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Você não me ensinou a te perder - cap. 7


GG: Eu imaginava que você engravidaria, mas não que fosse tão cedo.
SS: Bom, levando-se em conta que nós transamos sem preservativo, diria até que demorou. Aliás, eu nunca pensei que fosse fértil, sempre achei que tivesse algum problema.
GG: Bobagem! Você é perfeitamente saudável, querida! Linda e saudável.
SS: Estou com pena da Cath. Está muito triste por causa da Lindsay.
GG: Elas ainda estão nessa briguinha?
SS A garota foi morar com a avó e só volta para casa caso Catherine aborte a criança.
GG: O racismo é uma das chagas da humanidade.
SS: É por essas e outras que o mundo está assim. Mas daremos apoio aos dois, sei que sairão dessa.
GG: Você sempre com esse coração humanitário, Sara...
SS: Odeio injustiça.
GG: É uma das coisas que me fizeram te amar profundamente: seu senso de justiça.
SS: Tem horas que precisamos ser práticos, honey. Não somente coração, mas também não somente razão. Tem de haver um equilíbrio em todo o contexto.
GG: Chega mais pra cá, relaxe um pouco.
SS: Vou acabar ficando mal-acostumada, Griss...
GG: De amor você deve sim.

Sara se achegou no ombro do amado e os dois ficaram curtindo a noite. No dia seguinte, Catherine chegou um pouco mais tarde ao lab por que fizera o segundo ultrassom. A barriguinha da loira já era visível, e o restante da equipe também já sabia de seu relacionamento com Warrick. Como ela ficaria agora só no lab, pois Grissom a impediu de ir a campo, Catherine sentou-se na sala de reuniões. Sara seguiu para lá também, antes de ir a campo (por insistência, pois Grissom não a queria em campo estando grávida).

SS: Ei! Te procurei o lab todo!
CW: Agora não vou mais a campo, o Gil me ordenou que eu ficasse aqui dentro. Estou descansando um pouquinho, os enjôos estão fortes.
SS: Como esse bebezinho está?
CW: Muito bem.
SS: Teve notícias de Lindsay?
CW: Minha mãe ligou dizendo que ela está irredutível. Vou dar tempo ao tempo.
SS: Acho melhor. Escute, tenho uma novidade para te contar.
CW: Espero que me anime um pouco, ando tão chateada...
SS: Acho que vai sim. Grissom e eu vamos ter um filho.
CW: Ah, que coisa maravilhosa, Sara! Meus parabéns!

As duas se abraçaram.

SS: Obrigada, Catherine.
CW: Espero que vocês tenham uma sorte melhor que a minha e Warrick. Está sendo tudo tão difícil...
SS: A Lindsay vai acabar te pedindo desculpas por tudo, você vai ver.
CW: Acho que vou para casa.
SS: Sente-se mal?
CW Sim, e um cansaço extremo. Vou me despedir de Warrick e falar com o Gil.

Warrick estava sozinho na sala de convivência, tomando um café antes de ir para campo com Sara.

CW: Estou indo.
WB: Não se sente bem?
CW: Enjôos e dores nas costas.
WB: Eu passo mais tarde em sua casa.
CW: Vou te esperar.

Os dois se beijaram.

CW: Não se esqueça nunca que eu te amo.
WB: Nunca vou me esquecer disso. E eu amo vocês duas. Poxa, duas mulheres em minha vida... Quer coisa melhor?
CW: Estou gerando uma menina pra você estar cercado por duas mulheres magníficas.

Warrick sorriu timidamente.

WB: Mais tarde estarei com minhas duas mulheres. Agora preciso ir.

Mais um beijo e cada um foi para um lado. Em casa, a loira teve a companhia da mãe. Warrick e Sara seguiram para uma cena de crime em um teatro na periferia de Vegas. Era um local não muito grande, e havia poucos policiais no local. Nem Brass, nem Vartann estavam naquele caso, pois se encontravam em outras partes da cidade. Um dos policiais relatou o que ocorrera e os dois peritos adentraram ao local.

