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Vou te amar para sempre - cap. 7



GS: Será que vai dar certo?
GG: Tem que dar, Greg! Alguém tem que ter visto Sara, ela não evaporou como fumaça!
WB: O problema é só os trotes. Tem muita gente que faz isso diariamente, a troco de nada.
CW: Trote é crime!
WB: Mas fazem mesmo assim. Eu espero que não façam isso.

Mas durante o dia houve várias ligações com informações falsas, deixando todos muito estressados.

CW: Essas pessoas não têm o que fazer não? Passar informação falsa deveria dar prisão perpétua!
NS: Ainda bem que tivemos uma excelente notícia hoje: a demissão do Ecklie! Sem ele aqui as coisas se tornam mais fáceis.
WB: Mas esse sumiço da Sara não faz nenhum sentido!
CW: Porque diz isso?
WB: A quem interessaria que ela desaparecesse?
GG: O que você está sugerindo, Warrick?
WB: Andei pensando e tentando juntar as peças desse quebra-cabeça. Sara saiu do lab aos prantos depois que esteve na sala do Ecklie. Antes disso, ela estava bem, pelo menos aparentemente.
NS: Acha que ele pode ter a ver com o sumiço dela?
WB: Não estou afirmando nada, mas numa situação dessas, à essa altura do campeonato, não podemos descartar nada.
GG: Embora eu acredite que Ecklie não faria isso, não vou descartar essa hipótese. O mais importante é encontrar Sara.

O supervisor deu um suspiro e pôs a cabeça entre as mãos, com os cotovelos na mesa. Catherine fez um sinal para que os rapazes os deixassem a sós.

CW: Nós vamos encontrá-la, Gil.
GG: Preciso de um milagre, Catherine.

Ele virou-se para amiga e Catherine notou que o amigo estava a um passo de chorar.

CW: Tem algo que você quer me contar?
GG: Sara está grávida.
A loira arregalou os olhos, surpresa.

CW: Então era isso que você estava lendo no quarto de Sara?
GG: Sim.
CW: Oh Gil... Não pense no pior, vamos fazer tudo o que pudermos. Faremos por você e por ela.
GG: Não sei mais o que pensar...

A equipe se reuniu diante da tv, na sala de convivência.“A perita Sara Sidle, da criminalística de Las Vegas, continua desaparecida. Informações dão conta que os documentos dela foram localizados nas adjacências de Vegas, mas até agora, nenhum sinal do paradeiro dela. A hipótese de seqüestro não foi descartada, apesar de nenhum contato tenha sido feito ainda. Cartazes com o retrato da perita estão por toda a cidade, e se alguém tiver conhecimento do paradeiro dela, entre em contato”. A foto de Sara apareceu na tela, fazendo a equipe se emocionar. Grissom não esboçou qualquer reação, mas por dentro estava espatifado. Sara era sua força, sua segurança, seu chão firme, seu sonho mais bonito... seu amor! Sem ela, tudo era vazio, tudo era sombrio, triste e sem vida. Doc Robbins, atento na tv, fez um comentário melancólico:

AR: Espero não ter que vê-la na minha mesa...

Todos olharam para ele assustados, mas deram uma certa razão a ele: era uma possibilidade latente Sara não estar mais com vida. Ela poderia estar como não. Por isso, todos estavam aflitos e com pressa por informações que pudessem levar a ela. Mas nada chegava de concreto, as ligações eram vagas e/ou falsas, e a cada minuto, diminuíam as chances de encontrar a perita. Dois dias mais tarde, alguém apareceu no lab querendo falar com Grissom.

SS: Senhor Grissom?
GG: Sou eu. Me disseram que alguém queria falar comigo.
SS: Sim. Prazer, meu nome é Sean Sidle – ele esticou a mão e os dois se cumprimentaram.
GG: Sean Sidle? Então você...
SS: Sou irmão de Sara.
GG: Ela me disse que tinha um irmão com o qual não tinha contato há muito tempo.
SS: Perdemos o contato quando fomos cada um para uma instituição depois que nosso pai morreu. Eu saí de lá, fui para San Diego, me formei em Engenharia e constituí minha família. Mas sempre quis reencontrá-la, mas nunca soube de seu paradeiro, só que não estava mais em São Francisco, quando tive a chance de ir atrás dela.
GG: Entendo. Mas por que você está aqui? Deve saber que ela está desaparecida.
SS: Exatamente por isso que eu vim. Quero saber o que vocês têm feito para encontrá-la e o que realmente aconteceu para que ela sumisse.
GG: Não sabemos o que houve com ela, mas não pense que não estamos fazendo nada. Eu, mais do que qualquer pessoa nesse mundo, estou sofrendo pela ausência de sua irmã. Então peço que tenha paciência e confie no trabalho da polícia e dos peritos.

