CW: Vocês viram Sara, Nick?
NS: Não, mas procuramos
notícias dela. E ela não está nada bem, ainda corre risco de morte.
CW: Céus...
Grissom não disse nada, mas
sentiu seu coração se apertar com o estado de saúde de Sara. Naquele momento,
se arrependeu das bobagens que estava cometendo pura e simplesmente por não
conseguir mostrar seu amor por inteiro à mulher amada. Tinha vontade de se isolar como
sempre fizera, mas para chorar e dizer o quanto era um idiota. Distraído em
seus pensamentos, levou um susto com o toque do celular. Catherine e Nick
ficaram parados, observando o chefe falar no celular, e viram a expressão dele
mudar. Assim que Grissom desligou, a curiosidade foi inevitável.
CW: Então, Gil, o que
aconteceu?
Grissom não conseguiu segurar a
lágrima que havia nascido e, engolindo o choro, disse:
GG: Sara acabou de entrar em
coma.
Catherine e Nick ficaram
chocados com a notícia.
CW: Não é possível!
NS: O que houve, Grissom?
GG: Ao que parece, Sara voltou
a ter uma parada respiratória, não me explicaram com mais detalhes.
Grissom sentou-se na cadeira,
desolado. Catherine já chorava e Nick também não conseguiu se segurar.
GG: Vou até o hospital.
CW: Não acho que seja uma boa
idéia. Não vai adiantar você ir até lá.
NS: Até porque precisamos
correr atrás do que achamos. Só assim vamos conseguir colocar os bandidos atrás
das grades.
Brass e Warrick foram até o
endereço que constava no sistema do hospital. Uma senhora atendeu os dois.
##: Pois não.
JB: Jim Brass da polícia de Las
Vegas e Warrick Brown, da criminalística. Precisamos fazer algumas perguntas,
pode ser?
##: Tudo bem. O que querem?
JB: A senhora conhece esta
mulher?
Brass mostrou a foto de Kendra
e a mulher respondeu, positivamente:
##: É minha filha.
WB: Como ela se chama?
##: Melinda Wickinson. Mas o
que está acontecendo?
JB: Sua filha se encontra?
##: Não, ela viajou ontem.
Brass e Warrick se
entreolharam.
JB: Que coincidência, não? Uma
viagem repentina!
WB: A senhora sabe pra onde ela
foi?
##: Não, ela não quis me dizer.
Só disse que precisava resolver uns assuntos urgentes. Mas eu a escutei dizendo
no telefone com alguém que estava indo para Idaho. O que ia fazer lá, ela não
disse.
JB: Muito obrigado pelas
informações, a senhora ajudou muito.
##: Ainda não estou entendendo
o que vocês querem com a minha filha...
JB: Digamos que sua filha não
se comportou muito bem...
Brass foi para a delegacia e
avisou ao departamento de polícia do Estado de Idaho, já que não sabia qual a
cidade onde ela estaria. Enviou uma foto da suspeita por
fax e avisou Grissom.
CW: O que houve?
GG: Brass descobriu que a tal
Kendra, ou Melinda, sei lá, viajou urgentemente para alguma cidade no Idaho.
Enviou uma foto dela para as autoridades aquele Estado e informações. Creio que
em breve teremos novidades no caso.
NS: Quero ficar cara a cara com
essa bandida no interrogatório...
GG: Pessoal, o turno terminou.
Acho que devemos ir embora.
CW: É tudo o que mais quero.
Senão, só vou ver a Lindsay depois do verão.
NS: É, eu tô mesmo precisando
dar uma dormida.
Grissom foi pra casa
extremamente exausto. Ao chegar, ligou para o hospital para saber de Sara. Ela
continuava em coma, sem alteração no quadro. Desolado, foi tomar um banho e
imediatamente dormiu. Pela manhã, Brass teve a
notícia de que Kendra fora localizada em Castleford, em Idaho. Estava usando a
identidade de Emma Parkinson.
JB: Mas essa garota é das mil
faces mesmo! – riu.
Grissom recebeu o telefonema
enquanto comia suas panquecas com mel e suco de laranja no café.
GG: Grissom.
JB: Conseguimos localizara a
tal enfermeira, Grissom!
GG: Quando foi isso?
JB: Agora há pouco, o xerife da
cidade de Castleford me ligou dizendo que uma moça com esse rosto estava na
cidade. Ela está sendo trazida e vai direto para o lab, para interrogatório.
GG: Certo! Estou indo pra lá
agora!
JB: Ok. Até.
