SS:
O que foi, Vartann?
DV:
Você poderia me ajudar a me aproximar da Catherine?
SS:
Eu?!
DV:
É, eu sei que vocês costumam sair juntas e tal, mas eu não tenho toda essa
liberdade com ela. E estou muito interessado nela. Será que é possível?
SS:
A gente pode combinar isso.
DV:
Que tal um jantar pra combinarmos tudo?
SS:
Pode ser.
DV:
Eu te pego no final do turno.
SS:
Ok.
Ao
voltar para a sala, Sara deu de cara novamente com olhares curiosos pra cima
dela. Inclusive Grissom, que estava muito intrigado com a aproximação de
Vartann e sentia o ciúme correr nas veias. Mas
sua passividade botava tudo a perder. O
turno correu e Sara nem se lembrava que iria jantar com Vartann, estava
concentrada nas análises. Grissom, ainda que discretamente, observava a
expressão no rosto de sua subordinada e ficava tentando adivinhar o que podia
estar acontecendo. Já pronta para ir embora, Vartann foi até ela.
DV:
Oi Sara, podemos ir?
Ela,
que estava perto de Catherine e Grissom, ficou um tanto envergonhada.
SS:
Ãh, claro, vamos sim!
CW:
Vocês vão sair?
DV:
Nós tínhamos combinado de jantar juntos hoje, como dois companheiros de
trabalho. Simples assim.
CW:
Sei... Bom, então, bom jantar pra vocês dois.
SS:
Até.
Assim
que os dois se afastaram, Catherine olhou para o supervisor, que olhava
fixamente para Sara e Vartann indo em direção ao estacionamento, e se aproximou
dele:
CW:
Se você não fizer nada agora, poderá ser tarde demais amanhã!
GG:
Do que você está falando, Catherine?
CW:
Dela: Sara. Ou pensa que eu não sei que você sente algo a mais por ela?
GG:
Não diga bobagens...
CW:
De qualquer forma, fica dado o recado. Bom, vou nessa, estou hiper-cansada. Boa
noite!
GG:
Boa noite.
Grissom
foi até a sala pegar suas coisas e a imagem de Sara com Vartann não saía de sua
cabeça. Bolas, e não é que Catherine tinha razão? Precisava fazer algo senão
iria perder a mulher que amava com a velocidade de um raio. Mas como iria
consertar a burrada que fizera, praticamente jogando-a nos braços de outro
homem? Pensando numa solução pra esse
grande problema, foi pra casa e tentar descansar um pouco. Enquanto isso, quase
na saída do lab...
SC:
Algum de vocês poderia me dar uma carona? Meu carro foi para o conserto hoje
cedo, não tem previsão de retirada.
NS:
Bom, eu vou com o Warrick, se quiser...
JB:
Eu posso levá-la, se não se importar.
A
loira olhou admirada para o capitão de polícia, que ao ver dela, era um homem
bem charmoso.
SC:
Não quero dar trabalho... – fez charme.
JB:
De maneira alguma. Será um prazer...
SC:
Então eu aceito. Tchau, pessoal.
NS:
Tchau, Sofia.
Nick
e Warrick se olharam abismados. Será que a novata estava interessada no velho
Brass? Não que ele fosse um homem acabado, mas ver uma mulher jovem e bonita se
mostrar interessada nele era algo bem difícil, quase impossível de se ver. Depois
de um jantar bem agradável com o colega de trabalho, Sara foi pra casa. Estava
exausta. Tomou um banho morno e preparava um café na cozinha quando alguém
tocou a campainha. Ajeitou o robe rosa clarinho e foi atender. Ao abrir a
porta, deu de cara com Grissom, mais parecendo um cão abandonado, pela
expressão tristonha que fazia.
SS:
Griss? O que você... quer aqui a essa hora?
GG:
Preciso falar com você.
SS:
Ah, você ainda quer falar comigo depois de tudo o que conversamos na sua sala?
GG:
Sei que sou um perfeito idiota. Pode dizer que eu aceito.
SS:
Não acho que você seja um idiota. Penso que é um bobo, por não ver que alguém o
ama e mesmo assim jogar tudo fora. Mas eu sou a maior culpada, sempre me
envolvo e me apaixono pelas pessoas erradas.
Grissom,
já na sala, encarava a amada com certa vergonha nos olhos.
SS:
Então, Griss, não diz nada?
GG:
Quero que fique com isto.
Ele
passou uma pequena caixa para Sara, que olhou desconfiada.
SS:
O que é?
GG:
Abra.
A
perita abriu e ficou surpresa: sua correntinha que estava desaparecida há
muitos anos.
SS:
Onde você a encontrou? Pensei tê-la perdido em São Francisco!
GG:
Deve ter caído na minha pasta enquanto fazíamos amor no campus de Berkeley...
Sara
deu um sorrisinho de lado, típico de quando estava tímida. Como não se lembrar
das noites tórridas de paixão ao lado de Grissom? Mas aquilo fora há tanto
tempo...
SS:
Você ainda se lembra desses momentos?
GG:
Nunca me esqueci, caso queira saber.
SS:
Você, quando se trata de mim não parece ser o homem que nunca esqueceu uma
transa. É sempre tão mais atencioso com outras pessoas, mas comigo é sempre tão
reservado, frio e distante. Por que isso?
