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Pra ter seu amor - cap. 7


GG: Não precisa ficar assim. Eu entendo como você se sente.

Sara olhou-o com olhos repletos de tristeza.

GG: Sara, nada do que disser vai me fazer amá-la menos do que eu a amo. O que esse sujeito fez com você é criminoso, mas não vai me fazer deixar de te amar. Você é a mãe das minhas filhas, é a mulher que eu quero para a vida toda, entende?
SS: Entendo, Griss...

Eles chegaram em casa e Sara foi correndo para as filhas. Beijou-as muito, e ficou no quarto com elas. Grissom fez menção de sair.

SS: Onde você vai?
GG: Há uma coisa que eu preciso resolver. Volto logo.

Ele pegou o carro e seguiu para um determinado lugar.

Hank acabara de tomar banho quando ouviu a campainha tocar. Abriu e deu de cara com o Grissom, olhando-o muito sério, que com a barba, ficava com expressão de mau.

HP: Grissom?
GG: Chegou a hora da gente ficar cara a cara!
HP: Já estamos, não?

Grissom levantou a sobrancelha.

HP: Quer entrar?
GG: Não, obrigado. O que tenho a falar com você não levará muito tempo.
HP: Diga – disse com expressão tranqüila.
GG: O que você fez com Sara?
HP: A que você se refere?
GG: Você a violentou! Isso não lhe diz nada?!
HP: Eu não a estuprei, apenas fiz sexo com ela.
GG: Não é o que o corpo de delito disse.
HP: Você a examinou?
GG: A médica sim. E você foi tão canalha que... – Grissom bufou e teve de ser forte pra continuar – Você ainda teve a canalhice de não usar camisinha e deixar seu esperma dentro de Sara!
HP: E qual o problema?!

O supervisor estava a ponto de explodir, pela cara-de-pau de Hank, mas manteve-se seguro e firme. Até porque Brass apareceu logo em seguida.

JB: Senhor Peddigrew?
HP: Você também por aqui?
JB: É, o dia estava tão bom que resolvi dar um pulo até sua casa.
HP: O que você quer?
JB: Soube que você andou agindo como um animal e vim para levá-lo até a delegacia.
HP: Eu não estuprei ninguém!
JB: Como meu amigo Grissom diz, as evidências não mentem. E está provado que houve relação não-consensual. O que significa que você está numa fria, meu rapaz!

Hank bufou, mas não teve outra saída. Segurado por Brass, foi levado para a delegacia. Com a denúncia de estupro, o fortão foi condenado a dez anos de prisão em regime fechado. Apesar de tudo, Sara não ficou contente.

GG: Não te traz alívio a prisão do Hank?
SS: Um pouco, mas penso na Ellen. O que direi a ela?
GG: Você não tem que contar sobre a prisão para a menina, ela não vai entender. Diga apenas que o pai foi viajar e que voltará um dia. E Ellen não sentirá falta de amor e carinho, nós estaremos sempre perto dela.
SS: Obrigada por considerá-la sua filha.
GG: Eu não seria digno de ser homem se não agisse assim. E por amor a você, faço qualquer coisa, honey...

Sara sorriu e encostou sua cabeça no peito nu de Grissom. Os dois ainda se amaram muito naquela noite, trazendo de volta a felicidade para o lar e a cama dos dois. Ele havia explicado a ela sobre as normas, e Sara não retornou ao lab, para que Grissom não sofresse inquérito administrativo mais uma vez – na primeira, Ecklie relevou, a muito custo, mas uma segunda vez ele não permitiria mais. Ela, então, passava os dias cuidando das lindas filhas. E era trabalho em dobro, pois Anne já engatinhava e ensaiava seus primeiros passinhos, aos oito meses de idade. Estava cada dia mais parecida com o papai Grissom, gorduchinha e com os olhos mais azuis e brilhantes do mundo. E sapeca feito a mãe. Algumas semanas mais tarde, durante uma transa com Grissom, Sara começou a sentir mudanças em seu corpo. Os seios doíam, e cada toque das enormes e fortes mãos de seu homem, a faziam ver estrelas. Depois do intenso orgasmo, corpos suados e respiração acelerada, os dois amantes permaneceram entre beijos e carícias.