Grissom terminou de comer,
arrumou-se (já havia tomado banho, como fazia toda manhã) e foi para o lab. A
equipe, avisada, também estava por lá.
CW: Acho que você não deve
interrogá-lo, Gil. Você tem ligação com a vítima, no caso Sara, e sabe que não
é correto.
JB: Sou eu quem irá
interrogá-la.
NS: Eu vou também, Grissom.
GG: Certo, Nick.
Grissom, Catherine e Warrick
ficaram na outra sala, olhando pelo vidro, que a moça não poderia saber que
estava sendo observada.
JB: Muito bem, moça, qual o seu
verdadeiro nome?
MW: Melinda Wickinson.
JB: Idade?
MW: 24 anos.
JB: Como foi que você chegou ao
hospital com identidade falsa?
MW: Meu amigo médico me chamou
para trabalhar lá.
NS: Eu andei pesquisando suas
referências e em nenhuma é verdadeira. Você não é enfermeira coisa nenhuma e
não existem seus ex-empregos.
JB: Como você explica isso?
Qual a sua intenção ao entrar naquele hospital? A quem você queria matar?
MW: Fui paga pra ficar de olho
em algumas pessoas. A senhorita Sidle era uma delas.
JB: E o que Sara tem a ver com
isso? Quem desejava vê-la morta?
MW: Eu... Eu não sei te dizer.
NS: Sabe sim! Anda, quem queria
matar Sara?
MW: Um panaca chamado Bill
Grisb. Era um antigo colega dela na faculdade, disse que era apaixonado por
essa Sara, mas que jamais teve chance com ela por causa de um sujeito chamado
Grissom, que ao que parece, era professor dela, sei lá!
Do outro lado do vidro, Grissom
sentiu o sangue ferver. Catherine pôs a mão no ombro do
amigo, tentando acalmá-lo.
NS: Garota, você fez tudo
errado! É bonita e jovem, poderia muito bem ter um emprego bom, sucesso,
dinheiro. Me diga: valeu a pena ter feito tudo isso? Tentar matar uma mulher
com um punhal não lhe parece cruel, não?
MW: Fiz por dinheiro e faria tudo
de novo! – ela lançou um olhar de ambição repleto de crueldade.
JB: Você terá muitos anos pra
pensar no que fez! Atrás das grades! Guardas, podem levá-la.
Dois seguranças algemaram a
jovem e a levaram para fora. No caminho, a mãe de Melanie
olhou para a filha com lágrimas nos olhos. Depois, uma reação inesperada: um
tapa no rosto dela.
##: Não criei minha filha para
ser uma assassina, ou uma cúmplice! Você merece apodrecer na cadeia, Melanie!
Seu pai morreria de desgosto se fosse vivo!
Grissom e os outros ficaram
observando a cena com uma certa satisfação. A maldita estava presa, e não
poderia mais fazer mal a ninguém.
GG: Obrigado por tê-la
encontrado, Brass.
JB: Era meu dever, amigo. Não
suporto a idéia de ver alguém tão cruel solto por aí, seja homem ou mulher. Uma
pena, essa garota poderia ter seguido um caminho melhor – pensou em Ellie na
mesma hora – Bem, vou nessa. Preciso saber se encontraram o sujeito que estava
com ela quando Sara foi apunhalada. Até.
Mal Brass saiu, a figura de uma
mulher elegante, de franja e de cabelos avermelhados surgiu. Catherine, Nick e
Warrick se retiraram.
GG: O que você faz aqui,
Heather?
LH: Lamento que tenho ocorrido
algo tão grave com Sara. Sinceramente, não desejo nenhum mal a ela. E torço
para que se recupere logo.
GG: Ok. Por favor, vá embora.
Já estou com problemas demais, Sara está entre a vida e a morte...
LH: Você realmente a ama, não
é?
GG: Sim. E nós dois juntos foi
um erro, nunca deveria ter estado lá.
LH: Não se arrependa da nada.
Eu te entendo. Sara é o seu verdadeiro amor, e você teme perdê-la. Pois então
vá até o hospital ficar com ela. Adeus, Grissom.
Catherine apareceu naquele
instante. Grissom olhou como se dissesse: “não venha dizer nada!”, e se
retirou. Sentiu que Sara o estava chamando e foi ao hospital. Chegando perto do
quarto onde ela se encontrava, notou uma movimentação maior por parte dos
médicos, que entravam e saiam do quarto.
GG: O que está acontecendo
aqui? – perguntou a um dos médicos.
##: A paciente está perdendo
movimentos cardíacos, o pulso está extremamente fraco. Com licença!
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