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Atração fatal - cap. 3



SS: Acabei ficando enjoada com o café.
GG: Sara... – ele levantou a sobrancelha – Isso não está certo. Você deve ter alguma coisa, e pra mim é gravidez. Honey, vou levá-la a um médico.
SS: Ai, Griss...

Sara levantou-se e mais uma vez encheu o chão de vômito. Grissom fez uma cara de “ai meu Deus, o que é isto?”, mas segurou Sara. Catherine e Nick chegaram justo naquele momento e se depararam com aquela poça:

CW: Argh! O que é isto?
GG: Catherine, não sei se percebeu, mas isto no chão é vômito.
CW: Que é vômito eu sei, Gil. O que quero saber é por que está aí!
NS: Olha, pela cara da Sara, acredito que ela tenha passado mal. Estou certo, Grissom?
SS: Griss, pode me soltar, já estou melhor.
GG: Você vomitou, Sara! É visível que não está bem.
SS: Preciso ir ao banheiro, pode ser?
GG: Ok.

Assim que Sara saiu, meio zonza...

CW: Vou chamar a faxineira pra limpar isso aqui, o chão virou uma lagoa!
GG: Estarei na minha sala.

Grissom passou pelo corredor olhando para os lados, pra ver se via Sara, mas ela ainda estava no banheiro, fazendo sabe-se lá o que. Foi para sua sala e só retornou cerca de quinze minutos depois, com a sala de convivência limpa. Catherine e Nick se encontravam por lá, Warrick e Greg ainda estavam em campo.

GG: Cadê Sara?
CW: Ué, não veio com você?
NS: Ela não estava no banheiro?
GG: Eu não entrei lá pra saber, Nick.
CW: Eu vou lá. Assim posso ver o que ela está aprontando.

Catherine chegou no banheiro e chamou por Sara. Mas logo viu que não havia ninguém por lá, porque todas as portas dos sanitários estavam abertas. Mas algo lhe chamou a atenção. Na mesa da pia havia uma espécie de teste de gravidez e um envelope em nome de Sara. Com o lencinho que estava em seu bolso, recolheu as “evidências” e voltou para a sala de convivência. Grissom parecia meio aflito, mas, como sempre, disfarçava.

GG: Então, Catherine, encontrou Sara?
CW: Não exatamente. Mas encontrei isso por lá. Creio que sejam dela.

Grissom e Nick espicharam o pescoço para olhar bem os objetos tragos por Catherine.

NS: O que é este pequeno filete manchado de rosa?
CW: Ah, isto aqui é um teste de gravidez.

Nick e Catherine involuntariamente olharam para Grissom.

CW: O que sabe sobre isso, Gil?
GG: Sara andou reclamando de enjôos por causa do remédio para febre. Eu disse que poderia ser gravidez, mas ela deduziu que fosse uma gastrite em formação.
NS: Você sabe o que significa este rosa, Catherine?
CW: Preciso ler a bula.

Como era objeto de Sara, ela não se importou de pegar com as mãos sem as luvas.

CW: Aqui está. Azul é negativo e rosa... positivo - Catherine olhou para Grissom, que fez biquinho.
NS: Então alguém aqui vai ser papai...
CW: Parabéns, Gil! É uma notícia fantástica.
NS: Mas cadê Sara que não veio dividir isso conosco?
CW: Eu não sei, mas além do teste, ela deixou isto no banheiro – Catherine segurou o envelope com o lencinho, e o passou para Grissom, com o lencinho.
GG: Eu vi Sara pegando um envelope na recepção, só pode ser este aqui.
CW: Mais um?
GG: Como mais um?
NS: Sara já recebeu outro envelope desses aqui no lab.
CW: Sim, fui eu quem entregou a ela.
GG: E porque não me disseram nada?
NS: Não achamos nada de mais...

Catherine olhou para Nick apreensiva. Ele falou demais, e a expressão de Grissom era a pior possível. Ele iria explodir, sem dúvidas.

