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Uma doce rotina - cap. 9


Enquanto a suave música tocava, Grissom despia Sara e beijava o corpo nu dela, enquanto, na ânsia do amor e do desejo, tirava a cueca samba-canção, exibindo o órgão excitado. Com a bela música de fundo, os dois mataram a saudade num amor profundo na enorme cama que aninhava o casal apaixonado. Um gemido profundo e Sara chegou ao orgasmo. Grissom também chegara e os dois se abraçaram, sentindo a respiração acelerada e os corpos suados. Pouco depois, uma grande explosão foi ouvida do lado de fora do prédio. O casal se assustou com o barulho e foi olhar na janela o que havia acontecido. Uma imensa labareda saía de seu carro.

SS: Aquele é seu carro?
GG: Sim, e estou indo ver o que aconteceu.

Grissom vestiu-se rapidamente e correu até o local onde estava seu carro. Os curiosos se aproximavam, mas ele, como um perito forense, os impedia:

GG: Por favor, não se aproximem!

Sara chegou logo em seguida, vestida com um camisão e short.

SS: Encontrou alguma evidência?
GG: Sim, veja!

Grissom apontou a lateral do carro e Sara olhou horrorizada para o corpo carbonizado.

SS: As perguntas que não querem calar: quem era ele e o que queria com seu carro?
GG: Quem fez isso, é a pergunta.

Brass chegou com seus homens em instantes.

JB: Vejo que o churrasco não deu muito certo! O incêndio foi no seu carro, Gil?
GG: Foi. Está tudo muito esquisito!
JB: Alguma idéia de quem poderia querer te atingir?
GG: Nenhuma. Da mesma forma que não sei quem era o cadáver que foi encontrado perto do carro.
JB: Vamos averiguar isso. Só que você deverá ficar de fora, porque tem parte envolvida nisso.
GG: Pediu o impossível à pessoa errada, Jim!

O cadáver foi levado para o laboratório de Robbins, enquanto Nick e Warrick analisavam a cena do crime.

NS: Veja, há cacos de vidro por todos os lados, e acabei de encontrar o que seria uma espécie de pano. Está parecendo que a pessoa detonou o carro com coquetel Molotov.
WB: Seria mesmo capaz de uma devastação como essa?
NS: Claro, cara! O coquetel Molotov é composto de petróleo, gasolina, ácido sulfúrico, clorato de potássio, açúcar e éter etílico. A combinação desses elementos é altamente perigosa, resultando em uma tremenda explosão. E sim, é capaz de matar pessoas que estejam próximas à área afetada.
WB: Quem era a pessoa que estava perto do carro do Grissom?
NS: São duas as perguntas: quem era essa pessoa e quem fez tudo isso?
WB: E porque né?

Grissom pediu que Sara retornasse ao apartamento. Ele iria acompanhar as investigações mais de perto. Algumas horas mais tarde, no lab, veio a surpresa.

GG: Mandou me chamar, Wendy?
WS: Sim, Grissom. Analisando as digitais parciais que conseguiram coletar, no banco de dados e não consta ninguém com esse perfil.
GG: O que significa que ele não é um criminoso.
WS: Não, mas outra coisa me chamou a atenção.
GG: O que?
WS: Ele tem sete alelos em comum com alguém daqui do lab.
GG: O morto é irmão de alguém daqui?! – Grissom ficou surpreso.
WS: Sim. Não faz idéia de quem?

Grissom ficou pensativo por alguns instantes. De repente, teve um clique:

GG: Sara!
WS: Exatamente!
GG: Mas como é possível? Eles... eles não se viam há anos! – e saiu apressado da sala de DNA, deixando Wendy sem entender absolutamente nada. 

Grissom foi até a sala de reuniões, onde Catherine e Nick debatiam o caso.