GG:
Não sou frio, Sara. Só não sei lidar com essa avalanche de sentimentos e
emoções que tenho aqui dentro. Por Deus, Sara, o que você tem que me deixa sem
ação?
SS:
Como?
GG:
Perto de você pareço um menino que quer colo e carinho, mas pra não me deixar
levar pela onda de amor que me invade, tento fazê-la se afastar de mim, tento
sufocar o meu coração. Mas hoje, depois de vê-la com Vartann, me enchi de
coragem. É por isso que eu estou aqui.
SS:
Pra quê?
GG:
Pra isso!
Grissom
segurou Sara pela cintura e a beijou com intensidade, língua na língua, saliva
na saliva, com paixão, desejo, amor... Ela, ainda completamente apaixonada, não
resistiu e se entregou ao prazer que era beijá-lo. Mais uma vez, estava nos
braços daquele homem. E
mais uma vez, os dois se tornaram um só, na cama de Sara. A
diferença desta vez é que alguém mais existiria para fazer parte dessa história
de amor cujos capítulos finais ainda não haviam sido escritos. Grissom
amava Sara com intensidade, como nos tempos de São Francisco. E ela, apaixonada,
sentia o peso do corpo dele em cima do dela, cravava as unhas nas costas do
supervisor. Ele a beijava e movimentava-se lentamente dentro dela,
propositalmente, para que o prazer durasse mais tempo. Com muito mexe-mexe,
gemidos, sussurros ao pé do ouvido, os dois chegaram ao orgasmo. Grissom
levantou a cabeça (estava afundado no pescoço da bela mulher) e olhou fundo nos
olhos de Sara. Depois de um beijo, ele não resistiu e confessou:
GG:
Como pude ficar tanto tempo resistindo a você?
SS:
Griss... – ela sorriu, deixando os dentinhos separados à mostra.
GG:
Sara, não tenho motivos para continuar renegando o que eu sinto e sempre senti
por você.
Ele
saiu de dentro dela e deitou-se na cama, abraçando-a apertado, como se nunca
mais fosse se separar dela.
GG:
Mas não gostei de vê-la com Vartann, me senti mal com aquilo.
SS:
Eu não estou tendo nenhum caso com ele, se quer saber. Ele me chamou pra me
perguntar uma coisa.
GG:
E foi bom o jantar com ele?
Sara
sentou-se na cama e olhou incrédula para Grissom.
SS:
Porque você quer insistir nesse assunto? Eu apenas jantei com ele, nada de
mais, ele está interessado em outra pessoa, e me pediu ajuda pra se aproximar
dela.
GG:
Ok então. Desculpe minha insegurança, mas não sei o que acontece quando vejo
outro homem perto de você. Só que também não consigo me mexer pra impedir
qualquer avanço.
SS:
Isso eu já sabia, Griss...
GG:
Me responde uma coisa.
SS:
Diga.
GG:
A quem você disse “eu te amo” no celular?
SS:
Você escutou minha conversa?
GG:
Acho que todo mundo escutou. Você falou em tom de voz não tão baixo, e parecia
bem animada.
SS:
Era para uma amiga – disfarçou.
GG:
Não sabia que tinha amigas e nem que ficava se declarando a elas.
SS:
Vamos falar de outra coisa, senão a gente vai discutir. E eu não quero iniciar uma
discussão. Esse momento está sendo tão bom pra mim...
GG:
Eu também não quero brigar, Sara. Vem pra mim...
Os
dois se beijaram e iniciaram mais uma sessão de amor, com direito a intensos
orgasmos, que somente os dois juntos eram capazes de sentir. A noite foi
maravilhosa para o casal que estava se acertando novamente. Porém, mal o dia
amanheceu e o humor de todos iria por água abaixo. O celular de Grissom tocou,
e ele dormia tranquilamente, depois de uma grande noite de amor nos braços de
Sara.
GG:
Grissom.
CE:
Quero falar com você em uma hora, Gil.
GG:
Bom dia pra você também, Ecklie. O que você quer tão cedo?
CE:
Reunião extraordinária. Avise a todos e sigam para o lab.
Assim
que desligou, a expressão de Grissom era a pior possível.
SS:
O que foi, honey?
GG:
Quem mais para estragar o dia de qualquer um? Ecklie!
SS:
O que esse chato quer tão cedo?
GG:
Ele não disse, mas quer todos no lab em poucas horas.
SS:
Ninguém merece! Ou seja, minha folga já era!
GG:
A folga de todo mundo foi pro brejo, querida. Mas dou um jeito e todo mundo
terá sua folga.
No
lab, a irritação e a indignação eram evidentes.
CW:
É brincadeira desse cara nos tirar das nossa folga pra fazer uma reuniãozinha
extraordinária!
WB:
Nem me fale... Estava pensando em tomar um banho de piscina lá em casa, fazer
um churrasco...
NS:
E nem ia convidar a gente né?
Ecklie
entrou na sala naquele momento.
CE:
Bom dia a todos. Bom, sei que hoje seria a folga de vocês, mas preciso de todos
aqui hoje.
GG:
O que você quer, Ecklie?
CE:
Temos serviços a fazer.
Houve
um murmúrio de reclamação por parte da equipe, mas o careca não se importava
com a perda da folga dos subordinados.
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