GG: Como nada de mais, Nick?! – ele aumentou o tom de voz, assustando a todos – essa carta é um aviso!
CW: Explique melhor, Gil.
GG: Brass me telefonou hoje, e me mandou um relatório por fax, sobre como o criminoso age. Ele escolhe sua vítima e começa a enviar cartas românticas, chocolate e outras coisas. Se faz de bonzinho e depois ataca.
NS: Você acha que Sara está na mira dele?
CW: Depois dessa... não duvido de mais nada.
GG: Preciso saber de uma coisa.

Grissom foi até a recepção falar com Judy.

GG: Judy, você saberia me dizer quem enviou esta carta em nome da Sara?
J: Hum... deixe-me lembrar. Sim, em todas as vezes, foi um rapaz negro que veio entregá-la.
GG: Ok.

Grissom foi à sala de DNA.

GG: Hodges, quero quer analise este envelope. Veja se há impressões digitais nele.
DH: Tudo bem. Pra quando?
GG: O mais rápido possível.
CW: Então?
GG: Mandei Hodges analisar o envelope pra ver se encontra digitais. Assim chegaremos em quem entregou a carta.
CW: Certo.

Grissom começou a discar para o celular de Sara. Nada. Já estava ficando aflito. Enquanto isso, ela conversava com Adam numa lanchonete.

AS: Mas já disse, você é muito bonita pra ficar com um homem velho feito este – ele olhava a foto do casal, que Sara lhe mostrara.
SS: Eu o amo, Adam, e somos bem felizes.

Ele fez uma cara de quem não gostou.

SS: Que sono! Estou quase dormindo, sinto-me fraca... – Sara bocejou várias vezes.
AS: Vem comigo que eu te deixo em casa.

Adam pôs Sara no carro dele e saíram. Durante o trajeto, ela acabou desfalecendo de sono. O destino, ignorado. Enquanto isso, no lab, a equipe se desdobrava na investigação do psicopata de mulheres, tendo e vista que Sara era uma vítima em potencial. Grissom pegou o resultado do DNA e reuniu a equipe na sala de convivência.

GG: O DNA saiu. As digitais pertencem a um rapaz que se chama Jerry Watts, periferia leste de Vegas. Vou pra lá com o Brass, vocês fiquem aqui, caso apareça mais alguma pista do criminoso ou Sara apareça.

Grissom foi com a suv até a residência do rapaz. A polícia chegou quase que imediatamente. Ele e Brass bateram na porta. Uma senhora atendeu:

JB: Boa tarde, sou o capitão Jim Brass da polícia, este é Gilbert Grissom da criminalística. Precisamos falar com Jerry Watts, ele se encontra?
##: Ele fez alguma coisa? Ai meu Deus!
GG: Por enquanto ele não fez nada. Só precisamos fazer umas perguntas pra ele.
## (virando para trás): Jerry! Tem gente querendo falar com você!

Cerca de um minuto depois o rapaz apareceu.

JB: Jerry Watt? Somos Jim Brass, polícia de Las Vegas e Gilbert Grissom, criminalística. Podemos falar com você?
JW: Sobre o quê?
GG: Você andou entregando envelopes no laboratório de criminalística. Queremos saber a mando de quem.
JW: Eu... eu... Senhor, eu não tenho nada a ver com isso.
JB: Só queremos saber quem mandou entregar esses envelopes por lá. Uma de nossas peritas pode estar em perigo.
JW: Eu não sei o nome dele, só sei que é alto, mais ou menos quarenta anos, cabelos castanhos bem penteados e olhos verdes.

Grissom imediatamente se lembrou o sujeito que abordou Sara na cena do crime. Algo lhe dizia que era ele.

GG: Sabe onde ele mora?
JW: Não, senhor, ele sempre veio aqui em casa me pedir esses favores.
JB: Como o conheceu?

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