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Você não me ensinou a te perder - cap. 2



As duas amigas se olharam. Sara ficou desconcertada com a presença daquela mulher no lab, e Catherine, sabendo do romance dos dois, ficou sem jeito depois de dar o recado.

GG: Bom, vou lá falar com ela. Vocês duas podem ir para a sala de convivência, já apareço por lá.
CW: Certo.

Enquanto as duas iam para um lado, Grissom foi até a recepção. Heather o olhou com tristeza no olhar.

GG: O que você faz aqui, Heather?
LH: Podemos conversar em particular?
GG: Ãh, claro, vamos até minha sala.

Na sala...

GG: Então, o que você tem a me dizer? E por que está com esse olhar triste?
LH: Sinto-me tão só desde a morte da Zoe... então pensei em você, achei que poderíamos estreitar mais nossos laços de amizade...
GG: Aonde você quer chegar, Heather?

A ruiva se aproximou do supervisor, sem saber que ele estava envolvido com Sara.

GG: Heather...
LH: Sinto saudades das noites que passamos juntos... Gostaria que esses momentos voltassem...
GG: Heather... – Grissom dava passos para trás, na tentativa de se livrar dela.
LH: Porque está me evitando?
GG: Não podemos nos envolver...

Heather não se deu por vencida e deu um beijo em Grissom, que ficou espantado com o atrevimento dela.

GG: Por favor, entenda.
LH: Vou te esperar em minha casa para tomarmos um chá. Tchau!

Assim que Heather saiu, Grissom ficou pensativo, espantado com o atrevimento da dominatrix. E não iria se deixar seduzir pela ruiva estando tão bem ao lado de Sara, depois de tantos anos com um muro entre eles... Não, estava feliz e iria continuar assim. Foi para a sala de convivência onde, além de Sara, Catherine e Nick, Warrick e Greg estavam. A namorada o olhava com um misto de curiosidade e tensão. Sara nunca disse a Grissom, mas tinha ciúme dele com Heather, sabendo que eles foram amantes no passado. Ainda mais por que a dominatrix não escondia que tinha uma queda pelo supervisor. A perita sentia uma certa insegurança sim, pois Heather era uma bela mulher, com olhos verdes penetrantes e convidativos. Mas não deixaria que ele tomasse conhecimento disso, tinham se acertado e estavam felizes. O dia passou e Sara não tocou no assunto Heather com Grissom, até porque estava concentrada na audiência do dia seguinte. Naquela noite, o supervisor preferiu ficar sozinho em casa, e os dois passaram a noite separados. Na manhã seguinte, Grissom, Sara e Nick se encontraram no tribunal.

GG: Estão prontos para dar seus depoimentos?
SS: Sim.
NS: Sim.
SS: Griss, o advogado de Harry McPerson já chegou?
GG: Na verdade é a advogada. O nome dela é Elisie Schneider. Dizem que é muito boa.
NS: Espero que não seja que nem a tal de Marjorie Westcott.
SS: Nem me fale dela. Me arrepio só de lembrar as coisas absurdas que ela me perguntou...

Naquele momento, Catherine e Warrick chegaram.

GG: O que estão fazendo aqui? Não deveriam estar em campo?
CW: Viemos assistir ao julgamento. Todos nós participamos de alguma forma, sendo na análise das evidências, DNA, enfim...
WB: E também viemos dar uma força.
NS: Valeu, cara.

A audiência começou e Nick foi o primeiro a ser chamado para depor. A advogada era tão ardilosa quanto a de Tom Haviland, e o perito sentiu que poderia se sair mal. A equipe na platéia estava penalizada com a situação de Nick, que parecia nervoso e trêmulo com tantas perguntas que chegavam a ser irrelevantes. O interrogatório durou cerca de 10 minutos. Em seguida, Sara foi chamada.

