GG: Eu me entendo com ele.
SS: E quanto à equipe? Vamos apresentá-lo
como nosso filho?
GG: Catherine já sabe. Duvido que já não
tenha espalhado a “notícia”.
Sara riu e vestiu-se para acordar Sam.
Grissom foi primeiro para o lab, Sara foi logo depois em seu carro com Sam. Ao
entrar no lab, muitas pessoas ficaram olhando para os dois de mãos dadas, e
achando o menino uma fofura, já que Sam sorria para todo mundo. A equipe estava na sala de convivência com
Grissom – menos Sofia.
GS: O cara se chama Charles Pattinson,
ex-presidiário, estava na condicional.
CW: Esse cara...
GS: Sim, é o que violentou Sam. Por falar
nisso, quem é o menino?
SS: Meu filho, Greg! – disse Sara, da
porta.
Todos olharam para ela e ficaram surpresos
com o que a perita acabara de dizer. E ficaram encantados com a beleza do
menino.
NS: Seu filho, Sara?
GS: Porque nunca nos contou antes, Sarinha?
SS: Bom, eu ia falar do Sam, estava
pensando em um almoço e tal, mas os acontecimentos mudaram toda a história.
NS: Seja bem-vindo, Sam. Você é um
rapazinho muito bonito, sabia?
SS: Obrigado!
WB: Que lindos olhos ele tem...
SS: Puxei ao meu pai... – sorriu.
CW: Não vai apresentar o pai a nós, Sara? –
Cath sorriu propositalmente, para que a perita falasse de Grissom.
WB: Ué, onde está o pai de Sam, Sara? Ele
mora em Vegas?
GG: Ele está aqui mesmo, Warrick.
Todos olharam para Grissom abismados, menos
Cath, se divertindo com a situação.
GS: Você é o pai de Sam?
GG: Sou.
NS: Nunca poderia imaginar... Estou
surpreso!
Antes que Grissom dissesse alguma coisa,
Sofia chegou na porta.
SC: Ecklie quer falar com você.
GS: Virou mensageira do Ecklie é?
Ela ignorou o comentário de Greg.
GG: Já estou indo. Mas você, Sofia,
junte-se à equipe, quero vê-la em serviço também.
A loira fez cara de quem não gostou e
sentou-se na cadeira. A equipe se entreolhou espantada com o jeito rebelde da
novata, e pelo fato de ela ser ligada ao cara que ninguém suportava: Conrad
Ecklie. Enquanto o pessoal paparicava e conversava com Sam, Grissom foi até a
sala dele.
GG: Queria falar comigo?
CE: Entre.
GG: Não precisava mandar uma mensageira,
você mesmo poderia ter vindo falar comigo.
CE: Muito bem. Que história é essa de ficar
trazendo filho para o lab?
GG: Não tínhamos com quem deixar Sam. E
depois do que aconteceu a ele, preferimos não deixá-lo com ninguém.
CE: Isto aqui é um laboratório de
criminalística, não um parque de diversões!
GG: Você não precisa me dizer porque eu sei
muito bem o que é isto!
CE: Dê um jeito de tirar o menino daqui.
Não é lugar pra ele.
GG: Sam não sairá daqui sem Sara e eu. Além
do mais, ele não está fazendo bagunça, se te passou pela cabeça. A presença do
meu filho é responsabilidade minha, quanto a isso você não precisa se
preocupar.
CE: Estou de olho em você e Sara.
Grissom saiu da sala de Ecklie furioso, e
no corredor encontrou Brass.
GG: Alguma novidade no caso, Brass?
JB: Estava mesmo te procurando. O homem que
violentou Sam está na sala de interrogatórios, gostaria de falar com ele?
GG: Com toda a certeza! Vamos!
Grissom entrou na sala junto com Brass e
fixou seus olhos azuis nos olhos negros e tenebrosos do homem que estava
sentado na cadeira. A raiva fez seu sangue ferver nas veias.
JB: Muito bem. Nome completo e idade.
CP: Charles Pattinson, 30 anos.
JB: Senhor Pattinson, como foi que você
chegou até o menino Sam?
CP: Haviam me dado a descrição do moleque e
o endereço. Aí eu passei a vigiar a rotina dele e foi fácil chegar até ele.
GG: Quem foi que deu ordens para você
seqüestrar Sam?
O homem ficou calado, mas olhando fixamente
para Grissom e Brass.
JB: O gato comeu sua língua?
CP: Não tenho porque falar.
JB: Prefere ficar a vida toda na prisão ou
no corredor da morte?
Pra mim não faz nenhuma diferença em vê-lo
vivo ou morto...
CP: Só posso dizer uma coisa: quem fez isso
está muito mais perto do que vocês imaginam...
