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Eu não estou pronto para te perder - cap. 13


Dra: Você só me citou dois sintomas, mas não quer dizer muita coisa. No entanto, como você se encontra com esse problema nas pernas, quero avaliar seu quadro, e caso se confirme, começar a fazer o pré-natal com muito mais atenção.

Sara não disse nada, mas sentiu seu coração acelerar ao pensar na possibilidade de estar esperando um filho de Grissom.

Dra: Venha, vou deitá-la na cama para fazer uma ultrassonografia.

A médica deitou Sara com cuidado na cama e levantou a blusa fina dela. Depois, abaixou um pouco a calça social da perita e a cobriu com papel. Em seguida, passou gel na barriga ainda retinha e começou a movimentar o aparelho, fazendo movimentos aleatórios, olhando para o monitor. Depois de alguns minutos, a médica sorriu.

SS: O que foi, doutora?
Dra: Você vê essa machinha pequena aqui na tela?
SS: Onde?
Dra: Aqui (mostrou com o dedo).
SS: Sim.
Dra: É seu filho. Meus parabéns, você vai ser mamãe!

Sara olhou para a médica boquiaberta. Não conseguia absorver a idéia de que seria mãe, estando numa cadeira de rodas.

Dra: Então, não diz nada?
SS: Nem sei o que dizer...
Dra: Vamos conversar sobre sua situação.

Depois que limpou Sara e ajudou-a a se sentar na cadeira, a médica iniciou a conversa.

Dra: Senhorita Sidle, eu entendo que você está receosa com o fato de se encontrar na situação de cadeirante, embora eu tenha notícias de que você evoluiu bastante e até dá seus passos por meio de andador e muletas, certo?
SS: Sim.
Dra: Porém, isso não é motivo pra você ignorar o fato de que não deixou de ser mulher, com desejos sexuais e anseios como qualquer outra mulher. Você deve sim, buscar prazer, sozinha ou com seu parceiro, e isso inclui a engravidar também. Como anda sua vida sexual depois da última consulta?
SS: Melhorou bastante. Eu estava com certos medos bobos, mas Grissom me fez ver que as coisas não são tão ruins assim. Então a gente conseguiu acertar nossa sintonia de várias formas.
Dra: Você consegue sentir a penetração?
SS (vermelha): Bem, no início eu não conseguia sentir, tampouco mexer as pernas, mas agora consigo chegar ao orgasmo nas penetrações. Antes, era com outras formas de fazer amor.
Dra: Entendo. O que eu quero dizer é que sua gravidez em nada vai te afetar. Você poderá gerar essa criança normalmente, fazendo os exames adequadamente, mantendo uma alimentação equilibrada e fazendo repouso. No entanto, como você está um pouco inativa com as pernas, vou receitar remédios para evitar o surgimento de alguns problemas que podem acarretar as cadeirantes, como trombose, infecção urinária e escaras, que são feridas na pele causadas pela pressão do corpo imóvel. Reitero saber que sua situação é temporária, mas de qualquer forma, enquanto você estiver assim, vou aumentar os cuidados. Também vou recomendar remédios para evitar os enjôos que poderão te afetar, e você mesma disse que tem se sentido mal. Mas não se preocupe, você terá uma gravidez tranqüila, e seu bebê nascerá saudável, ok? Portanto, curta bastante sua barriga que logo irá começar a crescer.

Sara foi pra casa mais animada. Não disse nada sobre a gravidez à enfermeira, iria dar a notícia à Grissom assim que ele chegasse. Ele chegou pouco depois, e ela estava deitada, descansando, estava um pouco enjoada.

GG: Honey?
SS: Ei, finalmente!
GG: Demorei tanto assim?
SS: Pensei que não nos veríamos mais hoje! Estava quase dormindo.
GG: Como você está? Claire me disse que você estava um pouco enjoada. Não estou entendendo isso, querida.

Sara ajeitou os travesseiros e sentou-se na cama, com auxílio de Grissom.

GG: Quer me contar alguma coisa?
SS: Sim. Estou esperando um bebê.
GG: Sara... – ele arregalou os olhos azuis.
SS: Não gostou da notícia? – franziu um pouco a testa.
GG: Não é isso, eu... só estou surpreso... e muito feliz! Honey!