GG: O que há com você, honey?
SS: O que?
GG: Toda vez que toco em seus seios você parece não gostar, ou sentir alguma espécie de dor. Você está pra ficar menstruada?
SS: Pode ser que sim, ainda não desceu...

Na verdade, Sara estava sentindo um forte enjôo, mas não quis comentar com Grissom. Ainda mais depois do estupro. Naquela semana, um fato inusitado aconteceu. Um remanescente de uma quadrilha presa há meses fora preso e exigiu ser interrogado por Sara, senão não iria colaborar. Ele a esperava por lá. Assim que chegou ao lab, foi muito bem recepcionada pelos amigos de equipe.

GS: Sarinha! Isso aqui sem você não tem a menor graça!
SS: Saudades, Greg!
NS: Viu só como você é importante aqui? O suspeito exige a sua presença!
SS: Bom, vou ver o que eu posso fazer...

Catherine, muito observadora, chegou perto da amiga e comentou, em voz baixa:

CW: Depois eu quero falar com você, pode ser?
SS: Tá.

Sara entrou para a sala de interrogatório com Brass e ficou cerca de meia-hora por lá. O criminoso era muito petulante, arrogante e desafiador. Mas foi preso sem a menor chance de fiança. A perita saiu de lá estressada, e foi amparada por Grissom.

GG: Está tudo bem?
SS: Acho que sim. Só preciso descansar um pouco.

Os dois seguiram para a sala de convivência.

GG: Quer café, amor?
SS: Não. Por favor, afaste esse café de mim, não suporto o cheiro.

Catherine chegou naquele momento e flagrou a expressão de nojo da amiga.

CW: Ei, que cara é essa, Sara? Não quer comer?
SS: Não quero beber café, o cheiro está me incomodando.
CW: Sei...
GG: Meninas, estarei na minha sala.

Assim que Grissom saiu...

CW: Escuta, eu não queria comentar na frente do Gil, mas quando te vi, assim que você chegou ao lab, percebi que tem algo diferente em você.
SS: O que tenho de errado na minha cara? Alguma espinha?
CW (rindo): Não, não é disso que eu falo.
SS: Ah...
CW: Você está grávida de novo, não está?
SS: Eu?! De onde você tirou essa idéia absurda?
CW: Nós duas já ficamos grávidas, querida, sabemos como essas coisas acontecem, e como ficamos. Seu rosto está um pouco inchado, seus seios estão maiores – admita você ou não.
SS: Bom...
CW: Me diga: quando você e Gil transam e ele toca seus seios, você tem sentido dor?
SS: Cath! Isso é muito pessoal!
CW: Ok, esqueça o sexo, quando ele toca seus seios você tem sentido dor?
SS: Sim. Parecem dois balões de aniversário cheios de água. Se apertar, é capaz de sair leite!
CW: Acho melhor fazer um exame de farmácia a princípio, para confirmar, daí... é correr para o abraço.
SS: Não havia pensando nisso ainda.
CW: Não?!
SS: Não, porque não havia pensado nessa história de gravidez. Mas vou fazer o que você me falou.

Naquela noite, Sara ficou um bom tempo de olhos abertos, pensando na possível gravidez. Grissom já havia pegado no sono e roncava profundamente. Ela tinha muitas relações com seu homem, mas o estupro de Hank a deixou apreensiva. E se o bebê fosse dele e não de Grissom? Como olharia nos olhos dele e de todos? A ansiedade ficou tão evidente em Sara que ela acabou saindo às seis da manhã para ir até a farmácia. Voltou pra casa e encontrou Grissom com Ellen no colo. Ela havia acordado chorando e queria o “papai Griss”.

SS: Ei, o que essa mocinha está fazendo acordada tão cedo?
EP: Eu quelia ficar com o papai Guissom.

