SS:
Eu o amo e sempre amarei. Mas chega uma hora que a gente não tem mais força pra
lutar ou ser chutada feito cachorro. Já passei por tantas coisas na minha vida
que não tenho mais espírito para suportar tamanho sofrimento.
CW:
Mas não é justo com o Gil! Vocês deveriam conversar e se unir contra essas
duas. Ou o amor de vocês não é tão grande como eu pensava?
SS:
Não é questão de amar, Cath. É questão de hombridade. Não
quero mais falar disso. Eu te ligo assim que chegar à cidade para onde estou
indo.
CW:
E pra onde você está indo?
SS:
Por enquanto é sigiloso!
As
duas amigas se abraçaram. Em seguida, a perita se despediu de Nick, o único que
estava no lab com Catherine e seguiu seu caminho. Enquanto dirigia até o
aeroporto, Sara chorava inconsolavelmente. Chorava
porque estava indo para longe de seu amor. Chorava porque a pessoa que Grissom
deveria amar e respeitar, a mãe, queria destruí-lo sem dó nem piedade. Chorava
porque sabia que ele também iria sofrer e estaria no meio de duas mulheres
absolutamente sem coração. Grissom
retornou ao lab depois de ter passado um bom tempo na prefeitura.
CW:
Finalmente, hein? Pensei que só voltaria à noite!
GG:
Não exagera, Cath. Como foram as coisas por aqui?
CW:
Ãh... tudo bem. Warrick e Greg chegaram agora da cena do crime.
Nick está na
sala de evidências.
GG:
E Sara? Onde ela está?
CW:
Gil... não sei se devo te contar...
GG:
Aconteceu alguma coisa, Catherine?
CW:
Bom, você vai ficar sabendo de qualquer jeito... Ela foi embora.
O
supervisor arregalou os olhos, surpreso.
GG:
Ela foi... embora?
CW:
Sim. Mas pela expressão dela, tenho certeza de que foi contra a própria
vontade.
GG:
Não entendi.
CW:
Sara chorava e estava extremamente triste. Mas me mandou dizer que sempre irá
te amar, e que você é o único na vida dela.
Sem
saber o que dizer, Grissom apenas disse:
GG:
Obrigado por me informar, Catherine. Vou para a minha sala e não quero ser
incomodado.
CW:
Claro.
A
loira ficou penalizada ao ver a tristeza no olhar do amigo. A notícia deixou
Grissom baqueado e iria mexer profundamente no interior dele. Assim que entrou
na sala, trancou-a e sentou-se em sua cadeira. Tirou os óculos e apertou os
olhos com os dedos. Depois
recolocou-os e pegou uma foto de Sara que estava em sua mesa e sentiu o coração
acelerar. A tristeza veio com força, e imaginar que sua mãe pode ter sido a
responsável pela separação do casal lhe doía a alma. Como
iria olhar nos olhos dela assim que chegasse em casa?
Como
seria sua vida sem seu grande amor? E a pergunta que se fazia e que mais
machucava: o que fizera para sua mãe querer fazê-lo sofrer assim? Com tantas
coisas na cabeça, Grissom olhou para seus insetos na parede de sua sala e as
lágrimas rolaram. Era muita dor para um homem só. Decidiu
ir pra casa, estava completamente sem chão.
CW:
Vai embora?
GG:
Vou. Assuma a supervisão, estarei de volta amanhã.
CW:
Gil...
GG:
Sim? – virou-se.
CW:
Faça a coisa certa. E vá atrás do seu coração.
Ele
apenas sorriu e foi embora. Ao chegar em casa, sua mãe lhe sorriu como se nada
tivesse acontecido.
MG:
Chegou mais cedo, filho?
GG:
Estou com dor de cabeça. Vou para o meu quarto.
MG:
Quer um remédio para melhorar?
GG:
Agradeço.
MG:
Já te levo.
Grissom
tomou um banho e, após vestir-se, foi para a cama. Tudo o que queria era dormir
para não pensar na partida de Sara e ficar mais melancólico do que já estava.
