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Um deslize inconsequente - cap. 8


Richard chamou o médico, tendo em vista que a mãe estava muito agitada, podendo ficar agressiva. O médico e dois enfermeiros apareceram, e sedaram a pobre mulher.

DR: É melhor que vocês dois vão embora, ela vai dormir. Estou sedando-a para acalmar os nervos.
SS: Mas porque ela teve essa crise?
DR: Depois de tudo o que houve, Laura teve seu sistema nervoso altamente comprometido por perturbações mentais. Muito provavelmente ela sofrerá estes problemas o resto da vida.
RS: Vamos, Sara. Acho que tivemos emoções demais por hoje.

Os dois saíram da clínica e seguiram para o carro de Richard.

RS: Topa um sorvete?
SS: Estou chateada, Richard.
RS: Vamos, um sorvete vai te alegrar.
RS: Ok.

Os dois seguiram para uma sorveteria no centro da cidade. Enquanto isso, no lab, Grissom permanecia em silêncio em sua sala. Catherine bateu na porta.

GG: Entre.
CW: Gil, tem uma pessoa querendo falar com você.
GG: Comigo? – ele tirou os óculos.
CW: Exatamente.
GG: Quem seria?
CW: Ela.
GG: Ela quem, Catherine?
CW: Heather.

Grissom bufou e pediu que ela entrasse. Assim que a ruiva entrou na sala, Catherine se retirou, mas ficou à espreita, atrás da porta.

LH: Grissom.
GG: Sente-se, Heather.
LH: Obrigada.
GG: O que você quer aqui?
LH: Precisava falar com você.
GG: Sou um homem ocupado, Heather, sabe disso.
LH: Eu sei, mas vim pedir ajuda.
GG: Que tipo de ajuda?
LH: Estou sendo seguida por um homem muito perigoso.
GG: Você o conhece?
LH: Apenas de vista, nada mais.
GG: E como ele a está seguindo?
LH: Sabe onde moro, fica me espiando... E recebo ligações anônimas.
GG: Ninguém liga à toa para a casa de alguém. A menos que tenha um motivo. Você não teria dados motivos para que isto acontecesse?
LH: Vejo que você não me conhece, Grissom. Não sou mulher de ficar provocando ninguém. Só sei que estou assustada.
GG: E o que quer que eu faça?
LH: Passe esta noite comigo pra ver que falo sério.
GG: Depois do que aconteceu, não me arrisco a ir à sua casa.
LH: Fala do bebê?
GG: Está tudo incluso. Sabe que o fato de estar esperando um filho meu não significa em momento algum que vamos ficar juntos. Sabe também que amo Sara e que pretendo lutar para tê-la de volta.

Catherine ouvia as palavras do lado de fora estarrecida. Grissom engravidara Lady Heather? E como ficaria Sara nessa história toda?

LH: Grissom, eu suplico sua ajuda. Sinto que corro perigo, e, sendo assim, seu filho também corre.
GG: Posso pedir auxílio ao Brass, mas torno a dizer: não vou dormir em sua casa!

Heather levantou-se da cadeira, olhou para Grissom com um olhar de decepção e saiu. Na sorveteria, o celular de Richard tocou.

SS: O que foi?
RS: Era Victoria. Não poderá vir até Vegas, minha sogra foi hospitalizada.
SS: Que chato!
RS: Mas mandou lembranças a você, e disse para ir à nossa casa quando puder.
SS: Eu irei sim, com todo o prazer.
RS: Vamos, te deixo em casa.

Os dois tomaram um táxi e foram para a casa de Sara. Ao chegar...

RS: Por favor, me espere, não vou demorar.
##: Ok, senhor.

Os dois foram até a porta da casa.

SS: Não vai entrar?
RS: Não, preciso passar em lugar antes de ir embora.
SS: Já vai deixar Vegas? E nem me disse!
RS: Meu tempo aqui era curto, preciso trabalhar, irmã. Agora que você tem meu endereço em Boston, sabe onde me encontrar.
SS: Vou sentir sua falta. Logo agora que nos reencontramos...
RS: Tudo vai dar certo, confie em mim.
SS: Ok.

Os dois se abraçaram e Richard entrou no táxi. Sara sentiu uma dor no coração. Mais uma vez estaria sozinha, sem a presença de um rosto familiar. Resignada, entrou em casa. Estava escurecendo, e a rua já estava um pouco deserta. Fora até a cozinha e pegou um copo d’água. Ouviu a campainha tocar e foi até a sala atender. “Será que o Richard ficou com saudade e resolveu voltar?”, pensou, sorrindo. No que abriu a porta, um sujeito com touca ninja preta avançou em sua direção, pondo um pano com clorofórmio, fazendo Sara desacordar imediatamente.  Com ela inconsciente, o homem a pegou nos braços e saiu da casa, indo em direção ignorada. Pouco tempo depois, o celular de Sara, que estava na cozinha, tocou. Era Grissom, aflito do outro lado da linha. Alguma coisa havia acontecido e ele precisava avisar Sara.

GG: Droga, Sara, atende esse telefone! – gritou.
CW: Não consegue falar com Sara?
GG: Não, só chama. A ligação desse sujeito me intrigou demais.
Acho que Heather tinha razão.