A perita deu um sorriso e beijou seus dois amores que estavam ali. O outro tesouro, a pequena Anne, dormia feito um anjo no bercinho. Em seguida, foi para o quarto. Fez o teste no banheiro privado do casal. Minutos depois, com a confirmação de “positivo”, Sara viu-se sem saber o que fazer. Diria ou não a respeito ao homem que amava? O que ele poderia dizer ao saber? E se o bebê... A princípio decidiu manter sigilo sobre a gravidez, mas, com dois meses de gestação, os enjôos ficaram tão fortes e evidentes que Grissom foi direto ao assunto:

GG: Sei que está grávida, honey.
SS: Sabe porque?
GG: Esqueceu que as evidências não mentem? – levantou a sobrancelha.
SS: Alguém te contou?
GG: Você mesma, e Catherine falou alguma coisa por cima.
SS: Ela tinha que abrir a boca?!
GG: Ela fez bem. Você iria esconder isso de mim?
SS: Não... Você não entende... Essa criança... – Sara estava aflita e andava de um lado para o outro no quarto.
GG: Essa criança pode ser do Hank, não é?

A perita olhou para o amado já em lágrimas. Apaixonado, ele se aproximou dela e a acariciou da forma mais carinhosa que sabia, a fim de acalmá-la.

SS: Griss...
GG: Eu já te disse e direi outra vez: nada do que você me disser me fará amá-la menos do que eu já amo, honey. Eu tenho certeza de que essa criança é minha, mas se não for... será do mesmo jeito. O culpado por isso já foi preso e não poderá lhe fazer mais nenhuma mal. Seremos felizes, você, eu, Ellen e Anne. E ninguém poderá nos tirar isso o que somos: uma família.

Com lágrimas escorrendo no rosto, Sara deu um sorrisinho torto e depois fez o biquinho charmoso de sempre. O beijo de amor selou de vez uma história que nascera para ser linda. E no ventre da perita, uma vozinha dizia: “você é meu pai”.

Fim

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Pra ter seu amor - cap. 6


CW: Não seria melhor dar uma passada em casa? Às vezes ela não viu o bilhete, sei lá...
GG: Vou ligar mais uma vez.
WB: O Nick ainda não chegou. Tentei falar com ele, mas não atende.
CW: Só faltava essa!

Nick, atrasado para ir ao restaurante, abriu a porta para ir até a garagem e deu de cara com Sara. Levou um tremendo susto, principalmente pelos machucados no rosto dela.

NS: Sara! O que houve?!
SS: Me dá um abraço, Nick?
NS: Claro!

O csi abraçou a amiga e sentiu a fragilidade dela.

NS: Sente-se e me conte o que aconteceu.

Sara tentava segurar o choro, mas acabou desabando.

SS: Foi tudo tão horrível, Nick!
NS: Quer me contar?

A perita confessou sobre o ocorrido ao amigo, que ficou indignado:

NS: Esse cara precisa ser denunciado, Sara! Ele pode ser pai da sua filha, mas cometeu vários crimes que dariam uma boa pena a ele.
SS: Eu ainda não sei o que vou fazer. Só sei que preciso muito descansar.
NS: Quer que eu avise o Grissom sobre você?
SS: Agora não, mais tarde eu ligo pra ele.
NS: Uma pena você estar assim, hoje é seu aniversário, você deveria estar junto de Grissom e todos na sua festa.
SS: Festa?!
NS: Acho que falei demais...
SS: Tem uma festa pra mim?
NS: Ahãm. Eu estava indo pra lá, estava até atrasado. Mas a aniversariante está bem na minha frente! – sorriu.
SS: Eu atrapalhei os planos de todo mundo...
NS: O Grissom é que está louco te procurando!
SS: Mas não quero que ele me veja assim...
NS: É claro! Bom, você pode ficar aqui, se precisar descansar e pensar um pouco no que quer fazer.
SS: Obrigada, Nick. Acho que vou aceitar sua oferta, estou muito cansada, meu corpo dói muito.
NS: Bom, mas acho que vou dar uma passada por lá para não suspeitarem de mim. Vou deixar uma toalha de banho e lençóis limpos, você pode dormir nesse sofá, é bem macio.
SS: Obrigada, Nick. Nem sei o que dizer...
NS: Não diga nada! – riu – Bom, vou nessa antes que dêem mais por minha falta. Cuide-se!

