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Uma história de amor - cap. 4


O careca saiu com uma expressão de raiva. Sara sabia como tirá-lo do sério, era desafiadora, atrevida, de personalidade. Até mesmo estando mal, sabia colocá-lo com o rabo entre as pernas. Grissom entrou na sala e viu a mulher deitada, murmurando palavras desconexas.

GG: Hey, o que você tem, honey?
SS: Acho que estou com febre.

Grissom passou a mão na testa dela, que ardia.

GG: E parece bem alta. Vou levá-la ao médico, ok?
SS: Tudo bem.

Sara segurou na mão do marido e ficou de pé. Mas, frágil que estava, caiu desmaiada nos braços dele.

GG: Sara! Sara!

Grissom se agachou e apoiou a cabeça dela em seus braços. Nick, que passava pela porta, viu a cena e entrou na sala.

NS: O que aconteceu com Sara?
GG: Chame os paramédicos, Nick! Preciso levá-la para um hospital urgentemente!
NS: É pra já.

Poucos minutos depois a ambulância chegou e Sara foi levada. Grissm a acompanhou.

CW: Nos dê notícias.
GG: Assim que puder. Cuide de tudo por aqui.

No hospital, uma médica assumiu os cuidados com a perita.

Dra: Tragam-na para a sala. O que o senhor é dela?
GG: Marido.
Dra: Vou pedir uns exames e deixá-la em observação. Dependendo dos resultados, ela terá alta. Senão, será necessário que passe a noite aqui.
GG: Faça o que tiver de fazer, dou tora. Só quero saber se minha mulher vai ficar bem.
Dra: Não se preocupe, ela será muito bem cuidada. Daqui a pouco eu trarei alguma novidade.

A médica entrou e Grissom sentou-se no sofá, na sala de espera. Não tinha notícias de que uma gravidez pudesse causar febre e desmaios constantes. Estava temendo que Sara pudesse realmente estar doente. Algumas horas depois, a médica apareceu na sala.

Dra: Senhor...
GG: Ãh? - despertou no susto Grissom, que havia cochilado um pouco.
Dra: Perguntei seu nome, senhor.
GG: Grissom. Gil Grissom.
Dra: Senhor Grissom, eu pedi alguns exames de sangue e algumas coisas não me agradaram no resultado.
GG: Sara está doente?
Dra: No momento tenho apenas algumas suspeitas. Você sabe me dizer se sua esposa tem tido febre, anemia, dores nos ossos, perda de peso...?
GG: Bom, trabalhamos no laboratório de criminalística de Vegas, então nunca ficamos parados. E Sara vai muitas vezes a campo nas investigações. Creio que isso pode lhe causar algumas dores, mas ela não tem se queixado comigo não. Sempre foi uma pessoa fechada e reservada. Está acontecendo alguma coisa?
Dra: Bem, creio que terei de fazer uma biópsia por aspiração na medula óssea de sua esposa para poder ter a confirmação ou não do que estou pressentindo.
GG: Mas Sara está grávida, não haverá problemas?
Dra: Esse é um outro ponto que quero tratar com o senhor, mas depois que sair o resultado da biópsia.
GG: Pode me dizer qual a sua suspeita, doutora?
Dra: Pelo que vi nos exames e o que sua esposa me relatou, os sintomas e os resultados batem muito com uma mielóide.
GG: Céus! Aguda ou crônica?
Dra: Ao que tudo indica, aguda.

Grissom trincou os olhos, e a médica se afastou. Em seguida, ligou para Catherine.

CW: Willows.
GG: Catherine, sou eu, Grissom.
CW: Gil, cadê você que não deu notícias até agora? Como Sara está?
GG: Está tudo bem. Quero dizer que não vou ao lab amanhã. Focarei com ela no hospital, a médica fará novos exames.
CW: Tanto para um desmaio?
GG: Sara está grávida...
CW: Que coisa boa! Então foi por isso...
GG: Não, não foi só isso.
CW: Como? Sara não está somente grávida?
GG: Infelizmente não – suspirou.
CW: Desembucha logo, Gil!
GG: Sara está com suspeita de mielóide, Catherine.
CW: Dá pra ser mais claro?
GG: Mielóide aguda, uma das variantes da leucemia.
CW: Céus! Ela não merece isso, Gil. Não merece!
GG: Eu sei disso...
CW: Como foi que isso aconteceu?
GG: A médica encontrou algumas coisas no exame de sangue dela. Depois a gente se fala mais. Vou desligar.

Depois que falou com Catherine, Grissom ligou para casa e pediu que Lilly cuidasse bem dos meninos, pois ele e Sara ficariam no hospital naquela noite. Depois, ele foi até o quarto onde Sara estava. Ela dormia feito uma menina. Então sentou-se ao lado dela e ficou olhando-a com amor e tristeza no olhar. Porque tinha que ser assim? Porque tinha que ver a mulher de sua vida, mãe de seus filhos, deitada numa cama, sem saber que estava com uma doença que podia ser fatal? Baixinho, cantou uma canção que tocou quando os dois saíram para jantar em certa ocasião e ele a tirou para dançar (ela estava belíssima de vestido azul royal de cetim).

“My love, there's only you in my life
The only thing that's right
My first love, you're every breath that I take
You're every step I make
And I, I want to share, all my love with you
No one else will do
And your eyes, your eyes, your eyes
They tell me how much you care
Ooh yes, you will always be
My endless love
Two hearts, two hearts that beat as one
Our lives have just begun
Forever I´ll hold you close in my arms
I can't resist your charms
And love, oh, love
I'll be a fool, for you,
I'm sure, you know I don't mind
Oh, you know I don't mind
'Cause you, you mean the world to me
Oh, I know, I know
I've found in you
My endless love
Oooh, and love, oh, love
I'll be that fool, for you
I'm sure, you know I don't mind
Oh you know,  I don't mind
And, yes, you'll be the only one
'Cause no one can deny this love I have inside
And I'll give it all to you
My love, my love, my love
My endless love…”

Tocada pela lembrança e ouvindo a doce voz de seu homem cantando baixinho, Sara abriu os olhos e sorriu.

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