RSS

Uma doce rotina - cap. 10


LS: Você é burra ou se faz de, Sara? Não lhe disse que corro perigo? Você, querendo ou não, é minha filha e eu sou sua mãe, avó de seu filho. Não quer que dizimem com sua família, não é?
SS: Eu ainda tenho meu irmão...

Laura ficou calada quando Sara mencionou Sam Sidle. Não iria lhe contar que ele estava morto. Era apenas um de vários mistérios que a rondavam.

LS: Eu imploro, Sara...
SS: Está bem. Vou me trocar e pegarei a chave do carro.

Enquanto se trocava, Sara pensava em uma forma de deixar Laura em qualquer canto e voltar rapidamente para casa.

SS: Podemos ir.
LS: Ótimo!

Enquanto Sara dirigia, Laura prestava atenção na expressão da filha. Sara sentia que estava sendo observada e ficou gelada. De repente, foi surpreendida pela própria mãe:

LS: Leve este carro para o leste – disse, apontando uma arma para a própria filha.
SS: Como é?!
LS: Insisto: você é burra, Sara Sidle?!
SS: O que você realmente quer de mim? Fazer comigo o que fez com meu pai?
LS: E seu irmão também!
SS: Você... você matou Sam?
LS: Pelo visto não lhe contaram de quem era o corpo encontrado no carro de seu amado Gilbert Grissom...

Sara olhava para a mãe com lágrimas nos olhos e muita raiva.

SS: Como você pôde ser tão cruel, Laura?
LS: Dirija esse carro e cale a boca, antes que eu atire em você!

Sara continuava planejando se safar daquela situação, e iria usar toda sua perspicácia para sair daquela e proteger sua vida e a de seu bebê. Enquanto isso, no lab, Nick deu uma informação bombástica a Grissom:

NS: Descobri uma coisa que vai mudar o rumo das investigações.
GG: O que foi, Nick?
NS: Consegui as fitas das câmeras de segurança da rua de Sara e consegui a imagem de uma pessoa mexendo em seu carro, algumas horas antes das explosões.

Nick passou o envelope com as fotos e Grissom olhou fixamente para a imagem da pessoa.

GG: Essa pessoa não me é estranha. Onde é que eu já a vi antes?
CW: Você chegou a dizer que a mãe de Sara a tinha visitado...
GG: É isso! Esta é Laura Sidle, mãe de Sara!
WB: Então foi ela quem sabotou seu carro e matou o próprio filho?! Que loucura!
GG: Preciso falar com Sara! Pode ser que essa doida volte por lá.

Grissom discou para o celular da mulher e nada. Desligado. Ligou para casa. Ninguém atendeu.

GG: Sara não atende!
CW: Verificou se ela está de carro? De repente ela saiu...
GG: Vou pedir para o Archie rastrear o veículo.

O supervisor foi até a sala de áudio e ficou lá com o funcionário, para localizar o carro de Sara.

A: Localizei o carro de Sara!
GG: Onde está?
A: Estão passando pela Vecchio Bridge.

Grissom saiu apressado da sala e reuniu a equipe. Em pouco tempo eles chegaram à Vecchi Bridge. Imediatamente repararam que uma das grades de proteção estava destruída.

NS: Sinais de derrapamento. Algum carro derrapou, ou tentou frear e acabou atravessando a grade de proteção da ponte.
CW: Terá sido o carro de Sara?
GG: Não quero pensar nisso, Catherine!

A equipe permaneceu periciando o trecho acidentado da ponte, e o coração de Grissom parecia ter sido arremessado no rio também. Onde estaria Sara?

CW: Será que ela...?
NS: Nem pense numa coisa dessas, Cath!

Grissom ligou para Brass, que veio com seus homens e mergulhadores profissionais.

JB: Se o carro caiu nessa área, os corpos devem estar, se não presos ao carro, aqui perto mesmo, até porque a correnteza deste rio não está forte.
GG: Não quero pensar nessa possibilidade, Jim!
JB: Mas tem de pensar. Uma queda dessa altura dentro de um veículo é quase mortal, ainda mais com Sara estando grávida. Os mergulhadores vão procurar por evidências. O problema será a escuridão, mas creio que os equipamentos que trouxeram conseguirão localizar o carro.