WB: Puxa, não se fazem mais teatros como antigamente!
SS: Vai ver pensavam que assassinatos eram uma arte também...
WB: Sara, vou olhar nesta área aqui. Se a gente se separar, podemos encontrar mais pistas.
SS: Tá certo, vou lá pra baixo. Vi uma porta que deve dar a algum lugar.

Os dois se separaram e foram cada um periciar e analisar uma área diferente. Em questão de minutos, uma grande explosão foi ouvida do lado de fora do teatro, que veio todo abaixo. Uma tragédia de grandes proporções havia acontecido. Teria sido mera coincidência? Grissom estava com Brass em outra parte de Vegas quando o capitão recebeu um telefonema.

GG: O que foi?
JB: Uma tragédia, Gil. Explosão no teatro onde Sara e Warrick estavam periciando.
GG: Como é?!
JB: Recebi poucas informações, estou indo pra lá.
GG: Vou com você. Quero todos se deslocando para o local.

Ao chegar ao local da explosão, Grissom teve uma noção do que havia acontecido. O coração bateu mais forte, sabendo que sua mulher poderia estar nos escombros. E também um de seus subordinados.

NS: Minha nossa, parece a guerra do Afeganistão!
GG: Vamos nos concentrar na parte central do teatro, que é onde o corpo foi localizado. Provavelmente Sara e Warrick estejam nessa parte.
GS: Mas não daria tempo de eles terem escapado?
JB Pelo que soube, foi tudo muito rápido. Foi o tempo de eles terem entrado no teatro e cinco minutos depois o teatro veio abaixo.
NS: Isso me parece atentado. Alguém que sabia que o teatro seria periciado e puseram a bomba ou artefato dentro.
GG: Ou pode ser que já estivesse lá.
GS: Como assim?
GG: A bomba já poderia estar no teatro, só esperando o momento de ser ativada. Não podemos perder tempo, vamos nos separar, cada um vasculha uma área. Precisamos encontrar Sara e Warrick o mais rápido possível, senão as chances de encontrá-los com vida serão quase nulas.

A equipe se dividiu e cada um foi para um lado. Grissom estava com o coração na mão, não sabia como iria encontrar os dois. Tinha medo de que a verdade aparecesse de forma que não gostaria de ver. Havia muitos profissionais escavando e retirando os entulhos, para abrir caminho. Nick encontrou restos de bomba em determinado local. Mas coube a Grissom encontrar Warrick. O supervisor localizou a mão que supôs ser do seu subordinado e gritou:

GG: Me ajudem aqui, acho que encontrei o Warrick!

Todos correram até o local onde o supervisor estava. Os paramédicos começaram a escavar os escombros para retirar o perito o mais rápido possível. A equipe estava apreensiva. Pouco tempo depois, localizaram Warrick, que estava coberto de pó e tinha muitos ferimentos.

GG: Céus! – exclamou em voz baixa.

Os paramédicos o retiraram dos escombros e começaram os procedimentos para tentar salvá-lo. Fizeram reanimação com as mãos, usaram desfibrilador. A tensão durou cerca de cinco minutos, quando um dos médicos disse:

##: Não há mais nada a ser feito.

Todos ficaram boquiabertos, sem saber o que dizer. As lágrimas foram inevitáveis. Warrick estava morto. Nick e Greg se abraçaram aos prantos. Grissom tentou manter-se forte, pois ainda tinha que encontrar Sara. Mas os olhos estavam marejados. Agachou-se e tocou a mão do rapaz que jazia no chão. Em seguida levantou-se e foi procurar por Sara. Nick fez um comentário aos prantos, observando o corpo do amigo completamente empoeirado e ensangüentado:

NS: Como é que vamos dar a notícia a Catherine?

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