GG: É alguém conhecido?
CP: Diria para prestarem atenção ao seu
redor.
Sabendo que não conseguiriam arrancar nada
mais do sujeito, Brass ordenou que o policial que estava de guarda levassem-no
para a delegacia.
JB: Acho que ele vai acabar dizendo. A menos
que esteja sendo ameaçado.
GG: Nem sei dizer o que senti olhando nos
olhos daquele sujeito.
JB: Entendo sua situação, amigo. E vamos
prender quem está por trás disso tudo.
GG: Venha comigo, Sam está aqui.
JB: É mesmo?
GG: Não tínhamos com quem deixá-lo. E Sara
está muito ressabiada, não confia em ninguém.
JB: É normal.
Os dois chegaram à sala de convivência e
encontraram o menino se divertindo comendo um bolo e bebendo leite achocolatado.
E a equipe achando graça.
JB: Ei, está havendo uma festinha por aqui?
NS: Todo mundo se tornou fã dessa figurinha
aqui, Brass!
Brass olhou para o menino e ficou
assombrado com a semelhança dele com Grissom. Na verdade, uma mistura perfeita
dos dois. Mas os olhos do menino era uma coisa de louco, pareciam duas
turquesas de tão azuis e brilhantes.
JB: Como vai, Sam?
SS: Bem e o senhor?
JB: Senhor? Sou tão velho assim?
SS: Tem cara de vovô!
A equipe explodiu na gargalhada. Grissom
deu uma risadinha discreta, mas também acho divertida a resposta direta do
filho.
Brass levou na brincadeira e achou graça no
comentário do menino.
JB: Bom, eu poderia ser seu pai, tenho
quase a idade do Grissom.
SS: Meu pai é mais bonito...
Grissom se inflou com o elogio do filho e
Sara ficou encantada. O celular de Sara tocou e todos ficaram
quietos, prestando atenção.
SS: Vou atender no corredor. Com licença.
No corredor...
SS: Sidle.
##: Vá para fora do lab e não fale com
ninguém.
SS: Quem está falando?
##: No momento certo você saberá. Agora vá
até a rua e fique na linha.
Sara foi andando com o celular na mão.
Ninguém no lab que a viu estranhou, afinal, celular era extremamente necessário
para o trabalho. A rua onde ficava o lab estava deserta e Sara não avistou
nada.
SS: Não vejo nada na rua.
##: Ande para a direita que você verá um
carro preto parado.
Sara andou meio ressabiada, e logo avistou
o carro. Aparentemente não tinha ninguém, mas estava
de insufilme muito escuro, então não dava pra saber se havia ou não alguém
dentro. A ligação havia sido encerrada pelo
interlocutor, e quando estava analisando o carro, Sara foi atingida na cabeça
por um pedaço de madeira, caindo desacordada. Em poucos segundos já estava
longe do lab. E ela nem poderia imaginar o que estava reservado para si... Na sala de convivência...
GG: Sara está demorando. Onde ela está?
CW: Vou até o corredor ver se ela está por
lá.
Assim que Catherine saiu, Sam perguntou ao
pai, apreensivo:
SS: Onde está a mamãe?
GG: Ela deve ter ido ao banheiro, filho.
Mas daqui a pouco ela volta. Greg, leve Sam para conhecer seus objetos
musicais, ela curte muito.
GS: Vamos lá, garoto? Te mostro tudo, você
vai se amarrar!
Depois que os dois saíram, Catherine
voltou, um pouco apreensiva.
CW: Sara saiu do lab falando ao celular.
GG: Como soube?
CW: A Judy e outros funcionários a viram
saindo, mas não estranharam nada.
JB: Vou chamar meus homens para que fiquem
em alerta.
Brass saiu imediatamente e Grissom foi
atrás com a equipe.
GG: Ela não está aqui. Vou tentar falar com
ela pelo celular.
Grissom discou e logo escutou o toque do
celular de Sara.
GG: O celular está por perto.
CW: Mas como ela largaria o aparelho?
GG: É óbvio que ela não o largou,
Catherine.
Grissom seguiu seus instintos e foi na direção
dos toques do aparelho. Ele estava caído no chão, num gramado que ficava à
direita do lab. O supervisor pegou um lenço e assim tocou no aparelho.
Verificou e confirmou que era mesmo de Sara.
CW: Então?
GG: É o celular de Sara.
CW: Mas... onde ela está?
GG: Não sei, preciso saber.
Nick, que olhava para cada canto, viu um
pedaço de madeira no mínimo suspeito.
NS: Pessoal, achei uma coisa aqui.
Todos foram até onde Nick estava.
CW: Pedaço de madeira. Essa mancha vermelha
parece... sangue?
GG: Alguém trouxe a maleta?
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