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Pra ter seu amor - cap. 6


CW: Não seria melhor dar uma passada em casa? Às vezes ela não viu o bilhete, sei lá...
GG: Vou ligar mais uma vez.
WB: O Nick ainda não chegou. Tentei falar com ele, mas não atende.
CW: Só faltava essa!

Nick, atrasado para ir ao restaurante, abriu a porta para ir até a garagem e deu de cara com Sara. Levou um tremendo susto, principalmente pelos machucados no rosto dela.

NS: Sara! O que houve?!
SS: Me dá um abraço, Nick?
NS: Claro!

O csi abraçou a amiga e sentiu a fragilidade dela.

NS: Sente-se e me conte o que aconteceu.

Sara tentava segurar o choro, mas acabou desabando.

SS: Foi tudo tão horrível, Nick!
NS: Quer me contar?

A perita confessou sobre o ocorrido ao amigo, que ficou indignado:

NS: Esse cara precisa ser denunciado, Sara! Ele pode ser pai da sua filha, mas cometeu vários crimes que dariam uma boa pena a ele.
SS: Eu ainda não sei o que vou fazer. Só sei que preciso muito descansar.
NS: Quer que eu avise o Grissom sobre você?
SS: Agora não, mais tarde eu ligo pra ele.
NS: Uma pena você estar assim, hoje é seu aniversário, você deveria estar junto de Grissom e todos na sua festa.
SS: Festa?!
NS: Acho que falei demais...
SS: Tem uma festa pra mim?
NS: Ahãm. Eu estava indo pra lá, estava até atrasado. Mas a aniversariante está bem na minha frente! – sorriu.
SS: Eu atrapalhei os planos de todo mundo...
NS: O Grissom é que está louco te procurando!
SS: Mas não quero que ele me veja assim...
NS: É claro! Bom, você pode ficar aqui, se precisar descansar e pensar um pouco no que quer fazer.
SS: Obrigada, Nick. Acho que vou aceitar sua oferta, estou muito cansada, meu corpo dói muito.
NS: Bom, mas acho que vou dar uma passada por lá para não suspeitarem de mim. Vou deixar uma toalha de banho e lençóis limpos, você pode dormir nesse sofá, é bem macio.
SS: Obrigada, Nick. Nem sei o que dizer...
NS: Não diga nada! – riu – Bom, vou nessa antes que dêem mais por minha falta. Cuide-se!

Assim que Nick saiu, Sara foi para o banheiro e tomou um banho morno. A água ardia seu corpo machucado e sentia a vagina latejar como se estivesse sendo estuprada novamente. Os seios também doíam, e se lembrava de todas as vezes que fez amor com Grissom, que jamais a deixara dolorida como Hank fizera. No restaurante, Catherine aguardava a volta de Grissom, que havia ido em casa ver se Sara havia passado por lá.

CW: Ai que demora do Gil!
V(Vartann): Calma, Cath, a casa dele é longe! Além do quê, deve ter passado em algum lugar onde imagina que Sara possa ter ido.
CW: Mas não entra na minha cabeça ela nos deixar plantados aqui em plena festa de seu aniversário. Acho que deveria ligar e dar uma explicação no mínimo convincente.
V: Relaxa que logo ele estará aqui...

A loira deu um sorriso e continuou a mimar Anne, que dava seus sorrisinhos inocentes e olhava ao redor com os olhinhos azuis herdados do papai Grissom. Ellen estava no colo da babá. Nick chegou e despertou a curiosidade da colega de equipe:

CW: E aí, Nick, aconteceu alguma coisa? Você viu Sara?
NS: Calma aí, Cath, uma coisa de cada vez! Saí atrasado de casa e só consegui chegar agora. E não, não vi Sara.
CW: Mas onde se meteu essa mulher?!
WB: Olha o Grissom chegando!

O supervisor chegou com cara de cachorro abandonado, evidenciando sua tristeza e o não encontro da mulher.

CW: Nem precisa dizer nada. Não encontrou Sara...
GG: Vou para casa com as meninas, está ficando frio para elas. Vou pedir desculpas a todos e depois vou embora.

Completamente sem graça com a situação, o supervisor avisou aos convidados, que acabaram entendendo. Em seguida, pegou as meninas, com ajuda da babá dela e as colocou em suas cadeirinhas no carro e ambos entraram no carro.

CW: Precisa de ajuda?
GG: Não, vou pra casa. Estamos todos cansados. Mas obrigado assim mesmo.
CW: Se cuida!

Grissom seguiu rumo à sua casa. Enquanto Jessica cuidava das meninas, ele se trancou no quarto e, depois de um banho, caiu na cama e adormeceu. Sonhou com a mulher sem imaginar o pesadelo que ela tinha acabado de viver, e por isso sumira, de vergonha e de medo. Na manhã seguinte, o supervisor acordou com uma ansiedade inexplicável. Estava triste pela ausência da mulher em seu próprio aniversário, não tinha a menor idéia do que poderia estar acontecendo. Mas como a vida precisava seguir, foi para o lab. E lá, pra começar “bem” o dia, foi convocado por Ecklie para ir até sua sala.

