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Eu não estou pronto para te perder - cap. 11


GG: Agora está tudo bem. Vou ajudar Sara com a fisioterapia e mandei reformar a casa dela, adaptando os cômodos e instalando aparelhos específicos à nova condição dela.
SS: Que espero que acabe logo.
CW: Vai sim, você vai ver.

Os amigos se divertiram, e o mais importante, viram que a companheira de trabalho estava irradiando beleza e suavidade, fora a força que Sara demonstrava ter. Ela era mais forte do que qualquer um jamais havia sabido. Naquela noite, ela sentiu muito a falta dos movimentos das pernas quando viu Grissom só de cueca, arrumando-se para dormir. Ele fez questão que ela dormisse ao lado dele na cama, mesmo que nada acontecesse – segundo Grissom, Sara ainda não poderia fazer sexo, deveria esperar até que os movimentos retornassem. Mas ele percebeu esse desejo nos olhares gulosos dela para si e fez questão de mostrar todo o seu amor a ela.

GG: Eu sei o que você está sentindo, querida.
SS: Sabe como?!
GG: Vejo em seus olhos que você me quer nessa cama. Eu também te quero e muito, mas ainda não sei se você pode fazer amor.
SS: As pernas inválidas...
GG: Não diga isso.
SS: Ah Griss... Se soubesse como estou por dentro... – Sara fez um biquinho, como se fosse chorar, e ia mesmo, já que os olhos marejaram.
GG: Eu te amo, querida... Você é minha, e eu vou amá-la para sempre.
SS: Me ame, Griss...

Grissom a olhou com olhos de homem apaixonado, aproximou-se de Sara e começou a beijar o pescoço dela. Felizmente, ela não havia perdido a sensibilidade, então Grissom percebeu que Sara ficara excitada com aquilo. Beijando os lábios dela, ele abriu os botões da blusinha fina dela e acariciou os seios, apertando os bicos com suavidade. Em seguida, deitou a mulher amada em sua cama macia, cobrindo-a de beijos molhados, e assim ficaram por muito tempo. Grissom soube dar prazer à mulher amada que estava impossibilitada momentaneamente de abrir as pernas para ele, mas os beijos que ele ofereceu a ela valeriam pelos momentos em que ela ficaria aguardando a hora de poder se entregar de corpo e alma ao homem de sua vida. Na manhã seguinte, Sara acordara feliz.

GG: Você está com um sorriso lindo nos lábios. Será que eu tive algo a ver com isso?
SS: Obrigada por ter me deixado tão feliz ontem à noite.
GG: Foi amor, Sara... Já que você não podia usar as pernas, quis que você sentisse prazer de outra forma.
SS: Será que algum dia vou poder te dar mais do que beijos?
GG: Tenho certeza absoluta! Vamos fazer amor da maneira tradicional e também iremos experimentar outras posições...
SS: Pára, Griss... Estou ficando vermelha!

Os dois riram e se beijaram. Eles passaram o dia passeando pelo parque, Grissom ia empurrando a cadeira para Sara. Ele comprou pipoca para a amada e um delicioso refresco. Mesmo que por dentro sentisse pena de ver Sara naquele estado, o supervisor fazia questão de mostrar a ela que a amava mesmo ela estando numa cadeira de rodas. Assim, a perita se sentiria menos triste, menos “inválida”. À noite, ele a banhou e vestiu uma camisola de seda que Sara gostava.

SS: Não sabia que você tinha boas mãos para cuidar de uma paciente...
GG: Tenho muitos dons, minha querida...

Ela sorriu e em seguida adormeceu. No dia seguinte, Grissom - que tirara alguns dias de licença para cuidar de Sara e encontrar uma boa enfermeira para cuidar dela – estava com a amada no consultório de fisioterapia. O lugar era repleto de equipamentos de última geração, e também colchonetes, bola, entre outros objetos que estimulariam a coordenação motora e a recuperação dos pacientes. A doutora Jennifer Borner era uma boa pessoa, e bem paciente. Sara sentiu segurança nela.

JB: Bem, senhorita Sidle, fiquei sabendo do seu caso e fiquei muito interessada. Não deve ser nada fácil levar um tiro que afetou uma parte dos nervos da coluna e ainda levar uma punhalada que quase a matou. Mas creio que não haverá mais nenhum empecilho à sua recuperação. Conforme o doutor deve ter lhe falado, a bala atingiu o nervo espinhal lombossacral, que faz os ligamentos na região lombar. Sem esses ligamentos, ao paciente perde a mobilidade, ou seja, perde a capacidade de se movimentar dos quadris para baixo. No entanto, os exames de raio-x mostraram que a região nervosa não fora totalmente destruída, ou seja, o processo de reabilitação é reversível, você voltará a andar, mas precisará fazer os exercícios rigorosamente, ok?
SS: Sim.
JB: No nosso tratamento, não vamos apenas cuidar de reabilitar as pernas, há muita coisa em jogo. Vamos fazer o tratamento respiratório, exercícios respiratórios profundos, respiração glossofaríngea, manobra de transferência de ar, exercícios de fortalecimento, tosse assistida, alongamento, amplitude de movimento e posicionamento, fortalecimento seletivo.
SS: Uau! Quanta coisa!
JB: Mas é tudo necessário à sua recuperação. São tipos de exercícios que farão sua coluna ganhar força para que seus movimentos volte. Vamos começar?

Grissom e a fisioterapeuta ajudaram Sara a sair da cadeira e a colocaram no colchonete. Depois de fazer uma avaliação na coluna e nas pernas de Sara, a doutora Jennifer começou a fazer alguns exercícios nas pernas da perita. Esticava, depois encolhia, massageava, contorcia, enfim. Grissom observava tudo quieto e contente que Sara era uma paciente dedicada e muito determinada. No final do primeiro dia de exercícios...

