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Você não me ensinou a te perder - cap. 4


SS: Quem era?
GG: Era Heather. Disse que está com medo porque recebeu várias ligações anônimas esta noite. Quer que eu vá ajudá-la.
SS: À essa hora? Estamos no meio do café, Griss!
GG: Se eu demorar mais um pouco ela pode estar realmente em perigo.
SS: Grissom! – Sara levantou-se do sofá – Não acredito que em plena folga nossa você vai me deixar falando sozinha para ir até Lady Heather!
GG: Sara! Está com ciúmes de uma pobre coitada?!
SS: Pobre coitada ela? O que te leva a pensar assim?
GG: Heather tem muitos problemas na vida, perdeu a filha Zoe, não tem contato com a neta, vive sozinha...
SS: Ótimo! Vá morar com ela. Quem sabe ela perde o medo e vocês fiquem juntos de uma vez!
GG: Não estou a fim de começar uma discussão com você, Sara.
SS: É melhor você ir embora, Griss. Nosso dia acabou!
GG: Eu volto, Sara.
SS: A partir do momento que sair por aquela porta não precisa retornar.

Sem nada dizer, Grissom foi ao quarto, vestiu as roupas e saiu. Naquele momento, Sara sentiu que Grissom não a amava tanto quanto ela pensava. Teria que esquecê-lo e viver sua vida, mesmo que só. Mas a vida dá reviravoltas interessantes. E isso aconteceria com a perita. Grissom chegou na casa de Heather, que tinha os olhos marejados.

LH: Que bom que veio. Entre.
GG: Eu não deveria ter vindo, Heather.
LH: Alguém o impede de fazer o que deve ser feito?
GG: Ninguém me impede de fazer nada. Mas nós não temos nenhum tipo de relação, a menos que você tenha motivos fortes, eu não vou ficar aqui.
LH: Estou tão assustada!
GG: O que aconteceu?
LH: Sinto que alguém me vigia. Não sei, posso estar apenas paranóica, mas tenho a impressão de estar sendo seguida.
GG: Viu alguém ou alguma coisa que a levasse a crer nisso?

Heather, impulsivamente, foi até Grissom e o abraçou.

LH: Estou assustada, Gil!

O supervisor sentiu-se constrangido, mas a abraçou também.

GG: Vai ficar tudo bem.

Heather olhou firme para Grissom e perguntou:

LH: Fica aqui comigo?

Ele levantou a sobrancelha, incrédulo. Enquanto isso, na casa de Catherine, a jovem Lindsay ia sair com amigas.

CW: Vai sair, Lindsay?
LW: Vou. Minhas amigas estão me esperando lá na quadra.
CW: Vê se não demora.
LW: Qual é mãe? Você vai poder ficar à vontade com o Warrick, que é o que você está doida pra fazer.
CW: Olha como fala comigo! E porque está falando do Warrick?
LW: Veja você mesma.

Catherine chegou na janela e viu Warrick saindo do carro.
LW: Não falei?

A campainha tocou.

LW: Eu atendo, mãe. Oi Warrick.
WB: Oi Lindsay. Sua mãe está?
CW: Estou aqui, Warrick.
LW: Bom, já vou indo. Juízo vocês dois!

A adolescente saiu e Warrick deu uma risadinha. Em seguida, ele olhou para sua musa loira e sorriu maliciosamente.

CW: Porque este olhar, Warrick?
WB: Você já sabe...

Catherine conduziu o amado até seu quarto, onde se amaram por um longo tempo. Depois do amor, os dois ficaram abraçados, em perfeita sintonia.

WB: Já disse o quanto você é gostosa?
CW: Perdi as contas...
WB: Uau!
CW: Warrick, ah, eu preciso te dizer uma coisa e nem sei por onde começar...
WB: Que tal pelo começo?
CW: É sério! Estou ainda espantada.
WB: O que aconteceu?

Catherine sentou-se na cama e olhou bem para Warrick, que continuava deitado, enrolado aos lençóis.

CW: Ainda não sei como foi acontecer, mas... aconteceu.
WB: Tá, mas o que exatamente aconteceu?
CW: Estou grávida.
WB: Grávida? – ele sentou-se junto dela, tocando-a com carinho.
CW: É, grávida, Warrick.
WB: Que loucura, Cath! – Warrick sorriu surpreso e feliz ao mesmo tempo.
CW: Está achando engraçado?
WB: Estou surpreso, claro. E feliz. Afinal, eu amo você!
CW: E a Lindsay, War?
WB: O que tem?
CW Ela não vai aceitar.
WB: Ela será uma tola se rejeitar essa criança, que é irmão ou irmã dela. E não vou deixá-la destratar você. Afinal, você é minha gata e mãe do meu filho. Nenhum dos dois merece ser desrespeitado. Agora, vem pra cá, vem...

Warrick puxou Catherine para ele e os dois voltaram a se amar. Enquanto isso, Sara arrumava a casa, tentando esquecer a discussão que tivera com Grissom. A opção dele de ir ao encontro de Heather a deixou extremamente desolada. Ele foi, sim, mas não deixou que a ruiva tentasse algo mais. O amor de Sara o fez voltar ao apartamento.

SS: O que você quer depois de tudo, Griss?
GG: Quero que você me escute. Depois pode me mandar embora.
SS: Não temos nada a falar um com o outro.
GG: Me escute, serão apenas dois minutos.

Sara deu um suspiro e assentiu. Quem sabe ele não iria embora depois?

SS: Ok, entre.
GG: Sara, você me ama?
SS: Que pergunta é essa, Griss?
GG: Preciso saber se você me ama.
SS: Eu amo sim, o que não significa que eu sou obrigada a aceitar certas coisas.
GG: Eu estou aqui, não estou?
SS: Tem certeza de que está?
GG: Não estou entendendo sua ironia.
SS: Sua cabeça não está em Heather?
GG: Eu vim porque é você quem eu amo. Ela não me fez nada, nem chegou perto de mim. Oras, Sara, somos adultos, não somos duas crianças mimadas!
SS: Eu não sou uma criança mimada, Grissom!
GG: Então me escute. Ou melhor, preste atenção em mim.
SS: Diga.
GG: Não, não vou dizer anda. Vou te mostrar uma coisa.

Grissom tirou do bolso uma caixinha preta e entregou à amada.

SS: O que... Grissom!
GG: Abra.

Sara abriu a caixinha e se deparou com um belíssimo anel de diamantes com uma pedra arroxeada. A perita ficou sem palavras.

SS: Não sei o que dizer...
GG: Diga apenas que me ama que ficarei muito feliz.

A bela mulher deu um sorriso com biquinho, mostrando que o havia perdoado. Aproximou-se do amado e, ao pé do ouvido, disse:

SS: Está perdoado, senhor Grissom!

Ele sorriu e pôs o anel no dedo direito dela. Em seguida, a pegou no colo e a levou para o quarto. Minutos depois, com as roupas espalhadas no chão, os dois se amavam na cama, em “ritmo de samba”.  Os dois já haviam gozado, mas continuavam a se amar. O celular de Sara tocou bem naquele momento.

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