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Vou te amar para sempre - cap. 13


GG: Eu quero falar com ela. Segure-a o quanto puder aí.
CW: Então venha logo.

Catherine desligou pensando no que Grissom havia dito sobre sexo. “Será que ele finalmente aceitou a perda e retomou a ter uma vida sexual?”, pensou. Grissom viu a expressão de Sara.

GG: O que está achando engraçado, honey?
SS: Você falando pra Catherine que estava fazendo sexo... Queria ser uma pulguinha pra ver a cara dela!
GG: Vou ao lab. Gostaria de vir comigo?
SS: Não sei se seria uma boa idéia...
GG: Vamos fazer uma surpresa a todos!
SS: Certo, senhor surpresa!

Grissom chegou ao lab e foi direto falar com a equipe. Sara ficou no estacionamento, esperando o telefonema dele para entrar. Estava ansiosa em rever os amigos e companheiros de trabalho.

CW: Que bom que você chegou!
GG: Onde está a sujeita?
CW: Com Brass.
GG: Vou até lá.
CW: Ele pediu pra que você esperasse um pouco, está falando com ela agora.
GG: Ok.

Grissom se afastou, e discou alguma coisa no celular, deixando Catherine curiosa. Era o sinal para que Sara viesse. Disfarçada com uma peruca preta com franja e com comprimento até a cintura e óculos escuros, ela foi até a equipe. Estavam todos reunidos na sala de convivência quando ela surgiu.

CW: Pois não, deseja alguma coisa?

Todos olhavam para Sara sem imaginar quem estava por detrás da peruca e dos óculos. Quando ela tirou os óculos, toda a equipe (com exceção de Grissom) ficou boquiaberta. Nick e Greg não resistiram e caíram no choro, indo abraçar a amiga tão querida.

NS: Não acredito, é você mesma!
WB: É o fantasma de Scarlet O’hara, Nick!
GS: Sarinha!
SS: Como vocês estão, meninos?
NS: Ficamos muito mal quando você “morreu”.
CW: Você sabe me explicar isso, Gil?
GG: Mais tarde eu conto tudo. O importante é que Sara está de volta, e nosso filho está forte e saudável.
NS: Você deve ter passado por tanta coisa né?
CW: E você está de quanto tempo?
SS: Vinte e seis semanas. O bebê é um menino.
GS: Aeeee! Um moleque pra brincar com a gente!
GG: Nem pense em fazer meu filho virar um maluco!

Brass chegou na porta.

JB: Griss, a suspeita está na sala. Você...

O capitão viu Sara e pensou ter visto alma penada.

JB: Jesus Maria José! Mas o que é isso?
SS: Sou eu, Brass. Estou viva e grávida.
GG: Depois eu te explico tudo.
JB: Então, Sara, você terá de prestar depoimento. Será fundamental pra esclarecermos esse caso. Você se opõe que eu a interrogue?
SS: De forma alguma!
GG: Vou com vocês. Eu volto já. Catherine, supervisione o caso enquanto eu estiver ausente, ok?
CW: Pode deixar. E traga notícias.

Os três seguiram pelo corredor rumo à sala de interrogatório.

JB: Podem levá-la.

Sara olhou bem para a mulher que estava de costas e a reconheceu. De repente, ela virou-se e seus olhos castanhos encontraram com os da perita, que estava estática, vendo a cena. Grissom e Brass não entenderam quando Sara demonstrou nervosismo e começou a ficar trêmula, querendo chorar.

GG: Você está bem, honey?

A mulher conseguiu se soltar dos seguranças e partiu pra cima de Sara, sendo contida por Grissom e Brass.

JB: Segurem bem essa mulher!
GG: Você pode nos dizer quem é ela, Sara?
SS: É a mulher que me seqüestrou. 
JB: Então foi por isso que ela invadiu seu apartamento? Ela estava atrás de você? Venha para a sala e nos conte tudo. Seguranças, levem-na para a delegacia!

Na sala de interrogatório...

JB: Jura dizer a verdade, somente a verdade?
SS: Juro.
JB: Nome completo, idade e profissão.
SS: Sara Sidle, 34 anos, perita da criminalística.
JB: Sara, você pode nos dizer o que aconteceu no dia em que sumiu?
SS: Bom, eu me lembro que saí do lab muito chateada, tinha sido demitida pelo Ecklie...
JB: Que já não está mais aqui, foi demitido.
SS: Isso é ótimo! Bom, eu peguei meu carro e segui pra casa, quando fui parada.
JB: Sabe que apareceu um cara que se dizia seu irmão?
SS: Eu tinha um irmão.
JB: Por acaso ele se chamava Sean?
SS: Sim.
JB: Você conhecia as pessoas que estavam com você no cativeiro?

Sara fez uma pausa e deu um longo suspiro.

SS: Sim, eu conhecia.
JB: O rapaz era seu irmão, e a mulher, era o que de você?

Com lágrimas nos olhos, ela disse a verdade:

SS: Minha mãe. Aquela era a minha mãe.

Grissom e Brass ficaram chocados com a revelação.

GG: E que espécie de mãe faria algo tão monstruoso assim?! Meu Deus, eu imaginava qualquer tipo de pessoa, menos que a mandante desse crime tão cruel fosse sua própria mãe!

Grissom estava de pé, nervoso.

JB: Calma, Grissom! Você tem certeza do que disse, Sara?
SS: O nome dela é Laura Sidle.

Sara teve uma crise de choro ao se lembrar de tudo o que sofreu estando em poder dela.

GG: Acho que já chega, Brass!
JB: Tudo bem.
SS: Eu quero vê-la.
GG: Como é?! Não viu o que ela fez com você?
SS: Eu preciso vê-la pela última vez.

Laura ainda estava nas dependências do lab, em uma sala, sentada num sofá, algemada. Sara, acompanhada de Grissom e Brass, olhou-a com dor e tristeza na alma.

LS: Tá olhando o quê? Minha desgraça?
SS: Eu tenho pena de você.
LS: Eu não preciso da sua pena. Se precisasse, faria tudo de novo.
SS: Eu só queria saber o que eu te fiz pra você me detestar tanto.

Laura não soube responder. O que iria dizer à filha que tanto desprezou a vida toda? Os seguranças foram pegá-la pra levá-la à delegacia.

LS: Ainda vamos nos ver de novo.
SS: Espero que não.

Sara saiu da sala e Grissom foi atrás dela, abraçando-a. Com o tempo, carinho dos amigos e o amor de Grissom, Sara foi tirando da cabeça todo o trauma vivido nas mãos da própria mãe. No final de julho nasceu o pequeno Dylan, para a felicidade de todos. Nunca mais Sara tivera notícias da mãe. E nem se importava em não ter. Desde que nasceu nunca fora amada por ela. Só encontrou mesmo o amor nos braços de Grissom, e mesmo assim, levou muito tempo até que ele se rendesse à ela. A vida deu uma segunda chance aos dois. E Grissom aprendeu que um amor é feito pra se guardar e nunca deixar ir.

Fim

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