ES:
Senhor Grissom, pode me dizer o que o senhor fez na cena do crime assim que
chegou ao local?
GG:
Sim. Coloquei as luvas de látex para evitar contato com as evidências, procurei
provas pelo cômodo e analisei o corpo.
ES:
O senhor sabia que meu cliente tem uma grande empresa? Como você e sua equipe
podem ficar acusando-o de assassinato?!
GG:
Sei que ele é dono de uma grande empresa. Mas os grandes empresários também
podem se tornar grandes assassinos.
ES:
Meu cliente não estava em Las Vegas na noite do crime!
GG:
Isso é o que você diz. Mas o corpo diz outra coisa.
ES:
Ele estava em Los Angeles!
GG:
Foi bom você ter mencionado Los Angeles. Meritíssimo, me permite mostrar o que
tenho comigo?
J:
Pedido aceito.
Grissom
abriu uma pasta contendo uma ficha psiquiátrica do acusado e mensagens
impressas de celular.
GG:
Isto é uma ficha de um consultório em Los Angeles. Consta que o senhor Harry
McPerson faz tratamento contra drogas e faz uso de anti-psicóticos.
ES:
Como vê, ele não poderia ter matado aquela jovem. Está doente.
GG:
Esta ficha prova que ele tem envolvimento com drogas, o que ele negou em seu
interrogatório na delegacia. E tenho em minhas mãos impressões de mensagens que
ele enviou para Alice Jing.
Grissom
leu algumas delas e olhou para a advogada, que estava apavorada com a
possibilidade de perder a causa.
ES:
Isso não prova nada.
GG:
Tanto prova que o incrimina. Em um dos copos foram encontrados resquícios de
cocaína, o que indica que ele estava consumindo drogas no quarto, reforçando a
tese de usuário ativo de drogas. Agora, outra coisa me chamou a atenção. O
senhor McPerson tem um corte no joelho, que ele disse ter cortado em uma queda.
Veja na tela as manchas de sangue.
Grissom
mexeu no laptop deixado à sua frente e fez a combinação da mancha encontrada no
lençol que estava no chão do quarto e a marca do joelho do acusado: match
found! A advogada olhou perplexa para a condenação de seu cliente na tela, e
Grissom olhou satisfeito, com a certeza da justiça sendo feita.
ES:
Sem mais perguntas, senhor juiz.
J:
Recesso de 30 minutos e a decisão será lida.
A
equipe saiu da sala e se reuniu do lado de fora.
SS:
Acha que nos saímos bem?
GG:
Tenho certeza de que ele será condenado.
CW:
Assim espero. Aquela advogada é terrível.
NS:
Estou cansado, viu?
SS:
Ainda nem chegamos ao fim, Nick.
WB:
Mas a decisão será na próxima etapa, então acho que não vai demorar muito.
GG:
Não, não irá.
O
ex-mentor de Grissom, Philip Gerard, que estava assistindo ao julgamento, veio
cumprimentá-lo.
PG:
Então meu ex-pupilo está se saindo muito bem!
GG:
Minha equipe está se saindo muito bem.
PG:
Será mesmo?
GG:
O que você quer dizer com isso?
PG:
Ouvi muito bem a advogada falando de um romance seu com sua subordinada...
GG:
O que você sabe da minha vida, Philip?
PG:
A gente tem meios para descobrir, Gil...
GG:
Mas garanto que nenhuma informação é verdadeira – fez biquinho.
Catherine
interrompeu.
CW:
Gil, precisamos voltar.
GG:
O dever me chama.
A
equipe retornou para a sala, onde ouviu a sentença: condenado a 50 anos de
prisão em regime fechado, sem direito a semi-aberto ou condicional. Os peritos
se reuniram no estacionamento do tribunal, aliviados.
CW:
Ainda bem que acabou bem. Não agüentaria ver esse sujeito livre por aí...
SS:
Estou pregada. Preciso ver minha cama!
NS:
Concordo com você, Sara.
