NS: Nossa, foi por pouco! Já me vi sendo suspenso
por uma semana pelo menos.
MC: No fim, seu chefe até que foi legal.
NS: Cometi uma besteira sem fim. Mas fui perdoado, graças a você. Muito obrigado!
MC: Você não tem nada a que me agradecer. Bem, eu vou nessa, vou voltar para o hotel.
NS: Me dá o endereço que mais tarde eu passo lá.
MC: No fim, seu chefe até que foi legal.
NS: Cometi uma besteira sem fim. Mas fui perdoado, graças a você. Muito obrigado!
MC: Você não tem nada a que me agradecer. Bem, eu vou nessa, vou voltar para o hotel.
NS: Me dá o endereço que mais tarde eu passo lá.
Marcela riu e anotou o endereço. Os dois voltaram à recepção, de onde se
despediram. Nick voltou ao trabalho feliz da vida. Naquela noite, como nos dias
posteriores, ele viveria momentos incríveis ao lado de sua gata. Alguns dias
depois, Marcela teve de retornar ao Brasil. Nick ficou triste, mas saberia que
eles voltariam a se ver. Aos quatro meses de gestação, a barriga de Sara
parecia de quase seis meses, estava bem redondinha, e ela estava linda, com as
curvas realçadas mesmo estando grávida. Catherine, com três meses, também
estava linda, e feliz; Warrick era um futuro pai todo bobo, e muito zeloso com
o bem-estar de sua Cath. Aquele ano estava sendo muito especial para Grissom: seu romance com
Sara fora revelado aos amigos, e contava com o apoio total deles, a gravidez de
sua amada e os gêmeos. Seus 50 anos iriam ser muito bem comemorados, daria uma
festa para todos os amigos. E pensava em pedir Sara em casamento para
oficializar sua abençoada união antes dos bebês virem ao mundo. Naquele mês, Sara
faria outra ultrassonografia para saber o sexo dos bebês. Os dois estavam
ansiosos e felizes. E chegou o dia...
DR: Preparada para saber o sexo dos seus bebês, senhorita Sidle?
SS: Claro!
A médica fez todos os procedimentos e na tela Sara e Grissom viam, com emoção e
coração palpitando, duas criaturinhas que eles conceberam juntos, com amor e
desejo.
DR: Posso ver claramente o sexo dos bebês, são duas menininhas.
Sara e Grissom não resistiram às lágrimas e choraram.
DR: Veja! Elas estão de perninhas abertas. Uma delas está chupando o dedinho.
GG: Lindas! - Grissom estava visivelmente emocionado, a voz estava embargada.
GG: Lindas! - Grissom estava visivelmente emocionado, a voz estava embargada.
Depois do exame...
DR: Senhorita Sidle e senhor Grissom, preciso falar um assunto com vocês.
DR: Senhorita Sidle e senhor Grissom, preciso falar um assunto com vocês.
Sara se sobressaltou. O que a médica queria falar com ela? E se fosse alguma
coisa ruim?
SS: Pode falar, doutora.
DR: Saíram os resultados de seus exames. Seu nível de colesterol está bom, assim como sua gllicose, urina, fezes. Com você está tudo bem.
SS: E com os bebês?
DR: Saíram os resultados de seus exames. Seu nível de colesterol está bom, assim como sua gllicose, urina, fezes. Com você está tudo bem.
SS: E com os bebês?
A médica olhou para Sara e deu o diagnóstico:
DR: Foi detectado um problema com um dos bebês.
SS e GG: Como?
DR: Uma das meninas é saudável, como pude ver no ultrassom e o que os exames apresentaram. O que acontece é que a outra menina apresenta um problema genético.
SS e GG: Como?
DR: Uma das meninas é saudável, como pude ver no ultrassom e o que os exames apresentaram. O que acontece é que a outra menina apresenta um problema genético.
Sara sentiu tonturas. Achou que ia desmaiar, mas Grissom a segurou.
GG: Afinal, doutora, o que minha filha tem?
DR: Sua filha tem Síndrome de Down.
DR: Sua filha tem Síndrome de Down.
Sara e Grissom permaneceram estáticos, como se não
pudessem acreditar que aquilo estivesse acontecendo. A pressão de Sara iria
subir, isso ela tinha certeza. Grissom suava frio.
GG: Como isso é possível, doutora? Uma das minhas filhas possuir Síndrome de
Down e a outra ser normal? E como é possível que Sara e eu tenhamos doado genes
para os bebês com deficiência?
DR: Eu entendo perfeitamente o questionamento de vocês, é compreensível que, com uma notícia assim, os pais de um bebê reaja com desespero e emoção. A Síndrome de Down é uma anomalia nos cromossomos, que ocorre em 1,3 de cada 1.000 nascimentos. Por motivos ainda desconhecidos, um erro no desenvolvimento das células do embrião leva à formação de 47 cromossomos, no lugar dos 46, que se formam normalmente, 23 da mãe e 23 do pai. O material genético em excesso altera o desenvolvimento regular do corpo e do cérebro da criança em gestação.
Existem três tipos de Síndrome de Down. A mais comum é a chamada Trissomia do 21 Padrão: o material genético em excesso está no par de cromossomos 21, como resultado de uma anomalia na divisão celular durante o desenvolvimento do óvulo ou esperma, durante a fertilização. Cerca de 95% dos portadores de Síndrome de Down tem Trissomia do 21 Padrão. Cerca de 4% têm Translocação, caso em que o cromossomo 21 extra se rompeu e aderiu a outro cromossomo. A Translocação pode ser sinal de hereditariedade e outros membros da família devem ser geneticamente investigados para saber da possibilidade de ter outros bebês com Síndrome de Down. Cerca de 1% têm Mosaico, o que quer dizer que só algumas células do corpo têm Trissomia do 21 e não todas.
