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Inesperado reencontro - cap. 4


GG: Obrigado, Catherine, agora, de volta ao trabalho.
CW: Certo.

Após retornar ao lab, Grissom trancou-se em sua sala. Pegou o bilhete que Catherine lhe deu e ficou pensando no que faria a respeito. Sara e Catherine ficaram na sala de convivência matutando sobre a vida, enquanto Greg, Nick e Warrick disputavam uma corrida no Playstation que também ficava na sala de convivência.

SS: Griss voltou da cena do crime tão estranho...
CW: Você acha? – Catherine fez-se de desentendida.
SS: Eu conheço aquela carinha de anjo dele. Que, aliás, de anjo, não tem nada!
CW: Sei...

Sara continuou com caraminholas na cabeça. Ainda mais porque naquela noite Grissom não fora para seu apartamento. O celular estava desligado e na casa dele, o telefone chamava sem retorno. Onde estaria? Com quem estaria? As horas foram passando e nada de Grissom chegar. Sara até que tentou contatá-lo, mas o celular dele continuava desligado. Pensou em ligar para Catherine, mas àquela altura, já deveria estar dormindo. Ou, se não estivesse, estaria muito bem acompanhada, por isso preferiu não estragar a noite da amiga. Foi até a cozinha, bebeu um pouco de café, depois deitou-se. Acabou adormecendo profundamente. No dia seguinte, Sara chegou ao lab com a cara mais fechada e feia que conseguiu fazer. Ninguém se atreveu a dizer nada, temendo levar uma patada do tamanho de Vegas. A equipe se reuniu na sala de convivência enquanto esperava por Grissom, que, por sinal, chegou atrasado. Assim que chegou e avistou Sara com uma cara nada simpática, engoliu seco e entrou na sala.

GG: Bom dia a todos. Hoje temos poucos casos. Estou surpreso, devo confessar. Mas trabalho é trabalho, portanto, mãos à obra. Como são poucos, vocês deverão formar duplas. Catherine e Warrick, adolescente afogado em piscina de clube; Nick e Greg, universitária espancada até a morte no vestiário; Sara e eu ficaremos com o estrangulamento de um homem perto do Mandalay Bay. Ao trabalho!

No corredor, os outros csi’s comentaram o clima no ar.

NS: Alguém aí notou o clima pesado no ar entre a Sara e o Grissom?
CW: E tinha como não notar, Nick? Parece que os dois tiveram uma briga daquelas e Sara estaria pronta para degolar qualquer um que cruze seu caminho.
WB: Eu penso que, seja qual for o motivo de eles estarem assim, não é da nossa conta. Acho melhor a gente trabalhar antes que sobre pra nós também.
CW: Concordo, Warrick.
GS: Vocês não têm nenhum pingo de curiosidade pra saber o que aconteceu?
NS: Não, cara, não somos curiosos.

Catherine olhou para Nick com espanto e segurando uma risadinha.

NS: Bem, só um pouco. Mas a gente se segura.

Os amigos riram enquanto se dirigiam às suv’s. Pouco tempo depois, o casal geek saiu do lab e se dirigiu à suv. Durante o trajeto, Sara e Grissom pareciam dois desconhecidos. Ela, muito magoada pela noite anterior e ele sem saber por onde começar a tentar explicar algo inexplicável.

GG: Precisamos conversar.
SS: Não temos nada a falar um com o outro, Griss.
GG: Imagino que você deva estar irritada comigo por ontem, mas para tudo há uma explicação.
SS: Suas explicações não me interessam. E nada do que você me disser vai mudar meu pensamento.
GG: Você não sabe o que aconteceu e já conclui por antecipação?
SS: E desde quando Heather é conclusão antecipada? É algo tão óbvio, não?

Com o susto pela direta de Sara, Grissom freou o carro bruscamente.

SS: Ei! Você quer nos matar?
GG: De onde você tirou essa idéia de que eu estaria com Heather, Sara?
SS: Vamos trabalhar, mais tarde a gente conversa.

Naquela tarde nenhum dos dois conseguiu trabalhar como deveria. Sabendo que tinha culpa no cartório, Grissom não conseguia pensar numa forma de tentar pelo menos amenizar o estrago que faria na relação dos dois. E sabendo o quanto Sara era esperta, aí sim é que deveria pensar em palavras muito boas para que ela pudesse ficar satisfeita – no mínimo. À noite, Grissom e Sara se reuniram no sofá da casa dela. A decepção no olhar nela era visível, e ele estava um pouco inseguro com aquela situação. Ele, por sinal, detestava ficar sem o controle da situação, e sentir-se acuado lhe fazia muito mal.