J (juiz): Levante sua mão direita, senhorita Sidle.
PJ (promotor de justiça): Jura dizer a verdade, somente a verdade, nada mais que a verdade?
SS: Juro.
J: Pode sentar-se a testemunha.
PJ: Senhorita Sidle, conte como foi que você encontrou o corpo de Alice Jing no quarto de hotel.
SS: Bem, fomos até o Mandalay investigar um crime que havia ocorrido lá. Fomos até o quarto e o corpo dela estava estirado no chão.
PJ: Havia mais alguém com você na investigação?
SS: Havia.
PJ: Quem?
SS: Meu supervisor, Gilbert Grissom, o outro perito do lab, Nick Stokes e Jim Brass, capitão de policia. Foi ele quem nos avisou sobre o crime.
PJ: Notou alguma coisa de diferente ou estranha na cena do crime?
SS: Bem, a jovem foi morta com requintes de crueldade. Embora estejamos acostumados a ver tantas pessoas mortas, essa jovem foi assassinada sob tortura e muito ódio por parte do criminoso.
ES: Protesto, meritíssimo! O promotor está induzindo a testemunha a incriminar meu cliente.
J: Protesto negado. Pode continuar, promotor.
PJ: Obrigado, meritíssimo. Senhorita Sidle, as evidências todas apontam para o senhor Harry McPerson como sendo o autor do crime. Acredita ser ele de fato o culpado?
SS: Como meu supervisor costuma dizer, as evidências nunca mentem. E segundo o médico legista do lab, Albert Robbins, a vítima fala com a gente, nos mostra como e quando foi assassinada. Além do quê, as digitais encontradas na cena do crime batem com as do senhor McPerson. Sendo assim, temos razões suficientes para acusá-lo.

Sara ainda falou por mais alguns minutos até chegar a hora de confrontar a advogada de defesa do acusado. Pela expressão, Elisie Schneider estava ansiosa para fritar a perita.

ES: A senhorita jurou dizer a verdade, mas não é o que está acontecendo aqui!

Sara olhou para a mulher com a sobrancelha levantada, sem entender aonde ela queria chegar.

J: Pode ser mais especifica, senhorita Schneider?
ES: Claro, meritíssimo – e voltou-se para Sara novamente – Fica fácil achar um culpado quando se trabalha junto com o amante, não é?

Sara olhou espantada para a advogada e houve um murmurinho na platéia. Grissom olhou para Elisie intrigado.

SS: Como é?
J: Responda à advogada, testemunha.
SS: Não entendi a insinuação, meritíssimo.
ES: Uma fonte me informou que você tem um caso, um romance, ou como queira chamar, com seu supervisor-chefe Gil Grissom.

Sara e todos da platéia ficaram espantados. A perita não sabia onde enfiar a cara e nem como sair daquela cilada que a advogada preparara.

ES: Não tem o que dizer né?
SS: Isso não faz parte das investigações.
ES (virando-se para o público): Ah, vocês vêem só, meus amigos, ela admite ser amante do próprio chefe!
PJ: Protesto, meritíssimo! A vida pessoal da testemunha não é relevante no processo! Não consta dos autos processuais a vida afetiva das testemunhas.
J: Protesto aceito. Abstenha-se de fazer perguntas pertinentes ao caso, senhorita Schneider.

Com cara de tacho mas mantendo a pose, a advogada loira voltou-se para Sara e continuou a fazer perguntas sobre o caso, no que ela se saiu muito bem, para desgosto da defensora. Depois que ela foi dispensada, houve um recesso de 30 minutos. Sara sentou-se entre Nick e Catherine, que sussurrou em seu ouvido:

CW: Você se saiu muito bem.

Após o recesso, Grissom foi chamado a depor. Primeiro o promotor e em seguida a advogada Elisie, que tentava disfarçar a raiva por Sara ter se saído bem no depoimento. Ela pensava que com o supervisor, que era “amante” da perita, seria mais fácil persuadir.

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