JB: Muito bem, senhorita Sidle! Você é uma paciente muito determinada e forte! Tenho certeza de que, se continuar assim, sua recuperação se dará mais cedo do que você pensa.
SS: É uma boa notícia, doutora!

No trajeto para casa, Grissom parecia orgulhoso da força que Sara estava tendo para superar mais um obstáculo. Ela só provava o quão especial era, e que era digna de todo o amor que ele pudesse dar. Internamente, ele começava a fazer planos para os dois, comprar uma casa grande, casar e quem sabe, até ter filhos. Sara estava muito empenhada em se recuperar. Nos seis meses que se seguiram, ela conseguiu obter um progresso muito grande, já conseguindo mexer um pouco as pernas. Mas uma coisa ainda permanecia em sua cabeça, a qual não esquecera em momento algum, apenas não mais se manifestara a respeito: o desejo de fazer amor com Grissom, mesmo sem estar completamente recuperada.

GG: Honey, você não esqueceu esse assunto? Nós havíamos conversado a respeito disso, eu gostaria de esperar sua recuperação.
SS: Mas e o que eu gostaria, Griss, não importa?
GG: Sim, mas...
SS: Eu quero fazer amor com você. Não importa que eu não sinta a penetração, que eu não consiga movimentar minhas nádegas. Eu quero estar na cama com você, é o que eu mais desejo!
GG: Você já está na mesma cama que eu...
SS: Você me entendeu perfeitamente.
GG: Ok, vou levá-la a uma ginecologista.
SS: Não faça isso sentindo-se obrigado.
GG: Farei por amor a você, querida. Eu também quero fazer amor com você, e muito. Não sabe como anseio por esse momento...

Grissom encontrara uma boa enfermeira para cuidar de sua amada enquanto estivesse no trabalho, afinal, o trabalho não poderia parar e ele ainda não se aposentaria. Claire era uma profissional experiente e muito prestativa, e cuidava de Sara com muito carinho. E a doutora Jennifer Borner ia três vezes por semana à casa do casal fazer exercícios com ela. Assim, a perita foi tendo um progresso muito bom em poucas semanas. Catherine apareceu na casa, agora do casal, no domingo, dia de folga coletiva para a equipe do entomologista.

CW: Mas isso é incrível, Gil! Olha só o progresso de Sara!
SS: Estou tentando, Catherine.
GG: Sara está fazendo fisioterapia regularmente, três vezes por semana, e se aplica bastante. É uma mulher muito disciplinada.
CW: E com isso os resultados estão aparecendo mais rápido. Você está se saindo muito bem, Sara! Daqui a pouco estará andando e fazendo as coisas que gosta novamente.
SS: Assim espero. Mal vejo a hora de poder andar e dirigir novamente.
CW: Torço para que você fique boa logo, querida!

Depois que Catherine foi embora, Grissom e Sara fizeram um pouco mais de exercícios. Ele, pacientemente, ia esticando, encolhendo, dobrando, massageando as pernas e pés da namorada. 

GG: Está sentindo alguma dor? Se estiver, me diga que eu paro ou diminuo o ritmo.
SS: Hum... Está bem gostoso... Você tem mãos tão macias... Continue, por favor.
GG: Ok, honey – ele sorriu satisfeito.

Depois dos exercícios, Grissom carregou Sara nos braços e a levou para o quarto. Fazendo joguinhos sexuais para deixá-la feliz e para que ficassem excitados, o supervisor tirou a calcinha de renda da amada, abriu as pernas de Sara e ficou dando beijos na vagina raspada dela, e introduzindo o dedo, afim de que ela tivesse alguma resposta ao estímulo. Deitada na cama, ela confessou:

SS: Estou excitada, Griss...
GG: Pensei que você não conseguisse lubrificar sua vagina. Mas posso sentir aqui, com meu dedo molhado e quente.

Sara sorriu com uma certa malícia no olhar.

SS: Está sentindo minha excitação?
GG: E muito bem... Honey, sabe como é constituída a excitação feminina?
SS: Me diga.
GG: O aparelho genital feminino propriamente dito é constituído por órgãos externos e internos, sendo eles o clitóris, os grandes e pequenos lábios, a vagina e o útero. Todos esses órgãos vão sofrer as mesmas alterações fisiológicas de vasocongestão e miotonia. Tanto o clitóris, quanto os pequenos e grandes lábios aumentam de tamanho, ficando edemaciados e avermelhados – como estou vendo nesse momento.

Sara ficou vermelha. Como Grissom, um homem tão reservado e dedicado completamente ao trabalho, conhecesse tão bem a excitação feminina?

GG: Os grandes lábios se retraem deixando a entrada da vagina livre. O clitóris fica protegido sob um prepúcio, que é a pele, e a vagina passa a produzir uma secreção parecida com a saliva por um fenômeno semelhante à transudação, ou seja, uma espécie de suor da parede vaginal. Há quem diga que seja a tal da “ejaculação feminina”, mas eu não acredito nisso. Há sensação de contração muscular irregular desses órgãos internos, e você está fazendo isso nesse momento.
SS: Fazendo o que?
GG: Contraindo os músculos da sua vagina. Isso não acontece quando ela recebe o pênis, mas se não está com o órgão masculino introduzido e a mulher está muito excitada, a vagina se lubrifica e começa a ter espasmos e contrações musculares.

Sara olhava para Grissom boquiaberta.

GG: O que foi?
SS: Definitivamente, você me surpreende a cada minuto.
GG: Sara, minha querida, eu sou biólogo, esqueceu?
SS: Pensei que soubesse disso tudo por experiência própria...
GG: Não tive tantas mulheres na cama como você deve estar pensando, Sara.

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