MS:
Fiquei extremamente revoltada quando ele me disse sobre o que estava
acontecendo com você e se negou a ajudá-la. Fui ao hospital e fiz os testes, e
felizmente deu compatibilidade. Fico muito feliz em vê-la sã e salva, bem de
saúde novamente.
GG:
Agradecemos seu ato tão heróico.
MS: Eu
que agradeço por ajudar a salvar uma vida.
SS:
Posso lhe dar um abraço?
MS:
Claro!
As duas,
doadora e receptora, abraçaram-se emocionadas. Até que Simon Sidle chegou,
estacionando o carro na calçada. Ao ver a irmã perto de sua mulher, ficou
furioso:
SS: O
que você faz aqui, Sara?
SS: Vim
agradecer ao gesto caridoso que sua esposa teve.
Se
dependesse de você, eu poderia ter morrido.
SS: Bá,
e por que não morreu?
GG: Como
é?! Repete, seu canalha!
Grissom
ia partindo pra cima do sujeito, mas Sara o segurou.
SS: Não
suje suas mãos com quem não merece.
MS: Eu
fiz e não me arrependo, Simon! Fiz o que você, como irmão, jamais pensaria em fazer
em sua vida.
SS: Cale
a boca, maldita!
SS: Cale
a boca você, imprestável! Vamos embora, Griss. E Melina, muito obrigada pela
boa ação. O que precisar de mim e de Grissom, conte com a gente, ok?
MS:
Claro! Sucesso em sua vida.
O casal
foi embora. Dentro do carro, Sara não conseguia acreditar que sua doadora tão
caridosa fosse esposa do traste de seu irmão.
GG:
Ainda sem acreditar que Melina seja esposa de Simon?
SS: É...
GG:
Fiquei surpreso também. Desculpe dizer isso, mas ele não parece ser uma boa pessoa.
SS: Ele
não tem caráter nenhum! Não quero falar dele, quero é ver nossos filhos.
GG:
Vamos buscá-los na casa de Catherine.
SS: Será
que eles vão me achar muito feia com esta peruca preta com franja?
GG: Que
nada, vão achá-la linda do mesmo jeito, que é como você é, querida.
SS: Você
diz isso por que me ama, não vale!
GG: É a verdade.
Os dois
chegaram até a casa de Catherine. A mãe dela veio recepcioná-los.
LF (Lily Flynn): Olá!
Não sabia que você tinha saído do hospital, Sara. Como está?
SS:
Estou bem. E meus filhos, como estão?
LF: Veja
com seus próprios olhos. Sean e Kevin, olha quem está aqui!
Os
meninos viram a mãe de longe e correram até ela.
SG:
Mamãe!
KG:
Mamãe!
Os três
se abraçaram emocionados. Grissom se juntou ao trio e os envolveu com seus
braços. A família estava reunida novamente.
SS: Como
vocês estão? Obedeceram à mãe da tia Cath?
SG: Sim,
mamãe.
KG:
Mamãe, seu cabelo cresceu? Tá bonito!
Sara
riu.
SS: Ah,
é meu novo corte de cabelo. Ficou moderno?
SG e KG:
Sim!
GG:
Anda, peguem suas coisas, estamos indo para casa.
SG:
Podemos tomar um sorvete antes, papai?
GG: Não
sei se é uma boa idéia...
SS:
Vamos, honey, eu também quero um sorvetinho...
GG: Ok,
vocês venceram.
SG e KG:
Eeeeeee!
Os
meninos correram para buscar as mochilas.
SS:
Desculpe qualquer incômodo, Lily.
LF: Foi
um prazer cuidar dos seus meninos.
Quando
eles foram embora, os meninos estavam felizes da vida por estar com a mãe
novamente. Depois de uma tarde de sorvete e risos, eles tiveram a certeza de
que a felicidade estava de volta. Os dias
se passaram e tudo estava bem. Sara estava mais forte, os cabelos cresciam
rapidamente e Grissom era um pai cada vez mais presente na vida dos filhos. A
vida sexual voltara com intensidade. Certa
noite chuvosa, os meninos já dormiam e o casal namorava no quarto. Foi quando o
telefone tocou.
GG:
Grissom.
JB: Sou
eu, Brass.
GG:
Aconteceu alguma coisa, Jim?
JB: Sim.
Houve um assassinato e gostaria que você ou Sara, ou os dois viessem na West.
GG: Quem
é a vítima?
JB: O
nome dela é Melina Sidle.
GG:
Melina Sidle?! – Grissom arregalou os olhos e Sara ficou espantada.
JB: É.
Fiquei surpreso com o sobrenome. É parente da Sara?
GG: É
cunhada. Onde está o marido dela?
JB: Não
foi encontrado, e tudo leva a crer que foi ele o autor.
Venha
assim que puder. Sei que você está aposentado, mas esse crime diz respeito à
sua mulher.
GG: Me
aguarde aí.
Depois
que Grissom desligou...
SS: O
que aconteceu, Griss?
GG: A
mulher que lhe doou a medula foi assassinada.
SS: Eu
ouvi a conversa, mas... como isso foi
acontecer? Como Simon pôde ser tão calhorda? – Sara estava quase chorando.
GG: Jim
quer que eu vá até lá.
SS: Vou
ficar com as crianças.
Grissom
levantou-se e começou a se vestir.
GG:
Qualquer coisa me ligue. Mantenha a casa trancada, não sabemos onde esse
bandido está.
SS: Não
se preocupe, sei me defender. Minha arma está aqui no criado-mudo.
Os dois
se despediram e Grissom foi se encontrar com Brass.
GG: O
que temos aqui, Jim?
JB: Ela
foi encontrada pela vizinha que sempre lhe trazia tortas.
GG:
Facadas profundas na jugular e no peito. O assassino queria de fato matar a
vítima. E se foi Simon Sidle que fez isso, não me surpreenderia.
JB: Se
foi ele, porque ele mataria a esposa dele?
GG: Ele
ficou furioso quando Melina disse que doou a medula para Sara.
Parece
que ele nutre algum tipo de ódio pela irmã, porque ela se deu melhor na vida.
JB: Acha
possível que ele vá atrás dela?
GG: Não
quero pensar nisso. No momento sei que ele não sabe onde moramos. É um alívio.
Sara
bebia um chá na cozinha – os meninos dormiam em seus quartos com a babá. Estava
um silêncio sepulcral na casa, só se ouvia o barulho da chuva caindo do lado de
fora. Em seguida, a perita seguiu para a sala. A cortina era clara, e dava para
perceber sombras do lado de fora. Sara notou que alguém passara pela janela e
ficou sobressaltada.
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