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Você não me ensinou a te perder - cap. 1



Depois de tantos desencontros, de tantas lágrimas derramadas, de tanto sofrimento, Grissom e Sara enfim se uniram pelos laços do amor. Ela sempre o amou, desde São Francisco, e quando fora para Vegas chamada por ele, a perita sentiu que era o amor a chamando. Só que o supervisor levou muito tempo até entender que sua felicidade jamais seria ao lado de outra mulher que não fosse Sara. Ela era a felicidade na forma de mulher, e uma mulher linda, inteligente e determinada. Entre eles existiram Teri Miller e Lady Heather, mas elas jamais foram para Grissom o que Sara sempre significou para ele. Depois de lutar anos contra esse sentimento, Grissom não pôde mais resistir e se entregou ao amor de Sara. E então descobriu como o amor era maravilhoso. Como estavam em fase inicial do romance pós São Francisco, os dois resolveram manter a relação em segredo até que pudessem amadurecê-la. A única pessoa da equipe que tinha uma certa desconfiança era Catherine. O silêncio do casal sobre um algo mais que poderia haver entre eles era um indicativo que sim, mas a loira não tinha total certeza. E conhecendo o amigo, não insistia no assunto. Mas a sós, em algum caso ou analisando evidências, a química era perfeita. A atmosfera de cumplicidade era intensa: um olhar cheio de segundas intenções, um sorriso desejando algo mais ou pensamentos que se completavam. Dentro e fora do lab, eram duas almas que se completavam e dois corações que batiam como um só. Era o amor verdadeiro que laçara dois solitários e os transformaram em uma só pessoa. Na cama, a mesma paixão que os envolvera em São Francisco anos atrás. Nada mudou. A forma de se entregar, se fazer amor, de desejar continuava a mesma, com mais intensidade. E Grissom não desejava mais nada da vida a não ser estar ao lado de Sara. Ora se amavam no apartamento dele, ora no dela. E os dois precisavam se desdobrar para não serem descobertos, afinal, queriam manter o segredo por enquanto. No apartamento de Grissom, em certa madrugada chuvosa, os dois se amaram e depois ficaram juntos na cama, sentindo o cheiro do amor nos corpos, acariciando um ao outro, vendo as estrelas pela janela entreaberta.

GG: Nunca me esqueci das nossas transas em São Francisco. E você continua a mesma mulher quente e gostosa de anos atrás.

Sara, encolhida na frente, tendo Grissom abraçando-a por trás, ambos em conchinha, deu um sorriso. 

GG: Quando penso no tempo que perdi tentando lutar contra este sentimento... fui vencido pelo amor.
SS: Você cansou de ser sozinho, acho que foi isso.
GG: Me desculpe por ter demorado a me entregar a você.
SS: Já passou, Griss. Fico feliz que você tenha visto o quanto eu te amava.
GG: Eu nunca deixei de te amar, honey. Nunca. Apenas nunca soube lidar com isso dentro de mim. Sempre fui um atrapalhado nas coisas do coração.
SS: Isso porque talvez não tivesse uma mulher que soubesse amá-lo como eu o amo...
GG: Quero levá-la à casa de minha mãe em Santa Monica.
GG: Falei de você para ela no skype e ela me disse estar ansiosa para conhecer o amor da minha vida.

Sara virou-se para Grissom e o olhou surpresa.

SS: Falou sério?
GG: É claro. Você é minha namorada, não é?

A perita laçou os braços nas costas do amado que, beijando-a, ficou por cima do corpo da amada. Sara abriu as pernas e Grissom a penetrou, e os dois voltaram a se amar intensamente na cama, na madrugada chuvosa de Vegas. Na manhã seguinte, os dois foram acordados pelos latidos de Hank, o fiel companheiro de Grissom.

SS: O que Hank quer?
GG: Deve estar com fome. Ele sempre faz isso quando está faminto.

O supervisor deu um beijo apaixonado em Sara e depois colocou a cueca samba-canção e vestiu seu robe azul.

GG: Toma café comigo?
SS: Sim. Estou faminta...