SS: Nossa!
DR: Como vocês terão gêmeas, a identificação do bebê com Down, logo após o nascimento, será de acordo com características peculiares a esse bebê. Algumas características do bebê com Síndrome de Down são extremamente visíveis, portanto, de fácil reconhecimento. Os olhos apresentam-se com pálpebras estreitas e levemente oblíquas, com prega de pele no canto interno, chamada prega epicântica. A cabeça geralmente é menor e a parte posterior levemente achatada. A moleira pode ser maior e demorar mais para se fechar. A boca é pequena e muitas vezes se mantém aberta com a língua projetando-se para fora. As mãos são curtas e largas e, às vezes, nas palmas das mãos há uma única linha transversal, de lado a lado ao invés de duas. A musculatura de maneira geral é mais flácida, ou seja, hipotonia muscular.
SS: Meu Deus!
DR: Eu entendo perfeitamente o questionamento de vocês, é compreensível que, com uma notícia assim, os pais de um bebê reaja com desespero e emoção. A Síndrome de Down é uma anomalia nos cromossomos, que ocorre em 1,3 de cada 1.000 nascimentos. Por motivos ainda desconhecidos, um erro no desenvolvimento das células do embrião leva à formação de 47 cromossomos, no lugar dos 46, que se formam normalmente, 23 da mãe e 23 do pai. O material genético em excesso altera o desenvolvimento regular do corpo e do cérebro da criança em gestação.
Existem três tipos de Síndrome de Down. A mais comum é a chamada Trissomia do 21 Padrão: o material genético em excesso está no par de cromossomos 21, como resultado de uma anomalia na divisão celular durante o desenvolvimento do óvulo ou esperma, durante a fertilização. Cerca de 95% dos portadores de Síndrome de Down tem Trissomia do 21 Padrão. Cerca de 4% têm Translocação, caso em que o cromossomo 21 extra se rompeu e aderiu a outro cromossomo. A Translocação pode ser sinal de hereditariedade e outros membros da família devem ser geneticamente investigados para saber da possibilidade de ter outros bebês com Síndrome de Down. Cerca de 1% têm Mosaico, o que quer dizer que só algumas células do corpo têm Trissomia do 21 e não todas.
SS: Nossa!
DR: Como vocês terão gêmeas, a identificação do bebê com Down, logo após o nascimento, será de acordo com características peculiares a esse bebê. Algumas características do bebê com Síndrome de Down são extremamente visíveis, portanto, de fácil reconhecimento. Os olhos apresentam-se com pálpebras estreitas e levemente oblíquas, com prega de pele no canto interno, chamada prega epicântica. A cabeça geralmente é menor e a parte posterior levemente achatada. A moleira pode ser maior e demorar mais para se fechar. A boca é pequena e muitas vezes se mantém aberta com a língua projetando-se para fora. As mãos são curtas e largas e, às vezes, nas palmas das mãos há uma única linha transversal, de lado a lado ao invés de duas. A musculatura de maneira geral é mais flácida, ou seja, hipotonia muscular.
SS: Meu Deus!
Naquele momento, Sara chorava, e Grissom tentava se controlar para não chorar
ali mesmo, embora segurasse a mão da mulher com firmeza.
DR: É importante ressaltar que, embora o bebê com Síndrome de Down possa apresentar algumas ou todas estas características, como todas as crianças, eles também se parecerão com seus pais, uma vez que herdam os genes destes, e assim, apresentarão características diferentes entre si, como cor dos cabelos e olhos, estrutura corporal, padrões de desenvolvimento, etc. Estas características determinam uma diversidade de funcionamento comum aos indivíduos considerados normais. Mas ter um filho portador da Síndrome de Down não significa que terá uma criança completamente incapaz. A seqüência de desenvolvimento desta criança geralmente é bastante semelhante à de crianças sem a síndrome e as etapas e os grandes marcos são atingidos, embora em um ritmo mais lento. Esta demora para adquirir determinadas habilidades pode prejudicar as expectativas que a família e a sociedade tenham da pessoa com Síndrome de Down. Durante muito tempo estas pessoas foram privadas de experiências fundamentais para o seu desenvolvimento porque não se acreditava que eram capazes. Todavia, atualmente já é comprovado que crianças e jovens com Síndrome de Down podem alcançar estágios muito mais avançados de raciocínio e de desenvolvimento. Sua filha será capaz de ser uma criança como qualquer outra, desde que vocês a estimulem e aprendam com ela que ser diferente é normal. Não precisam ficar tristes por sua filha, ela será muito amada, e isso é o suficiente para que o desenvolvimento dela possa evoluir positivamente.
SS: E quanto ao preconceito às crianças portadoras? Tenho medo de que nossa
filha seja discriminada por onde passar, e não vou agüentar isso.
DR: Senhorita Sidle, por mais que os pais encham seus filhos de amor, carinho e
compreensão, infelizmente ainda existe preconceito contra os portadores de Down
em geral, não somente as crianças, mas também os jovens e adultos. A ignorância
das pessoas as faz pensar que portadores de Síndrome de Down são seres
incapazes, "retardados", como são comumente nomeados. Sua filha será
uma criança como as outras, desde que seja incluída nas mesmas atividades que
sua outra filha, e que não haja diferença entre elas.
GG: Claro, doutora. Nós amamos nossas filhas da mesma forma e as trataremos
igualmente. Se assim o fizéssemos, que espécie de pais seríamos, concorda?
DR: Exatamente.
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