Assim que Nick saiu, Sara foi para o banheiro e tomou um banho morno. A água ardia seu corpo machucado e sentia a vagina latejar como se estivesse sendo estuprada novamente. Os seios também doíam, e se lembrava de todas as vezes que fez amor com Grissom, que jamais a deixara dolorida como Hank fizera. No restaurante, Catherine aguardava a volta de Grissom, que havia ido em casa ver se Sara havia passado por lá.

CW: Ai que demora do Gil!
V(Vartann): Calma, Cath, a casa dele é longe! Além do quê, deve ter passado em algum lugar onde imagina que Sara possa ter ido.
CW: Mas não entra na minha cabeça ela nos deixar plantados aqui em plena festa de seu aniversário. Acho que deveria ligar e dar uma explicação no mínimo convincente.
V: Relaxa que logo ele estará aqui...

A loira deu um sorriso e continuou a mimar Anne, que dava seus sorrisinhos inocentes e olhava ao redor com os olhinhos azuis herdados do papai Grissom. Ellen estava no colo da babá. Nick chegou e despertou a curiosidade da colega de equipe:

CW: E aí, Nick, aconteceu alguma coisa? Você viu Sara?
NS: Calma aí, Cath, uma coisa de cada vez! Saí atrasado de casa e só consegui chegar agora. E não, não vi Sara.
CW: Mas onde se meteu essa mulher?!
WB: Olha o Grissom chegando!

O supervisor chegou com cara de cachorro abandonado, evidenciando sua tristeza e o não encontro da mulher.

CW: Nem precisa dizer nada. Não encontrou Sara...
GG: Vou para casa com as meninas, está ficando frio para elas. Vou pedir desculpas a todos e depois vou embora.

Completamente sem graça com a situação, o supervisor avisou aos convidados, que acabaram entendendo. Em seguida, pegou as meninas, com ajuda da babá dela e as colocou em suas cadeirinhas no carro e ambos entraram no carro.

CW: Precisa de ajuda?
GG: Não, vou pra casa. Estamos todos cansados. Mas obrigado assim mesmo.
CW: Se cuida!

Grissom seguiu rumo à sua casa. Enquanto Jessica cuidava das meninas, ele se trancou no quarto e, depois de um banho, caiu na cama e adormeceu. Sonhou com a mulher sem imaginar o pesadelo que ela tinha acabado de viver, e por isso sumira, de vergonha e de medo. Na manhã seguinte, o supervisor acordou com uma ansiedade inexplicável. Estava triste pela ausência da mulher em seu próprio aniversário, não tinha a menor idéia do que poderia estar acontecendo. Mas como a vida precisava seguir, foi para o lab. E lá, pra começar “bem” o dia, foi convocado por Ecklie para ir até sua sala.

GG: Qual é o assunto, Ecklie?
CE: O prazo dado a você para permitir que Sidle continuasse no lab se esgotou, Gil. Você sabe perfeitamente que ela não poderia ter voltado, mas fui bonzinho e permiti. Agora, é hora de entregar esta carta rescisória a ela.
GG: Bonzinho você, Ecklie?! Sabe que fez isso por que eu tenho apoio do prefeito, e eu mesmo havia pedido a ele que a deixasse mais um pouco, até que se livrasse dos sentimentos de frustração e fracasso que sentiu ao ser presa injustamente.
CE: Isso aqui não é consultório terapêutico, onde você coloca as pessoas para se sentirem melhor! É um laboratório de criminalística, um dos melhores dos Estados Unidos!
GG: Você não precisa me dizer o que é isto que eu sei perfeitamente. Mas a qualidade do trabalho de perícia depende da qualidade emocional de quem faz isso aqui funcionar. Minha equipe é de primeira linha, mas se algum deles não estiver bem, o rendimento pode cair um pouco. Eles são seres humanos, não máquinas. Aprendi a perceber esse lado das pessoas justamente com Sara, que sempre teve essa visão mais humana das coisas.
CE: Então ela é sua terapeuta?
GG: Ecklie, você é tão patético que dá dó. Se tivesse uma mulher ao seu lado, como a que eu tenho, entenderia mais as pessoas. E quanto à Sara, não se preocupe que vou encontrar uma solução.
CE: Não quero solução a longo prazo, é pra já!