CW: Como assim?! Não entendo.
GG: Ela me disse que estava sendo vigiada, que um sujeito estava rondando a casa dela, mas não dei importância.
CW: E esse sujeito que te ligou pode ter algum conhecimento disso.
GG: Minha cabeça está fervendo, Catherine. Vou até a casa de Sara, não demoro.
CW: Ok.

Grissom pegou o carro e partiu em direção à casa da amada. A rua estava deserta e a noite havia caído. Tudo era silêncio e sossego, apenas os latidos dos cães da vizinhança eram ouvidos. Antes de entrar na casa Grissom percebeu marcas de pegadas na porta, parecendo sapatos masculinos. Voltou ao carro e pegou sua maleta, colocando as luvas e recolhendo amostras para análise. Percebeu também que a porta estava entreaberta. Sabia que Sara nunca se descuidava da segurança da casa, então deduziu que algo de estranho estava acontecendo. Com as luvas, empurrou de leve a porta e entrou na casa. A casa estava mergulhada em silêncio e tudo estava em ordem. Pegou o celular e ligou para Catherine.

CW: Willows.
GG: Catherine, tudo indica que aconteceu alguma coisa com Sara.
CW: O que?
GG: A porta da casa está entreaberta, não houve invasão.
CW: Então ela atendeu à campainha...
GG: Não quero pensar no que aconteceu depois...
CW: Calma! Vai dar tudo certo!

Enquanto isso, em algum lugar de Vegas, numa estrada próxima ao deserto...

##: Escute, não é você que eu quero. Esse imbecil trouxe a pessoa errada. Anda, saia daqui!

O homem abriu a porta do carro (que estava parado) e empurrou Sara para fora. Ela caiu e rolou no chão, enquanto o carro saiu em alta velocidade, levantando poeira. A perita ficou caída no meio do asfalto, deserto, tarde da noite, à espera de socorro. Com a queda, começou a sentir dores na barriga que trazia um bebê. E estava com arranhões no rosto e nos braços, por causa do chão áspero. Murmurava, implorando por ajuda. Mas não havia ninguém por ali, nenhum carro passava naquele momento. A lua, linda e romântica, era a única testemunha de sua dor e lágrimas. Enquanto isso, em outra localidade de Vegas, Grissom foi até a casa de Heather buscar respostas que pudessem levar até Sara.

LH: Grissom?
GG: Posso falar com você?
LH: Claro, entre.

Grissom estava visivelmente desconfortável estando perto de Heather. Ainda mais depois de tudo o que acontecera.

LH: O que o traz aqui, já que não atendeu aos meus apelos?
GG: Vi um carro da polícia ali fora, você está protegida.
LH: Não é o suficiente, queria você aqui! – a ruiva falou em tom nervoso, e seus olhos verdes estavam raivosos.
GG: Sabe que isso está fora de questão. Eu vim até aqui por que Sara sumiu, e queria saber se o homem que você diz estar te seguindo tem a ver com isso.
LH: E por que teria?
GG: Isso eu não sei, só você pode me dizer.
LH: Olha, Grissom, ele quer é a mim, não haveria sentido algum em seqüestrar Sara. Então, acho que você está perdendo seu tempo vindo até aqui.
GG: Me responde uma coisa, Heather. Por que esse sujeito está atrás de você? O que você tem a me dizer que ainda não disse?
LH: Eu? Acho que você está vendo o que não existe, Grissom. Do que você está falando?
GG: Eu recebi um telefonema de um homem que diz te conhecer muito bem, e me contou algumas coisas a seu respeito.
LH: Como assim?! – ela se assustou com aquele papo.
GG: Quero que me diga a verdade, pode ser?
LH: Sim, mas... Porque isso?
GG: Quero não acreditar que você tenha me feito de idiota, Heather. E se isso aconteceu, você sofrerá as conseqüências.

A ruiva se descontrolou e partiu pra cima do supervisor.

LH: Qual é, está duvidando da minha gravidez? Acha que eu planejei isso tudo, seu imbecil?!
GG: Controle-se, Heather!
LH: Não querer ficar comigo é uma coisa, mas me acusar de algo que não fiz é algo imperdoável.
GG: Se não deve nada, não tem o que temer. Só quero que me diga a verdade: esse filho é realmente meu?

Heather começou a chorar ao ver Grissom tão duro em suas palavras. De repente, um barulho de vidro se quebrando cortou o clima entre eles. Vinha da cozinha, alguém estava tentando invadir a casa da ruiva.

GG: Silêncio, Heather – Grissom pegou sua arma e posicionou-se em local estratégico - Esconda-se atrás do sofá, rápido!

Muito assustada, Heather fez o que o supervisor mandou. Um homem chegou atirando na sala, sendo baleado por Grissom. O que ele não contava é que um outro homem chegou, e um tiro o atingiu perto do abdômen. O grito de Heather alertou os dois sujeitos, que a levaram consigo. Ferido, Grissom só pôde vê-la sendo levada, sem nada fazer. Com algum esforço, ligou para Brass, que chegou em poucos minutos com seus policiais e a equipe de Grissom. Catherine ficou nervosa ao ver o chefe ferido daquele jeito, mas Grissom era durão.

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