GG: Eu quero falar com ela. Segure-a o quanto
puder aí.
CW: Então venha logo.
Catherine desligou pensando no que Grissom havia
dito sobre sexo. “Será que ele finalmente aceitou a perda e retomou a ter uma
vida sexual?”, pensou. Grissom viu a expressão de Sara.
GG: O que está achando engraçado, honey?
SS: Você falando pra Catherine que estava fazendo
sexo... Queria ser uma pulguinha pra ver a cara dela!
GG: Vou ao lab. Gostaria de vir comigo?
SS: Não sei se seria uma boa idéia...
GG: Vamos fazer uma surpresa a todos!
SS: Certo, senhor surpresa!
Grissom chegou ao lab e foi direto falar com a
equipe. Sara ficou no estacionamento, esperando o telefonema dele para entrar. Estava ansiosa em rever os
amigos e companheiros de trabalho.
CW: Que bom que você chegou!
GG: Onde está a sujeita?
CW: Com Brass.
GG: Vou até lá.
CW: Ele pediu pra que você esperasse um pouco,
está falando com ela agora.
GG: Ok.
Grissom se afastou, e discou alguma coisa no
celular, deixando Catherine curiosa. Era o sinal para que Sara viesse. Disfarçada com uma peruca preta com franja e com
comprimento até a cintura e óculos escuros, ela foi até a equipe. Estavam todos
reunidos na sala de convivência quando ela surgiu.
CW: Pois não, deseja alguma coisa?
Todos olhavam para Sara sem imaginar quem estava
por detrás da peruca e dos óculos. Quando ela tirou os óculos, toda a equipe
(com exceção de Grissom) ficou boquiaberta. Nick e Greg não resistiram e caíram
no choro, indo abraçar a amiga tão querida.
NS: Não acredito, é você mesma!
WB: É o fantasma de Scarlet O’hara, Nick!
GS: Sarinha!
SS: Como vocês estão, meninos?
NS: Ficamos muito mal quando você “morreu”.
CW: Você sabe me explicar isso, Gil?
GG: Mais tarde eu conto tudo. O importante é que
Sara está de volta, e nosso filho está forte e saudável.
NS: Você deve ter passado por tanta coisa né?
CW: E você está de quanto tempo?
SS: Vinte e seis semanas. O bebê é um menino.
GS: Aeeee! Um moleque pra brincar com a gente!
GG: Nem pense em fazer meu filho virar um maluco!
Brass chegou na porta.
JB: Griss, a suspeita está na sala. Você...
O capitão viu Sara e pensou ter visto alma penada.
JB: Jesus Maria José! Mas o que é isso?
SS: Sou eu, Brass. Estou viva e grávida.
GG: Depois eu te explico tudo.
JB: Então, Sara, você terá de prestar depoimento.
Será fundamental pra esclarecermos esse caso. Você se opõe que eu a interrogue?
SS: De forma alguma!
GG: Vou com vocês. Eu volto já. Catherine,
supervisione o caso enquanto eu estiver ausente, ok?
CW: Pode deixar. E traga notícias.
Os três seguiram pelo corredor rumo à sala de
interrogatório.
JB: Podem levá-la.
Sara olhou bem para a mulher que estava de costas
e a reconheceu. De
repente, ela virou-se e seus olhos castanhos encontraram com os da perita, que
estava estática, vendo a cena. Grissom e Brass não entenderam quando Sara
demonstrou nervosismo e começou a ficar trêmula, querendo chorar.
GG: Você está bem, honey?
A mulher conseguiu se soltar dos seguranças e
partiu pra cima de Sara, sendo contida por Grissom e Brass.
JB: Segurem bem essa mulher!
GG: Você pode nos dizer quem é ela, Sara?
SS: É a mulher que me seqüestrou.
JB: Então foi por isso que ela invadiu seu
apartamento? Ela estava atrás de você? Venha para a sala e nos conte tudo. Seguranças, levem-na para a
delegacia!
Na sala de interrogatório...
JB: Jura dizer a verdade, somente a verdade?
SS: Juro.
JB: Nome completo, idade e profissão.
SS: Sara Sidle, 34 anos, perita da criminalística.
JB: Sara, você pode nos dizer o que aconteceu no
dia em que sumiu?
SS: Bom, eu me lembro que saí do lab muito
chateada, tinha sido demitida pelo Ecklie...
JB: Que já não está mais aqui, foi demitido.
SS: Isso é ótimo! Bom, eu peguei meu carro e segui
pra casa, quando fui parada.
JB: Sabe que apareceu um cara que se dizia seu
irmão?
SS: Eu tinha um irmão.
JB: Por acaso ele se chamava Sean?
SS: Sim.
JB: Você conhecia as pessoas que estavam com você
no cativeiro?
Sara fez uma pausa e deu um longo suspiro.
SS: Sim, eu conhecia.
JB: O rapaz era seu irmão, e a mulher, era o que
de você?
Com lágrimas nos olhos, ela disse a verdade:
SS: Minha mãe. Aquela era a minha mãe.
Grissom e Brass ficaram chocados com a revelação.
GG: E que espécie de mãe faria algo tão monstruoso
assim?! Meu Deus, eu
imaginava qualquer tipo de pessoa, menos que a mandante desse crime tão cruel
fosse sua própria mãe!
Grissom estava de pé, nervoso.
JB: Calma, Grissom! Você tem certeza do que disse,
Sara?
SS: O nome dela é Laura Sidle.
Sara teve uma crise de choro ao se lembrar de tudo
o que sofreu estando em poder dela.
GG: Acho que já chega, Brass!
JB: Tudo bem.
SS: Eu quero vê-la.
GG: Como é?! Não viu o que ela fez com você?
SS: Eu preciso vê-la pela última vez.
Laura ainda estava nas dependências do lab, em uma
sala, sentada num sofá, algemada. Sara, acompanhada de Grissom e Brass, olhou-a
com dor e tristeza na alma.
LS: Tá olhando o quê? Minha desgraça?
SS: Eu tenho pena de você.
LS: Eu não preciso da sua pena. Se precisasse,
faria tudo de novo.
SS: Eu só queria saber o que eu te fiz pra você me
detestar tanto.
Laura não soube responder. O que iria dizer à
filha que tanto desprezou a vida toda? Os seguranças foram pegá-la pra levá-la
à delegacia.
LS: Ainda vamos nos ver de novo.
SS: Espero que não.
Sara saiu da sala e Grissom foi atrás dela,
abraçando-a. Com o tempo, carinho dos amigos e o amor de
Grissom, Sara foi tirando da cabeça todo o trauma vivido nas mãos da própria
mãe. No final de julho nasceu o pequeno Dylan, para a
felicidade de todos. Nunca mais Sara tivera notícias da mãe. E nem se
importava em não ter. Desde que nasceu nunca fora amada por ela. Só encontrou
mesmo o amor nos braços de Grissom, e mesmo assim, levou muito tempo até que
ele se rendesse à ela. A vida deu uma segunda chance aos dois. E Grissom aprendeu
que um amor é feito pra se guardar e nunca deixar ir.
Fim
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