrancelha.
SS: Fui informada que ela esteve no lab.
GG: Foi a Cath ou o Nick que te contaram?
SS: Não interessa. É verdade ou não?
GG: Ela esteve lá sim, mas não por minha causa.
SS: Ah não? Então ela estava lá porque estava se sentindo muito estressada em casa e resolveu ir a lab pra ver defuntos, assim ficaria mais animada?!
GG: Deixa de ser irônica, Sara. Heather está com problemas particulares, e como somos amigos, ela me procurou.

Sara deu uma risadinha de deboche.

SS: Quer dizer que você virou psicólogo? Então porque não vira babá e me ajuda a cuidar das suas filhas também?
GG: Sara!
SS: E eu nunca vi psicólogo dormir na casa da cliente...
GG: Eu não dormi na casa de Heather, se quer saber. Tive que voltar ao lab, apareceu um caso muito complexo.
SS: Você não podia ter me avisado? E se tivesse acontecido algo às meninas ou comigo? Então teríamos morrido!
GG: Deixa de drama, Sara, não aconteceu nada. E você é muito forte, saberia como conduzir a situação.

Perplexa com as palavras de Grissom, Sara se retirou do quarto e foi ao quarto de suas meninas, que estavam com os olhinhos abertos, quietinhas. Sara se aproximou delas e abriu o sorriso. As meninas eram muito lindas. Jorja olhava para a mãe e deu um sorrisinho gostoso, que desmontou Sara. Ela não escondeu as lágrimas. Marg também olhava para a mãe com os olhos azuis profundos. Ela chupava sua chupetinha cor de rosa e estava quietinha, como o irmã. Grissom entrou no quarto e abraçou Sara por trás. Ela suspirou e continuou a olhar as meninas. Na sala...

GG: Encontrei a solução para o problema de falta de babá.
SS: Como?
GG: Comentei sobre isso no lab e o Nick me disse que a namorada dele, Marcela, tinha planos de vir pra cá, para eles ficarem juntos.
SS: Nossa, entào a coisa tá séria?
GG: Eles estão apaixonados. Mas para a moça ficar aqui, ela precisa se manter. E já trabalhou como babá. Pensei em chamá-la para trabalhar aqui em casa.
SS: Ok. É só ela trazer referências e estamos bem. Que bom que teremos uma ajuda. Quando ela vem pros Estados Unidos?
GG: Na próxima semana ela chega. Essa moça faz muito bem ao Nick, ele está mais animado e trabalha com muito mais garra.
SS: O amor só faz bem.

Grissom sorriu. Mas Sara ainda estava chateada.

GG: Você está bem? - ele tocou o rosto dela.
SS: Sim.
GG: Não parece.
SS: Já passou, Griss, e não quero mais falar disso, senão a gente vai brigar.
GG: Ok então.

Marcela foi aprovada por Sara e logo comecou a trabalhar como babá. Ela era muito carinhosa com as meninas, e dava conta do serviço. E chegou fevereiro. Catherine, já de licença-maternidade, aos 9 meses de gestação, havia saído para comprar os últimos enxovais para Michael, seu filho com Warrick, que estava pra chegar e era esperado com ansiedade por todos. Ao estacionar o carro, viu Lindsay com o namorado na calçada. Eles pareciam discutir. Saiu pra ver o que estava acontecendo.

NL(namorado de Lindsay): já disse que eu não quero terminar com você, eu te amo, Lindsay!
LW: Mas eu não quero mais você! Vê se entende! Minha mãe não aprova esse namoro e ela está certa!
NL: Sua mãe é uma vadia que sai se deitando com qualquer homem que aparece! Olha só a coroa, grávida de um colega de trabalho!
LW: Não fale assim da minha mãe!

Lindsay avançou pra cima do rapaz, que a jogou no chão. Catherine viu a cena e andou o mais rápido que pôde (já que não conseguia correr por causa da enorme barriga) para ajudar a filha.

CW: Seu desgraçado! Porque não faz isso com a sua mãe? Deixe a Lindsay em paz!
NL: Não venha me dar lição de moral não, coroa! Você não tem moral nenhuma, não passa de uma biscate que sai dando pra tudo quanto é homem pra não ficar sozinha!

Catherine não pôde suportar aquelas palavras e avançou para o rapaz. Deu-lhe um tapa forte no rosto. Indignado, ele devolveu o tapa, fazendo com que Catherine caísse de mal jeito no meio fio. Lindsay correu para socorrer a mãe, que chorava de dor na barriga. A bolsa havia se rompido com a queda. E para o azar maior do rapaz, Warrick chegara bem naquele momento. Completamente assustado com a cena, ele perguntou:

WB: O que aconteceu aqui? Cath, o que você está sentindo?

Lindsay falou pela mãe, que não conseguia parar de urrar de dor.

LW: Tá vendo aquele cara ali? - ela mostrou o rapaz indo embora a pé - Foi ele quem fez isso, ele bateu na minha mãe.

Warrick sentiu seu sangue ferver.

WB: Foi aquele cretino? Deixa comigo!

Ele correu até o rapaz numa fúria incontrolável. O rapaz nem teve tempo de falar nada, por que Warrick já chegou empurrando, socando e chutando.

WB: Desgraçado, o que você fez com a Cath? Covarde! Não se bate em mulher alguma, ainda mais na MINHA mulher!

NL: Calma aí, mermão!
WB: Cala a boca, seu idiota! - Warrick segurou o rapaz pela gola da camisa - Você tá errado e ainda quer opinar? Se acontecer alguma coisa com a Cath e o meu filho, não queira me ver na sua frente, porque eu não sei o que posso fazer quando te encontrar de novo! Só não te arrebento até dizer chega por que preciso levar a Cath ao hospital. Mas eu ainda vou te encontrar. Suma da minha frente, seu idiota! Rápido!

Assustado, o rapaz correu. Warrick acudiu Catherine, que perdia sangue. Correu com o carro até o hospital. Lá, ela foi levada imediatamente para a sala de cirurgia, onde, cerca de 30 minutos depois, Michael nascia.

* Nome fictício

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