SS: Muito bem, Griss. Pode me dizer o que houve, ou não houve.
GG: Ainda está chateada?
SS: Não, é que eu adoro ficar emburrada só pra fazer charme... O que acha?

Grissom bufou. Aquela conversa seria muito difícil, ainda mais porque Sara estava arredia, desconfiada, com a guarda levantada. Ela estava sofrendo por dentro, isto ele sabia, mas sabia também que ela não daria o braço a torcer, por ser teimosa e dura na queda.

GG: Sara, vou te contar toda a verdade. Nem sei por onde começar, é algo extremamente difícil pra mim. Não sei se você vai entender.
SS: Eu espero qualquer coisa vinda de você, Grissom, e não se preocupe. A vida já me fez mais forte do que possa imaginar. Nada mais me derruba.
GG: Ontem à noite estive com Heather.

Sara sentiu seu coração apertar. Tinha certeza de que ele estaria com ela, mas ouvir da boca dele era duro.

SS: Me responda uma coisa, Grissom. Vocês dormiram juntos?
GG: Porquê a pergunta?
SS: Responda! – Sara elevou o tom de voz, visivelmente irritada.
GG: Não! Não dormi com ela, só dei uma passada por lá.
SS: Tentei te ligar, mas seu celular só dava na caixa de mensagens. E na sua casa, nada. Por que isso? – Sara engolia forçosamente o choro que era iminente, e mantinha a pose de brava.
GG: A bateria descarregou. Você sabe que não minto com essas coisas, Sara.
SS: Mas mente com outras coisas...
GG: Sara!

SS: Porque você não admite de uma vez que dormiu com a Heather? Sabe que não resiste a ela!

De repente, Sara ficou tonta e desabou desacordada.

GG: Sara!

Grissom correu a acudi-la. Segurou-a pelos braços e a levou para o quarto, onde a deitou com cuidado na cama. Depois, foi ao banheiro e pegou um frasco de álcool e um pedaço de algodão. Embebedou-o com o álcool e passou perto das narinas de Sara, que logo despertou.

SS: O que foi?
GG: Você desmaiou. O que houve?
SS: Não sei, fiquei tonta de repente. Acho que foi o nervosismo.
GG: Você não tem necessidade de ficar tão estressada. A vida já é dura demais, pra quê torná-la pior do que já é?
SS: Griss... Por que você não me diz a verdade?
GG: Qual verdade, Sara? O que você quer saber?
SS: Só quero que você me diga se dormiu ou não com Heather.
GG: Essa conversa já encheu. Melhor ir embora. Boa noite.

Sara ficou extremamente irritada com Grissom e, naquela noite, custou a dormir. Era evidente que estava fugindo da conversa, e que tinha algo a esconder. Mas porque aquilo? Por que Grissom estava agindo daquela forma? Se ele não a queria mais, deveria dizer na lata, agir como um homem. Na manhã seguinte, no lab, Sara não apresentava uma feição amedrontadora, mas tinha uma certa tristeza no olhar.
Na sala de convivência, Nick tentava entender o que se passava com a amiga, mesmo que ela não se mostrasse muito receptiva.

NS: Sabe que pode contar comigo sempre, Sara.
SS: Eu sei, Nick, você é um grande amigo.

Sara fungou e Nick ficou curioso.

NS: Está chorando?
SS: Não, não, apenas meu nariz que está escorrendo. Vou ao banheiro limpá-lo.

Nick fingiu que acreditou, mas não perguntou mais nada. Assim que Sara saiu, Catherine entrou na sala e quis saber.

CW: O que ela tem?
NS: Não sei, mas ela não está bem. Parecia querer chorar.
CW: Aposto que os dois brigaram de novo. Aff, como é complicado tentar entendê-los!
GS: Eu já nem tento mais...

Grissom entrou na sala.

GG: Bom dia!
CW: Bom dia pra você também, Gil! O que temos por hoje?
GG: Trabalho. Onde está Sara?
NS: Foi ao banheiro.

Grissom distribuiu as tarefas e Sara ainda não tinha voltado do banheiro.

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