Mary trouxe um comprimido para tirar a dor de cabeça.
GG:
Obrigado, mãe.
Grissom
virou-se para o lado e dormiu. Em seguida, Mary Grissom fez uma ligação na
sala:
MG:
Ele já está dormindo, pode vir pra cá. Não, ele não irá acordar tão cedo,
dei-lhe um forte tranqüilizante no lugar de remédio para dor de cabeça. Gilbert
está dormindo feito um anjo. Estou te esperando.
Cerca
de meia hora depois, Tilly chegou ao apartamento de Grissom.
TM:
Onde ele está?
MG:
No quarto.
TM:
Tem certeza de que ele não irá acordar?
MG:
Absoluta. Dei um anti-psicótico bem forte a Gilbert. Ele não acordará nas
próximas oito horas. Portanto... aproveite bem!
Tilly
sorriu e foi para o quarto, trancando-o. Observava como Grissom dormia de forma
tranqüila e em seus olhos o ódio tomava conta. “Você
vai ver do que sou capaz, Gilbert!”. A morena tirou as roupas e em seguida
tirou as de Grissom, que não despertou em momento algum. O
dia amanheceu e o supervisor levou um baita susto ao virar para o lado e ver
Tilly dormindo nua. Olhou para si e viu que também estava nu. “Não é possível
que eu esteja ficando maluco! O que essa mulher está fazendo aqui?”. Antes de
falar com ela, saiu da cama e vestiu suas roupas.
GG:
Tilly, acorde!
TM:
Não me acorde agora... hum...
GG:
Me diga o que está fazendo na minha cama!
TM:
O que foi?
GG:
Levante-se agora!
TM:
Deixa de ser ridículo, Gilbert! Não se lembra? A gente transou ontem à noite.
GG:
Eu me lembraria de ir para a cama com uma mulher. E essa mulher não seria você.
TM:
Gilbert! Como pode dizer isso?!
GG:
Quero saber o que você e minha mãe estão planejando.
TM:
Não tem nenhum plano, eu vim te visitar e ela disse que você estava dormindo,
mas que poderia dar uma espiada.
GG:
Aprenda a mentir melhor, Tilly. Você daria uma péssima atriz!
TM:
Eu te amo, Gilbert! – ela gritou.
GG:
Primeiro, não venha gritar comigo na minha casa. Segundo, vista-se, pois não
gosto de ver outra mulher nua em minha frente. Terceiro, a visita acabou, pode
ir pra casa.
TM:
Eu te amo!
GG:
Saia daqui, Tilly! Senão não respondo por mim!
A
morena, furiosa, pegou suas coisas e saiu sem ao menos falar com a mãe de
Grissom. O supervisor foi até a sala e olhou para a mãe com muita raiva.
Mas
por ela ser a mãe, não conseguiu
dizer nada. Apenas seguiu para a cozinha, onde, silencioso, acariciava a cabeça
do único amigo que tinha, o cão Hank.
Discretamente
as lágrimas desciam. Mary observava ao longe o sofrimento do filho e notava que
ele tentava esconder dela sua dor, secando com discrição a tristeza em forma de
lágrimas. Em silêncio chamava por Sara e se perguntava onde ela poderia estar,
pois era lá onde ele queria estar naquele momento.
Os
dias foram passando e Grissom estava cada vez mais deprimido internamente. Por
fora, continuava o mesmo homem que sempre fora, seguro e frio. Num dia de
folga, Catherine e Vartann estavam na casa dele. Chovia e era início de noite.
Os dois haviam acabado de transar e estavam na cama conversando quando o
telefone tocou.
CW:
Willows.
SS:
Cath, sou eu, Sara.
CW:
Sara?!
A
loira arregalou os olhos como se não falasse com a amiga há séculos.
CW:
Onde você está, Sara?
SS:
Estou em Chicago.
1 comentários:
I can't believe Grissom's mom could be so mean. I'm glad Grissom kicked out Tilly. I hope his mom could see all the hurt she is inflicting in her son.
Postar um comentário