A perita levantou-se lentamente e colocou sua calcinha de renda rosa perolado. Depois, vestiu sua camiseta e seguiu com o amado até o andar de baixo do apartamento, onde ficava a cozinha. Hank os seguiu até a mesa e Grissom deu comida ao cão. Os dois faziam a refeição em clima de muita cumplicidade e conversavam.

SS: Escuta, que dia é o julgamento de Harry McPerson?
GG: Depois de amanhã.
SS: Estou nervosa. A advogada dele é advogada do diabo. Ela prometeu desqualificar todas as provas que o incriminam.
GG: Sara, você sabe que as evidências não mentem. Elas indicam que realmente foi ele quem matou aquela jovem no quarto de hotel.
SS: É, mas possivelmente eu serei convocada a prestar depoimento.
GG: Isso é, você estava no caso comigo. E Nick também não poderá abster-se de depor. É muito comum na nossa profissão, minha querida.
SS: Eu sei, mas nunca me acostumo a ficar na frente de um juiz e de advogados sem escrúpulos em tribunais. Você se lembra o que a advogada de Tom Haviland, aquela tal de Marjorie Westcott, fez a todos da equipe em pleno tribunal? Nos deixou sem chão, sendo invasiva em detalhes de nossas vidas, o que não deveria ter sido levado para o julgamento. Sem contar que aquele seu ex-mentor, o Philip Gerard, era um tremendo mau caráter e ajudou a advogada a ser cruel com a gente.
GG: Honey, acalme-se! Já me informei sobre o juiz que estará frente ao caso. É Mike Laurence, um velho conhecido. Vai ficar tudo bem. Vamos continuar nosso café, porque temos que ir para o lab.
SS: É, eu ainda vou passar em casa. Não posso chegar com a mesma roupa, vão desconfiar.

Grissom deu um sorriso de lado para Sara e os dois comeram. A perita se vestiu e foi para casa. Chegou ao lab pouco depois de Grissom.

NS: Ei! Pensei que não vinha mais!
SS: Peguei trânsito...
CW: Grissom já chegou. Ainda bem que o humor dele está bom. Você sabe o motivo?

Nick olhou surpreso para a amiga e Sara ficou espantada. Mas tentou disfarçar para não deixar sua relação à mostra.

SS: Eu? E por que deveria? Não... não sei de nada!
CW: Tá bom... - Catherine fingiu acreditar.
NS: Vocês irão ao julgamento? Fui convocado.
SS: É, você estava no caso comigo e com o Grissom, então nós iremos sim. O Grissom está na sala dele?
CW: Está.
SS: Vou falar com ele e já volto.

Sara seguiu para a sala do amado chefe, e Catherine pensou: “Acha que eu não sei de vocês dois, Sara? A quem você quer enganar?”. E sorriu satisfeita.

SS: Posso entrar? – disse Sara, da porta.
GG: Entre, Sara.
SS: Griss, encontrei a ficha psiquiátrica de Harry McPerson, de uma clínica em Los Angeles. Aqui diz que ele utiliza vários anti-psicóticos e faz tratamento para depressão.
GG: Mas não é ficha antiga?
SS: Não, aqui consta que ele continua a fazer uso desses medicamentos, o que implicaria em agravamento na pena – ela apontava os nomes dos medicamentos na ficha.

Grissom sorriu para Sara, que continuava olhando para a ficha. Estava satisfeito em ver como ela era esperta e hábil. A perita, sem olhar para o amado, retribuiu o sorriso, sentindo o calor do sorriso gostoso de Grissom. Em um momento terno dos dois, ele tocou a mão dela suavemente. Catherine chegou na porta bem no exato momento e  acabou flagrando uma cena de romance entre os dois.

CW: Hã hã... – pigarreou.

Grissom e Sara olharam assustados para a loira.

SS: Que susto, Cath!
CW: Atrapalhei alguma coisa?
GG: O que você quer, Catherine?
CW: Tem uma pessoa que quer falar com você.
GG: Aqui no lab? – levantou a sobrancelha.
CW: É. Quer ir falar com ela?
GG: Quem é a pessoa?
CW Heather.

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