Grissom deu as costas para o chefe e saiu. Ligou para casa para saber das meninas e Jessica o tranqüilizou, dizendo que elas estavam muito bem. Logo em seguida, recebeu um telefonema:

GG: Grissom.
SS: Preciso falar com você, honey...
GG: Sara?! Onde você está, meu amor?
SS: Anote aí onde eu estarei.

Grissom ouviu e foi imediatamente ao encontro da mulher, sabia onde ficava o lugar.

CW: Ei, que pressa é essa?!
GG: Divida os casos, tenho uma emergência! Volto mais tarde, se der.

Após estacionar o carro, o supervisor foi de encontro à mulher, que estava de costas. Ao virar Sara, ficou espantado com os hematomas no rosto. Ficou penalizado e muito preocupado.

GG: O que fizeram com você, querida? Onde você estava?
SS: Passei a noite na casa do Nick. Estava desesperada...
GG: Na casa do Nick? Mas ele não me contou nada!
SS: Eu pedi para que não dissesse, queria eu mesma contar tudo.
GG: Onde você esteve que não apareceu à festa surpresa que fiz pra você?
SS: Você fez uma festa surpresa pra mim? – sorriu, fazendo biquinho de lado, da maneira mais doce que havia.
GG: Fiz e você não apareceu.
SS: Hank me violentou, Griss.
GG: Como é?!

Sara olhou para o céu, as narinas estavam vermelhas, iria chorar. Fungou e olhou novamente para o homem que amava – o único.

SS: Ele me estuprou.
GG: Sara... Como isso aconteceu?
SS: Aquele telefonema que recebi em casa e tive de sair ás pressas... Ele me disse sobre a pensão de Ellen e presentes para a menina, então fui até lá... Era uma armadilha. Ele me forçou a transar com ele, me amordaçou e me bateu.
GG: Canalha! Mas ainda bem que você está aqui comigo... Te amo tanto, honey!

Grissom a abraçou e se engolfou nos cabelos soltos e rebeldes da amada.

SS: Me perdoa, Griss...
GG: Perdoar o quê? O canalha foi ele, não você! Vamos, vou levá-la ao IML pra fazer corpo de delito.
SS: Mas Griss...
GG: Sara, houve um estupro e com o exame de confirmação terei base para mandar o Hank para a cadeia. Ou quer que ele continue a fazer o que fez?
SS: Não...
GG: Então vamos.

No IML...

Dra: Deite-se, senhorita Sidle, vou examiná-la.

Sara, que sabia o que era deitar-se e levantar as pernas nos exames ginecológicos, fez o que lhe foi pedido, embora imaginasse o incômodo que viria depois. Grissom permaneceu ao lado dela. Depois de alguns minutos, a médica afirmou:

Dra: Houve mesmo uma relação não consensual, em outras palavras, estupro. A vagina tem uma dilatação um pouco maior, o hímen está com uma ruptura caracterizando violação. Como você já é mãe, portanto, não é virgem, essa ruptura não foi da perda da virgindade. Além disso, coletei vestígios de esperma e vou mandar analisá-lo.

Sara não sabia onde enfiar a cara. Tinha vontade de sair correndo e sumir, sabendo que Grissom soubera que Hank deixara parte de si dentro dela.

GG: Então houve relação completa?
Dra: O esperma é a prova disso. O sujeito só parou depois que ejaculou dentro dela. Você, como investigador, tem prova suficiente para mandar o sujeito para a cadeia.

Grissom afirmou com a cabeça. No carro, indo para casa, o silêncio imperava. O supervisor era inteligente o suficiente para saber que a mulher estava envergonhada pelo que aconteceu, era natural que isso acontecesse. Mas imaginar que Hank pudesse tê-la engravidado mais uma vez não lhe agradava nem um pouco. Internamente estava morrendo de ciúme.

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