SS:
Preciso atender. Pode ser urgente! – disse a perita, arfante e bastante suada.
GG:
Tudo bem...
Grissom
saiu de cima da amada e deitou-se na cama macia dela. Sara pegou o celular e
atendeu.
SS:
Sidle.
CW:
Sara, está muito ocupada?
SS:
Ãh... – ela olhou para Grissom, que sorria – Um pouco, por que?
CW:
Gostaria de chamá-la, mais o Gil, para um jantar hoje à noite.
SS:
Jantar?
CW:
É, aqui na minha casa. Lindsay vai dormir na casa de uma amiga e adoraria que
vocês dois viessem. Tenho algo para contar.
SS:
A que horas?
CW:
Às sete.
SS:
Ok, eu estarei aí. Você já falou com o Grissom?
CW:
Melhor você falar.
Catherine
desligou, deixando a “bomba” no colo de Sara, que ainda não sabia que a amiga
sabia dos dois.
GG:
O que Catherine queria?
SS:
Nos convidou para um jantar na casa dela. Disse que tem algo a nos contar.
GG:
Então iremos.
SS:
Acho que ela desconfia de nós.
GG:
Porque?
SS:
Ela quer que eu fale com você a respeito do jantar. Passou a bola pra mim.
GG:
Acho que está na hora de contar sobre nós.
SS:
Acha mesmo?
GG:
Acho. Mas agora tenho algo mais importante a fazer.
SS:
O que?
Grissom
sentou-se na cama e, com as mãos entre os cabelos de Sara, a beijou
intensamente. Os dois se deitaram na cama e voltaram a fazer o que tanto
gostavam: amor! À noite, foram juntos para a casa da companheira de equipe.
Warrick estava na cozinha verificando a comida enquanto a loira recepcionava os
amigos.
CW:
Ah, que bom que vieram! Entrem!
SS:
Está sozinha?
CW:
Não, estou acompanhada.
GG:
E nós conhecemos?
CW:
E como! Bem, sentem-se e fiquem à vontade. Vou chamar meu convidado especial.
Grissom
e Sara se sentaram no sofá e ficaram especulando sobre quem seria o convidado
de Catherine. Ficaram mais do que surpresos ao vê-la vindo com Warrick para a
sala.
SS:
Warrick? É ele o seu convidado especial? – Sara levantou a sobrancelha.
WB:
Oi Sara, oi Grissom – disse o perito, meio sem jeito.
GG:
Vocês têm um relacionamento?
CW:
Bem, chegou a hora de dizer a verdade: sim, Warrick e eu estamos juntos há
alguns meses.
SS:
Que legal!
GG:
Estou surpreso com isso, mas feliz por vocês. Meus parabéns!
Os
casais se cumprimentaram e depois se sentaram.
CW:
Vocês querem jantar ou podemos aguardar um pouco?
SS:
Tem alguma música romântica em sua coleção?
CW:
Claro! Um minutinho...
Catherine
pôs soul music em volume baixo, como fundo musical. Warrick lhe dera uma
coleção de CDs de blues e soul music, que tocava constantemente no carro para
relaxar. Grissom, abraçado a Sara, comentou:
GG:
Um som gostoso para relaxar.
CW:
É como me sinto dirigindo com esse tipo de música.
Os
dois casais ficaram curtindo as músicas suaves e conversando. Em
seguida, foram jantar. Uma comida leve mas gostosa.
CW:
Bom, minha relação com o Warrick não era a única notícia que tinha a lhes dar.
SS:
Tem mais?
CW:
Conto eu ou você?
WB:
Cath, você tem mais jeito pra falar dessas coisas, tenha a honra.
CW:
Está bem então, eu conto. Bom, Warrick e eu vamos ter um filho.
Sara
engasgou-se com o vinho, jogando bebida na mesa. Grissom
deu uns tapinhas nas costas dela.
CW:
Ei, fique calma!
GG:
Respire fundo, Sara.
SS:
Estou bem, obrigada.
CW:
Não gostou da novidade?
SS:
Me pegou de surpresa, mas fico feliz pelos dois. Formam um lindo casal.
CW:
Agora o lab tem dois casais. Espero que o Ecklie não descubra.
GG:
Dois casais?
WB:
Oras, Grissom... todos nós sabemos que você e Sara estão juntos... só não
comentamos porque esperávamos que vocês viessem a nos contar.
GG:
Bom, já que é assim, e nós havíamos decidido, sim, estamos juntos.
CW:
Fico muito contente! Há quanto tempo estão juntos?
SS:
Há alguns meses, mas nos conhecemos há alguns anos, de São Francisco.
WB:
Que tal brindarmos a esse momento?
CW:
Concordo.
Os
quatro fizeram tim tim e continuaram a jantar. Depois saborearam uma deliciosa
sobremesa e mais tarde, Sara e Grissom foram embora, deixando o casal
Catherine/Warrick a sós na grande casa da perita-supervisora. Assim como o
casal GSR, eles também fizeram amor durante toda a madrugada – chuvosa, pois
caíra um pé d’água em Vegas naquela noite, logo após Grissom e Sara terem saído
da casa. Dois dias se passaram e Catherine ainda não havia falado sobre o bebê
à filha. Sabia que a filha era meio rebelde, desde a morte de Eddie, seu ex-marido,
mas a entendia muito bem. Lindsay tratava Warrick bem, o que já ajudava bastante.
Era à noite, e a loira estava um pouco exausta pelo dia de trabalho e também
sentindo alguns enjôos. Depois do banho, foi até o quarto da filha. Iria ter a
conversa naquele momento, não poderia mais esperar.
CW:
Lindsay?
LW:
Diga, mãe.
CW:
Tem um tempinho? Quero falar com você.
LW:
Pode dizer.
A
adolescente, que estava deitada na cama lendo um livro, fechou o livro e
sentou-se. Catherine sentou-se perto da filha.
CW:
Lindsay, você sabe que desde que me separei de seu pai que tenho vivido só pra você.
LW:
Ahãm.
CW:
Tive alguns rolos, mas nada sério.
LW:
Também sei disso. Onde você quer chegar, mãe?
CW:
Já vou chegar lá. Bom, aí apareceu o Warrick, a gente sempre se deu muito bem
no trabalho e acabamos nos apaixonando. Contra qualquer preconceito que
possamos sofrer, primeiro pela diferença de idade, já que sou alguns anos mais
velha do que ele, depois pela diferença de raça, decidimos ficar juntos. E
acabou que...
A
loira olhou fixamente nos olhos azuis da filha, que a olhava com certa
desconfiança.
LW:
Acabou que...
CW:
Lindsay, estou esperando um filho do Warrick.
A
jovem ficou extática, sem dizer um a. Catherine sentia o coração acelerar de
ansiedade e medo.
CW:
Não vai dizer nada?
Lindsay
levantou-se da cama e deu um berro
LW:
Que coisa ridícula, mãe!
CW:
Como é?!
LW:
Não tem vergonha de dizer que está grávida? Olha a sua idade! E vai ter um
filho negro!
CW:
Alto lá! Não quero que fale assim do seu irmão! Você não tem o direito de não
aceitar ter um irmão negro!
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