GG: Qual é o assunto, Ecklie?
CE: O prazo dado a você para permitir que Sidle continuasse no lab se esgotou, Gil. Você sabe perfeitamente que ela não poderia ter voltado, mas fui bonzinho e permiti. Agora, é hora de entregar esta carta rescisória a ela.
GG: Bonzinho você, Ecklie?! Sabe que fez isso por que eu tenho apoio do prefeito, e eu mesmo havia pedido a ele que a deixasse mais um pouco, até que se livrasse dos sentimentos de frustração e fracasso que sentiu ao ser presa injustamente.
CE: Isso aqui não é consultório terapêutico, onde você coloca as pessoas para se sentirem melhor! É um laboratório de criminalística, um dos melhores dos Estados Unidos!
GG: Você não precisa me dizer o que é isto que eu sei perfeitamente. Mas a qualidade do trabalho de perícia depende da qualidade emocional de quem faz isso aqui funcionar. Minha equipe é de primeira linha, mas se algum deles não estiver bem, o rendimento pode cair um pouco. Eles são seres humanos, não máquinas. Aprendi a perceber esse lado das pessoas justamente com Sara, que sempre teve essa visão mais humana das coisas.
CE: Então ela é sua terapeuta?
GG: Ecklie, você é tão patético que dá dó. Se tivesse uma mulher ao seu lado, como a que eu tenho, entenderia mais as pessoas. E quanto à Sara, não se preocupe que vou encontrar uma solução.
CE: Não quero solução a longo prazo, é pra já!

Grissom deu as costas para o chefe e saiu. Ligou para casa para saber das meninas e Jessica o tranqüilizou, dizendo que elas estavam muito bem. Logo em seguida, recebeu um telefonema:

GG: Grissom.
SS: Preciso falar com você, honey...
GG: Sara?! Onde você está, meu amor?
SS: Anote aí onde eu estarei.

Grissom ouviu e foi imediatamente ao encontro da mulher, sabia onde ficava o lugar.

CW: Ei, que pressa é essa?!
GG: Divida os casos, tenho uma emergência! Volto mais tarde, se der.

Após estacionar o carro, o supervisor foi de encontro à mulher, que estava de costas. Ao virar Sara, ficou espantado com os hematomas no rosto. Ficou penalizado e muito preocupado.

GG: O que fizeram com você, querida? Onde você estava?
SS: Passei a noite na casa do Nick. Estava desesperada...
GG: Na casa do Nick? Mas ele não me contou nada!
SS: Eu pedi para que não dissesse, queria eu mesma contar tudo.
GG: Onde você esteve que não apareceu à festa surpresa que fiz pra você?
SS: Você fez uma festa surpresa pra mim? – sorriu, fazendo biquinho de lado, da maneira mais doce que havia.
GG: Fiz e você não apareceu.
SS: Hank me violentou, Griss.
GG: Como é?!

Sara olhou para o céu, as narinas estavam vermelhas, iria chorar. Fungou e olhou novamente para o homem que amava – o único.

SS: Ele me estuprou.
GG: Sara... Como isso aconteceu?
SS: Aquele telefonema que recebi em casa e tive de sair ás pressas... Ele me disse sobre a pensão de Ellen e presentes para a menina, então fui até lá... Era uma armadilha. Ele me forçou a transar com ele, me amordaçou e me bateu.
GG: Canalha! Mas ainda bem que você está aqui comigo... Te amo tanto, honey!

Grissom a abraçou e se engolfou nos cabelos soltos e rebeldes da amada.

SS: Me perdoa, Griss...
GG: Perdoar o quê? O canalha foi ele, não você! Vamos, vou levá-la ao IML pra fazer corpo de delito.
SS: Mas Griss...
GG: Sara, houve um estupro e com o exame de confirmação terei base para mandar o Hank para a cadeia. Ou quer que ele continue a fazer o que fez?
SS: Não...
GG: Então vamos.

No IML...

Dra: Deite-se, senhorita Sidle, vou examiná-la.

Sara, que sabia o que era deitar-se e levantar as pernas nos exames ginecológicos, fez o que lhe foi pedido, embora imaginasse o incômodo que viria depois. Grissom permaneceu ao lado dela. Depois de alguns minutos, a médica afirmou:

Dra: Houve mesmo uma relação não consensual, em outras palavras, estupro. A vagina tem uma dilatação um pouco maior, o hímen está com uma ruptura caracterizando violação. Como você já é mãe, portanto, não é virgem, essa ruptura não foi da perda da virgindade. Além disso, coletei vestígios de esperma e vou mandar analisá-lo.

Sara não sabia onde enfiar a cara. Tinha vontade de sair correndo e sumir, sabendo que Grissom soubera que Hank deixara parte de si dentro dela.

GG: Então houve relação completa?
Dra: O esperma é a prova disso. O sujeito só parou depois que ejaculou dentro dela. Você, como investigador, tem prova suficiente para mandar o sujeito para a cadeia.

Grissom afirmou com a cabeça. No carro, indo para casa, o silêncio imperava. O supervisor era inteligente o suficiente para saber que a mulher estava envergonhada pelo que aconteceu, era natural que isso acontecesse. Mas imaginar que Hank pudesse tê-la engravidado mais uma vez não lhe agradava nem um pouco. Internamente estava morrendo de ciúme.

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