CW: Ei, aconteceu alguma coisa? Que expressão de espanto é essa, Gil?
GG: Vocês não têm idéia de quem seja a vítima.
NS: Estamos verificando nos bancos de dados.
GG: Esqueça isso. Já sei quem ele é.
CW: E quem ele é?
GG: Wendy descobriu sete alelos em comum entre ele e uma pessoa daqui do lab.
CW e NS: Daqui do lab?
GG: Exatamente. Vocês não fazem idéia?
CW: Bom...
NS: Eu e Greg somos filhos únicos, Warrick não tem mais familiares vivos...
CW: E eu sé tenho minha mãe e Lindsay. E até onde eu sei, você também é filho único, Gil. O que nos leva...
NS: À Sara!
GG: Exatamente!
CW: Mas ela nunca falou de um irmão para nós! E ele aparece assim, de repente, e morre mexendo em seu carro? Muito estranho isso, não?
GG: E você não faz idéia de quem andou visitando Sara...
CW: Quem?
GG: Laura Sidle, a mãe dela.
NS: A mãe de Sara? Mas ela não estava presa?
GG: A história é longa, Nick. Como ela encontrou Sara e o irmão dela foi assassinado são peças que não estão se encaixando.
CW: Acha que alguém daqui de dentro passou informações sobre Sara para a mãe dela?
GG: É o mais perto da verdade. Mas nada está descartado.
NS: Mas quem daria endereço da Sara para a última pessoa no mundo que ela gostaria de ver? E porque matariam o irmão dela?
GG: Somos pagos para descobrir isso, Nick. Peço a vocês que não comentem nada com Sara por enquanto. Se ela souber do irmão, pode se sentir mal, e eu não quero que nem ela nem o bebê corram algum risco por conta de fortes emoções.
NS: Pode contar com a gente, Grissom!
CW: Sem problemas.
GG: Ótimo! Agora temos que nos concentrar em uma coisa: encontrar Laura Sidle! Ela pode ser a chave de todo esse mistério.

Enquanto um mistério pairava no ar, Sara, no aconchego do apartamento de Grissom, sentia pequenos enjôos. Nada que tirasse seu bom humor, afinal, o amado estava de volta e tiveram uma linda noite de amor, com direito a juras de amor eterno e muitas carícias. O bebezinho em seu ventre, por algum motivo, estava inquieto, agitado, e liberava hormônios que causavam os enjôos. A barriguinha já começava a despontar e o sentimento materno também crescia a cada dia. A idéia de ser mãe estava sendo muito boa, e Catherine havia lhe dito que ela iria adorar a experiência, por mais trabalhosa que fosse. 
No momento, a amiga estava certa. Sara estava sendo uma nova mulher. Sim, não só pela gravidez inesperada e já muito desejada, mas através dos anos. De São Francisco a Vegas muita coisa aconteceu, e do primeiro encontro com Grissom até o reencontro, anos depois, o corpo e a mente haviam mudado – mas não o coração. A perita caminhou até a cozinha para buscar algo que aliviasse os enjôos. Alguém lhe dissera sobre chupar gelo. Que alívio sentiu ao chupar a pedrinha congelada! Sentada no sofá, Sara ouviu a campainha tocar e levou um susto ao ver que era sua mãe... mais uma vez à sua frente!

SS: O que você quer aqui de novo? Já não lhe disse para sumir da minha frente?!
LS: Preciso de sua ajuda, Sara. Estou correndo perigo!
SS: Perigo? – ela arqueou a sobrancelha.
LS: É. Estão tentando me matar.
SS: O que aconteceu para você vir até mim? Em que rolo foi se envolver?
LS: Seu irmão estava em Vegas, Sara.
SS: Sam? Como você soube disso?
LS: Ele estava à sua procura.
SS: E onde ele está agora? Gostaria de vê-lo.
LS: Eu não sei. Ele conseguiu me localizar e sumiu depois disso.

Sara, mais uma vez, arqueou a sobrancelha. Fazia isso quando ficava desconfiada de alguma coisa, ou quando alguma informação não se encaixava. 

SS: E porque você diz que querem matá-la?
LS: Porque eu recebi a ameaça pessoalmente.
SS: Mas se você nem mora em Vegas, como poderia ser, Laura?
LS: Os inimigos sempre nos encontram, de uma forma ou de outra...

A forma como Laura disse aquelas palavras fizeram Sara sentir um frio na espinha. Ela estava diante de uma mulher fria e criminosa, mesmo depois de tantos anos. E não sabia o que poderia vir dela. As duas, mãe e filha, com assombrosa semelhança física, frente a frente, com sentimentos distintos.

SS: O que você quer que eu faça? Como quer que eu a ajude?
LS: Me tire daqui, rápido!
SS: O aeroporto não fica muito longe...

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