SS:
Quando eu estiver pronta, vou falar disso com você, Cath.
CW:
Tudo bem, não está mais aqui quem falou...
SS:
Bom, vou até a sala do Hodges ver se ele conseguiu analisar o material que
deixei com ele.
No
corredor, Sara deu de cara com Grissom.
GG:
Sara...
SS:
Olha, estou muito ocupada, preciso falar com o Hodges. A gente se fala depois.
GG:
Posso passar na sua casa?
SS:
Eu te ligo, é melhor assim.
E
assim, a perita seguiu seu caminho, deixando o supervisor atônito.
Naquela
noite, em casa, Sara pensava em algumas decisões que tomaria a partir dali. Foi
quando a campainha tocou.
SS:
Pois não.
TM:
Sara Sidle?
SS:
Sim. Quem é você?
TM:
Meu nome é Tilly Menderson.
SS:
Ah... – respondeu com desânimo.
TM:
Posso entrar?
SS:
Claro.
A
morena observava o apartamento simples da perita e olhava com desdém.
SS:
O que você quer?
TM:
Vim pra dizer que Gilbert e eu reatamos – mentiu.
SS:
Como é?!
TM:
É isso aí! Ontem mesmo nós transamos, e foi ótimo recordar nosso passado. Você
já pode concluir que seu relacionamento com ele não tem pé nem cabeça, né?
SS:
É claro, sou uma pedra no sapato de vocês...
TM:
Então vim aqui para dizer a você: fique longe do Gilbert, ok?
SS:
Quem você pensa que é para me mandar alguma coisa?
TM:
Vagabunda!
Tilly
deu um super tapa no rosto de Sara, que caiu sentada no chão.
TM:
Já está avisada!
Assim
que a morena saiu, Sara, humilhada e com o rosto ardendo pelo forte tapa,
arrastou-se até o sofá. Sentindo o coração doer, em meio a lágrimas, tomou uma
decisão:
SS:
Não quero mais sofrer nem ser humilhada por ninguém. Chega!
Em
seguida, foi até o quarto, secando as lágrimas com as mãos e começou a tirar
roupas do guarda-roupa. Ligou o aparelho de cd e colocou uma música romântica,
mas que trazia uma certa tristeza:
“Melhor
assim
A gente já não se entendia muito bem
E a discussão já era a coisa mais comum
E havia tanta indiferença em teu olhar
A gente já não se entendia muito bem
E a discussão já era a coisa mais comum
E havia tanta indiferença em teu olhar
Melhor
assim
Pra que fingir se você já não tem amor
Pra que fingir se você já não tem amor
Se teus desejos já não me procuram mais
Se na verdade pra você eu já não sou ninguém
De
coração eu só queria que você fosse feliz
Que outra consiga te fazer o que eu não fiz
Que você tenha tudo aquilo que sonhou
Mas vá
embora antes que a dor machuque mais meu
coração
Antes que eu morra me humilhando de paixão
E me ajoelhe te implorando pra ficar comigo
Não diz mais nada
A dor é minha eu me agüento, pode crer
Mesmo que eu tenha que chorar
Pra aprender como esquecer você...”
As malas já estavam
prontas. Só faltava passar no lab e falar com Ecklie sobre sua demissão. Iria
para longe de Grissom e sua família caótica e estressante. Longe do homem que
amava, mas já não tinha paciência para esperar uma atitude. Iria tentar ser
feliz longe do amor e dos amigos. Era a melhor coisa a ser feita. Com isso,
Mary Grissom poderia suspirar aliviada, pois a pedra em seu sapato já estaria
longe. Iria chorar sozinha a falta de Grissom. Mas o que Sara
não sabia é que ela não iria embora sozinha. Um pedaço do homem amado iria
junto, e seria a maior das surpresas em sua vida! No dia seguinte, com as malas
prontas, Sara foi até o lab falar com Ecklie. Estava de óculos escuros pois
havia chorado e seus olhos poderiam entregá-la. Encontrou com os amigos na sala
de convivência.
NS:
Ei, pensamos que não viria hoje!
SS:
É, eu vim falar com o Ecklie.
CW:
Com Ecklie? Aconteceu alguma coisa?
SS:
O Grissom está?
NS:
Não, ele está na prefeitura, o prefeito o chamou até lá.
CW:
Tem certeza de que está tudo bem? E porque esses óculos?
Não
tem sol aqui dentro, Sara!
SS:
Sim, Cath. Só preciso falar com o Ecklie. Com licença.
Catherine
percebeu que havia alguma coisa no ar, mas não quis perguntar nada perto do
Nick.
NS:
Está acontecendo alguma coisa que ela não quis nos contar?
CW:
Creio que sim, mas precisamos deixar que Sara resolva abrir a boca. Vamos
voltar ao trabalho!
Ecklie
estava em sua sala quando Sara bateu.
CE:
Entre.
SS:
Ecklie, preciso falar com você.
CE:
Sidle, que surpresa vê-la aqui! O que você aprontou desta vez?
SS:
Bom, vou ignorar sua ironia e vou direto ao assunto. Quero que você assine
minha carta de demissão.
CE:
Como é?!
SS:
Você está realizando seu sonho, estou deixando o lab.
CE:
Peraí, quando você decidiu isso?
SS:
Olha, minhas razões pessoais não dizem respeito a ninguém. Por favor, queira
assinar para que eu possa ir embora o mais rápido possível, ok?
CE:
E quem irei colocar em seu lugar para repor a equipe?
SS:
Isso é com você!
CE:
Bom, aqui está seu pedido. Passe no departamento e acerte suas contas. Adeus,
Sidle!
SS:
Até nunca mais, Ecklie!
Depois
de acertar e receber o pagamento, Sara foi se despedir dos amigos.
NS:
Então você está indo embora?
SS:
Estou, Nick.
NS:
O que aconteceu?
SS:
Muitas coisas, mas cheguei ao meu limite. Não posso mais ficar aqui.
CW:
Nick, pode nos deixar a sós um instante?
NS:
Claro.
Depois
que ele saiu...
CW:
Tem a ver com o Gil e a mãe dele, não tem?
SS:
Acabei conhecendo a tal ex dele.
CW:
E como foi?
SS:
Péssimo! Não quero me lembrar disso. Mas também não quero continuar sendo
ofendida e maltratada pela mãe dele.
CW:
A coisa está tão feia assim?
Sara
fez beicinho e não conseguiu segurar as lágrimas. Porém, manteve-se firme para
não demonstrar fraqueza, mesmo para os amigos.
SS:
Estou indo embora. Acabei de pedir contas.
CW:
Mas que idéia mais absurda é essa, Sara?! Porque vai deixar o Gil sozinho com
esse abacaxi nas mãos?
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