Sean deixou uma lágrima rolar, sensível que era.

SS: Por favor, traga minha bonequinha viva para mim. Ela precisa saber que será titia. Minha esposa Michaela está esperando nossa primeira filha. Queremos que ela venha nos visitar para ajudar a escolher um nome.
GG: Faremos o possível para encontrá-la.
SS: Obrigado. Eu mantenho contato.

Depois que Sean saiu, Grissom sentiu um vazio no peito. Queria poder dizer ao cunhado que a irmã dele também seria mãe, mas a circunstância na qual os dois se conheceram era a pior possível. E os dois voltaram a ficar frente a frente quando um mês se passou e nenhum sinal de Sara foi visto.

SS: Que espécie de profissionais são vocês que lidam com tantos crimes, botam um monte de gente na cadeia, mas na hora em que um de vocês desaparece feito fumaça não conseguem solucionar?!
JB: Vá com calma, meu rapaz, isso aqui é a polícia, não um jogo de esconde-esconde. Sara é muito importante para nós também, não pense que estamos de braços cruzados!
SS: Então onde está minha irmã? Onde está Sara?!
GG: Onde você esteve nos anos todos que ela precisou de um ombro amigo, de um conforto e de uma companhia? Sabia que ela estava em São Francisco, por que nunca a procurou?
SS: Isso não vem ao caso agora! Quero saber onde está minha irmã, esteja ela viva ou morta!
CW: Ei, não adianta você ficar nervosinho, estamos fazendo tudo o que podemos, mas infelizmente as coisas não estão fáceis. Esse é, talvez, o caso mais complicado que já tivemos. E infelizmente envolve uma de nós.

Sean pôs as mãos nos cabelos, mostrando desespero com a situação.

SS: Por favor, encontrem Sara. Ela é o que restou da minha família.    Não a deixem morrer por aí...

Ele saiu apressado do lab, deixando Grissom com mais um pepino nas mãos. Como se não bastasse a dor e a incerteza do paradeiro da mulher que amava... Pior do que a certeza da morte era a incerteza da vida. Se a encontrasse sem vida, pelo menos teria uma sepultura para chorar a sua ausência física, mas... E quando não se encontra corpo, mas também não se sabe sobre a pessoa? Sua razão dizia uma coisa, seu coração outra. Mas em todas as situações, sua única certeza era a de que amaria Sara para sempre. Dezembro chegou e a cidade já estava toda iluminada, à espera do natal. Os membros da equipe já tinham seus compromissos com suas famílias. Menos Grissom, cada vez mais introspectivo e isolado dentro de si mesmo. A falta que Sara fazia era tamanha que voltara a ser o homem distante e sério que era antes de se entregar ao amor delicioso da perita, e que descobrira ser sua alma gêmea. Os amigos do lab tentavam animá-lo de alguma forma, fazer com que ele reagisse.

CW: Gil, essa situação está beirando o insuportável. Você está cada vez mais exigente, não só com os outros, mas consigo mesmo. Seu mau humor está atrapalhando as coisas aqui dentro. Entendo que esteja sofrendo pelo sumiço de Sara, todos nós estamos, mas a vida precisa continuar, os casos continuam aparecendo, as pessoas continuam cometendo crimes e você não pode ficar simplesmente enchendo todo mundo com patadas e achando que nada mais tem valor só por que sua mulher não está aqui!

Grissom olhou para a loira muito sério, a ponto de Catherine pensar que ele fosse dar um tiro nela.

GG: Ouça falar assim de Sara novamente e será suspensa por um mês!

Catherine arregalou os olhos e saiu pianinho. Foi até a sala de convivência, onde Warrick e Nick estavam.

NS: Pela cara levou mais uma patada do Grissom!
CW: Ele está insuportável!
WB: Ponha-se no lugar dele, Cath! Ele não sabe que fim levou a mulher que ama, se está viva ou não, então é compreensível que esteja muito triste. Acho que você deveria respeitar a dor dele.
CW: Mas acho que ele não precisava estar tão intransigente conosco. Poxa, assim as coisas nunca vão dar certo!
WB: Deixe o Grissom na dele.

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