Ele a abraçou firme, querendo sentir as batidas do coração da mulher amada. Um enorme sorriso apareceu no rosto do supervisor. Sara esperava uma filho seu! A mulher que amou a vida toda, até mesmo antes de encontrá-la. O que mais poderia desejar? Apenas que Sara voltasse a andar normalmente. Olhando nos olhos da amada, Grissom não resistiu e abriu seu coração apaixonado:

GG: Sara Sidle... Quer se casar comigo?

Ela olhou surpresa para seu homem, cúmplice, amante e namorado. Estava enganada ou Gilbert Grissom falara em casamento? Bom, surda não era, então ele havia mesmo proposto matrimônio.

SS: Eu... eu não sei o que dizer.
GG: Você tem duas opções: sim ou sim. Qual você escolhe?

Os dois riram com a gracinha de Grissom. Em seguida, ele sentou-se ao lado de Sara na cama e pôs a mão na barriga dela, acariciando o filho que estava crescendo dentro dela. O fruto de várias noites de paixão intensa, de beijos molhados, de carícias em cada parte dos corpos... de orgasmos que somente os dois eram capazes de alcançar. De um amor que somente os dois sabiam existir. Sara viu sua barriguinha crescer no mesmo tempo que voltava a flexibilidade nas pernas, resultado de muita fisioterapia, disciplina e determinação. E no dia de sua união com Grissom, aos cinco meses de gestação, ela não poderia estar mais feliz. Os dois se casaram em um jardim, na parte da manhã. Ele estava no altar, ansioso por ver a amada vestida de noiva e barrigudinha. Qual foi a surpresa de todos ao ver Sara belíssima em um vestido longo, simples, mas de seda, realçando a barriguinha pontuda e mostrando as curvas de seu corpo lindo. Para completar, um arranjo discreto na cabeça, e salto baixo. A perita entrou de braços dados com Brass, andando devagar, em sua capacidade no momento. Os amigos estavam felizes e radiantes com o matrimônio do casal, e ver a amiga andando novamente era uma felicidade a mais. Depois da troca das alianças e do beijo de amor de Sara e Grissom, Catherine pegou um papel e leu o conteúdo perante aos noivos e aos convidados.

CW: Bem, para encerrar essa cerimônia linda, gostaria de ler um poema que sei que foi deito para meus amigos Grissom e Sara, que hoje estão se unindo no matrimônio, e em alguns meses receberão a graça de serem pais, e eu tenho certeza de que será um lindo bebezinho.

“A arte do matrimônio
É preciso descobrir entre ambos
Que ali existe o amor,
Pois a convivência a dois exige
Paciência, renúncia, compreensão
E cada um deve buscar a sua fórmula...
A arte do matrimônio é reinventada todos os dias
No aperto de mão, na palavra de carinho,
No respeito mútuo...
É preciso ter capacidade de perdoar para esquecer
A vivência cotidiana...
Tem que buscar sabedoria para
Ultrapassar obstáculos, desentendimentos,
Conhecer virtudes e defeitos
E cultivar o desejo constante de superação
A arte do matrimônio é ter afinidade,
Conhecer-se na profundidade da relação
Sentir falta até quando está perto
É serem alma gêmea, ter cumplicidade
É ter no outro a sua metade,
Beijar com a alma
É viver como um amor proibido,
Mas livre de preconceitos
E se amar de todos os jeitos     
A cada dia    
Para sempre...”
 
Enquanto os dois eram aplaudidos por todos, alguém observava à distância toda aquela felicidade. Hank ficara sabendo que Sara iria se casar com Grissom e foi conferir. E pôde ver como estava linda a mulher a qual usara como estepe. Sentiu uma ponta de arrependimento, ainda mais vendo que ela estava firme, de pé, e ainda por cima grávida. Agora era muito tarde para arrependimentos. Sara e Grissom se uniram diante o altar, perante o amor de Deus, como duas almas que sempre estiveram à procura uma da outra. Agora, nada nem ninguém os separaria. E a criança que estava no ventre de Sara viera para selar de vez um amor que estivera longe um do outro por alguns anos, mas estariam um dentro do outro por toda a vida.

Fim 

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