GG:
Vamos cada um para sua casa e nos falamos no lab amanhã.
A
equipe se despediu e cada um seguiu seu caminho. Grissom pegou um atalho para
que ninguém percebesse que ele estava indo para a casa de Sara. Ela chegou e jogou
as chaves na mesinha. Tirou os sapatos, a calça e foi até a cozinha, onde pegou
uma cerveja bem gelada. Adorava beber no bico da garrafa. Após matar a sede,
caminhou para o quarto. Mas a campainha a impediu de ir para o banho. Foi
atender e... deu de cara com Grissom.
SS:
Você?
GG:
É, sou eu – sorriu – Posso entrar?
Sara
sorriu fazendo biquinho e abriu mais a porta para que ele entrasse. Já sabia
onde isso iria parar.
SS:
Você não foi em casa?
GG:
Não. Peguei um atalho e vim direto pra cá.
SS:
Nossa, o que foi?
GG:
Saudades, querida... saudades.
Grissom
abraçou Sara em torno da cintura e a beijou. Beijos, abraços e... quarto. O
supervisor foi tirando as roupas da amada com muito desejo e, entre beijos,
carícias e gemidos, os dois se amaram intensamente. Depois de um dia estafante,
uma noite de amor seria muito bem vinda. Beijos molhados, toques, sussurros,
gemidos, movimentos de pernas, nádegas, entra-e-sai e um delicioso orgasmo. Silêncio.
Corações batendo acelerado. Um gemido vindo de Sara para em seguida Grissom
gemer também. Enquanto os “soldadinhos” de Grissom marchavam até o “castelo” de
Sara, o casal, abraçados, ele encima dela, se beijavam e sussurravam palavras
doces ao pé do ouvido. Na
casa de Catherine, ela e Warrick estavam a sós na sala, já que Lindsay estava
dormindo – os dois estavam iniciando seu relacionamento, tal como Grissom e
Sara. Aliás, o assunto era exatamente sobre a relação dos dois amigos, que
pegou muita gente de surpresa durante a audiência, onde a advogada Elisie
Schneider revelou à revelia que os dois eram amantes.
WB:
Fala sério, eu ainda estou passado com a afirmação da advogada. Ela
praticamente dedurou o Grissom e a Sara.
CW:
Ela foi péssima!
WB:
Você já sabia disso?
CW:
Tinha uma quase certeza. Sou muito observadora, mas os dois nunca disseram nada
a respeito.
WB:
Devem ter seus motivos.
CW:
Acredito que o maior motivo se chame Conrad Ecklie.
WB:
E o nosso, qual é?
Catherine
olhou para Warrick e sorriu. Em seguida, tocou nas mãos dele e suspirou.
CW:
Tantas coisas, War... tantas coisas...
WB:
Isto significa que não vamos abrir o jogo para os nossos amigos do lab?
CW:
Na hora certa sim, Warrick...
Warrick
foi beijando o pescoço de Catherine, que mesmo excitada, o freou.
CW:
Aqui não, War! A Lindsay está no quarto.
WB:
Mas ela não está dormindo?
CW:
Ela pode acordar.
WB:
Acho que a Lindsay é bem grandinha para entender que a mãe tem direito à uma
vida íntima.
CW:
Agora não é o momento, querido. Amanhã vou ao seu apartamento.
WB:
Tudo bem, vou nessa, já está tarde.
CW:
Acho melhor. A gente se vê amanhã.
Os
dois se despediram com um beijo e Catherine fechou a porta. É
claro que estava doida para transar com Warrick em sua cama, mas a presença da
filha na casa a intimidava, coisa que odiava, ser intimidada por algo ou alguém. O
dia amanheceu frio em Vegas. Era dia de folga coletiva, então cada um curtiria
o dia à sua maneira. Grissom aproveitaria a companhia da namorada estando no
apartamento dela. Os dois tomavam o café da manhã na sala e planejavam o que
fazer no dia de folga. Mas um telefone um tanto estranho, logo pela manhã,
estragou os planos do casal.
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