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Uma doce rotina - cap. 3


SS: Uma ótima idéia!

Sara levantou-se e foi para o telefone. Ligou para os amigos de equipe e combinou com eles o encontro num restaurante no centro de Vegas. Todos teriam uma grande surpresa: o casal mais geek de Vegas fizera uma travessura e agora teria um bebê!

SS: Acha que eles vão se surpreender? – disse Sara, sentando-se na cama.
GG: Acho que vão cair para trás. Mesmo sabendo de nosso relacionamento, acho que jamais poderiam imaginar que pensaríamos em filhos.
SS: Até por que não planejamos nada.

Grissom sentou-se, encostado nos travesseiros, e continuou:

GG: Estava pensando em uma coisa, honey.
SS: Diga.
GG: Talvez devêssemos nos casar, o que me diz?

A perita abriu um largo sorriso, deixando seus dentinhos separados à mostra. Ela ficou olhando para ele quase sem acreditar: um pedido de casamento ali, na cama, nus.

GG: Então?
SS: Vamos fazer isso!

O supervisor foi até Sara e, com as mãos entre os cabelos soltos dela, a beijou cheio de paixão e ternura. Agora, ela não era apenas a mulher de sua vida, seu grande amor, cúmplice e companheira de todas as horas; Sara agora desenvolveria o papel de mãe de seu filho, e nisto Grissom tinha a mais absoluta certeza de que ela se sairia muito bem. O dia passou tranqüilo e a noite cálida era um convite ao amor. Sara estava grávida, mas não morta nem doente, porque gravidez nunca foi tal coisa. E Grissom, necessitado de muito amor e prazer ao lado de sua mulher, foi mais do que um homem para ela na cama, amou-a com gentileza e delicadeza, sabendo que no ventre ainda sem volume estava repousando o resultado de amores feitos na cama. 
O preservativo foi deixado de lado. Já que Sara engravidara – justamente pela falta dele -, os dois resolveram não usar até segunda ordem. Assim, um sentiria a pele do outro com mais intensidade e Grissom teria total liberdade de liberar seu orgasmo para dentro da amada sem qualquer preocupação. O dia amanhecera quente, e já pela manhã era possível sentir a baixa umidade do ar, fazendo com que as gargantas sofressem os efeitos, ficando secas e os olhos marejados. O casal acordara feliz e, receoso de perder a hora do almoço, foi imediatamente para o banho, antes de tomar o breakfast.

GG: Com que roupa eu vou?
SS: Bom, como está quente, sugiro que você coloque algo mais adequado à temperatura. Roupas confortáveis e frescas.

Grissom levantou a sobrancelha.

SS: Uma camisa e uma calça social estão de bom tamanho. Estas aqui, por exemplo – apontou no closet.
GG: Está certo, vou com essas, você tem um excelente gosto.

Sara deixava algumas peças de roupa no closet de Grissom, pois estava sempre por lá e às vezes eles saíam juntos, então facilitava as coisas. Pegou um baby look azul e uma calça e estava ótimo.

SS: Quero usar enquanto ainda posso.
GG: Você vai ficar linda usando vestido...
SS: Não gosto muito de vestidos.
GG: Mas sabe que será necessário.
SS: Oras, Griss, já me imaginou com minhas pernas finas e brancas à mostra? Seria um horror!
GG: Amo suas pernas, honey! Não vê que quando fazemos amor eu as beijo e me delicio nelas?

Sara ficou vermelha com os assanhamentos do namorado. Grissom sempre fora reservado, mas sabia como ninguém falar de sexo e desejos quando queria.

GG: Bom, precisamos nos apressar se quisermos chegar cedo. E ainda não comemos nada.

Os dois se arrumaram, comeram algo e seguiram para o restaurante. Catherine, Nick, Greg e Warrick já estavam por lá.

WB: Até agora não entendi o motivo desse almoço.
GS: Só sei que estou com fome...
NS: E quando você não está com fome, cara?

Warrick e Catherine riram.

NS: Catherine, você que é mais íntima dos dois, tem alguma idéia do que seja?
CW: Apenas uma impressão, mas não é certeza. Também estou por fora, como vocês.
WB: Será que eles vão se casar?
GS: Casar?
WB: Os dois se amam... não teria por que isso não acontecer algum dia.
CW: Ficou decepcionado, Greg?
GS: Eu? Imagina...
NS: Qual é, cara? Sempre soube que você tinha uma queda pela Sara...
GS: Mas eu sempre soube que ela amava o Grissom. E ele sempre foi o número um da vida dela.
WB: Contra fatos não há argumentos...
CW: Eles chegaram!

Os amigos viram o casal entrar no restaurante de mãos dadas e com expressão de felicidade nos rostos.

CW: Até que enfim os pombinhos chegaram!
GS: Estou faminto!
SS: Menos, Greg! Já chegamos – Sara riu.
GG: Trânsito.
CW: Sei...
WB: Então, o que tem a nos dizer?
SS: Será que podemos fazer nossos pedidos? Assim conversamos durante o almoço.
GS: Até que enfim...

Grissom chamou o maitrè e todos fizeram seus pedidos. Enquanto aguardavam a comida, iam bebericando. Sara foi a única a ir de suco, o restante foi de cerveja.

GS: Ué Sara, você não bebe mais cerveja? Sempre gostou!
SS: Depois que fui pega no bafômetro, resolvi parar. Mulher bêbada é vexatório!
GG: Temos muitas coisas a contar. A começar... Digo agora, querida?

A perita sorriu.

NS: Do que vocês estão falando?
GG: Prefere que eu diga ou você se encarrega disso?
CW: O que está acontecendo?
SS: Então eu digo. Pessoal, Grissom e eu vamos ter um filho.

A equipe olhou boquiaberta para Sara, que sorriu achando engraçadas as expressões. Catherine, que bebia, chegou a engasgar.

CW: Como é que é?
GS: Parabéns, Sarinha, você vai ficar linda barriguda.
SS: Obrigada, Greg.
GS: Parabéns a você também, Grissom. É estranho vê-lo como pai, mas acho que você será um grande pai.
GG: Obrigado, Greg.
CW: Acredito que não tenha sido planejado...
GG: Não, não foi.
WB: Estou feliz pelos dois. Sempre soube que os dois combinavam, e um filho só vem para coroar a relação.
NS: Vocês pensam em se casar?
GG: Pensamos. E brevemente vocês terão notícia disso.
SS: Entenderam agora porque não estou bebendo?
CW: É claro. E você já fez exames?
SS: Sim, está tudo bem com a gente. Só decidi falar da gravidez depois que visse que o bebê estava bem.

O almoço correu bem e os amigos se divertiram entre conversas e sobremesas. A noite estava mais fresca, tendo em vista o dia encalorado. Durante a transa, Grissom e Sara suaram muito, por isso deixaram o ventilador ligado. Pela manhã cedo, o telefone tocou. Como Sara ainda dormia, Grissom levantou-se e foi atender. Quando voltou ao quarto, cerca de 20 minutos depois, Sara já estava acordada, de pé. O supervisor a beijou e perguntou:

GG: Dormiu bem, querida?
SS: Sim, mas estou enjoada.
GG: Seu estômago está vazio. Vou preparar algo para nós dois. Mas tenho uma coisa a lhe dizer.
SS: Diga.
GG: Recebi um telefonema da minha mãe.
SS: Sua mãe?

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