Grissom e os csi’s permaneceram em silêncio e apreensivos enquanto os mergulhadores buscavam por qualquer pista do paradeiro de Sara. Quando eles gritaram dizendo que haviam localizado o veículo, todos ficaram ainda mais apreensivos. A máquina que auxiliava a resgatar veículos do fundo de rios conseguiu trazer à tona o carro da perita. Um dos policiais que estava perto quando o carro veio para a margem do rio gritou falando sobre um corpo dentro do veículo. Grissom e os outros correram para lá e, para alivio geral, não era Sara.

CW: É a...
GG: Mãe de Sara.
NS: Será que ela conseguiu se soltar do carro?

Grissom não conseguia falar nada. Mas como no amor milagres costumam acontecer, ele ouviu um grito vindo do longe.

GG: Um momento, pessoal! Por favor, fiquem em silêncio um minuto. Estou ouvindo voz!

Todos ficaram em silêncio e assim, puderam ouvir o grito que vinha de longe.

GG: Sara?!
NS: Sara?

Grissom olhou ao redor e avistou, do outro lado do rio, em meio aos arbustos, sua amada, sã e salva!

GG: Sara! Fique aí, vou resgatá-la!

Grissom subiu no barco a motor dos mergulhadores e foi até onde ela estava. O reencontro foi emocionante! Beijos e abraços, sem se importar que ela estava ensopada – estava viva e bem, era o que realmente importava!

GG: Oh céus, Sara, você está bem?
SS: Estou, querido... estou.
GG: E o nosso bebê? Por Deus, amor, vocês dois poderiam ter morrido! O que aquela maluca da sua mãe tentou com você?
SS: Apenas me matar. Mas como uma csi, sabia perfeitamente como me portar em uma situação desse tipo.
GG: Mas como você pôde saltar de uma altura desse tipo estando grávida?
SS: De fato, eu saltei, mas já estava fora do carro. Azar o de Laura, que não sabia nadar. Mas era ela ou eu. E consegui nadar até a margem.
GG: Você é mais inteligente e esperta do que eu pensava!
SS: É a lei da sobrevivência, não se esqueça disso.
GG: Vamos, agora vai ficar tudo bem. Vou acompanhá-la até o Desert Palm para ver se está tudo bem com você e o nosso filho.

Sara sorriu e os dois retornaram à margem onde os outros csi’s estavam. Sara foi levada para o hospital, com Grissom junto, e Laura Sidle foi para a sala de Robbins. A coragem de Sara salvou a vida do bebê que ela carregava, e assim, ela pôde ver sua barriga crescer e sentir o filho dar seus sinais de vida, chutando em seu ventre. Os enjôos haviam passado, e agora ela trabalhava com mais disposição. Mesmo sendo um homem maduro, quando se tratava da gravidez da mulher, Grissom ficava meio perdido. Quem tinha de socorrer o casal com alguma ajuda era Catherine, experiente na arte de ser mãe. Aos nove meses, já de licença-maternidade, Sara continuava linda e magra. Não engordara muito, e sua barriga estava pontudinha. Ela e Grissom estavam no céu, pois o bebê era um menino. Em casa, ele sempre ficava ao lado dela, acariciando a barriga que fizera crescer.

GG: Estou tão feliz com a chegada do nosso garoto que me sinto um outro homem, honey!
SS: Também tenho me sentido uma nova mulher, Griss... Essa coisa de ser mãe mexe mesmo com a mulher. Eu não fazia noção de nada disso, mas a Cath me disse que eu sentiria uma grande alegria, me sentiria mais poderosa... Disse que ser mãe é uma grande dádiva.
GG: Concordo! Você está ainda mais bonita, e vê-la carregando outra vida me deixa realizado. Acho que, como homem, estou completo; tenho uma mulher maravilhosa que vai me dar um filho saudável e antes mesmo de nascer tão corajoso!

Os dois sorriram e Grissom continuou a massagear a enorme barriga de Sara.

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

0 comentários:

Postar um comentário