Aparentemente não tinha ninguém, mas estava
de insufilme muito escuro, então não dava pra saber se havia ou não alguém
dentro. A ligação havia sido encerrada pelo
interlocutor, e quando estava analisando o carro, Sara foi atingida na cabeça
por um pedaço de madeira, caindo desacordada. Em poucos segundos já estava
longe do lab. E ela nem poderia imaginar o que estava reservado para si... Na sala de convivência...
GG: Sara está demorando. Onde ela está?
CW: Vou até o corredor ver se ela está por
lá.
Assim que Catherine saiu, Sam perguntou ao
pai, apreensivo:
SS: Onde está a mamãe?
GG: Ela deve ter ido ao banheiro, filho.
Mas daqui a pouco ela volta. Greg, leve Sam para conhecer seus objetos
musicais, ela curte muito.
GS: Vamos lá, garoto? Te mostro tudo, você
vai se amarrar!
Depois que os dois saíram, Catherine
voltou, um pouco apreensiva.
CW: Sara saiu do lab falando ao celular.
GG: Como soube?
CW: A Judy e outros funcionários a viram
saindo, mas não estranharam nada.
JB: Vou chamar meus homens para que fiquem
em alerta.
Brass saiu imediatamente e Grissom foi
atrás com a equipe.
GG: Ela não está aqui. Vou tentar falar com
ela pelo celular.
Grissom discou e logo escutou o toque do
celular de Sara.
GG: O celular está por perto.
CW: Mas como ela largaria o aparelho?
GG: É óbvio que ela não o largou,
Catherine.
Grissom seguiu seus instintos e foi na direção
dos toques do aparelho. Ele estava caído no chão, num gramado que ficava à
direita do lab. O supervisor pegou um lenço e assim tocou no aparelho.
Verificou e confirmou que era mesmo de Sara.
CW: Então?
GG: É o celular de Sara.
CW: Mas... onde ela está?
GG: Não sei, preciso saber.
Nick, que olhava para cada canto, viu um
pedaço de madeira no mínimo suspeito.
NS: Pessoal, achei uma coisa aqui.
Todos foram até onde Nick estava.
CW: Pedaço de madeira. Essa mancha vermelha
parece... sangue?
GG: Alguém trouxe a maleta?
NS: Busco rápido.
Poucos minutos depois, Nick estava de
volta. Colocou a luva e com um cotonete, recolheu um pouco do liquido vermelho
que estava na madeira. Depois, pingou um líquido na ponta do cotonete, que
ficou rosa.
NS: Grissom, é sangue humano. Provavelmente
de Sara.
GG: Mande para análise, Nick.
Enquanto isso, em um lugar não muito longe
dali, Sara, ferida na cabeça, ainda inconsciente, era colocada dentro de uma
caixa de vidro. Em seguida, os criminosos jogaram luzes de neon caso
anoitecesse e trancaram-na. Depois, começaram a jogar terra por cima,
enterrando-a. De volta ao lab...
CW: Encontrou alguma ligação?
GG: Número privado. Mas vou pedir que
consigam rastreá-lo.
O celular de Sara tocou naquele momento.
Todos ficaram apreensivos, na expectativa de um contato de quem estivesse com a
perita.
CW: Atende, Gil. Pode haver alguma
informação sobre o paradeiro de Sara.
GG: Grissom.
##: É o senhor Grissom da criminalística?
GG: Quem fala?
##: Quem faz as perguntas aqui sou eu. Acho
que temos algo que o senhor se aprece bastante não é?
GG: Você está com Sara?
##: Mais ou menos.
GG: Canalha, o que você fez com ela?
##: Em breve você receberá informações
sobre ela. Mas em hipótese alguma avise a polícia e nem nos rastreie. Senão ela
morre muito antes do momento certo.
GG: O que você quer em troca da liberdade
dela?
##: Já falei, em breve você receberá as
instruções. Aguarde notícias.
O interlocutor desligou e Grissom passou a
mão no rosto. Onde estaria Sara? O que ele ou eles, queriam?
Catherine viu o sofrimento estampado no rosto do amigo e tentou consolá-lo.
CW: Não se deixe abater, Gil. Nós vamos
encontrá-la. Sara é muito forte, mais do que você pensa.
GG: Sam está aqui. Como vou explicar a ele?
CW: Você não tem que falar a verdade agora,
isso só vai assustá-lo. Vamos fazer o seguinte: vou levá-lo para a casa da
minha mãe, ela está com Lindsay, e assim os dois podem brincar. Com isso, Sam
irá se distrair e nos dará tempo de encontrar Sara. O que me diz?
GG: Digo que você tem toda razão e que
merece um aumento!
Catherine sorriu aliviada. Grissom pegou o
menino que estava fazendo bagunça com Greg, “depois eu quero falar com você”, e
o levou ao corredor, onde Catherine já o esperava.
GG: Tia Cath vai levá-lo para a casa da mãe
dela e você irá brincar com a Lindsay, filha dela.
SS: Mas cadê a mamãe?
GG: Sua mãe está em um caso e vai demorar,
talvez só volte à noite. Mas assim que ela chegar iremos buscar você, está bem?
SS: Sim, papai...
Os olhinhos azuis de Sam já queriam chorar.
Ele detestava ficar longe da mãe, e sair sem se despedir dela doía seu coração
infantil tão cheio de pureza. Vendo a dor do filho Grissom percebeu que ser pai
também significava sofrer junto. Em outro lugar, Sara despertava e sentia um
pouco de falta de ar. Ao abrir os olhos, percebeu que estava
dentro de algo, apertado e com pouco ar. Imediatamente ficou desesperada,
batendo, socando e tentando chutar o vidro para ver se conseguia quebrar.
Inútil, o vidro era forte e estava com quilos e quilos de terra por cima. Ao
perceber que estava enterrada, condenada à morte, Sara começou a gritar, na
esperança que alguém pudesse ouvi-la. No lab, a expectativa pela ligação era
enorme. Hodges entrou na sala de convivência esbaforido.
DH: Trago notícias sobre o desaparecimento
de Sara – entregou um envelope a Grissom.
Ele pôs os óculos e analisou, muito sério,
cada linha do envelope. Todos se aproximaram para ver do que se tratava.
GG: É uma fita. Aqui no bilhete diz que é
para inserir no aparelho, pois veremos imagens fortes.
Grissom introduziu a fita no aparelho e
apareceu a imagem de Sara dentro do caixão, lutando desesperada para sair dali. Todos estavam chocados com o que viam.
NS: Fita gravada?
GG: Parece tão real...
WB: Acho que é simultâneo. A fita na verdade
é um dispositivo que interliga o nosso aparelho ao lugar onde Sara está. O
criminoso quer que soframos ao vê-la se debatendo na caixa, ou sei lá o que
for.
As luzes acesas estavam sufocando a perita,
pois acionava um sistema que diminuía a quantidade de ar.
SS: Por favor, apaguem essa luz...
Preciso... de ar... Aaaaaaaaaaaaah! – e voltou a socar e chutar o caixão de
vidro com muita raiva – Me tirem daqui!!!
Grissom estava segurando com dificuldade o
choro, o sofrimento de Sara estava deixando-o atordoado. A vontade dele era de
entrar na tela e tirar a amada daquele lugar terrível. Poucos minutos depois,
Catherine voltou.
CW: Como estamos?
GG: Mandaram uma fita onde mostra Sara.
CW: Céus! Ela não parece nada bem... –
disse olhando para a tela onde assistiam em tempo real a perita em sua
“sepultura”.
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